Temporada Gulbenkian Música
15 Dezembro | 19h00
Grande Auditório
da Fundação Calouste Gulbenkian
La Mer
Inmo Yang, violino
Orquestra Gulbenkian
Direção de Hannu Lintu
Programa
Kaija Saariaho – Ciel d’hiver
Jean Sibelius – Concerto para Violino e Orquestra, em Ré menor, op. 47
Olivier Messiaen – Le Tombeau resplendissant
Claude Debussy – La mer
O novo Maestro Titular Hannu Lintu – com “um escrupuloso ouvido para a cor e a harmonia instrumental”, segundo o Washington Post – há muito que vem desenvolvendo uma profícua relação com a música de Sibelius.
Neste programa, dirige o Concerto para Violino e Orquestra, em Ré menor, do compositor finlandês, contando com o brilhantismo do violinista Inmo Yang. Premiado em múltiplas ocasiões, Yang foi o último vencedor da Jean Sibelius Violin Competition. Na altura, o júri apelidou a sua atuação de “esmagadora”, destacando a enorme musicalidade de um intérprete que amplia as possibilidades do instrumento.
Transmissão direta
Apresentação: Pedro Ramos
Produção: Alexandra Louro de Almeida, Reinaldo Francisco
Inmo Yang | Vencedor da edição de 2022 do Concurso de Violino Jean Sibelius, o violinista sul-coreano recebeu também um prémio pela melhor interpretação de uma obra encomendada a Magnus Lindberg. Em 2015 venceu o 54.º Concurso Internacional de Violino “Premio Paganini”, em Génova, a primeira vez que o 1.º prémio foi atribuído desde 2006. Foi também galardoado com os seguintes prémios especiais: o mais jovem finalista, a melhor interpretação de uma peça contemporânea original, o prémio do público e um recital especial em Génova com o violino Guarneri Del Gesu do próprio Paganini.
Estreou-se no Weill Recital Hall, do Carnegie Hall de Nova Iorque, na qualidade de vencedor do concurso Concert Artists Guild. Em seguida, foi convidado a atuar no Boston Symphony Hall, no Kravis Center for the Performing Arts e nos festivais de Ravinia e Marlboro.
Inmo Yang tem colaborado com maestros de renome internacional como Marin Alsop, Myung-Whun Chung, James Gaffigan, Neeme Järvi, Fabio Luisi, Sakari Oramo, David Robertson, John Storgårds e Osmo Vänskä.
Iniciou a temporada 2023-24 com a Orchestre de la Suisse Romande e a Philharmonia Orchestra, seguindo-se uma digressão na Coreia do Sul, com a Filarmónica de Hong-Kong,ne várias estreias que incluem a Orquestra Gulbenkian, a Sinfónica de Stavanger, a BBC NOW e a Auckland Philharmonia.
Inmo Yang estudou com Namyoon Kim na Universidade das Artes da Coreia, com Miriam Fried no New England Conservatory of Music, em Boston, e com Antje Weithaas na Hochschule für Musik Hanns Eisler, em Berlim. Estuda atualmente na Academia Kronberg com Antje Weithaas.
Toca um violino G. B. Guadagnini(Turim), por amável empréstimo da Beare’s International Violin Society e da International Jean Sibelius Violin Competition.
Hannu Lintu | Maestro Titular da Orquestra Gulbenkian. Destacou-se como Maestro Principal da Ópera e Ballet Nacionais da Finlândia e anteriormente cumpriu oito anos como Maestro Principal da Orquestra Sinfónica da Rádio Finlandesa.
Como maestro convidado, a temporada 2021-2022 incluiu novas colaborações com a Orquestra Gulbenkian, a Sinfónica de Chicago, a Filarmónica de Londres, a Tonkünstler-Orchester Niederösterreich e a Filarmónica de Tampere. Outros compromissos incluiram a Filarmónica da Rádio dos Países Baixos, a Orchestre de la Suisse Romande, a Sinfónica Nacional de Taiwan, a Deutsches Symphonie-Orchester Berlin, a Filarmónica Nacional Russa e a Filarmónica da Radio France.
