8º FESTIVAL ANTENA 2
29 janeiro a 1 fevereiro
6ª feira | 31 janeiro | 19h00
Sala Bernardo Sassett
Teatro São Luiz, Lisboa
Maiores 6 anos
Transmissão direta em antena e em vídeo streaming na RTP Palco
Concerto | Música Sinfónica
Orquestra Filarmonia das Beiras
Jan Wierzba, direção musical
Gonçalo Sousa, harmónica
Programa
Antonín Dvořák (1841-1904) – Noturno em Si Maior op. 40
Tiago Derriça (1986) – Concertino para Harmónica [estreia absoluta]
Eurico Carrapatoso (1962) – Dez Vocalizos para Leonor e Arcos
I. O Chorinho de Mê Filh’Antônio
II. Adagietto para Olarinda
III. O Que Me Diz a Brisa de Évora
IV. Slowly Rodriguez, el Messicano
V. Vocalizo em Forma de Alvites
VI. Vocalizo em Forma de Escalhão
VII. Silvester, the Pizzicat
VIII. O Que Me Diz a Brisa de Beja
IX. Adagietto em Forma de Gôndola
X. O Natal da Nô-Nô
Gordon Jacobs (1895-1984) – Cinco Peças para Harmónica e Orquestra de Cordas
I. Caprice
II. Cradle Song
III. Country Dance
IV. Threnody
V. Russian Dance
Sob a direção do maestro Jan Wierzba, a Orquestra Filarmonia das Beiras atua com o harmonicista Gonçalo Sousa. Neste concerto é apresentada, em estreia absoluta, a obra Concertino para Harmónica do compositor Tiago Derriça. São também interpretadas obras de Eurico Carrapatoso, Gordon Jacob e Antonín Dvořák.
Jan Wierzba | Nascido na Polónia e criado no Porto, é conhecido como um dos maestros mais versáteis da sua geração. O seu interesse a nível de repertório vai desde a música barroca à criação contemporânea, cruzando frequentemente fronteiras com outros géneros musicais. Apresenta-se regularmente em contexto operático, sinfónico e coral-sinfónico. É um entusiasta de projetos multidisciplinares, procurando novas perspetivas artísticas através do cruzamento de várias formas de criação. Procura acompanhar as mudanças rápidas a que a sociedade e meio musical contemporâneos obrigam, a nível de interesses do público, práticas interpretativas modernas e desenvolvimento tecnológico.
Desde Janeiro de 2024 é Director Artístico e Maestro Titular da Orquestra Filarmonia das Beiras. Integra a Direcção Artística do Movimento Patrimonial pela Música Portuguesa (MPMP), promovendo ativamente música erudita portuguesa de todas as épocas. É Professor Assistente na Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo. Foi Maestro Titular da Orquestra Clássica do Centro entre 2018 e 2021 e Maestro Assistente da Netherlands Philharmonic Orchestra entre 2017 e 2019. Dirigiu a Netherlands Philharmonic Orchestra, Real Filharmonia de Galicia, Orquestra Gulbenkian, Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música, Orquestra Metropolitana de Lisboa, Orquestra de Câmara Portuguesa, Orquestra Clássica do Sul, Orquestra Filarmonia das Beiras, Orquestra de Guadalajara, Orquestra do Norte, Netherlands Chamber Orchestra, Orquestra Clássica de Espinho, Orquestra Clássica da Madeira, Orquestra Pop Portuguesa, entre outros agrupamentos tanto profissionais como académicos.
No contexto operático, para além de Maestro Convidado Principal do OperaFest Lisboa entre 2020 e 2023, dirigiu a primeira edição do FIO – Festival Informal de Ópera, e foi Maestro Residente no Operosa Festival que teve lugar na Sérvia e no Montenegro. Dirigiu as estreias de uma dezena de óperas de compositores vivos.
Participou numa série de masterclasses com foco em Ópera sob a tutoria do Maestro Carlo Rizzi, e foi um dos 15 artistas convidados a participar na International Community Arts Academy, tendo também participado no workshop Opera in Creation durante o Festival d’Aix-en-Provence, tudo ao abrigo da European Network for Opera Academies.
