17 Setembro a 8 Outubro
Teatro de Vila Real
Desde a primeira edição em 2004, o Douro Jazz tem acolhido muitas dezenas de músicos e formações, contando com prestigiados nomes como Al Di Meola, Jean-Luc Ponty, Billy Cobham, Lee Konitz, Vicente Amigo ou Frank Gambale, ou ainda, do panorama português, como Maria João, João Paulo Esteves da Silva, Júlio Resende, Mário Laginha, Sexteto Mário Barreiros, Carlos Bica, Carlos Barretto, Filipe Melo e Bruno Santos, João Hasselberg, Desidério Lázaro e Ensemble Super Moderne, entre muitos outros.
Este ano, a abertura do Festival cabe a um «mestre absoluto» do jazz, o acordeonista francês Richard Galliano, que apresenta o seu ‘New Musette’, e o encerramento está a cargo de uma grande formação neste género, a Orquestra Jazz de Matosinhos, com Manuela Azevedo, vocalista dos Clã, como convidada.
Sérgio Carolino, um dos grandes tubistas mundiais, apresenta num concerto dois dos seus projectos: TUBAB e TUBAX. Para a sua participação no festival, o saxofonista e improvisador Rodrigo Amado convida Chris Corsano (EUA), baterista na vanguarda da improvisação livre que já tocou com artistas tão diferentes como Evan Parker, Kim Gordon (Sonic Youth) ou Björk.
O piano tem dois protagonistas: Filipe Raposo, com a sua estilização da música tradicional portuguesa, e o alemão Alexander von Schlippenbach, figura reconhecida nos meios do jazz e da música improvisada ao longo das últimas três décadas.Numa outra abordagem ao jazz, situa-se o filme-concerto ‘Aurora’, música em directo de Nuno Costa e Óscar Graça para aquele clássico do cinema, e o espectáculo infantil ‘O jazz é fixe!’, que introduz, de forma lúdica, os mais novos neste estilo universal.
Espetáculos
17 Setembro | 21h30
Entrada gratuita
Richard Galliano, acordeão
Jean-Marie Ecay, guitarra
Yaron Stavi, contrabaixo
Jean-Christophe Galliano, bateria
Richard Galliano apresenta o seu novo espectáculo, ‘New Musette’, numa parceria ente o Município de Vila Real e a Associação Douro Generation e no âmbito também do Douro Vintage Fest.
Richard Galliano, filho de um prodígio acordeonista e ele mesmo apontado como um dos maiores no seu instrumento, foi aconselhado pelo grande Astor Piazzola a desenvolver uma nova linguagem para a ‘musette’, assim como o mestre argentino fez para o tango.
Galliano tocou com os maiores (de Chet Baker a Charles Aznavour), editou enormes sucessos com a Deutsche Grammophon (é aliás o único acordeonista nesse exigente catálogo) e ganhou mais prémios do que é possível mencionar aqui. Um mestre absoluto.
23 Setembro | 21h30
Preço: 5€ / 3,5€
Recentemente nomeado pela prestigiada ‘El Intruso International Critics Poll’ (50 críticos de 18 países) como um dos cinco melhores saxofonistas tenor em actividade (ao lado de Evan Parker, Joe Lovano, Jon Irabagon e Ingrid Laubrock), Rodrigo Amado lançou em 2015 o seu 15.º álbum, “This Is Our Language”. O Motion Trio, com quem tem tocado em várias salas de referência da Europa, é considerado uma das mais importantes formações no jazz europeu. Actualmente, Rodrigo Amado é ainda responsável pela crítica de jazz no jornal ‘Público’.
Chris Corsano é um baterista americano que tem estado nas vanguardas da improvisação livre, do avant-rock e da noise music desde o final dos anos 90. Tocou com saxofonistas como Paul Flaherty, Joe McPhee e Evan Parker, guitarristas como Sir Richard Bishop, Heather Leigh Murray e Jim O’Rourke e com nomes únicos como Björk, Ghédalia Tazartès, Merzbow e Jandek. Corsano, o baterista mais tumultuoso, enérgico e criativo no free jazz contemporâneo, faz muito mais do que golpear a sua bateria. A subtileza e as suas mudanças repentinas de textura e dinâmica «são uma maravilha de se ver», segundo a revista ‘The Wire’.
Preço: 5€ / 3,5€
Nesta edição, o Douro Jazz convida o multifacetado e premiado tubista português Sérgio Carolino para mostrar alguns dos seus inúmeros projectos musicais, tendo sido escolhidos dois dos seus carismáticos duos.
Tubax Duo
Mário Marques: sax soprano e alto
Sérgio Carolino: tubas baixo e contrabaixo, lusofone e electrónica
Tubax Duo é o grupo que congrega a amizade e talento musical numa cumplicidade de vários anos, concentrada na menor formação da música de conjunto. Tem o objectivo de explorar as idiossincrasias e desafios musicais que implicam tocar em duo com dois instrumentos melódicos, sem restrições de género ou forma musical.
Obras de compositores como Howie Smith, Petri Keskitalo, Jon Hansen, Jeremie Dufort e arranjos de temas de John Zorn e Ennio Morricone dão corpo ao primeiro álbum do Duo.
Tubab Duo
Sérgio Carolino: tubas baixo e contrabaixo, lusofone e electrónica
Jorge Queijo: bateria, percussões e electrónica
Sérgio Carolino e Jorge Queijo editaram em 2011 o disco gravado ao vivo no Festival Paredes de Coura em 2009, um duo no qual reina o improviso total e livre, a criatividade, a espontaneidade, o groove e sobretudo a energia e a química musical entre os dois músicos em palco.
