7º FESTIVAL ANTENA 2
15 a 18 de maio
4ª feira | 15 maio | 19h30
Sala 2, Casa da Música, Porto
Entrada 13 €
Maiores 6 anos
Transmissão direta em antena e em vídeo streaming na RTP Palco
Performance
Pulsar – Companhia do Corpo apresenta
Corpo do Tempo
Criação de Marco Santos
Com Ana Sofia Sequeira, André Tasso, Denys Stetsenko, Eva Parmenter, Marco Santos, Mariana Camacho, Mariana Frazão, Margarida Soares, Nazaré Pinto Leite, Poliana Tuchia, Rafaela Amodeo, Rui Aires, Ulisses Ruedas
O diálogo entre música, dança e teatro através de um único instrumento: o corpo.
O tempo não pára… O corpo respira, incessantemente, ainda que inconsciente! Nesta necessidade de respirar quer se encontrar e dar, ao tempo de vida, a outros corpos, em ritmos diferentes. Num movimento perpétuo de atração e libertação, o corpo sabe, o corpo sente…
O corpo que nos une e o tempo que nos separa. É o grande mote desta criação que nos convida à reflexão e valorização da sabedoria do corpo e das suas vulnerabilidades.
Corpo do Tempo é o som do corpo em movimento, o único instrumento em palco. Um retrato humano da relação do corpo com o tempo e do tempo com o corpo.
“É preciso saber,
É preciso sentir,
É preciso saber sentir!
Porque às vezes a gente sabe e não sente, e outras vezes, a gente sente e não sabe.
Marco Santos
Pulsar – Companhia do Corpo é composta por um elenco de 15 artistas de várias áreas artísticas e tem como objetivo promover um diálogo entre a Música, a Dança e o Teatro através de um único instrumento: o Corpo. Deste diálogo nasce um vocabulário que estabelece comunicação com os aspectos mais subtis da existência humana.
Partindo da ideia de que para fazer música não são necessários instrumentos, Marco Santos desenvolveu um método pedagógico que potencia a capacidade expressiva dos “artistas-instrumento”, unidos por um elo comum, o ritmo.
Se por um lado o ritmo em movimento (percussão corporal) é a base para desenvolver experiências musicais e sonoras, por outro lado, é encarado de forma elástica, não restringindo o corpo ao âmbito musical. O método explora os movimentos do corpo, as suas relações com o espaço, onde a dança acontece na organização de sons e silêncios. A liberdade criativa que esta linguagem oferece à expressão de pensamentos, emoções e sensações permite criar narrativas e invocar campos poéticos.
Marco Santos | Artista, criador e músico ativo há mais de 20 anos, tendo a bateria, percussão e composição como o seu instrumento principal. Durante os últimos 16 anos teve a sua base entre Holanda e Portugal, vindo a Portugal com regularidade para trabalhar com vários artistas ou projetos autorais e viajando pelo mundo dando workshops e concertos colaborando com vários artistas: Sara Tavares, Lura, João Afonso, Luis Pastor, Doudou N’diaye Rose, Haay Sacksioni, Gilles Apap, Luis Pastor, Uxia Senlle, Rui Horta, Clara Andermatt, entre muitos outros.
Com a sua versatilidade tem vindo a colaborar com vários artistas e festivais, no âmbito da música, dança e teatro abordando a música de várias perspetivas. Em paralelo tem-se concentrado nas suas próprias criações e composições, lançando alguns álbuns autorais e em colaboração com outros. Recebendo a atenção do público e onde ganhou alguns concursos e nomeações de Jazz a nível internacional.
É o fundador da United Art Movement (UartM) com base na Holanda, criando um evento anual desde 2015 com o objetivo principal de promover a união de várias formas de arte num só palco, e assim elogiar a arte como a melhor ferramenta para unificar pessoas.
