A Música em Serralves em Festa

Na programação de Música destaca-se o concerto dos Natural Information Society & Guests (sábado 18h, Prado). A banda fundada pelo músico americano Joshua Abrams apresenta um concerto com músicos portugueses convidados e com ambientes psicadélicos que aliam um vasto leque de sonoridades e metodologias contemporâneas, incluindo o jazz e o minimalismo. 

Ainda em destaque está Interactive Ball, do australiano Jon Rose ( domingo 19h, Clareira das Bétulas). Neste projeto uma bola gigante irá gerar sons com a ajuda do público.

Serralves em Festa apresenta também ano os Calibro 35 (domingo, 19h30, Prado), uma banda funk de Milão que nos seus concertos revisita bandas sonoras de filmes a que se juntam elementos de vários estilos musicais, do rock ao jazz e à música improvisada.

Durante as 40 horas de Serralves em Festa será apresentado em contínuo na Casa de Serralves o projeto Oxidation Machine. Do encontro inédito entre o portuense Jonathan Saldanha e vários músicos e produtores convidados nasce um fluxo constante de som e luz com base em arquivos sonoros e sons captados no parque de Serralves. O público é também convidado a passar a noite na Casa, numa experiência imersiva.

A Festa no Prado, no sábado à noite, é um dos pontos altos de todas as edições de Serralves em Festa. Este ano destaca-se, às 01h30, o projeto Powerplant de um dos nomes mais importantes da música eletrónica britânica dos últimos anos: Shackleton, que aqui se rodeia de um grupo de bateristas e percussionistas.

Diretamente de Chicago, às 03h00, chega RP Boo, um dos criadores do movimento footwork, nascido naquela cidade norte-americana.

O Circo em Serralves em Festa

O Circo Contemporâneo desperta todos os anos a curiosidade de milhares de visitantes de Serralves em Festa e acontece no sábado e no domingo, às 22h, na Clareira das Azinheiras. Nesta 13ª edição, a Festa recebe o projeto Plan B, de Aurélien Bory e Phil Soltanoff, da Compagnie 111, de França. É um espetáculo pleno de movimento e acrobacia num diálogo desafiante com a gravidade imposta pela geometria vertical da cenografia.

A Dança em Serralves em Festa

Na Dança Contemporânea destaca-se o projeto da italiana Maria Donata D’Urso, Strata.2, com três apresentações durante a Festa. Esta proposta performativa resulta da vontade da coreógrafa em experimentar, através do movimento coreográfico, superfícies ambíguas dando especial atenção à exploração do corpo e da pele para construir composições espaciais onde são experimentados estados de presença e ausência, interior e exterior. 

O brasileiro Volmir Cordeiro traz a Serralves a sua peça Ciel (sábado e domingo 19h30), onde dança uma multitude de corpos ausentes de uma identidade e nome individual para problematizar a invisibilidade dos povos minoritários ou mais marginalizados.

Ainda na Dança, Pedro Prazeres apresenta em estreia absoluta a peça Eu – Globulus (sábado e domingo 17h30, Passeio da Levada). Esta é uma instalação de dança construída especificamente para o Parque de Serralves onde o público é convidado a encontrar diferentes proximidades, imaginários e relações através de uma coreografia-instrumento de perceção da paisagem.

O Teatro em Serralves em Festa

No Teatro destaca-se o projeto E se tudo fosse amarelo?, de Sílvia Real (sábado 12h, Auditório). Esta é uma peça de teatro/dança em que as crianças têm espaço de experimentação, de invenção, de pensamento e de diálogo assente em várias linguagens como a dança, o teatro, a música e a filosofia. A infância é aqui valorizada pois acolhe o que há nela de imprevisto, de inesperado e de novo.

Também em destaque estará Sem remetente, de Quique Mendez, com várias apresentações ao longo dos dois dias de Festa, sempre na Clareira das Bétulas. Usando técnicas de circo e escadas acrobáticas, Mendez manipula objetos e encontra soluções hilariantes para as dificuldades que vai criando.

A Festa fora de Serralves

Tal como em anos anteriores, Serralves em Festa acolhe a participação da comunidade local e nacional, mas também de artistas vindos de todo o mundo, e estabelece parcerias com outras entidades culturais, sociais, educativas e artísticas da cidade do Porto e do país. 

A Festa sai, por isso, mais uma vez, dos muros de Serralves e apresenta projetos na cidade do Porto, em parceria com a Câmara Municipal do Porto, através da PortoLazer.

No dia 3 de junho às 22h é apresentado no Centro do Porto o projeto musical Wreck, de Jon Rose. Neste projeto, Rose transforma um automóvel duma sucata (ou o que dele resta) num instrumento musical. Com a participação dum grupo de músicos do Porto, irá trabalhar ritmos metálicos, zumbidos e outros sons arrancados dos destroços. Uma instalação/performance de vibrações sonoras com uma imensa intensidade musical e de vídeo.

No Terreiro da Sé do Porto, nos dias 2 e 3 de junho às 19h30, a italiana Maria Donata D’Urso apresenta a performance Strata.2, uma proposta performativa para o espaço exterior assente numa escultura elástica e alterável, instalada no espaço urbano. Definida por este volume escultórico Strata.2 permite à performer jogar sem limites com o seu peso gerando contínuas linhas de movimento e novos desequilíbrios. O espectador poderá observá-la de vários pontos de vista movimentando-se à sua volta. As diferentes perspetivas propõem um novo olhar sobre o corpo performativo: uma organização imprevisível de eixos e de apoios mas sem qualquer hierarquização.

Numa loja da Avenida dos Aliados, o espanhol Alex Mendizabal apresenta uma instalação sonora performativa a partir de várias dezenas de balões.

Programa completo e mais informações, aqui.