Temporada Gulbenkian Música
12 dezembro | 19h00
Grande Auditório
da Fundação Calouste Gulbenkian
Concerto para Piano nº 1 de Beethoven
Lise de la Salle, piano
Orquestra Gulbenkian
Direção de Samy Rachid
Programa
Ludwig van Beethoven – Concerto para Piano e Orquestra nº 1, em Dó maior, op. 15
1. Allegro con brio
2. Largo
3. Rondo: Allegro
Lili Boulanger – D’un matin de printemps
Ernest Chausson – Sinfonia em Si bemol maior, op. 20
1. Lent – Allegro vivo
2. Très lent
3. Animé
A pianista francesa Lise de la Salle acredita firmemente que a expressão musical de um intérprete não reflete tanto “a súbita inspiração” quanto as experiências de “visitar museus, ir ao teatro, ouvir música e ler”.
Desde há 20 anos que a pianista vem aprimorando aquilo a que o jornal Le Monde chamou um elevado nível de pura evidência: “Impede-nos de imaginar que possa haver qualquer outra interpretação” de qualquer peça do repertório.
Solista do Concerto para Piano e Orquestra nº 1 de Beethoven, abre um programa que inclui ainda obras de Lili Boulanger e Ernest Chausson, sob a direção do jovem maestro francês Samy Rachid.
Transmissão direta
Apresentação: João Almeida
Comentários de Sérgio Azevedo
Produção: Alexandra Louro de Almeida
© Philippe Porter
Lise de la Salle | Pianista reconhecida internacionalmente, com uma carreira de mais de vinte anos. Na temporada 2025/26, destacam-se as colaborações com orquestras como a Staatskapelle Berlin, sob a direção de Nathalie Stutzmann, a Sinfónica de Viena e Petr Popelka, a Sinfónica de Cincinnati e Kristiina Poska, a Sinfónica de Antuérpia e Eliahu Inbal, a Sinfónica da Rádio Polaca e Stephanie Childress, bem como a Sinfónica do Quebeque, a Filarmónica de Xangai, a Filarmónica Enescu e a Filarmónica de Colorado Springs.
Lise de la Salle já tocou com muitas das principais orquestras mundiais, em colaboração com maestros como Herbert Blomstedt, Fabio Luisi, James Conlon, Gianandrea Noseda, Krzysztof Urbański, Antonio Pappano, Rafael Payare, Karina Kanellakis, Lioner Bringuier, Thomas Søndergård, Fabien Gabel, Marek Janowski, Robin Ticciati, Osmö Vanska, James Gaffigan, Semyon Bychkov ou Dennis Russell Davies.
Atuou em muitas salas de concerto de renome, incluindo o Musikverein de Viena, o Concertgebouw de Amesterdão, a Herkulessaal de Munique, a Philharmonie de Berlim, o Tonhalle de Zurique, o Bozar de Bruxelas, o Wigmore Hall e o Royal Festival Hall, em Londres, o Théâtre des Champs-Élysées, em Paris, e o Hollywood Bowl, em Los Angeles.
Participou também em prestigiados festivais como o Festival de Piano do Ruhr e os festivais de Bad Kissingen, Verbier, La Roque d’Anthéron, Bucareste (Enescu) Aspen, Ravinia e São Francisco. Apresentou-se também nos ciclos de recitais da Sinfónica de Chicago. Dedica-se também à divulgação educativa e orienta masterclasses em muitas das cidades onde atua.
Lise de la Salle gravou uma extensa e aclamada discografia para a Naïve. Os lançamentos mais recentes incluem When Do We Dance?, que explora um século de música de dança, e Phantasmagoria, dedicado a Liszt e que apresenta a sua famosa Sonata em Si menor.
Lise de la Salle começou a tocar piano aos quatro anos de idade. Aos nove anos estreou-se num concerto transmitido em direto pela Radio France. Formou-se no Conservatório de Paris e estudou com Pascal Nemirovski e Geneviève Joy-Dutilleux. Em 2004, venceu as Young Concert Artists International Auditions, em Nova Iorque.