Hannu Lintu realizou várias gravações para as editoras Ondine, Bis, Naxos, Avie e Hyperion. Os lançamentos recentes incluem: os cinco Concertos para Piano de Beethoven, com Stephen Hough; Die Soldaten e o Concerto para Violino de Bernd Alois Zimmermann, com Leila Josefowicz; as Sinfonias nº 1 a nº 4 de Lutosławski e obras de Kaija Saariaho, com Gerald Finley e Xavier de Maistre, todas com a Orquestra Sinfónica da Rádio Finlandesa. Recebeu vários prémios, incluindo dois ICMA para os Concertos para Violino de Béla Bartók, com Christian Tetzlaff (2019), e para a gravação de obras de Sibelius, com Anne Sofie von Otter (2018). Em 2021 foram nomeadas para os Grammy, na categoria “Melhor Performance Orquestral”, as Sinfonias nº 2 e nº 3 de Lutosławski. Em 2011 foi também nomeada para um Grammy, na categoria de “Melhor CD de Ópera”, a gravação de Kaivos, de Einojuhani Rautavaara. As gravações da Sinfonia nº 2 de George Enescu, com a Filarmónica de Tampere, e dos Concertos para Violino de Jean Sibelius e de Thomas Adès, com Augustin Hadelich e a Royal Liverpool Philharmonic Orchestra, foram nomeadas para os prémios Gramophone.
Hannu Lintu estudou violoncelo e piano na Academia Sibelius, em Helsínquia, instituição onde mais tarde se formou em direção de orquestra com Jorma Panula. Estudou também com Myung-Whun Chung na Accademia Musicale Chigiana, em Siena. Em 1994 venceu o Concurso Nórdico de Direção de Orquestra, em Bergen.
Orquestra Gulbenkian | Em 1962 a Fundação Calouste Gulbenkian decidiu estabelecer um agrupamento orquestral permanente. No início constituído apenas por doze elementos, foi originalmente designado por Orquestra de Câmara Gulbenkian. Ao longo de mais de cinquenta anos de atividade, a Orquestra Gulbenkian (denominação adotada desde 1971) foi sendo progressivamente alargada, contando hoje com um efetivo de sessenta instrumentistas que pode ser pontualmente expandido de acordo com as exigências de cada programa de concerto. Esta constituição permite à Orquestra Gulbenkian interpretar um amplo repertório que se estende do Barroco até à música contemporânea. Obras pertencentes ao repertório corrente das grandes formações sinfónicas tradicionais, nomeadamente a produção orquestral de Haydn, Mozart, Beethoven, Schubert, Mendelssohn ou Schumann, podem ser dadas pela Orquestra Gulbenkian em versões mais próximas dos efetivos orquestrais para que foram originalmente concebidas, no que respeita ao equilíbrio da respetiva arquitetura sonora.
Em cada temporada, a Orquestra Gulbenkian realiza uma série regular de concertos no Grande Auditório Gulbenkian, em Lisboa, em cujo âmbito tem tido ocasião de colaborar com alguns dos maiores nomes do mundo da música, nomeadamente maestros e solistas. Atua também com regularidade noutros palcos em diversas localidades do país, cumprindo desta forma uma significativa função descentralizadora. No plano internacional, por sua vez, a Orquestra Gulbenkian foi ampliando gradualmente a sua atividade, tendo até agora efetuado digressões na Europa, na Ásia, em África e nas Américas.
No plano discográfico, o nome da Orquestra Gulbenkian encontra-se associado às editoras Philips, Deutsche Grammophon, Hyperion, Teldec, Erato, Adès, Nimbus, Lyrinx, Naïve e Pentatone, entre outras, tendo esta sua atividade sido distinguida, desde muito cedo, com diversos prémios internacionais de grande prestígio.
Fotos Jorge Carmona / Antena 2