Através do ritmo com movimento, promove o “Corpo” como o principal instrumento, dando formação para músicos, bailarinos e atores. É fundador também da Pulsar – Companhia do Corpo com base em Lisboa, onde promove o diálogo entre a música, dança e teatro com um único instrumento – O Corpo
Ana Sofia Sequeira | Licenciada e Mestre em Guitarra, estudou na Academia de Amadores de Música, no Instituto Gregoriano e na Escola Superior de Música de Lisboa. Seguiu os estudos em Hamburgo na Hochschule für Musik und Theater. Teve como professores Piñero Nagy, António Gonçalves, e trabalhou ainda com Alberto Ponce, Hopkinson Smith, Benjamin Verdery e David Russell. Em 1992 foi finalista no Concurso da Juventude Musical Portuguesa, em 1995 foi vencedora do 1º Prémio no 4º Festival Internacional de Guitarra de Zarautz, Espanha. Deu concertos em vários países da europa a solo e em música de câmara. É co-autora dos Cd’s Cantar Juntos e da opereta Rebola o Medo e Ri que estreou no CCB. Colabora desde 2014 com Centro de Formação Artística do Teatro da Voz desenvolvendo projetos de improvisação e criação de música com crianças, com apresentações na Culturgest, Fundação de Serralves, FMM Sines, entre outros. Leciona na Academia de Música de Santa Cecília e Academia de Amadores de Música.
André Tasso | Estudou Artes Visuais na Universidade de Évora, continuou os seus estudos no programa de contaminação visual na Escola Maumaus. Estudou guitarra elétrica com Luís Lopes e está atualmente na Escola de Jazz Luiz Villas-Boas. Foi um dos membros fundadores do Bar Irreal onde programou vários eventos culturais: concertos, exposições, cinema e conversas. Organizou e programou o ciclo de música experimental MUZZ no jardim do Palácio Galveias. Tem participado em projetos de música improvisada livre, música para cinema, performances e teatro, dos quais se destacam: Improjam de Solstício – Sexteto de Guitarras, Colhendo Flores sobre os Telhados do Inferno – Concerto a solo no Atelier Concorde, É como ar, entra e sai – Improvisação a solo para peça de teatro de Bernardo Chatillon, Uma pátria assim – Banda Sonora do filme de Vítor Pomar, entre outros. A solo e com o projeto Catarata, do qual fazem parte, Bruno Humberto e João Ferro Martins.
Denys Stetsenko | Nascido na Ucrânia, conclui a sua formação clássica já em Portugal, tanto em violino dito moderno como também em violino barroco. Teve como professores Felix Andrievsky, Enrico Onofri e Amandine Beyer, entre outros. O seu leque de géneros musicais foi expandindo através da exploração da música do mundo, participando em projetos de música portuguesa, música tradicional europeia e música da América Latina. É membro fundador do Quarteto Arabesco, Duo Stetsenko e Parapente700. Tem partilhado palcos e estúdios de gravação com Sete Lágrimas, Os Músicos do Tejo, Orquestra Barroca da Casa da Música, Martin Sued & Orquestra Assintomática, Espírito Nativo, Pedro Jóia, Rodrigo Leão, Rita Redshoes, Dead Combo, Benjamin Clementine, entre outros. Como formador lecionou violino e música de câmara na Academia de Música de Santa Cecília (Lisboa) durante 17 anos e foi professor associado de violino barroco na Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo do Porto (2011-14).
Eva Parmenter | É uma das mais destacadas concertinistas em Portugal, como intérprete, e também como compositora. Propõe novos caminhos na exploração de um instrumento tradicionalmente associado à música popular. Desde sempre transporta uma insaciável sede pela viagem, numa eterna busca por músicos e músicas das mais diversas proveniências. Fluindo nesta saudável inquietação, vai desenhando a matriz da sua identidade musical. Numa simbiose entre concertina, voz e movimento, convida a uma viagem sonora que dilui fronteiras estéticas, geográficas e temporais. Atualmente, além de se apresentar a solo, toca com o duo Parapente700, Vagaço Colectivo, Ó Chibinha, Trio Ronen, De La Fuente, Parmenter, Tugoslavic Orkestar e Baile das Histórias. Com estas formações têm participado em inúmeros festivais de música e dança em Espanha, França, Bélgica, Holanda, Alemanha, Reino Unido, Portugal, Itália, Suíça, Suécia, Eslovénia, Áustria, República Checa, Hungria, Turquia, China e Brasil.
Margarida Soares | Nascida em Beja, iniciou os estudos de música no Conservatório Regional do Baixo Alentejo. Formou-se em Cenografia pela Escola Artística António Arroio e em Teatro Musical pela Escola de Danças Sociais e Artes do Espetáculo. Licenciou-se pela Faculdade de Direito de Lisboa, e tornou-se membro dos Coros da Universidade de Lisboa e Miosótis, ambos pela direção do maestro Luís Almeida. Integrou a Secção de Cultura da Cooperativa Rizoma e o Coro Improvisado da BOTA. Viveu em Lisboa, Toulouse, Paris e Madrid e desde 2018 dedica-se à educação para o empreendedorismo de impacto social, colaborando com escolas, empresas e projetos sociais pelo mundo, em particular na Guiné-Bissau, Cabo Verde e Brasil. Estudante de Vídeo, Som e Motion Design, segue explorando e improvisando os limites da multidisciplinariedade.
