Festival Fora do Lugar – Festival Internacional de Músicas Antigas
25 Novembro a 10 Dezembro
Idanha-a-Nova
O Fora do Lugar – Festival Internacional de Músicas Antigas tem-se afirmado, com as suas quatro anteriores edições, como um dos acontecimentos musicais mais originais do panorama nacional.
Programação
25 Novembro | 21h30
Idanha-a-Velha
Antiga Sé
Sete Lágrimas (Portugal)
Filipe Faria, voz
Sérgio Peixoto, voz
Pedro Castro, flautas e oboé barroco
Tiago Matias, vihuela, guitarra barroca e tiorba
Mário Franco, contrabaixo
Rui Silva, percussão histórica
Programa
Na fomte está Lianor, Anónimo (séc. XVI)
Bastiana, Tradicional (Macau)
Senhora del mundo, Anónimo (séc. XVI)
Flor amorosa, Joaquim António da Silva Calado (1848-1880)
Dic nobis Maria/Dalha den cima del cielo, Anónimo (séc. XVI)
Mai fali é, Tradicional (Timor)
Tururu farara con son, Gaspar Fernandes (?1565-1629)
Xicochi conentzitle, Gaspar Fernandes
No soy yo quien veis vivir, Anónimo XVI/XVII
Triste vida vivyre, Filipe Faria (n. 1976) e Sérgio Peixoto (n. 1974) s/ texto anónimo (séc. XVI) contrafactum textual sobre salmo La Terre au Seigneur appartient de Claude Goudimel (?1514-1572)
Parto triste saludoso, Filipe Faria e Sérgio Peixoto s/ texto de vilancico anónimo (s. XVI)
Rosinha dos limões, Artur Ribeiro (1924-1982)
Dos estrellas le siguen, Manuel Machado (c.1590-1646)
Yamukela, Tradicional (África do Sul/Moçambique) (s/ arr. Pe. Arnaldo Taveira Araújo OFM (n. 1929))
El pesebre, Filipe Faria e Sérgio Peixoto s/ texto Lope de Vega (1562-1635)
Mosé salió de Misraim, Romance Sefarad (Marrocos)
Para lá de caravelas e de Boa-Esperança a relação de Portugal com o mundo nasce de uma vontade de mudança… Com a expansão portuguesa do século XV inicia-se um período de aculturação e miscigenação que influencia mutuamente as práticas musicais dos países dos Descobrimentos e de Portugal e muda a configuração do nosso "ADN" colectivo para sempre… O projecto Diáspora conta já com três títulos: “Diaspora.pt” (2008), “Terra” (2011) e "Península" (2012) e mergulha nos géneros e formas musicais dos cinco continentes de ontem e de hoje, arriscando novas fórmulas interpretativas de repertórios populares e eruditos do século XVI ao século XX. Uma vertigem experimental pela viagem, caminho, peregrinação, terra, água, saudade e pelo que ficou hoje depois de todos os ontem…
26 Novembro | 21h30
S. Pedro de Vir-a-Corça
Eduardo Paniagua (Espanha)
Cesar Carazo, canto e fídula
Canções de mistério, amor e guerra. Músicas do alcázar medieval de Madrid.
Cantiga 47 Ajedrez, Alfonso X o Sábio (1221-1284) + Morena me llaman, Tradicional sefardita + Los siete gozos, Alfonso X
Consoladme, Canção andaluza de Tunes + Vayse meu corazon de mib, Jarcha Abraham Ibn Ezra (1089-1167)
Sobre los fondos del mar, Cantiga 193 de Alfonso X
Noche maravillosa, Leilum hadzib, Betayhi Garibat al Husein, Canção andaluza de Marrocos
Señor de los señores, Ya sayida, Canção sufi andaluza
Nani, nani, Canção de embalar sefardita
Laila me quitó la razón, Laila, Canção andaluza oriente-ocidente
Los Corsarios, Cantiga 379 de Alfonso X
Me visitó mi amado, Zarani al mahbub, Moaxaja andaluza oriental de Alepo
La novia, Dança de boda tunisina andaluza
Sírvete y sírveme de beber, Zid wa sqiní yá habíbí + Ten piedad de mi corazón, Rifqan´ala qalbi, Los Amantes/Núba Ushshaq, Betayhi
Ki eshmerá shabat, Si observo el sábado, Abraham Ibn Ezra (1089-1167)
Wafir Sheik, canto e oud árabe Alcázar é um termo espanhol de origem árabe (al qasr) para designar um castelo ou palácio fortificado. Os alcázares andaluzes, residências reais muçulmanas de onde floresceram a música e a poesia, foram, mais tarde, reconstruídos para os mesmos fins pelos reis cristãos. Cada cidade antiga tem o seu alcázar e estes inspiraram a selecção de música histórica espanhola que hoje podemos ouvir. Este programa é uma homenagem cultural aos alcázares hispânicos, luz das culturas e espaços onde se criou a melhor música da sua época.
