16 Julho | 18h00
Programa Mezza-Voce
Apresentação e Realização: André Cunha Leal
Produção: Susana Valente
Programa Mezza-Voce
Apresentação e Realização: André Cunha Leal
Produção: Susana Valente
Gravação no Teatro O’Reilly, National Opera House,
no Festival de Wexford, na Irlanda,
a 5 de novembro de 2022
Antonín Dvořák | Armida
Rei Hydraoth de Damasco: Jozef Benci (B)
Armida, sua filha: Jennifer Davis (S)
Ismen, príncipe e mágico: Stanisław Kuflyuk (BT)
Petr, um eremita: Jan Hnyk (B)
Bohumir, comandante dos Francos / Muezin: Rory Dunne (BT)
Rinald, um cruzado: Gerard Schneider (T)
Dudo: Chris Mosz (T)
Sven: Josef Moravec (T)
Gernand: Andrii Kharlamov (BT)
Ubald: Josef Kovačič (B)
Reger: Thomas Birch (T)
Siren/uma ninfa: Libuse Santorisova (S)
Direção de Norbert Baxa
Ver Página de Sala
Armida
Ópera em quatro atos
Música de Antonín Dvořák (1841-1904)
Libreto de Jaroslav Vrchlický (1853-1912), originalmente baseado no épico La Gerusalemme liberata de Torquato Tasso.
A ópera de Dvořák foi apresentada pela primeira vez no Teatro Nacional de Praga em 25 de março de 1904; a partitura foi publicada como opus 115 em 1941.
Três anos após a estreia da sua famosa ópera Rusalka, Dvořák estreia Armida, com a mesma soprano nos dois papéis principais.
Três anos após a estreia da sua famosa ópera Rusalka, Dvořák estreia Armida, com a mesma soprano nos dois papéis principais.
Armida pode ser considerada o culminar da experimentação de Dvořák num estilo wagneriano de composição operática, embora grande parte da música se reconheça como idiossincrática, ou seja, no próprio ‘estilo’ de Dvořák.
O libreto de Vrchlický tem paralelismos com o que Philippe Quinault tinha escrito para Jean-Baptiste Lully, no século XVII, para uma ópera homónima, e baseada no mesmo texto.
A última ópera de Dvořák foi negligenciada por razões que são ao mesmo tempo difícil e facilmente compreensíveis.
Para uma ópera do século 20, é incomum ser baseada numa fonte que foi particularmente popular nas óperas dos séculos 17 e 18. Gerusalemme liberata, de Torquato Tasso, um relato mitificado das Cruzadas, conta a história do amor da feiticeira sarracena Armida pelo guerreiro cristão Rinaldo, e inspirou cerca de 100 óperas e ballets – como as famosas óperas de Handel, Gluck, Haydn.
Para uma ópera do século 20, é incomum ser baseada numa fonte que foi particularmente popular nas óperas dos séculos 17 e 18. Gerusalemme liberata, de Torquato Tasso, um relato mitificado das Cruzadas, conta a história do amor da feiticeira sarracena Armida pelo guerreiro cristão Rinaldo, e inspirou cerca de 100 óperas e ballets – como as famosas óperas de Handel, Gluck, Haydn.
Em 1817, tinha havido, nomeadamente por parte de Rossini, um recrudescimento tardio do interesse pela história de Armida. Quase um século depois, Dvořák também dirigiu a sua atenção para ela.
Talvez resida na natureza antiquada do libreto, a pouca aceitação desta ópera por parte do público, numa Praga em transição de século. Pois, pelo lado da música de Dvořák, observam-se características do seu melhor trabalho de compositor – as do seu período americano.
Fotos Clive Barda / ArenaPAL