22 Maio | 21h00
Realização e Apresentação: Reinaldo Francisco
Produção: Alexandra Louro de Almeida / Cristina do Carmo / Zulmira Holstein
no Pequeno Auditório do Centro Cultural de Belém,
a 13 de Dezembro de 2018
Ciclo Quintas às 7
Bruno Borralhinho e Christoph Berner
Bruno Borralhinho, violoncelo
Christoph Berner, piano
Programa
Gustav Mahler (1860-1911) – Canções dum Viandante (transc. p/ violoncelo e piano de Bruno Borralhinho)
Alexander von Zemlinsky (1871-1942) – Sonata para violoncelo e piano em Lá menor
Fernando Lopes Graça (1906-1994) – Página Esquecida
Richard Strauss (1864-1949) – Sonata para violoncelo e piano em fá maior, Op. 6
No seguimento de uma parceria musical com vários anos que inclui, entre muitas outras obras e projetos, a integral da obra para violoncelo e piano de Beethoven em 2012, o violoncelista português Bruno Borralhinho e o pianista austríaco Christoph Berner apresentam o seu novo trabalho discográfico, dedicado a obras de Richard Strauss, Gustav Mahler e Alexander Zemlinksy.
As obras escolhidas para o novo CD foram compostas num curto espaço temporal (entre 1883 e 1894) e todas num período juvenil de cada um dos compositores. Ainda assim, revelam-se irrepreensíveis tanto no domínio técnico dos seus criadores como nas suas já perfeitamente assumidas tendências estilísticas. Strauss, Mahler e Zemlinsky viriam a ser posteriormente reconhecidos sobretudo pela sua obra sinfónica e operática – nos dois últimos casos o reconhecimento seria, no entanto, mais tardio – mas é interessante observar a afincada dedicação às sonatas instrumentais e ao Lied durante as fases iniciais de carreira.
No caso das sonatas de Strauss e Zemlinsky, estamos perante duas obras certamente menos conhecidas do que outras equivalentes de Beethoven, Mendelssohn ou Brahms, mas absolutamente incontornáveis do repertório violoncelístico-pianístico. A transcrição inédita das canções de Mahler, por seu lado, vem estabelecer um elo apetecível entre o compositor e o respetivo repertório instrumental, mas também, no caso concreto desta construção programática, uma ligação histórica, musical e pessoal entre os três compositores.
Como pequena délicatesse e, aliás, como exceção por não fazer parte do novo trabalho discográfico, Borralhinho e Berner interpretam a obra Página Esquecida de Fernando Lopes-Graça, numa tentativa explícita e nunca redundante de lembrar a beleza da música portuguesa, ainda que inserida num contexto musical forasteiro.
Como pequena délicatesse e, aliás, como exceção por não fazer parte do novo trabalho discográfico, Borralhinho e Berner interpretam a obra Página Esquecida de Fernando Lopes-Graça, numa tentativa explícita e nunca redundante de lembrar a beleza da música portuguesa, ainda que inserida num contexto musical forasteiro.
Bruno Borralhinho é membro da Orquestra Filarmónica de Dresden e fundador e diretor artístico do Ensemble Mediterrain. Apresenta-se regularmente como solista com orquestra, em recitais a solo, com piano e de música de câmara, sendo importante destacar a interpretação integral das Suites para Violoncelo Solo de J. S. Bach com o violoncelo Montagnana que pertenceu a Guilhermina Suggia (2008), a integral da obra de Beethoven para Violoncelo e Piano com o Stradivari que pertenceu ao Rei D. Luís (2012) e a integral dos Concertos de Haydn com a Orquestra Clássica do Sul (2014, solista e direção). Orientou até ao presente Masterclasses em Portugal, Espanha e Brasil.
A diversificada actividade artística de Bruno Borralhinho inclui também a direção de orquestra, tendo recebido importantes impulsos de Christian Kluttig, Jorma Panula e Juanjo Mena. Para além das frequentes apresentações como maestro à frente do seu Ensemble Mediterrain (DE), dirigiu a Orquestra Sinfónica Portuguesa, a Orquestra de Câmara Portuguesa, a Orquestra Clássica do Sul, a Orquestra Clássica da Madeira, a Orquestra Clássica do Centro, a Filharmonie Bohuslava Martinu (CZ), a Oficina de Cordas de Campinas (BR), a Deutsches Kammerorchester Berlin (DE) e a Berliner Symphoniker (DE).
