Letra Original:
Nuit sans finNuit sans fin.
Tristesse morne des heures où l’on attend!
Coeur rompu.
Fièvre du sang rythmant les douces syllabes de son nom.
Qu’elle vienne, la trop désirée,
Qu’elle vienne, la trop aimée,
Et m’entoure de son parfum de jeune fleur!
Que mes lèvres mordent le fruit de sa bouche
Jusqu’à retenir son âme entre mes lèvres!
Ai-je donc pleuré en vain,
Ai-je donc crié en vain
Vers tout cela qui me fuit?
Tristesse morne.
Nuit sans fin!
Lorsqu’elle est entréeLorsqu’elle est entrée, il m’a semblé
Que le mensonge traînait aux plis de sa jupe;
La lueur de ses grands yeux mentait,
Et dans la musique de sa voix,
Quelque chose d’étranger vibrait.
C’étaient les doux mots que je connais si bien,
Mais ils me faisaient mal et entraient en moi doulouresement.
Qui donc a usé son regard?
Qui donc a fané la rougeur de sa bouche?
D’où vient cette lassitude heureuse
Qui semble avoir brisé son corps
Comme une fleur trop aimée du soleil?
Oh! torturer une à une les veines de son cher corps!
L’anéantir et le consumer, ensevelir sa chair
Dans ma chair, avec la joie amère
De l’impossible pardon!
Tout à l’heure ses mains plus délicates que des fleurs
Se poseront sur mes yeux et tisseront le voile de l’oubli…
Alors mon sang rebattra, les plaies rouges
De mon coeur saigneront, et le sang montera,
Noyant son mensonge,
Et toute ma peine.
Tradução para Português:
Noite sem fimNoite sem fim.
Tristeza melancólica das horas em que se espera!
Coração partido.
Febre do sangue ritmando as doces sílabas do seu nome.
Que ela venha, a demasiado desejada,
Que ela venha, a demasiado amada,
E me envolva com o seu perfume de jovem flor!
Que os meus lábios mordam o fruto da sua boca
Até reter a sua alma entre os meus lábios!
Então chorei em vão,
Chamei em vão
Tudo aquilo que me foge?
Tristeza melancólica.
Noite sem fim.
Quando ela entrouQuando ela entrou, pareceu-me
Que a mentira, nas pregas da sua saia, se arrastava;
O brilho dos seus grandes olhos mentia,
E na música da sua voz
Algo de estranho vibrava.
Eram as doces palavras que eu tão bem conhecia,
Mas elas faziam-me mal e em mim dolorosamente penetravam.
Quem então destruiu o seu olhar?
Quem então descorou o vermelho da sua boca?
De onde vem esta feliz lassitude
Que parece ter quebrado o seu corpo
Como uma flor demasiado amada pelo sol?
Oh! Torturar uma a uma as veias do seu amado corpo!
Aniquilá-lo e consumi-lo, enterrar a sua carne
Na minha carne, com a alegria amarga
Do impossível perdão!
Brevemente as suas mãos mais delicadas do que as flores
Se colocarão sobre os meus olhos e tecerão o véu do esquecimento…
Então o meu sangue palpitará, as feridas vermelhas
Do meu coração sangrarão, o sangue subirá
Afogando a sua mentira
E todo o meu sofrimento.
Tradução do original: RDP – Maria de Nazaré Fonseca