W. A. Mozart (1756-1791) – Quarteto de Cordas N.º 3 em Sol Maior, KV 156 (1773)
II. Adagio
III. Tempo di minuettoEurico Carrapatoso (1962) – Sete velhos corais portugueses, in memoriam Fernando Lopes-Graça, Op. 31 (2000)
I. Canícula
II. Oriente
III. Papão
IV. Luz
V. Romaria
VI. Júbilo
VII. Altar
I. Andante grazioso
II. Allegro
III. Rondo – Allegro grazioso
Solistas
Carlos Damas, considerado pela crítica internacional como um notável violinista, é descrito pela revista Gramophone com as seguintes palavras: «Top technical marks… portuguese violinist Carlos Damas boasts a clear, ringing tone and impressive dexterity.» A revista inglesa TheStrad escreve: «… Portuguese virtuoso Carlos Damas is closer to the modern sensibilities and sound world of Thomas Zehetmair and Gidon Kremer… Damas with lightning technical reflexes and tonal flexibility… possesse a Szeryng-like finesse».
Estreou-se como solista, acompanhado pela então Orquestra da Radiodifusão Portuguesa, sob a batuta do maestro Silva Pereira. Foi-lhe atribuído o certificado de Excellence in Performance and Leadership pela American String Teachers Association. Viveu em Paris, onde frequentou o Conservatório. Foi aluno de Jacqueline Lefèvre e de Ivry Gitlis. Durante os anos que viveu em Paris encontrou-se regularmente com Yehudi Menhuin, que o orientou no plano artístico e violinístico. Participou em masterclasses com Dora Shwarzberg, Shlomo Mintz e Michael Frischenschlager. Participou em festivais como o Festival Internacional de Música de Gaia, Ciclo de Intérpretes de Aragón (Espanha), Festival de Música de Macau, Festival de Artes de Macau, Dias da Música em Belém, Festival de Semmering (Áustria), Festival Mozart (Salzburgo), Eastern Music Festival (EUA), Festival de Artes da R. P. da China. A convite da UNESCO realizou vários concertos com o intuito de promover a multiculturalidade. A discografia de Carlos Damas inclui atualmente nove CD. O seu álbum Fritz Kreisler foi considerado pela revista TheStrad como uma das melhores gravações deste compositor. O CD com a obra integral para violino do compositor Frederico de Freitas foi lançado em outubro de 2015. Ainda em 2015 gravou as obras para violino e piano de Jean Sibelius. Gravou para a Dux, Naxos e é atualmente artista exclusivo da Brilliant Classics. Apresentou-se a solo e em recital nos principais países da Europa, Ásia e América do Norte, em salas como a Salle Gaveau, Salle Cortot, Salle Pleyel Ville Louvigny (sede da Orquestra Filarmónica do Luxemburgo), Centro Cultural de Belém, Ly Hysan Concert Hall (Hong Kong), Teatro D. Pedro V (Macau) e Fundação Calouste Gulbenkian, entre outras. Como solista tocou com orquestras como a Jeune Philharmonie (Val de Marne-Paris), Winnipeg Symphony (Canadá), North Dakota International Music Camp Orchestra (EUA), St. Luke’s Orchestra (EUA), Camerata de St. Severin (Paris), Orchestre Internationale de la Cité (Paris), Orquestra Sinfónica de Cantão (China), Orquestra de Macau, Mission Chamber Orchestra (EUA), Orquestra da Radiodifusão Portuguesa, Camerata da Madeira e Orquestra Filarmónica de Praga. Carlos Damas toca um violino construído por G. B. Gabrielli em 1763, denominado de «Isham», que recebeu em doação de um admirador norte-americano.Elena Komissarova, natural da Rússia, iniciou os seus estudos de violino aos sete anos de idade. Frequentou a Escola Profissional de Música Mussorgsky, em São Petersburgo, e tirou o Curso Superior no Conservatório Estatal Rimski-Korsakov da mesma cidade, tendo tido como professores A. Aranovskaya, M. Gantvarg e P. Fainberg. Colaborou com várias orquestras, entre as quais as Orquestras dos Festivais de Música Schnackenburg e Iserlon (Alemanha) e a Orquestra Sinfónica da Ópera do Conservatório Estatal de Rimski-Korsakov. Durante o Conservatório, trabalhou na Orquestra Sinfónica Capella de São Petersburgo e tornou-se um dos membros do Capella String Quartet. Realizou concertos na Alemanha, Bélgica, Coreia do Sul, Espanha, Eslovénia, Finlândia, França, Holanda, Inglaterra, Irlanda Japão, ex-Jugoslávia e Suíça. Em 1999 ingressou na Orquestra Metropolitana de Lisboa. É professora de violino na Academia Nacional Superior de Orquestra (ANSO).
