Gravado no Grande Auditório
da Fundação Gulbenkian, em Lisboa,
a 20 de Janeiro de 2018
11 Junho | 21h00
Daniil Trifonov, piano
Orquestra Gulbenkian
Hannu Lintu, maestro
Jean Sibelius (1865-1957)- Sinfonia nº 2, em ré maior, op. 43
Apresentação: Reinaldo Francisco
Produção: Alexandra Louro de Almeida / Cristina do Carmo / Zulmira Holstein
Daniil Trifonov nasceu em 1991, em Níjni Novgorod, na Rússia. Estudou com Tatiana Zelikman na Escola de Música Gnesin, em Moscovo, e com Sergei Babayan no Instituto de Música de Cleveland (E.U.A.). Aos dezassete anos foi premiado no Concurso Scriabin, em Moscovo, e no Concurso Internacional de San Marino. Na temporada 2010/11 foi premiado em três dos mais prestigiados concursos internacionais: 3º Prémio no Concurso Chopin de Varsóvia, 1º Prémio no Concurso Rubinstein de Telavive e 1º Prémio e Grande Prémio – este atribuído ao melhor concorrente em todas as categorias da competição – no Concurso Tchaikovsky de Moscovo. Desde logo, o jovem pianista motivou os maiores elogios da crítica especializada, sendo apontado como um dos grandes talentos da nova geração. Ao longo dos últimos anos, tocou com muitas das mais prestigiadas orquestras mundiais e maestros de renome internacional, incluindo a Filarmónica de Israel, com Zubin Mehta, a Orquestra Nacional Russa, com Mikhail Pletnev, a Filarmónica de Nova Iorque, com Alan Gilbert, a Sinfónica de Chicago, com Charles Dutoit, a Orquestra da Radio France, com Nikolaj Zneider, a Orquestra do Festival de Budapeste, a Filarmónica de Viena, a Sinfónica de Londres, ou a Orquestra do Real Concertgebouw de Amesterdão. Na presente temporada, apresenta-se pela primeira vez com a Orquestra Gulbenkian no Grande Auditório, palco onde tocou, em recital, em 2015 e 2016.
Em 2017, Hanu Lintu dirigiu a ópera Kullervo, de Aulis Sallinen, no âmbito das celebrações do centenário da independência da Finlândia. Na presente temporada regressa ao Festival de Ópera de Savonlinna para dirigir Otello de Verdi. Outros projetos recentes neste domínio, nomeadamente com a Ópera Nacional Finlandesa, incluem King Lear de Sallinen, Carmen de Bizet, Parsifal e Tristão e Isolda de Wagner. Trabalhou também com a Ópera de Tampere e a Ópera Nacional da Estónia.
Esta constituição, permite à Orquestra Gulbenkian a abordagem interpretativa de um amplo repertório que abrange todo o período Clássico, uma parte significativa da literatura orquestral do século XIX e muita da música do século XX. Obras pertencentes ao repertório corrente das grandes formações sinfónicas tradicionais, nomeadamente a produção orquestral de Haydn, Mozart, Beethoven, Schubert, Mendelssohn ou Schumann, podem assim ser dadas pela Orquestra Gulbenkian em versões mais próximas dos efectivos orquestrais para que foram originalmente concebidas, no que respeita ao equilíbrio da respectiva arquitectura sonora interior. Em cada temporada, a Orquestra realiza uma série regular de concertos no Grande Auditório Gulbenkian, em Lisboa, em cujo âmbito tem tido ocasião de colaborar com alguns dos maiores nomes do mundo da música (maestros e solistas), actuando igualmente em diversas localidades do País, cumprindo desta forma uma significativa função descentralizadora.
No plano internacional, por sua vez, a Orquestra tem vindo a ampliar gradualmente a sua atividade, tendo até agora efetuado digressões na Europa, Ásia, África e Américas. Mais recentemente, apresentou-se no Festival Enescu (13 de Setembro de 2011) e visitou a Arménia pela primeira vez, onde tocou dois concertos em Yerevan (15 e 16 de Setembro de 2011), em ambas as ocasiões sob a direção do maestro Lawrence Foster. Em Julho de 2013, apresentou-se no Festival Kissingen Sömmer (Alemanha) com o maestro Lawrence Foster e em Outubro realizou uma digressão à China com concertos em Macau, Cantão e Pequim, sob a direção de Paul McCreesh.
No plano discográfico, o nome da Orquestra Gulbenkian encontra-se associado às editoras Philips, Deutsche Grammophon, Hyperion, Teldec, Erato, Adès, Nimbus, Lyrinx, Naïve e Pentatone, entre outras, tendo esta sua actividade sido distinguida desde muito cedo com diversos prémios internacionais de grande prestígio.
Entre os últimos projectos discográficos, refira-se a primeira gravação mundial do Requiem de Salieri e um registo com obras de Ligeti, Kodály e Bartók, e uma nova colaboração com a pianista Sa Chen editada em 2012, e mais recentemente uma gravação com a violinista Arabella Steinbacher editada já em 2013, todas elas sob a direção do Maestro Lawrence Foster e para a Pentatone. A Orquestra Gulbenkian lançou um disco dedicado ao público juvenil – Pedro e o Lobo, de Prokofiev, O Carnaval dos Animais, de Saint Saëns e Guia da Orquestra para Jovens, de Britten –, sob a direcção de Joana Carneiro, editado em 2011. Como parte das comemorações do seu 50.º aniversário, a Orquestra Gulbenkian gravou três CDs onde atuam como solistas instrumentistas da orquestra, sob a direção de Lawrence Foster, Joana Carneiro e Pedro Neves. As comemorações da data foram celebradas ao longo da temporada 2012-2013 e incluíram muitas outras iniciativas, incluindo concertos especiais e uma exposição.