© Theresa Pewal
Samy Rachid | Na temporada 2025/26, o maestro francês cumpre o seu terceiro ano como Maestro Assistente da Orquestra Sinfónica de Boston, sob a direção musical de Andris Nelsons. Após a sua aclamada estreia em Tanglewood em 2025, com Midori, continuou a colaborar extensivamente com a orquestra. A presente temporada inclui também várias estreias e regressos importantes, com destaque para as primeiras colaborações com a Filarmónica de Roterdão, a Filarmónica de Bruxelas, a Sinfónica de Hamburgo, a Orquestra Nacional de Lille e a Orquestra Gulbenkian. Regressa à Auckland Philharmonia e à Opéra National du Rhin, onde dirige uma produção completa de Le Roi d’Ys, de E. Lalo. Os destaques da temporada incluem ainda a sua estreia na China, com a Sinfónica de Suzhou.
Desde 2021, Samy Rachid trabalhou com a Sinfónica NHK, a Orquestra do Festival de Gstaad, a Orquestra do Festival de Verbier, a Filarmónica de Praga, a Filarmónica de Tóquio, a New Japan Philharmonic, a Filarmónica de Estrasburgo, a Sinfónica de Mulhouse e a Sinfónica Húngara, entre outras orquestras. Em 2022, foi Maestro Assistente da Opéra National du Rhin, em Estrasburgo, e Conducting Fellow do Festival de Verbier, regressando em 2023. Nestes contextos, colaborou com maestros de renome como Zubin Metha, Gianandrea Noseda e Klaus Mäkelä. Ainda em 2022, participou na Gstaad Conducting Academy, onde trabalhou com Jaap von Zweden e se tornou no primeiro maestro francês a ser galardoado com o Prémio Neeme Järvi.
Anteriormente violoncelista do Quarteto Arod, Samy Rachid deixou o grupo em 2021 para se focar na direção de orquestra, tendo ganho o 2º Prémio do Concurso Internacional de Música de Tóquio. No mesmo ano, trabalhou com a Orchestre Elektra de França e foi convidado pelo agrupamento para seu Diretor Musical em 2022/23. Como violoncelista do Quarteto Arod, ganhou o 1º Prémio e dois prémios especiais no Concurso de Quartetos de Cordas Carl Nielsen, em 2015, e o 1º Prémio e dois prémios especiais no Concurso ARD de Munique, em 2016. Gravou vários álbuns para a Warner Classics.
Samy Rachid estudou com Mathieu Herzog e foi seu assistente na Orchestre Appassionato em vários projetos, principalmente com cantores de prestígio como Roberto Alagna, Ludovic Tezier e Nadine Sierra.
@ Jorge Carmona / Antena 2
Orquestra Gulbenkian | Em 1962 a Fundação Calouste Gulbenkian decidiu estabelecer um agrupamento orquestral permanente. No início constituído apenas por doze elementos, foi originalmente designado por Orquestra de Câmara Gulbenkian. Ao longo de mais de cinquenta anos de atividade, a Orquestra Gulbenkian (denominação adotada desde 1971) foi sendo progressivamente alargada, contando hoje com um efetivo de sessenta instrumentistas que pode ser pontualmente expandido de acordo com as exigências de cada programa de concerto. Esta constituição permite à Orquestra Gulbenkian interpretar um amplo repertório que se estende do Barroco até à música contemporânea. Obras pertencentes ao repertório corrente das grandes formações sinfónicas tradicionais, nomeadamente a produção orquestral de Haydn, Mozart, Beethoven, Schubert, Mendelssohn ou Schumann, podem ser dadas pela Orquestra Gulbenkian em versões mais próximas dos efetivos orquestrais para que foram originalmente concebidas, no que respeita ao equilíbrio da respetiva arquitetura sonora.
Em cada temporada, a Orquestra Gulbenkian realiza uma série regular de concertos no Grande Auditório Gulbenkian, em Lisboa, em cujo âmbito tem tido ocasião de colaborar com alguns dos maiores nomes do mundo da música, nomeadamente maestros e solistas. Atua também com regularidade noutros palcos em diversas localidades do país, cumprindo desta forma uma significativa função descentralizadora. No plano internacional, por sua vez, a Orquestra Gulbenkian foi ampliando gradualmente a sua atividade, tendo até agora efetuado digressões na Europa, na Ásia, em África e nas Américas.
No plano discográfico, o nome da Orquestra Gulbenkian encontra-se associado às editoras Philips, Deutsche Grammophon, Hyperion, Teldec, Erato, Adès, Nimbus, Lyrinx, Naïve e Pentatone, entre outras, tendo esta sua atividade sido distinguida, desde muito cedo, com diversos prémios internacionais de grande prestígio. Hannu Lintu é o atual Maestro Titular da Orquestra Gulbenkian, sucedendo a Lorenzo Viotti.