Andrei Ratnikov nasceu na Rússia, perto de Moscovo, e iniciou os seus estudos de violino aos sete anos de idade. Em 1987 obteve o doutoramento como violetista na Academia Superior de Música da Rússia. Em 1984, fez parte da Orquestra Virtuosi de Moscovo. Entre 1985 e 1989, foi chefe de naipe de violas da Nova Orquestra Sinfónica Estatal da Rússia. Entre 1989 a 1991, foi solista A do naipe de violas da Orquestra Sinfónica Estatal de Rádio e Televisão da Rússia. Entre 1991 e 2004, fez parte do Moscow Piano Quartet. Em 1993, fixou-se em Portugal com este Quarteto.
Foi homenageado três vezes com medalhas de mérito pelo seu trabalho na área da cultura musical. Dedicou-se à pedagogia musical na Rússia, onde vários dos seus alunos se distinguiram, tendo sido premiados em concursos internacionais de viola d’arco e música de câmara. Integra a Orquestra Metropolitana de Lisboa desde 1998.
Jian Hong nasceu na República Popular da China no seio de uma família de músicos, o pai violinista e a mãe cantora. Começou por estudar violino aos cinco anos de idade, tendo tido as primeiras lições com o seu pai. Três anos mais tarde começou a aprender violoncelo. Foi então para Beijing (Pequim), onde entrou no Conservatório Central da cidade. Foi assistente do 1.º violoncelo da Orquestra de Jovens da R. P. da China, sob a direção do Maestro Muhai Tang, período durante o qual fez várias digressões mundiais, tendo a oportunidade de visitar todos os países europeus. Mais tarde foi-lhe atribuída uma bolsa do governo chinês que lhe permitiu radicar-se em Moscovo, onde ingressou no Conservatório Tchaikovsky, na altura considerada uma das escolas mais conceituadas a nível mundial. Em Moscovo teve a ocasião de estudar com o professor Gavrich. Frequentou master classes com o grande mestre do violoncelo Paul Tortelier. Instalou-se na Suécia em 1991, obtendo posteriormente a nacionalidade sueca. Na Suécia foi membro da Orquestra de Helsinborg. Colaborou igualmente com a Orquestra de Norrköping e com a Sinfonietta Falun. Estudou com o 1.º violoncelo da Orquestra Sinfónica da Suécia, Elemér Lavotha. Em 1997 integrou a Orquestra de Câmara de Macau como assistente de 1.º violoncelo e foi professora de violoncelo no conservatório desta região. Apresenta-se regularmente em formações de música de câmara, com as quais já se apresentou em vários países europeus e asiáticos participando em vários festivais, de que se destacam o Festival Internacional de Música de Macau e o Festival de Artes da China. Trabalhou com os mais importantes maestros da R. P. da China, como Long Yu, Yuan Fang e Muhai Tang.
No ano 2001 estabeleceu residência em Lisboa. Desde essa data, faz parte da Orquestra Metropolitana de Lisboa e é professora da Academia Nacional Superior de Orquestra. Nesta orquestra teve a ocasião de trabalhar com maestros e músicos conceituados a nível internacional. Gravou em 2011 um CD com o Trio de António Fragoso para a editora Brilliant Classics. Em outubro de 2015 lançou um CD com a obra completa para violino de Frederico de Freitas, no qual colaborou na gravação da Sonata para Violino e Violoncelo. Jian Hong tem dupla nacionalidade, portuguesa e sueca.