Foi com consternação e tristeza que o meio musical recebeu este fim de semana, a notícia do falecimento do talentoso oboísta, aos 32 anos. Samuel Bastos foi vencedor do Prémio Jovens Músicos e Prémio Maestro Silva Pereira em 2007, ano em que Luís Tinoco assume a direção do PJM. Atualmente era solista na Orquestra da Ópera de Zurique.
Samuel Bastos (1987-2019)
Samuel Bastos
nasceu a 5 de Abril de 1987 em Oliveira, no concelho de Barcelos, e ainda criança iniciou os seus estudos musicais com o seu pai. Posteriormente aprofunda os seus estudos no Conservatório de Música Calouste Gulbenkian de Braga e na Escola Superior de Música de Lisboa com José Fernando Silva e Andrew Swinnerton.
Em 2006, como bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian, estudou em Zurique na Zürcher Hochschule der Künste onde concluiu o Bachelor, Master Orchester e o Master Specialized Music Performance – Solist com a distinção máxima na classe de Martin Frutiger (Corne Inglês) e Thomas Indermühle (oboé). Em Paris estudou com Maurice Bourgue.
No 25º aniversário do PJM, 2011.
Samuel Bastos, em oboé, interpretando a obra encomendada a Ana Seara, Opalescência [a partir do min. 3:19]
Venceu diversos concursos, em Portugal – o 1º Prémio no Concurso promovido pela YMFE “Yamaha Music Foundation of Europe”, em Lisboa, em 2006, o 1º Prémio no Concurso Nacional “Terras de La Salette”, Oliveira de Azemeis, em 2008; além dos referidos Prémio Jovens Músicos” “Prémio Maestro Silva Pereira” -; e no estrangeiro: nos Estados Unidos da América, o 1º Prémio no Fernand Gillet-Hugo Fox International Competiton, em 2017; em Itália, o 1º Prémio no Concurso Internacional “Giuseppe Ferlendis”, em Adrara S.Martino em 2010, o 1º Prémio no Concurso Internacional para Giovani Interpreti “Cittá di Chieri”, em Turim em 2005. Foi também laureado nos concursos internacionais: Giuseppe Tomassini (Itália), Crussel International Oboe Competition (Finlândia), International Oboe Competition “Barbirolli” (Reino Unido) e “Concours National d’Execution Musicale Riddes (Suiça).
Aos 17 anos integrou a European Union Youth Orchestra, mais tarde a European Wind Orchestra, The World Orchestra e a Gustav Mahler Jugend Orchester, com quem realizou digressões por toda a Europa e China.
Colaborou com diversas orquestras como oboísta solista, sendo de destacar a Gewandhaus Orchester Leipzig, Oper Frankfurt, Sinfonie Orchester Basel, Luzerner Sinfonieorchester, Berner Symphonieorchester, Zürcher Kammer Orchester, Zakhar Bron Chamber Orchestra e a Tongyeong Festival Orchestra na Korea. Colaborou também com a Budapest Festival Orchestra, Mozarteum Orchestra Salzburg, Orquestra Sinfonia Varsóvia, Musikkollegium Winterthur, Tonhalle-Orchester Zürich, Remix Ensemble e a Orquestra Gulbenkian.
Colaborou com diversas orquestras como oboísta solista, sendo de destacar a Gewandhaus Orchester Leipzig, Oper Frankfurt, Sinfonie Orchester Basel, Luzerner Sinfonieorchester, Berner Symphonieorchester, Zürcher Kammer Orchester, Zakhar Bron Chamber Orchestra e a Tongyeong Festival Orchestra na Korea. Colaborou também com a Budapest Festival Orchestra, Mozarteum Orchestra Salzburg, Orquestra Sinfonia Varsóvia, Musikkollegium Winterthur, Tonhalle-Orchester Zürich, Remix Ensemble e a Orquestra Gulbenkian.
Apresentou-se como solista na Europa, Rússia, Estados Unidos da América e Japão.
Interpretou, em 1ª audição em Portugal, obras de compositores como Lenir Siqueira, Akira Nishimura, Vinko Globokar e Gilles Silvestrini.
Durante o seu percurso teve a oportunidade de trabalhar com solistas, compositores e maestros como H. Holliger, M. Vengerov, A. Sophie Mutter, H. Grimaud, Jean-Yves Thibaudet, P. Eötvös, T. Koopman, V. Fedoseyev, C. Dohnányi, N. Santi, P. Jordan, L. Cobus, D. Zinman, A. Fischer, M. Frank, M. Armiliato, D. Gatti, P. Järvi, Z. Mehta, B. Haitink e Fabio Luisi.
Interpretou, em 1ª audição em Portugal, obras de compositores como Lenir Siqueira, Akira Nishimura, Vinko Globokar e Gilles Silvestrini.
Durante o seu percurso teve a oportunidade de trabalhar com solistas, compositores e maestros como H. Holliger, M. Vengerov, A. Sophie Mutter, H. Grimaud, Jean-Yves Thibaudet, P. Eötvös, T. Koopman, V. Fedoseyev, C. Dohnányi, N. Santi, P. Jordan, L. Cobus, D. Zinman, A. Fischer, M. Frank, M. Armiliato, D. Gatti, P. Järvi, Z. Mehta, B. Haitink e Fabio Luisi.
Em 2012, Samuel Bastos foi admitido simultaneamente na Herbert von Karajan Akademie der Berliner Philharmoniker e na Orquestra da Ópera de Zurique, onde trabalhava atualmente. Nestas teve a oportunidade de trabalhar com solistas como C. Bartoli, W. Meier, V. Kasarova, A. Netrebko, N. Stemme, E. Gruberova, D. Damrau, E. Mosuc, Eva Mei, M. Hartelius, P. Domingo, J. Carreras, J. Kaufmann, J. Diego Flórez, R. Villazón, J. Cura, L. Nucci, P. Seiffert, T. Hampson, B. Terfel, entre outros.
Samuel Bastos foi fundador da Revista Musical Portuguesa Da Capo e, na formação da Orquestra XXI foi um dos seus pilares, e membro entusiasta.
Samuel Bastos na Orquestra XXI,
FCG, Setembro 2017
Considerado como um dos melhores instrumentistas da atualidade à escala internacional, como disse o professor e músico Francisco Luís Vieira à agência Lusa, Samuel Bastos manteve, a par da sua carreira internacional, a ligação a Portugal e à sua terra, incentivando as novas gerações de oboístas nas escolas e transmitindo os seus conhecimentos em masterclasses, um pouco por todo o país.
Excerto do programa da RTP Portugueses no mundo, de 2012, com o oboísta Samuel Bastos.
Este programa será difundido na RTP Memória nos dias 26 de Maio (13h00 e 19h45) e 27 de Maio (4h40).
Fotos Jorge Carmona / Antena 2