2 Dezembro | 21h30
Salvaterra do Extremo
Antiga Câmara
Trio Porteño (Portugal)
Filipe Ricardo, concertina
António Justiça, guitarra clássica
Davide Amaral, guitarra clássica, guitarra clássica de 7 cordas, guitarra oitavada
Tango, milonga y final, M. D. Pujol
Adios Nonino, A. Piazzolla
Tango en Skai, R. Dyens
El dia que me quieras, C. Gardel
Pontos de passagem, Trio Porteño
Baralho, Trio Porteño
Estaciones porteñas: Invierno porteño + Primavera porteña + Verano porteño, A. Piazzolla
3 Dezembro | 21h30
Ladoeiro
Saipol
Milena Fuentes, fídula e viola
Jaime del Amo, cítola, alaúde medieval, guiterna, viola de roda e direcção
Wafir Shaikheldin, tambor, pandeiro, tar, darbuka, cascavéis…
Sons medievais. Um passeio pela música medieval europeia
De França:
Douce dam jolie, Guillaume de Machaut (séc. XIV)
Comment qu’a moy, G. de Machaut
Estampidas e danças reais: Estampida 2, 5, 7 e Danse, Anón. (séc. XIII)
De Espanha:
Sen calar nen tardar, Cantigas de Santa Maria (CSM 380)
Quen os pecadores (CSM 227)
A que por muy gran fremosura (CSM 384)
Avrix mi galanica, Tradicional sefardita
Da Grã-Bretanha:
Duas danças inglesas, Anón. (séc. XIII)
De Itália:
Lamento de Tristano-Rotta, Anón. (séc. XIV)
Saltarello, Anón. (séc. XIV)
Ecco la Primavera, Francesco Landini (séc. XIV)
O misterioso mundo da Idade Média através dos instrumentos musicais da época, fielmente reconstruídos a partir de memórias iconográficas que sobreviveram até aos nossos dias. Músicas de França, Espanha, Grã Bretanha e Itália. Músicas de outro tempo. Músicas que nos ajudam a sonhar, bailar, imaginar… e no fim, quiçá, aprender um pouco mais sobre nós próprios.
9 Dezembro | 21h30
Idanha-a-Nova
Centro Cultural Raiano
Isaac Muller, flautas de madeira e whistles
The pulse and the breath. A flauta e o bodhrán na música tradicional irlandesa e da sua diáspora
Song The Blacksmith, Tradicional arr.
Breton tunes
Song The Lakes of Ponchartrain, Tradicional arr.
Song The Blackbird, Tradicional arr.
"Na tradição irlandesa tocamos sets (conjuntos) de músicas, geralmente para dançar. As origens são obscuras e, na tradição oral, muitas vezes podem ser designados pelo nome do melhor intérprete. Habitualmente os músicos iniciam um set sem saber o que se segue. Os melhores têm uma enorme biblioteca de canções na cabeça para improvisar no momento. Esta espontaneidade carrega uma grande energia… músicos e dançarinos encorajam-se com ruídos altos de aprovação… e gostaríamos de convidar o público a experimentá-lo esta noite. A canção serve como uma pausa da dança e para expressar as dificuldades e lutas, comuns a muitas pessoas que trabalham, a saudade de casa do viajante, e avisar sobre as terríveis consequências do amor e da perda. A combinação da flauta e do tambor é uma das mais antigas na tradição irlandesa. Juntos, cantam o mistério e a beleza." (Dave Boyd)
10 Dezembro | 21h30
Idanha-a-Velha
Antiga Sé
Kepa Junkera & Sorginak (Espanha/País Basco)
Kepa Junkera, trikitixa, percussões
Amets Ormaetxea, pandeireta, voz, baile e percussões
Eneritz Aulestia, pandeireta, voz, baile e percussões
Maletak
Huriondo
Zolloko san martinak
Gaztelugatxeko martxa
Madagaskar
Bok espok
Fandango
Oliene
Napoli
Bihar arte
Eritegiko martxa
Zirkinipez
Hiri
Berhueta
Ataun
Riberhia
Zokale
Lisbao
"Aquelas malas que tinha guardadas no sótão inspiravam em mim uma magia única que trago para este projecto. Inspiram-me e contam-me histórias que só elas podem conhecer. As malas são as primeiras que viajam, que guardam essa emoção inaugural antes de abrir e descobrir o seu conteúdo, a essência dos meus dias, a razão sonora das minhas viagens, o instrumento nómada e usado que espera, impaciente, o seu melhor momento.” (Kepa Junkera)