Em 2009, lança o CD duplo Página Esquecida com a pianista Luísa Tender e inteiramente dedicado à música erudita portuguesa, trabalho que recebeu as melhores críticas da imprensa nacional e internacional. Em 2016 foi lançado pelo selo discográfico NAXOS outro CD de Bruno Borralhinho inteiramente dedicado à música portuguesa, desta vez acompanhado pela Orquestra Gulbenkian e pelo maestro Pedro Neves.Nasceu na Covilhã, onde estudou na Escola Profissional de Artes da Beira Interior com Luis Sá Pessoa (1995-2000) e com Rogério Peixinho (1994-1995). Estudou depois, entre 2000 e 2006, com Markus Nyikos na Universität der Künste de Berlim, onde concluiu a Licenciatura e a Pós-Graduação (Solista) com as máximas classificações. Posteriormente complementou a sua formação em Oslo com o violoncelista norueguês Truls Mørk (2006-2007). Bruno Borralhinho frequentou também Masterclasses com Natalia Gutman, Antonio Meneses, Pieter Wispelwey, Anner Bylsma, Jian Wang, Martin Ostertag, Martin Löhr, Márcio Carneiro e Thomas Demenga, e foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian entre 2001 e 2005.
Em 2011, concluíu um Master de Gestão Cultural na Universitat Oberta de Catalunya (Barcelona) e em Outubro do mesmo ano foi um dos participantes no Atelier for Young Festival Managers em Izmir (Turquia), organizado pela EFA – European Festivals Association. É actualmente Doutorando em Humanidades na Universidad Carlos III de Madrid.
Obteve o 1º Prémio no Concurso de Instrumentos de Arco Júlio Cardona em 1999 e o 1º lugar no Prémio Jovens Músicos, organizado pela RDP – Radio Difusão Portuguesa, em 2001. Enquanto solista, tocou acompanhado pela Orquestra Gulbenkian, Orquestra Sinfónica Portuguesa, Orquestra Metropolitana de Lisboa, Orquestra do Norte, Orquestra Clássica do Centro, Orquestra de Câmara Portuguesa, Orquestra Clássica do Sul, Orquestra Clássica da Madeira e Orquestra XXI.
Borralhinho integrou a Orquestra de Jovens Gustav Mahler e a Orquestra Mundial das Juventudes Musicais, tendo ocupado o lugar de 1º Violoncelo-Solista nesta última. Foi ainda membro da Academia da Staatskapelle Berlin entre 2004 e 2006, orquestra residente da Ópera Estatal de Berlim e estagiário na DSO – Deutsches Symphonie Orchester Berlin em 2003.
Ao longo da sua carreira, tocou em algumas das mais importantes salas de concerto por toda a Europa, Rússia, Estados Unidos, Canadá, Coreia do Sul, Japão e América do Sul, e trabalhou igualmente com conceituados maestros como Claudio Abbado, Daniel Barenboim, Franz Welser-Möst, Kurt Masur, Kent Nagano, Herbert Blomstedt, Christoph Eschenbach, Paavo Järvi e Andris Nelsons.
A diversificada actividade artística de Bruno Borralhinho inclui também a direção de orquestra, tendo recebido importantes impulsos de Christian Kluttig, Jorma Panula e Juanjo Mena. Para além das frequentes apresentações como maestro à frente do seu Ensemble Mediterrain (DE), dirigiu a Orquestra Sinfónica Portuguesa, a Orquestra de Câmara Portuguesa, a Orquestra Clássica do Sul, a Orquestra Clássica da Madeira, a Orquestra Clássica do Centro, a Filharmonie Bohuslava Martinu (CZ), a Oficina de Cordas de Campinas (BR), a Deutsches Kammerorchester Berlin (DE) e a Berliner Symphoniker (DE).
Em 2009, lança o CD duplo Página Esquecida com a pianista Luísa Tender e inteiramente dedicado à música erudita portuguesa, trabalho que recebeu as melhores críticas da imprensa nacional e internacional. Em 2016 foi lançado pelo selo discográfico NAXOS outro CD de Bruno Borralhinho inteiramente dedicado à música portuguesa, desta vez acompanhado pela Orquestra Gulbenkian e pelo maestro Pedro Neves.Nasceu na Covilhã, onde estudou na Escola Profissional de Artes da Beira Interior com Luis Sá Pessoa (1995-2000) e com Rogério Peixinho (1994-1995). Estudou depois, entre 2000 e 2006, com Markus Nyikos na Universität der Künste de Berlim, onde concluiu a Licenciatura e a Pós-Graduação (Solista) com as máximas classificações. Posteriormente complementou a sua formação em Oslo com o violoncelista norueguês Truls Mørk (2006-2007). Bruno Borralhinho frequentou também Masterclasses com Natalia Gutman, Antonio Meneses, Pieter Wispelwey, Anner Bylsma, Jian Wang, Martin Ostertag, Martin Löhr, Márcio Carneiro e Thomas Demenga, e foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian entre 2001 e 2005.
Em 2011, concluíu um Master de Gestão Cultural na Universitat Oberta de Catalunya (Barcelona) e em Outubro do mesmo ano foi um dos participantes no Atelier for Young Festival Managers em Izmir (Turquia), organizado pela EFA – European Festivals Association. É actualmente Doutorando em Humanidades na Universidad Carlos III de Madrid.