Foi Maestro Assistente do Coro da Dutch National Opera, e Maestro do Coro do Círculo Portuense de Ópera. Foi Maestro Assistente de Joana Carneiro, Jac van Steen, Vassily Petrenko, Pedro Carneiro, Marc Tardue, Sir Andrew Davis e Juanjo Mena tendo ainda trabalhado em masterclass com Neeme Jarvi, Jorma Panula, Juanjo Mena, Nicolas Pasquet, Sir Mark Elder, Jean-Sebastien Béreau e Paavo Jarvi, entre outros.
Enquanto bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian, frequentou o grau de Konzertexamen na Hochschule für Musik Franz Liszt, em Weimar, na classe dos Professores Nicolas Pasquet e Eckhart Wycik e terminou o Mestrado em Direcção na Royal Northern College of Music, onde estudou com Clark Rundell e Mark Heron. Licenciou-se em Direcção de Orquestra pela Academia Nacional Superior de Orquestra sob a tutoria do Maestro Jean Marc Burfin. Licenciou-se também em Piano pela Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo no Porto na classe de Constantin Sandu, tendo se apresentado em público inúmeras vezes em recital, música de câmara e com orquestra.
É laureado do Prémio Jovens Músicos, tanto em Música de Câmara como em Direcção de Orquestra, para além do Mortimer Furber Prize for Conducting, o Prémio Rotary Club da Foz, e uma bolsa da Yamaha Music Foundation for Europe.
Gonçalo Sousa | Músico e compositor que elegeu como veículo de sua expressão musical a harmónica cromática.
Iniciou os estudos musicais no Centro Musical de Cascais estudando guitarra clássica e formação musical. Entre 2002-2007 frequentou a Escola de Jazz Luís Villas-Boas Hot Clube de Portugal onde estudou guitarra e piano jazz, e paralelamente guitarra portuguesa na Escola do Museu do Fado. Em 2018 licenciou-se em Música – variante jazz pela Escola Superior de Música de Lisboa, sendo a harmónica o instrumento principal. Encontra-se, de momento, a frequentar o Mestrado em Ensino da Música também na Escola Superior de Música de Lisboa.
Nos últimos três anos gravou quatro discos como líder. Em 2019 com o seu quinteto de jazz Nova Construção (apoio Antena 2); em 2020 com o pianista e compositor Carlos Garcia gravou o disco em duo piano e harmónica Monks na Meia Praia, em 2021 com também com Carlos Garcia gravou Ecos de Zeca (em homenagem a Zeca Afonso) e em 2024 Sicilienne; em 2022 gravou ao vivo no Hot Clube de Portugal o disco Gonçalo Sousa Quarteto – Um Sorriso para o Toots (homenagem a Toots Thielemans pelo seu centenário) para a label Hot Clube.
Tem participado em diversos festivais e nos principais palcos da cena jazz em Portugal, assim como em álbuns que vão desde o jazz, ao fado, à música cabo verdiana, ao pop ou worldmusic, tendo atuado em França, Brasil, Argentina, Chile, Espanha e Cabo Verde.
Realizou duas residências artísticas, em Cabo Verde em 2018, Residência Artística-Sons da Lusofonia, e em 2019 nos Açores na Ilha de Santa Maria, Anticlone.
Lidera o Gonçalo Sousa Quinteto Nova Construção; o quarteto de homenagem a Toots Thielemans – Gonçalo Sousa Um Sorriso para o Toots; co-lidera os projectos Monks na Meia Praia, duo com o pianista e compositor Carlos Garcia; o projeto A harmónica erudita – música erudita com a pianista Joana Figueiredo Barata; Pela Rua Fora com o guitarrista Cláudio Alves e percussionista argentino Sebastian Scheriff; Passeando em tom Jobim com o guitarrista de 7 cordas brasileiro Gabriel Selvage. Tem se apresentado também como solista (repertório erudito escrito para orquestra) com a Orquestra Filarmonia das Beiras, a Orquestra Clássica de Cascais e Oeiras (OCCO), Sinfonietta de Braga e Orquestra Sinfónica do Algarve.
