A Academia Olímpica de Portugal e a Embaixada de França apresentam
Concerto transmitido pela Antena 2
no âmbito do programa cultural dos Jogos Olímpicos de Paris 2024
28 maio | 19h00
Biblioteca do
Instituto Francês
Entrada gratuita
Florilège de Mélodies du 20e Siècle
Tributo à música francesa da primeira metade do século XX
Concerto de câmara
Ana Filipa Leitão & António Luís Silva
Ana Filipa Leitão, soprano
António Luís Silva, pianista
Programa
Charles Gounod – Je veux vivre
Émile Waldteufel – Les patinateurs op. 183
Gabriel Fauré – Au bord de l’eau
Erik Satie – Gymnopédies nº 1, 2 e 3
Erik Satie – La diva de l’empire
Claude Debussy – L’isle joyeuse L. 106
Gabriel Fauré – Le papillon et la fleur
Ambroise Thomas – Je suis Titania
Gaetano Donizetti – Salut à la France
A Academia Olímpica de Portugal propõe um recital de música lírica francesa no âmbito do programa cultural dos Jogos Olímpicos de Paris 2024. Este tributo aos grandes compositores franceses da primeira metade do século XX ressoa com os Jogos Olímpicos organizados há um século em Paris, em 1924.
No final do século XIX, surgiram em Paris novas tendências artísticas, das quais as mais conhecidas são a pintura impressionista e a poesia e pintura simbolistas. Músicos como Erik Satie e Claude Debussy também foram influenciados por estas correntes de pensamento.
A ideia da música impressionista é evocar a natureza através da utilização do timbre dos instrumentos, ou seja, o mais próximo da cor, bem como através de combinações harmónicas refinadas e vanguardistas e da utilização de escalas modais arcaicas e orientais.
O recital explora igualmente elementos sonoros que evocam os ideais olímpicos, como a procura da excelência e a celebração da diversidade cultural.
Este evento não só celebra a riqueza cultural de França, como também reforça os laços culturais associados ao movimento olímpico, tanto na sua vertente cultural como musical.
Transmissão direta
Apresentação: João Almeida
Produção: Anabela Luís
No ano em que Paris acolhe os Jogos da 33.ª Olimpíada, de 26 de Julho a 11 de Agosto, a Academia Olímpica de Portugal assinala a dupla efeméride do centenário de outra edição dos Jogos Olímpicos em Paris, em 1924, e também o centenário da conquista da primeira medalha olímpica portuguesa, através da equipa de hipismo participante nesses Jogos de Paris de há cem anos.
Esses momentos são evocados através de um concerto, dia 28 de Maio, pelas 19h00, na Biblioteca do Instituto Francês de Portugal, explorando a rica tradição musical de compositores franceses da primeira metade do séc. XX, os quais, de alguma forma, transportaram ou viram transportadas as suas criações para o universo olímpico, nomeadamente dos Jogos de Paris de 1924.
Tendo por base o ambiente cultural da capital francesa na época, o concerto tem um carácter intimista, para voz e piano, transportando o público para a França modernista de há cem anos através de peças de renomados compositores franceses clássicos – Gounod, Waldteufel, Fauré, Satie, Debussy ou Ambroise Thomas.
A seleção destes compositores teve por base não apenas a mestria técnica mas também a diversidade estilística que caracteriza a música francesa do século XX. As obras propostas apresentam uma fusão única de tradição e vanguarda, revelando um panorama musical enriquecedor e inovador.
A inserção ocasional da temática especificamente olímpica nas composições proporciona uma dimensão adicional ao concerto, permitindo aos executantes explorar elementos sonoros que evocam os ideais olímpicos, como a competição leal, a busca da excelência e a celebração da diversidade cultural.
O concerto inscreve-se no Programa Cultural Olímpico-2024, criado pela Academia Olímpica de Portugal para assinalar a realização dos Jogos Olímpicos de Paris e permite fortalecer os laços culturais associados ao movimento olímpico na sua vertente cultural e musical.
São intérpretes a soprano Ana Filipa Leitão e o pianista António Silva.
Ana Filipa Leitão | Iniciou os seus estudos musicais em 2003 na escola de música da SFUAP (Almada) tendo frequentado as classes de piano, coro, clarinete e canto. Integrou também a banda filarmónica, onde tocou clarinete e clarinete baixo de 2007 a 2020. Em 2011 ingressou no curso de canto da Escola Artística e de Música do Conservatório Nacional de Lisboa, tendo frequentado a classe de José Manuel Araújo. Ao longo do seu percurso académico trabalhou no âmbito de interpretação e aperfeiçoamento vocal com Elvira Ferreira, Sandra Medeiros, Margarida Natividade, Alexandra Bernardo, Ana Ester, Christian Hilz, Lucia Mazzaria, João Paulo Santos, David Santos, Helen Layson, Brian MacKay, Uri Cabot, Bárbara Barradas e Cátia Moreso, Paula Anglin.
