16 Novembro | 19h00
Sala Luís de Freitas Branco,
Centro Cultural de Belém
Ciclo Quintas às 7
Enrique Lapaz, piano
Andante – Allegro vivace
Adagio – Tempo d’andante – Allegro vivace
Introduzione
Serenata
Aria
Tarantella Minuetto e Finale
Andante grave
Moderato
Allegro, ma non troppo
Bohuslav Martinu(1890-1959) – Variações sobre um tema de Rossini H.290
Em 1948, Sergei Prokofiev foi acusado pela doutrina cultural de Zhdanov de formalismo, o que levou a que a sua música fosse, então, banida. Um ano depois, compôs a sua Sonata para violoncelo e piano em Dó maior, op. 119, mesmo sem ter a certeza de a mesma vir a ser interpretada em público. A par desta sonata, o recital de Gonçalo Lélis e Enrique Lapaz integra a Sonata para violoncelo e piano nº 4, em Dó maior, op. 102 n1 de Beethoven, composta entre 1812 e 1817, numa altura em que o compositor atravessava duras dificuldades, provenientes de a sua surdez se estar a tornar cada vez mais profunda. Do recital fazem ainda parte a Suite Italienne, retirada da música que compôs para o ballet de Pergolesi, Pulcinella, e Variações sobre um tema de Rossini, de B. Martinu.
Realização e Apresentação: André Cunha Leal
Produção: Anabela Luís
Gonçalo Lélis Nasceu em 1995 em Aveiro, iniciando os seus estudos musicais no Conservatório de Música desta cidade na classe de violoncelo de Isabel Boiça. Paralelamente, em 2009 começou a ser orientado por Pavel Gomziakov. Em 2013 é admitido na prestigiada Escuela Superior de Musica Reina Sofia em Madrid, onde estudou com Natalia Shakhovskaya e Ivan Monighetti até 2016. Terminou a Licenciatura na Universidade do Minho na classe de Pavel Gomziakov. Frequentou master classes com Natalia Gutman, Heinrich Schiff, Truls Mork, Gary Hoffman, Lluis Claret, Maria de Macedo, Ralph Gothoni, Valentin Erben, Wolfgang Emanuel Schmidt, entre outros. Em orquestra tocou sob a batuta de maestros como Andras Schiff, Peter Eotvos, Stefan Lano, Jesus Lopez-Cobos ou Josep Pons. É membro do Trio Ramales, apresentando-se regularmente em concertos por toda a Espanha e participando em diversos festivais (“Primer Auditorio” do Auditório Nacional em Madrid, “Sierra Musical”, “Festival Internacional de Torroella de Montgrí”, entre outros). Em 2015 obteve o primeiro prémio no concurso Prémio Jovens Músicos na categoria violoncelo nível superior, assim como o Prémio União Europeia dos Concursos Musicais para Jovens (EMCY), em 2016 o primeiro prémio no Concurso Vasco Barbosa e em 2017 o 1º Prémio no Concurso Internacional de Música da Cidade do Fundão, na categoria “Violoncelo – nível superior”; em música de câmara foi laureado em concursos como o “Concurso Internacional de Música de Câmara de Ecoparque de Trasmiera” (1º prémio) e no “Concurso Internacional de Música de Câmara Anton García Abril” (2º prémio e prémio para a melhor interpretação de uma obra espanhola). Como solista apresentou-se a solo com a Orquestra Filarmonia das Beiras, Orquestra Sinfónica Portuguesa e Orquestra Gulbenkian. É bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian.