Temporada de Concertos Antena 2
19 Outubro | 19h00
Auditório do
Instituto Superior de Economia e Gestão
Entrada gratuita
Ciclo Christopher Bochmann (Parte 1 de 3)
Armando Possante & Ricardo Martins
Recital de canto e piano
Armando Possante, voz
Ricardo Martins, piano
Programa
Música de Christopher Bochmann
My Ladye Celia’s Songbooke – Book I
1. Celia’s eyes, a dialogue (Edmund Sherborne)
2. Song: Come, my Celia, let us prove (Ben Johnson)
3. The Lady’s Looking-glass (Matthew Prior)
4. The Reconciliation (William Congreve)
5. Song: Join once again, my Celia (Charles Cotton)
6. To Celia (Charles Sedley)
7. Song: Not, Celia, that I juster am (Charles Sedley)
My Ladye Celia’s Songbooke – Book II
1. Celia has a thousand charms (Robert Gould)
Interlude I
2. I loved fair Celia many years (Anon.)
Interlude II
3. Love arms himself in Celia’s eyes (Matthew Prior)
Interlude III
4. Chacony
My Ladye Celia’s Songbooke – Book III
Prelude
1. Mark how the bashful man
2. On the wing of her sweet voice
3. If those bright suns
Interlude I
4. For I could kiss and sport and toy
Interlude II
5. No more shall meads be decked with flowers
6. Hark, how my Celia
7. Then wept the eyes
Postlude
Four poems / Quatro poemas (letra de José Alberto Gomes Machado)
-
- Admiro
- Entrar sozinho
- Basta-me saber
- Suppose for an instant
Este é o primeiro de três concertos inteiramente dedicados à obra do compositor Christopher Bochmann (n. 1950), um dos mais determinantes pedagogos no ensino de composição em Portugal nas últimas décadas.
Os restantes concertos decorrem no dia 28 de novembro no Museu Nacional de Arte Antiga (música coral com o agrupamento Olissipo) e no dia 7 de dezembro no Oculto da Ajuda (Quarteto de Cordas de Matosinhos).
Oriundo do Reino Unido e doutorado em composição pela Universidade de Oxford, Christopher Bochmann vive e trabalha em Portugal desde 1980. Foi professor no Instituto Gregoriano de Lisboa, no Conservatório Nacional, na Escola Superior de Música de Lisboa, da qual também foi Diretor e coordenador do curso de composição. Foi Diretor da Escola de Artes de Universidade de Évora. É maestro titular da Orquestra Sinfónica Juvenil . Como compositor, a sua música abrange quase todos os géneros musicais, desde a música para solistas à música orquestral, da música de câmara à ópera, para além de inúmeras orquestrações e arranjos.
Christopher Bochmann (n. 1950) | Formou-se em composição pela Universidade de Oxford, como aluno de David Lumsden, Kenneth Leighton e Robert Sherlaw Johnson. Em 1999, obteve o grau de D. Mus. (doutoramento em composição) pela mesma Universidade. Estudou também com Nadia Boulanger em Paris e com Richard Rodney Bennett em Londres. Lecionou em várias escolas na Inglaterra, entre as quais Cranborne Chase School e Yehudi Menuhin School. Passou dois anos no Brasil como professor da Escola de Música de Brasília entre 1978 e 1980. Desde então trabalha em Portugal.
Lecionou em várias escolas na área de Lisboa nomeadamente no Instituto Gregoriano de Lisboa e no Conservatório Nacional. De 1984 a 2006 foi professor da Escola Superior de Música de Lisboa da qual foi Diretor durante seis anos (1995-2001) e onde também coordenou o curso de Composição de 1990 a 2006. Em 2006 mudou para a Universidade de Évora, onde foi Diretor do Departamento de Música de 2007 a 2013 e Diretor da Escola de Artes entre 2009 e 2017 e de onde se aposentou-se em 2020 como Professor Catedrático; desde 2023, é Professor Emérito da Universidade. É maestro titular da Orquestra Sinfónica Juvenil desde 1984 com a qual deu concertos em todo o país e com a qual também gravou vários CDs. Também dirige com frequência o Grupo de Música Contemporânea de Lisboa tendo dado muitas estreias e gravado várias obras portuguesas em CD.
Em 2004 foi-lhe atribuído uma Medalha de Mérito Cultural do Ministério da Cultura. E em 2005 foi agraciado pela rainha Isabel II com a condecoração O.B.E. (Officer of the Order of the British Empire). Em 2019 foi eleito Académico Correspondente (membro associado) da Academia Nacional de Belas Artes, Portugal. Em 2023, recebeu o grau de Comendador da Ordem do Infante D. Henrique.
As suas composições abrangem quase todos os géneros musicais, da música para solistas à música orquestral, da música de câmara à ópera, para além de inúmeras orquestrações e arranjos. O seu estilo musical passou por uma fase de considerável complexidade, e já utilizou muitos processos aleatórios. Mais recentemente, a sua música tem se tornado algo mais simples, seguindo assim certas tendências do pós-modernismo sem contudo recorrer ao neo-tonalismo. Toda a sua música revela uma preocupação com a relatividade com que ouvimos e apreciamos o som, numa tentativa de aproximar os processos composicionais e as técnicas estruturantes da música cada vez mais a critérios intrinsecamente musicais e sonoras
Transmissão direta
Apresentação: Pedro Ramos
Produção: Anabela Luís, Cristina do Carmo
Armando Possante | Fez os seus estudos musicais no Instituto Gregoriano de Lisboa e na Escola Superior de Música de Lisboa onde concluiu os Cursos Superiores de Direção Coral, com Christopher Bochmann, Canto Gregoriano, com Helena Pires de Matos, e Canto, com Luís Madureira. Foi-lhe atribuído o Título de Especialista em Canto comprovando a qualidade e especial relevância do seu currículo profissional como professor do ensino superior. Estudou Canto em Viena com Hilde Zadek e frequentou masterclasses de canto com Christianne Eda-Pierre, Christoph Prégardien, Siegfried Jerusalem e Jill Feldman. Aperfeiçoou os seus estudos de Canto Gregoriano em Itália.