Mariana Camacho | Música, cantora e criadora. Desde 2019 apresenta-se no circuito nacional independente com o seu projeto a solo, onde explora e funde influências musicais, impressões do mundo, sem regras. Tem aprofundado a pesquisa em torno das cantigas de trabalho tradicionais, como ponto de partida para redescobrir potencialidades da voz enquanto elemento vivo. Paralelamente, dirige o coro CoLeGaS da ILGA Portugal, desde 2018, integra o trio de improvisação vocal Guarda-Rios com João Neves e Susana Nunes, desde 2019, o projeto Beato, de Bruno Vasconcelos, desde 2020. No seu percurso eclético trabalhou com projetos e artistas dos quais se destacam Punk d’Amour, TochaPestana, Mutrama (ao lado de André Santos, Salvador Sobral, Maria João entre outros), Amélia Muge, Coro Gulbenkian e, nas artes performativas, Artistas Unidos (2015), Grupo Dançando com a Diferença (2015), Diane Giraud (2020), Hotel Europa (2022) e Leonor Buescu (2022), entre outros.
Mariana Frazão | Nasceu em 1996 em Lisboa. O seu percurso artístico inicia-se na EPAOE – Chapitô, no curso de Interpretação e Animação Circenses, tendo como especialização a manipulação de objetos e malabarismo. Acredita na partilha, na fusão de diferentes linguagens e no entrosamento das várias expressões, como caminho de crescimento. Participou em variados projetos de cariz artístico, cultural e social (inclusão social através das artes). O gosto pela pesquisa do movimento, e a vontade de levar a dança a cada pessoa, levou-a a frequentar o Curso de Dança com a Comunidade. Acredita na arte como forma de elevação e equilíbrio pessoal e relacional. Atualmente integra o elenco de “Coreto (Con)vida)” de Cláudia Nóvoa, é membro do projeto Circo Matemático e intérprete e criadora do projeto ConCorda.
Nazaré Pinto Leite | Apaixonada pela Música Tradicional do Mundo, em particular de Cabo Verde, aperfeiçoando as suas técnicas essencialmente com Jon Luz. Integrou o projeto Ethno em Portugal, Espanha, França e Chipre. É membro do Coro de Música Popular, no Porto, sob direção da Teresa Campos. Participou na gravação da Suite Almerinda (2023) com a Orquestra Assintomática e Yamandu Costa. Frequentou a oficina de Improvisação Musical “Ritmo con Señas”, com Santiago Vasques. É Licenciada pela Academia Nacional Superior de Orquestra, onde integrou a Orquestra Académica Metropolitana, sob direção do maestro Jean Marc Burfin, e a Orquestra Metropolitana de Lisboa. Fez parte de diversos grupos de Música de Câmara. Frequentou Masterclasses com Simon Fuchs, Samuel Bastos, entre outros e trabalhou com maestros como Yan Wierzba, Pedro Neves, Enrico Onofri. Fez parte da Jovem Orquestra Portuguesa (2016/2018), presente no festival Young Euro Classic (Berlim), sob direção do maestro Pedro Carneiro e do 1º Estágio Barroco da JOP.
Poliana Tuchia | Palhaça, percussionista e gestora cultural, projeta na sua pesquisa artística a transversalidade de linguagens e o cooperativismo em rede, buscando visibilizar discussões acerca das questões de género e sexualidade. É co-fundadora da MALTA – Mulheres da América Latina pelo Tambor, uma rede que mapeia mulheres tamboreiras e promove o protagonismo feminino na percussão, na América Latina. É co-fundadora da “Divinas Tetas”, uma plataforma de criação e construção de novas dramaturgias cómicas que valorizem o protagonismo feminino e LGBTQIAP+ no universo circense e teatral. Em Portugal fundou com outras cinco artistas o grupo Eufémias e o Festival Eufémia, que busca fomentar a reflexão crítica sobre o universo das mulheres, a construção de identidades e as questões de género na arte performativa. Nos últimos anos colaborou na curadoria do Tem Graça – Festival Internacional de Mulheres Palhaças atuando também como assistente de direção e coordenadora de comunicação do Festival.
