LibretoNicola Haym a partir de um libreto originalmente pensado para o compositor António Sartório
EstreiaLondres, em 1724
AntecedentesJúlio César é considerado como uma das obras mais emblemáticas de Handel. A estreia desta obra aconteceu em Londres, a 20 de Fevereiro de 1724, sob o nome de Giulio Cesare in Egitto, tendo sido imediatamente aclamada pelo público. Para além do ano de estreia, Júlio César voltou aos palcos de Londres por mais três temporadas, perfazendo um total de 38 representações, o que para a altura representava um verdadeiro sucesso. A produção seguiu para Hamburgo onde permaneceu em cena até 1737. E desde o ano da sua redescoberta em 1922, que esta ópera tem aparecido regularmente nas temporadas dos teatros de ópera de todo o mundo.
O enredo desta ópera baseia-se na visita que o imperador romano empreendeu ao Egipto por volta do ano 48 antes de Cristo. No entanto, apesar dos personagens desta ópera serem figuras históricas, o seu enredo é essencialmente fantasiado. Um enredo imaginado pelo libretista Nicola Haym que a partir de um libreto originalmente pensado para o compositor António Sartório, temperou a história de César e Cleópatra com uma amálgama de heroísmo, aventura, intrigas amorosas, pathos, tragédia e ironia.
Resumo A acção desta ópera decorre no ano 48 a.c.
César derrotou o seu rival Pompeu e chega ao Egipto, exigindo que lhe seja prestada homenagem. Numa tentativa de granjear a simpatia de César, Ptolomeu, o rei do Egipto, mata Pompeu. Porém, César fica chocado com a traição de Ptolomeu. Entretanto, Cornélia, a viúva de Pompeu, rejeita os pretendentes romanos e egípcios, e Sesto, o filho de Pompeu e Cornélia, jura vingança a Ptolomeu.
A intenção do rei do Egipto em agradar Júlio César com o assassinato do seu rival, Pompeu, não correu bem e agora o imperador romano vê nessa acção um acto de alta traição. Entretanto, Cornélia e Sesto, viúva e filho de Pompeu encontram-se reféns na corte egípcia e Cornélia tenta a todo o custo afastar os sucessivos pretendentes que vão ter com ela. Tudo isto despoletou no jovem Sesto sede de vingança e é neste clima que começa o segundo acto de Júlio César.Ptolomeu e a sua irmã, Cleópatra, conjuram um contra o outro para ocuparem o trono do Egipto e assim conseguirem os favores de César. Cleópatra disfarça-se de Lídia e usa os seus encantos femininos para assegurar o apoio do Imperador Romano. Entretanto Cornélia e Sesto são presos após terem falhado um atentado contra a vida de Ptolomeu. No final do acto Sesto consegue fugir da prisão.E neste acto a história começa mesmo a correr mal para Ptolomeu. A sua irmã, Cléopatra, conspira para conquistar os favores de César e tornar-se rainha do Egipto. Enquanto isso, Cornélia e Sesto movidos pela sede de vingar Pompeu, são presos pela tentativa falhada de assassinarem o Rei do Egipto. Sesto conseguiu fugir da prisão.
Apesar de todos estes sinais no terceiro acto Ptolomeu ainda acredita ter triunfado em todas as frentes, incluindo na batalha que travara contra as tropas romanas comandadas por César. Ptolomeu tenta seduzir Cornélia, mas Sesto surpreende-o no acto e mata-o. Pompeu foi vingado. Como consequência César e Cleópatra juntam-se. Sob os auspícios de César, o Egipto uma nova era de paz e liberdade.