É professor de canto na Escola Superior de Música de Lisboa e ensinou no Instituto Gregoriano durante mais de 25 anos. Orientou workshops no Canadá, Inglaterra, Singapura, Espanha e Portugal, destacando-se as Jornadas Internacionais de Música da Sé de Évora, onde trabalhou frequentemente ao lado de Owen Rees e Peter Phillips.
É diretor musical e solista do Grupo Vocal Olisipo e do Coro Gregoriano de Lisboa e foi membro convidado do Nederlands Kamerkoor, tendo-se apresentado em concertos em toda a Europa, Extremo Oriente e América do Norte, bem como nas principais salas e festivais de música nacionais.
Conquistou o 3º prémio e o prémio Bach no 1º Concurso Vozes Ibéricas, o 3º prémio e o prémio de música portuguesa no Concurso Luísa Todi e o 1º prémio no 7º Concurso de Interpretação do Estoril. Foram-lhe atribuídos, com o Grupo Vocal Olisipo, quatro primeiros prémios e vários prémios de interpretação em concursos internacionais na Bulgária, Finlândia e Itália.
Gravou mais de duas dezenas de discos com grande reconhecimento crítico, distinguidos com uma nomeação para os prémios da SPA, o Choc du Monde de la Musique e o Diapason d’Or, entre outros prémios.
Apresenta-se regularmente com a pianista Luiza da Gama Santos em recitais de Lied e com as principais orquestras do país como solista de oratória.
Na área da música contemporânea apresentou em primeira audição obras de vários compositores como Christopher Bochmann, Ivan Moody, Bob Chilcott, Jost Kleppe, Eurico Carrapatoso, Luís Tinoco, António Pinho Vargas, Pedro Amaral, Vasco Negreiros, Sérgio Azevedo, Tiago Derriça, Carlos Marecos e Nuno Côrte-Real, entre muitos outros.
Estreou-se em ópera em Così fan Tutte de Mozart, tendo posteriormente participado em produções das óperas L’Amore Industrioso, As Variedades de Proteu, Dido and Aeneas, The Fairy Queen, Venus and Adonis, La déscente d’Orphée aux Enfers, La Donna di Génio Volubile, La Dirindina, Don Giovanni, A Floresta, Corpo e Alma, Jeremias Fisher, O Sonho, L’Elisir d’Amore, Il Barbiere di Siviglia e Gianni Schicchi.
Ricardo Martins | Concluiu, em 2014, o Mestrado em Ensino de Música na Escola Superior de Música de Lisboa, sob a supervisão de Jorge Moyano e Miguel Henriques.
Participou como pianista acompanhador em várias masterclasses, assim como em workshops para correpetidores com João Paulo Santos, Claudio Desderi, Jory Vinikour e Paul McCreesh (inseridos nos cursos ENOA). Participou como correpetidor em várias produções de ópera, destacando-se a ópera Ohneama de João Guilherme Ripper, com maestro Marcelo de Jesus (2016), e o Atelier de Ópera da Orquestra Metropolitana de Lisboa, com A Flauta Mágica (2017-2018) e Don Giovanni (2018-2019) de Mozart, com encenação de Jorge Vaz de Carvalho e direção de Pedro Amaral.
Colaborou também na temporada 2018-2019 do Teatro Nacional de São Carlos na ópera Alceste de Gluck, com encenação de Graham Vick e direção de Graeme Jenkins, e no Festival ao Largo 2019 com a Orquestra Sinfónica Portuguesa, com direção do maestro Andrea Sanguineti. Em 2023, foi correpetidor de In the Penal Colony de Philip Glass, com direção de Martim Sousa Tavares.
Participou também em masterclasses de piano e aperfeiçoamento técnico com Galina Eguiazarova, Sequeira Costa, Miklos Spaniy, Fausto Neves, Roberto Turin, Artur Pizarro, Mikhail Markov, António Rosado e Arcadi Volodos.
Leciona como docente Assistente Convidado de Práticas de Ensaio na Escola Superior de Música de Lisboa. Trabalha frequentemente com o Coro Gulbenkian como pianista acompanhador, e como instrumentista convidado da Orquestra Gulbenkian. Apresentou-se em concerto com o Coral de São José e o maestro Luís Filipe Carreiro nas comemorações dos 75 anos da SATA, na Açor Arena (2016).
A solo, conta com recitais no Museu Nacional da Música, inseridos nos ciclos “À tarde no Museu” (2016 e 2017) e “Músicas do Acervo” (2017, 2018 e 2019), e também no Auditório CGD do Instituto Superior de Economia e Gestão, no contexto das comemorações dos 40 anos do Instituto Gregoriano de Lisboa, assim como em várias cidades a nível nacional.
Estreou-se com orquestra com o Concerto para Piano de Poulenc, com a Orquestra Sinfónica da Escola Superior de Música de Lisboa, sob a direção do maestro Vasco Azevedo.
Fotos Jorge Carmona / Antena 2