Apresenta-se como solista em concertos desde 2017 e interpretou os papéis de: Stella na opereta A Filha do Tambor- Mor de J. Offenbach, sob a direção de Cesário Costa, no São Luiz Teatro Municipal (2019); Isabel na ópera infantil A Floresta de Eurico Carrapatoso, sob a direção de António Vassalo Lourenço, no Teatro Aveirense, Teatro Municipal de Bragança e Teatro José Lúcio da Silva (2019); Hexe (Bruxa) na versão portuguesa da ópera Hänsel und Gretel, acompanhada com piano a quatro mãos, no Cineteatro São Pedro em Minde e no Cineteatro Rogério Venâncio em Alcanena (2019); Adina na ópera L’Elixir d’Amore de G. Donizetti, sob a direção de Pedro Amaral no CCB (2020); Königin der Nacht na ópera Die Zauberflöte na Universidade de Aveiro (2021); Primeira Voz na ópera Mautempo em Portugal de Eurico Carrapatoso, sob a direção de Jorge Salgueiro e Fernando Marinho, no Fórum Municipal Luísa Todi e Centro Cultural Vila Flor (2023); Adelaide Cabete na ópera A Conspiração da Igualdade de António Vitorino de Almeida, sob a direção de João Malha, Jorge Salgueiro e Fernando Marinho, no Fórum Municipal Luísa Todi e Centro Cultural Vila Flor (2023); Mulher dos Cravos na ópera Evolução dos Cravos de Vítor Rua, sob a direção de Jorge Salgueiro e Fernando Marinho, no Fórum Municipal Luísa Todi, Casa da Música Jorge Peixinho e Centro Cultural Vila Flor (2024).
Em 2023 apresentou-se pela primeira vez como solista no Japão, nas cidades de Nagoya, Tokyo e Kanazawa.
Em 2021 terminou o Mestrado em Música, na Universidade de Aveiro onde estudou sob orientação de Isabel Alcobia, tendo obtido a classificação de 19 valores na sua dissertação.
É membro da Companhia de Ópera da Associação Setúbal Voz desde Março de 2023.
É membro do duo voz-piano Nanbanjin, com António Silva. Projecto que pretende divulgar música clássica japonesa e chinesa em território português e internacional. Nasceu do profundo fascínio e paixão de dois músicos pela sonoridade musical e cultura asiáticas.
Simultaneamente frequentou e concluiu a Licenciatura em Arte Multimédia na Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa (2012-2016).
Atualmente estuda canto com Rafaela Albuquerque.
António Luís Silva | Pianista, compositor e improvisador português, foi premiado em diversos concursos internacionais e nacionais, destacando-se os primeiros prémios no Concurso Internacional Cidade do Fundão, no Concurso de Interpretação Frederico de Freitas e no Concurso Ibérico de Piano do Alto Minho, e ainda o segundo prémio no Concurso Internacional Santa Cecília.
Estreou-se em 2017 a tocar a solo com orquestra, interpretando o 1º Concerto de Rachmaninoff, com a Orquestra Filarmonia das Beiras.
A solo realizou diversos recitais em Portugal, Espanha e França, atuando em diferentes palcos de importantes casas de espetáculo, como o CCB, Casa da Música, Centro Cultural de Cascais, Teatro Aveirense, Museu Tavares Proença e Sala dos Espelhos no Palácio Foz.
Realizou também concertos transmitidos em direto e em diferido pela estação de rádio Antena 2.
Em 2019 formou juntamente com Tiago Nunes o H4nds Duo, um duo de piano a 4 mãos que tem gozado de enorme sucesso, gravando um CD em 2020, e participando em diversos festivais, como o Festival de Música de Mafra, Festival de piano do Algarve, Festival Internacional dos Açores, entre outros.
Foi orientado por professores de renome, entre eles Carla Seixas, Jill Lawson e Álvaro Teixeira Lopes, e realizou classes de alto aperfeiçoamento com conceituados pianistas como Caio Pagano, Jeffrey Swan, Theodore Paraskivesko e Pedro Burmester.
Em 2010 terminou com a máxima distinção o curso de piano na Escola de Música do Conservatório Nacional. Licenciou-se em Música na Escola Superior de Música de Lisboa e na Escola Superior de Artes Aplicadas, e concluiu o Mestrado em Ensino da Música em 2016, na Universidade de Aveiro, sempre com as mais altas classificações.
Enquanto pianista, António Luís Silva destaca-se ao apresentar regularmente em concerto um programa exótico que inclui obras oriundas de todo o mundo, especialmente da Ásia Oriental e Central, América Latina e África.
Fotos Jorge Carmona / Antena 2