É membro do quinteto de latin jazz de Maria Anadon; de Susana Travassos Trio, do grupo de cante/fado Luís Trigacheiro, do quinteto de jazz de Francisco Costa Reis e do quinteto de jazz de Nanã Sousa Dias.
Tem tocado e gravado com vários artistas do rock, pop, fado, música brasileira e africana, tais como Rui Veloso, Marco Rodrigues, Valéria Carvalho, Ala dos Namorados, Luís Trigacheiro, Susana Travassos, Marco Oliveira, Tatanka, Jon Luz, Tabanka Djazz, Don Kikas, Danny Silva ou Eduardo Paim.
Orquestra Filarmonia das Beiras (OFB) | Deu o seu primeiro concerto no dia 15 de Dezembro de 1997, sob a direção de Fernando Eldoro, seu primeiro diretor artístico. Criada no âmbito de um programa governamental para a constituição de uma rede de orquestras regionais, tem como fundadores diversas instituições e municípios da região das beiras, associados da Associação Musical das Beiras, que tutela a orquestra. Entre 1999 e 2023 foi seu Diretor Artístico e Maestro Titular António Vassalo Lourenço.
É composta por 31 músicos de cordas, sopros e percussão e a Direção Artística e Musical são atualmente da responsabilidade do Maestro Jan Wierzba. Norteada por princípios de promoção e desenvolvimento da cultura musical, através de ações de captação, formação e fidelização de públicos e de apoio na formação profissionalizante de jovens músicos, democratizando e descentralizando a oferta cultural, a OFB tem dado inúmeros concertos, além de desenvolver frequentes e constantes atividades pedagógicas (programas pedagógicos infantojuvenis, cursos internacionais vocais, instrumentais e de direção de orquestra, etc.). Também sob estes princípios, apresenta, desde 2006, produções de ópera diversas (infantil, de repertório ou portuguesa).
Do seu vasto histórico de concertos constam participações nos principais Festivais de Música do país (Algarve, Aveiro, Coimbra, Estoril, Évora, Gaia, Guimarães, Leiria, Lisboa, Maia, Óbidos, Porto, Póvoa de Varzim, Festa da Música e Dias da Música do Centro Cultural de Belém) e do estrangeiro (Festival de Guyenne, França, em 1998, Festival de Mérida, Espanha, em 2004, Concurso Internacional de Piano de Ferrol, Espanha, como orquestra residente, em 2007) ou importantes cooperações e coproduções com outros organismos artísticos. São estes os casos de espetáculos no Coliseu de Recreios de Lisboa (com a companhia Cirque du Soleil, em 2000) e no Coliseu do Porto (concertos Promenade); da interpretação da música de Bernardo Sassetti para o filme Maria do Mar de Leitão de Barros, desde 2001; da execução da ópera infantil A Floresta, de Eurico Carrapatoso, numa co-produção com o Teatro Nacional de São Carlos, Teatro São Luís, Teatro Aveirense e Teatro Viriato, em 2004, reposta em 2008; das colaborações com a Companhia Nacional de Bailado na produção dos bailados Sonho de uma Noite de Verão, com o encenador Heinz Spoerli, em 2004 e, em 2006, O Lago dos Cisnes de Piotr Tchaikowsky, ambos sob a direção de James Tuggle. Em 2017, a OFB foi convidada a apresentar a banda sonora do cine-concerto Harry Potter e a Pedra Filosofal, dirigido pela maestrina americana Sarah Hicks, uma estreia em Portugal. Em 2018 apresentou a banda sonora do segundo filme, Harry Potter e a Câmara dos Segredos, sob a direção de Matthias Manasi. Em 2019, sob a direção do maestro britânico Timothy Henty, a OFB apresentou o terceiro filme desta saga, Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban, em 2020 apresentou o quarto filme, Harry Potter e o Cálice de Fogo, em 2022, a OFB apresentou o quinto filme desta saga, Harry Potter e a Ordem da Fénix e em 2023 interpretou o sexto filme da série, Harry Potter e o Príncipe Misterioso. Estes espetáculos fazem parte da série de filmes-concerto Harry Potter, promovida pela CineConcerts e a Warner Bros. Consumer Products, numa digressão global em celebração dos filmes de Harry Potter.