Rafaela AmoDeo | Trabalha com dança, teatro, circo e performance art. Socióloga e bailarina formada pela Escola e Faculdade Angel Vianna. Complementou sua formação na Escola de Artes Visuais do Parque Lage no Rio de Janeiro e desde então cria em performance art individualmente ou em parceria. Trabalhou vários anos colaborando com coreógrafo Paulo Mantuano. Dirigiu as peças de teatro Mãe de Ninguém e Jogo do Jogo. Como bailarina-acrobata trabalhou com o diretor Cláudio Baltar em Vertigem (Rio de Janeiro), trabalhou no espetáculo Pirouettes, com a Cia Francesa 9.81 sob a direção de Eric Lecomte. Foi assistente de direção de várias peças dirigidas por Renato Rocha, destacam-se Eu, Moby Dick (teatro), Rastros (circo), entre outras. Dirigiu por 4 anos a Casa Cultural Colaborativa Base Dinâmica, um espaço artístico cultural no Rio de Janeiro idealizado pela própria, onde aconteciam aulas diversas, apresentações e também colóquios internacionais em parceria com Paris 8 e PUC.
Rui Aires | Músico e sonoplasta. Inicia os estudos musicais aos 7 anos de idade na Sociedade Musical Santa Cecília, em Aveiro. Nos últimos 14 anos estuda, mais consistentemente, percussão, em particular percussão tradicional Ibérica. Frequentou o curso de produção musical na Escuela Creativa de Madrid. Do seu trabalho destacam-se os projetos: Charanga (Prémio Megafone @Festival Bons-Sons 2014), Retimbrar, TEM.PÔ, Eliseo Parra & Las Piojas (Madrid), entre outros. Com estes projetos atuou principalmente em Portugal e Espanha mas também em França e no Reino Unido. Entre projectos pessoais e colaborações participou, até ao momento, em 16 álbuns de música. Como sonoplasta formou-se na Escola Superior de Imagem e Som – CES de Madrid, no curso de Som para Cinema. Nesta área destacam-se trabalhos como: Mr. Trance, série de animação para TV de Valério Veneras, [NO-RES], documentário de Xavier Artigas (prémio Melhor Documentário Nacional @Documenta Madrid 2012).
Ulisses Ruedas | Bailarino, compositor e multi-instrumentista, iniciou sua carreira em 2003 no Brasil, atuando como bailarino convidado e percussionista em pequenas apresentações e workshops. Integrou diversos grupos de flamenco ao longo da sua trajetória, sendo co-criador de algumas das iniciativas mais criativas de São Paulo. Assinou a direção artística de projetos dos quais participou, atuando também como cantor, guitarrista e percussionista. Viveu alguns anos no Japão, onde desenvolveu trabalhos como coreógrafo no Centro Cultural Tiempo Ibero-Americano e em Espanha, onde foi bailarino da companhia Luces de Bohemia, apresentando-se em espaços de cultura de renome dentro e fora da Espanha. Hoje em Portugal, é bailarino do grupo Serva la Bari onde atua por todo o país, é professor na Escola Flamenca de Oeiras, realiza apresentações de “tablao” mensais com o grupo Rueda Flamenca.
Ficha técnica
Criação e Direção: Marco Santos
Assistência de dramaturgia e coreografia: Yola Pinto
Produção executiva: Linda Campos e Marco Santos
Assessoria de Imprensa: Mónica Jardim
Produção logística: Margarida Soares e Rui Aires
Técnico de som: Suse Ribeiro
Elenco: Ana Sofia Sequeira, André Tasso, Denys Stetsenko, Eva Parmenter, Marco Santos, Mariana Camacho, Mariana Frazão, Margarida Soares, Nazaré Pinto Leite, Poliana Tuchia, Rafaela Amodeo, Rui Aires, Ulisses Ruedas.
Agradecimentos:
Manuel da Luz Santos, Preciosa Santos, Clara Andermatt, Simão Costa, Yola Pinto, Silvia Real.
Apoios:
Antena 2; Real Pelágio, MATT image & design; Menu das Artes; Companhia ACCCA; EVC – Estúdios Victor Córdon; UartM – United Art Movement; Musibéria.