Preço: 5€ / 3,5€
Filipe Raposo continua a explorar os três universos que contêm a síntese do seu trabalho: o da música tradicional, onde são estilizados ritmos e melodias; o da música erudita, que contamina o conceito de forma e a concepção harmónica; e o da música improvisada, que atravessa toda a sua música.
É nesta linguagem pessoal e intimista que Filipe Raposo nos convida a descobrir novos caminhos dentro da música tradicional portuguesa, e nos surpreende com uma abordagem jazzística. Como quem nos mostra um novo caminho para um sítio familiar, leva-nos a descobrir novos temas que reconhecemos como nossos mesmo quando escutados pela primeira vez.
Pianista e compositor, teve uma formação clássica, mas rapidamente alargou os seus horizontes ao jazz, à música improvisada, à música popular e ao fado. Além das suas formações de concerto, tem também desenvolvido um intenso trabalho como compositor, arranjador e pianista, colaborando com artistas como José Mário Branco, Fausto, Sérgio Godinho, Amélia Muge, Vitorino, Janita Salomé e Camané, entre muitos outros.
Tem ainda colaborado com a Cinemateca Portuguesa desde 2003, acompanhando filmes mudos ao piano.
1 Outubro | 21h30
Preço: 5€ / 3,5€
Figura de uma importância crucial nos meios do jazz e da música improvisada ao longo das últimas três décadas, o pianista germânico Alexander von Schlippenbach tem tido um percurso marcante pontuado por inúmeras gravações e colaborações com diversos músicos vitais desse panorama, contribuindo decisivamente para o enriquecimento da linguagem ao piano numa realidade pós-Thelonious Monk.
Fundador e pioneiro da Globe Unity Orchestra até aos dias de hoje, Schlippenbach fundou também em 1988 a Berlin Contemporary Jazz Orchestra, big band que ao longo da sua existência contou nas suas fileiras com músicos como Evan Parker, William Breuker ou Kenny Wheeler. Vencedor do ilustre Albert Mangelsdorf Prize em 1994, tem também liderado o Alexander von Schlippenbach Trio, com o baterista Paul Lovens e o saxofonista Evan Parker, naquele que é um dos trios de jazz mais míticos em actividade.
4 Outubro | 21h30
Preço: 5€ / 3,5€
Nuno Costa (Guitarra e laptop)
Óscar Graça (piano, teclados e laptop)O projecto ‘Filme-Concerto’ nasce da paixão pelo cinema e pela composição musical partilhados pelo guitarrista Nuno Costa e o pianista Óscar Graça, ambos formados na Berklee College of Music, em Boston.
A partir de filmes considerados marcos históricos do cinema e transportando para o presente uma técnica comum nos primórdios da exibição de filmes mudos, este projecto assenta numa recriação e apresentação ao vivo da banda sonora composta para o filme em projecção. Tem como objectivo não apenas tentar modernizar ou actualizar mas antes reavivar filmes basilares na história do cinema.
O filme desta sessão é ‘
Aurora’ (‘Sunrise: A Song of Two Humans’), do realizador alemão F. W. Murnau, autor de, entre outros, ‘Nosferatu’ e ‘Tabu’.
8 Outubro | 21h30
Preço: 5€ / 3,5€
A Orquestra Jazz de Matosinhos tem desenvolvido nos últimos anos uma série de projectos com vozes oriundas dos mais variados universos musicais, desde o jazz (Dee Dee Bridgewater e Maria João) à música brasileira (Maria Rita) e à world music (Mayra Andrade), criando arranjos originais para repertórios nunca ouvidos em versão big band.
Neste concerto conta com uma das cantoras mais destacadas da música pop portuguesa da actualidade, Manuela Azevedo, conhecida especialmente pela sua carreira como vocalista dos Clã. O repertório reúne escolhas da cantora, que percorrem alguns dos caminhos do cancioneiro norte-americano, francês, da música popular do Brasil e até dos próprios Clã.
e ainda…
6 Outubro | 14h30
Entrada gratuita
O Jazz é fixe!
Fantoches, instrumentos, danças, blues e valsas, desde Django Reinhardt a Charlie Parker: assim se descobre que o jazz é fixe!
Álvaro Rosso, contrabaixo | João Mortágua, saxofone | Vânia Couto, guitarra e voz
Um espectáculo lúdico e pedagógico sobre o jazz: a sua história, como se constrói, como se improvisa, como se pode cantar e sentir a música. Há um blues que se aprende a cantar e a improvisar, uma bateria feita de sacos de plástico, um saxofone que se toca com os pés, os dedos estalam e os corpos dançam até ao swing.
Apela-se, através desta iniciativa, para o respeito pelas várias culturas como valor fundamental, através de uma expressão artística desde sempre ligada a contextos de experimentação, criatividade e liberdade.
E o público não se limita a assistir.
Uma produção do Serviço Educativo do JACC – Jazz Ao Centro Clube.Para mais informações:
Teatro de Vila Real
Alameda de Grasse | 5000-703 Vila Real
Tel: 259 320 000 | Fax: 259 320 009
E-mail: bilheteira@teatrodevilareal.com
Web: www.teatrodevilareal.com
Facebook: www.facebook.com/teatrovilareal
Bilheteira | Horário: 14h00–22h00 (todos os dias)