Ao longo da sua existência, a OFB tem sido regularmente dirigida por alguns maestros estrangeiros e pelos mais conceituados maestros em atividade em Portugal. Tem colaborado com músicos de grande prestígio nacional e internacional, de onde se destacam os violinistas Régis Pasquier, Valentin Stefanov, Wojciech Garbowski, Alexandru Tomescu, Jack Liebeck, Eliot Lawson, Pedro Meireles e Ana Pereira, os violoncelistas Irene Lima, Paulo Gaio Lima, Marco Pereira e Filipe Quaresma, os flautistas Patrick Gallois, Felix Renggli e Istavn Matuz, os oboístas Pedro Ribeiro, Alex Klein, Jean Michel Garetti e Samuel Bastos, os pianistas Pedro Burmester, Jorge Moyano, António Rosado, Miguel Borges Coelho, Gabriela Canavilhas, Adriano Jordão, Anne Kaasa, Valery Starodubrovsky, Valerian Shiukaschvili, Ana Telles, Ruben Michili Nicolas Bourdoncle e Filipe Pinto-Ribeiro, os guitarristas Carlos Bonell, Alex Garrobé, Aliéksey Vianna, Jozef Zsapka, Paulo Vaz de Carvalho, Pedro Rodrigues e Paulo Soares, o saxofonista Henk van Twillert, assim como os cantores Elsa Saque, Elisabete Matos, Isabel Alcobia, Dora Rodrigues, Cristiana Oliveira, Lara Martins, Ana Quintans, Luísa Freitas, Cátia Moreso, Patrícia Quinta, Paula Dória, Carlos Guilherme, Mário Alves, Pedro Rodrigues, André Lacerda, Rui Taveira, Luís Rodrigues, Jorge Vaz de Carvalho, Armando Possante, José Corvelo, Nuno Dias, Tiago Matos e Mário Redondo ou José Carreras, sendo que os dois concertos realizados, em 2009, com este conceituadíssimo tenor constituirão, com toda a certeza, um marco para a história desta orquestra. Simultaneamente, tem procurado dar oportunidade à nova geração de músicos portugueses, sejam eles maestros, instrumentistas ou cantores.
Do repertório da OFB constam obras que vão desde o Século XVII ao Século XXI, tendo a Direção Artística dado particular importância à interpretação de música portuguesa, quer ao nível da recuperação do património musical, quer à execução de obras dos principais compositores do século XX e XXI. Aí se incluem estreias de obras e primeiras audições modernas de obras de compositores dos Séculos XVIII e XIX. Neste contexto, da sua discografia fazem parte orquestrações do compositor João Pedro Oliveira sobre Lieder de Schubert, a Missa para Solistas, Coro e Orquestra de João José Baldi e as 3ª e 4ª Sinfonias de António Victorino d’ Almeida, sob a direção do próprio (2009). Outras áreas musicais como a música para filmes ou o teatro musical são também incluídas, de forma a chegar ecleticamente ao público, através da colaboração com diversos artistas do panorama nacional e internacional onde se incluem Maria João, Mário Laginha, Bernardo Sassetti, Luís Figueiredo, Filipe Melo, Filipe Raposo, Cláudia Franco, Stacey Kent, Carlos do Carmo, Mariza, Camané, Carminho, Gisela João, Cristina Branco, Rita Guerra, Rui Veloso, Rui Reininho, Sofia Escobar, Fernando Fernandes (FF), Paulo de Carvalho, David Fonseca, Luís Represas, João Gil, Vitorino, Janita Salomé, Manuela Azevedo, Dulce Pontes, Nuno Guerreiro, Ana Lains, André Sardet, Aurea, Boss AC, Alessandro Safina, Nancy Vieira, Paulo Flores, Gilberto Gil, Ivan Lins, e com os grupos Danças Ocultas, Xutos & Pontapés, Jáfumega, Ala dos Namorados, James, Quarteto do Rio e Capitão Fausto.