muitas das quais tocadas simultaneamente, em contraponto:
Libertango (A. Piazzolla)
Sonata ao Luar (Beethoven)
Insensatez (Tom Jobim e Vinicius de Moraes)
Iracema (Adoniran Barbosa)
Noturno nº 20 (Chopin)
Dia Branco (Geraldo Azevedo)
Arabesque nº 1 (C. Debussy)
Garçom (Reginaldo Rossi)
O Voo do Besouro (Rimsky Korsakov)
Meu Fado (Paulo Carvalho)
Prelúdio nº 2 (Bach)
Ne Me Quitte Pas (Jacques Brel)
Fantasia Improviso (Chopin)
Hallellujah (Leonard Cohen)
Ave Maria (Gonoud)
Let it Be (Paul McCartney)
Pour Elise (Beethoven)
Caruso (Lucio Dalla)
Sinfonia nº 40 (Mozart)
Transmissão direta
Apresentação: Pedro Ramos
Produção: Anabela Luís
João Ventura | Nasceu em Aracaju, no Brasil, é formado em música e mestre em piano pela UFBA. A sua aproximação com a nobre arte veio de berço. O avô, além de ter sido um respeitável crooner de boates na Bahia e Rio de Janeiro, nas décadas de 1940, 50 e 60, foi produtor da Som Livre e Philips nas décadas de 1970 e 1980, tendo descoberto grandes nomes da MPB, a exemplo de Djavan e Jorge Ben. João Mello era o seu nome. Além das realizações como cantor e produtor, o artista teve mais de 100 composições gravadas, algumas delas na voz de MPB 4, Djavan, Zeca Pagodinho, João Donato e Baden Powell. Estes dois últimos foram grandes parceiros na música e na vida do artista. Voltando ao João Ventura e suas raízes, sua mãe foi bailarina do Teatro Municipal de Niterói, além de ser uma grande cantora e incentivadora da arte. O pai, dono de um ouvido absoluto e sensibilidade musical fora do comum, é um habilidoso violonista de canções populares e grande entusiasta da arte em suas formas mais expressivas.
Neste ambiente propício, nasce João. Aos quatro anos, o garoto se deu conta da existência de um piano na sala de sua casa. O encantamento foi instantâneo. Em poucos dias, ele já pedia dicas ao seu pai sobre como tocar algumas canções simples. Para surpresa geral, alguns meses após a apresentação entre os dois, João e o piano, foi ouvido, da cozinha, a melodia de “La Bamba” e “Era um Garoto”, numa época em que o rock nacional e internacional gozava de todo prestígio em terras brasileiras. Os pais correram para ver o que já sabiam: o menino assimilara as músicas e já conseguia tocá-las arriscando acrescentar alguns acordes, tudo isso aos quatro anos.
Aos sete anos, ele iniciou os estudos da música erudita, tendo aulas semanais até os treze. Paulatinamente, o artista começava a tocar violão, valendo-se das orientações do pai e tirando músicas de ouvido. Apesar de ter parado o estudo do piano na adolescência, Ventura nunca perdeu o contato com o instrumento. Então, o piano e o violão fizeram parte da adolescência do garoto, que aos poucos descobria que era possível cantar. Começou a exercitar este dom nas rodas de amigos até a interpretação em festivais, de canções próprias. Em quase todos que participou, foi finalista. Em um deles, o Sescanção 2007, o artista ganhou o primeiro lugar. À época do vestibular, o músico resolveu tentar Publicidade e Propaganda, no Rio de Janeiro. Ele não chegou a se formar. Transferiu o curso para Salvador até descobrir que sua profissão não poderia ser outra que não a Música. Então, prestou vestibular na UFBA, formou-se e fez o mestrado. No ano de 2014, foi admitido no concurso para professor efetivo do IFPE (Instituto Federal do Pernambuco), onde ministrou aulas até setembro de 2015. Em julho deste mesmo ano, foi admitido para um doutorado em piano na Universidade Nova de Lisboa, cidade na qual mora atualmente.
A carreira continua ativa através de participações em festivais, shows em diversas cidades e elaboração de diversos projetos musicais. O mais novo destes projetos é o Contraponto, que consiste numa mistura entre diversos estilos musicais, criando novos ambientes sonoros e rompendo paradigmas.