Obteve o 1º Prémio no Concurso de Instrumentos de Arco Júlio Cardona em 1999 e o 1º lugar no Prémio Jovens Músicos, organizado pela RDP – Radio Difusão Portuguesa, em 2001. Enquanto solista, tocou acompanhado pela Orquestra Gulbenkian, Orquestra Sinfónica Portuguesa, Orquestra Metropolitana de Lisboa, Orquestra do Norte, Orquestra Clássica do Centro, Orquestra de Câmara Portuguesa, Orquestra Clássica do Sul, Orquestra Clássica da Madeira e Orquestra XXI.
Borralhinho integrou a Orquestra de Jovens Gustav Mahler e a Orquestra Mundial das Juventudes Musicais, tendo ocupado o lugar de 1º Violoncelo-Solista nesta última. Foi ainda membro da Academia da Staatskapelle Berlin entre 2004 e 2006, orquestra residente da Ópera Estatal de Berlim e estagiário na DSO – Deutsches Symphonie Orchester Berlin em 2003.
Ao longo da sua carreira, tocou em algumas das mais importantes salas de concerto por toda a Europa, Rússia, Estados Unidos, Canadá, Coreia do Sul, Japão e América do Sul, e trabalhou igualmente com conceituados maestros como Claudio Abbado, Daniel Barenboim, Franz Welser-Möst, Kurt Masur, Kent Nagano, Herbert Blomstedt, Christoph Eschenbach, Paavo Järvi e Andris Nelsons.
Christoph Berner é um dos maiores pianistas de música de câmara da atualidade, já com alguns Diapason d’Or no seu currículo. Nasceu em Viena, na Austria, em 1971 e estudou na universidade de sua cidade natal com Imola Joo, Hans Graf e Hans Petermandl. Em 1997 graduou-se com distinção por unanimidade e depois frequentou a masterclass de Maria Tipo na Scuola di musica di Fiesole (Itália).
Ao vencer o Concurso Boesendorfer de Piano em 1995, o 2º prémio do Concurso Internacional de Piano Beethoven em 1997 (Viena) e o prémio Mozart e Schumann no Géza Anda Concours em 2003 (Zurique), Christoph Berner estabeleceu a sua reputação como um dos principais pianistas da Áustria.
Tocou como solista com a Orquestra Tchaikowsky de Moscou, a Orquestra Nacional do Capitólio de Toulouse, a Filarmónica de Dresden, a Phiharmonie Bergen, a Sinfonia do Norhern, a Nova Philharmonie Westfalen e a Orquestra de Câmara Mahler, sob regência de maestros como Neeme Järvi, Michel Plasson, Rafael Früheck de Burgos, Andrew Litton, Johannes Wildner, Vladimir Fedosejev e Thomas Zehetmair.
Em música de câmara, toca frequentemente com a violinista Julia Schröder, os violoncelistas Marko Ylönen e Roel Dieltins, a clarinetista Laura Ruiz Ferreres e o quarteto de Hugo Wolf.
Christoph Berner trabalhou em estreita colaboração com o tenor Werner Güra desde 1999 – a dupla é frequentemente convidada para o Wigmore Hall, Londres, a Musikverein de Viena, o Palau de la Musica, Barcelona, a Citè de la musique, Paris, bem como para festivais como o Schubertiade Schwarzenberg, o Rheingau Music Festival, o Edinburgh Festival, o Kissinger Sommer, os Dias da Música no CCB e outros.
Além disso, Christoph Berner tem atuado com cantores como Marlis Petersen, Anke Vondung, Bernarda Fink, Genia Kühmeier, Markus Werba, Markus Eiche e Florian Boesch, entre outros.
Desde 2014, ele é professor de acompanhamento vocal e interpretação de Lied na Universidade de Zurique.
Tocou como solista com a Orquestra Tchaikowsky de Moscou, a Orquestra Nacional do Capitólio de Toulouse, a Filarmónica de Dresden, a Phiharmonie Bergen, a Sinfonia do Norhern, a Nova Philharmonie Westfalen e a Orquestra de Câmara Mahler, sob regência de maestros como Neeme Järvi, Michel Plasson, Rafael Früheck de Burgos, Andrew Litton, Johannes Wildner, Vladimir Fedosejev e Thomas Zehetmair.
Em música de câmara, toca frequentemente com a violinista Julia Schröder, os violoncelistas Marko Ylönen e Roel Dieltins, a clarinetista Laura Ruiz Ferreres e o quarteto de Hugo Wolf.
Christoph Berner trabalhou em estreita colaboração com o tenor Werner Güra desde 1999 – a dupla é frequentemente convidada para o Wigmore Hall, Londres, a Musikverein de Viena, o Palau de la Musica, Barcelona, a Citè de la musique, Paris, bem como para festivais como o Schubertiade Schwarzenberg, o Rheingau Music Festival, o Edinburgh Festival, o Kissinger Sommer, os Dias da Música no CCB e outros.
Além disso, Christoph Berner tem atuado com cantores como Marlis Petersen, Anke Vondung, Bernarda Fink, Genia Kühmeier, Markus Werba, Markus Eiche e Florian Boesch, entre outros.
Desde 2014, ele é professor de acompanhamento vocal e interpretação de Lied na Universidade de Zurique.
Fotos Jorge Carmona / Antena 2