22 Maio | 21h00
Bruno Borralhinho e Christoph Berner
No seguimento de uma parceria musical com vários anos que inclui, entre muitas outras obras e projetos, a integral da obra para violoncelo e piano de Beethoven em 2012, o violoncelista português Bruno Borralhinho e o pianista austríaco Christoph Berner apresentam o seu novo trabalho discográfico, dedicado a obras de Richard Strauss, Gustav Mahler e Alexander Zemlinksy.
Como pequena délicatesse e, aliás, como exceção por não fazer parte do novo trabalho discográfico, Borralhinho e Berner interpretam a obra Página Esquecida de Fernando Lopes-Graça, numa tentativa explícita e nunca redundante de lembrar a beleza da música portuguesa, ainda que inserida num contexto musical forasteiro.
A diversificada actividade artística de Bruno Borralhinho inclui também a direção de orquestra, tendo recebido importantes impulsos de Christian Kluttig, Jorma Panula e Juanjo Mena. Para além das frequentes apresentações como maestro à frente do seu Ensemble Mediterrain (DE), dirigiu a Orquestra Sinfónica Portuguesa, a Orquestra de Câmara Portuguesa, a Orquestra Clássica do Sul, a Orquestra Clássica da Madeira, a Orquestra Clássica do Centro, a Filharmonie Bohuslava Martinu (CZ), a Oficina de Cordas de Campinas (BR), a Deutsches Kammerorchester Berlin (DE) e a Berliner Symphoniker (DE).
Em 2009, lança o CD duplo Página Esquecida com a pianista Luísa Tender e inteiramente dedicado à música erudita portuguesa, trabalho que recebeu as melhores críticas da imprensa nacional e internacional. Em 2016 foi lançado pelo selo discográfico NAXOS outro CD de Bruno Borralhinho inteiramente dedicado à música portuguesa, desta vez acompanhado pela Orquestra Gulbenkian e pelo maestro Pedro Neves.Nasceu na Covilhã, onde estudou na Escola Profissional de Artes da Beira Interior com Luis Sá Pessoa (1995-2000) e com Rogério Peixinho (1994-1995). Estudou depois, entre 2000 e 2006, com Markus Nyikos na Universität der Künste de Berlim, onde concluiu a Licenciatura e a Pós-Graduação (Solista) com as máximas classificações. Posteriormente complementou a sua formação em Oslo com o violoncelista norueguês Truls Mørk (2006-2007). Bruno Borralhinho frequentou também Masterclasses com Natalia Gutman, Antonio Meneses, Pieter Wispelwey, Anner Bylsma, Jian Wang, Martin Ostertag, Martin Löhr, Márcio Carneiro e Thomas Demenga, e foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian entre 2001 e 2005.
Em 2011, concluíu um Master de Gestão Cultural na Universitat Oberta de Catalunya (Barcelona) e em Outubro do mesmo ano foi um dos participantes no Atelier for Young Festival Managers em Izmir (Turquia), organizado pela EFA – European Festivals Association. É actualmente Doutorando em Humanidades na Universidad Carlos III de Madrid.
Obteve o 1º Prémio no Concurso de Instrumentos de Arco Júlio Cardona em 1999 e o 1º lugar no Prémio Jovens Músicos, organizado pela RDP – Radio Difusão Portuguesa, em 2001. Enquanto solista, tocou acompanhado pela Orquestra Gulbenkian, Orquestra Sinfónica Portuguesa, Orquestra Metropolitana de Lisboa, Orquestra do Norte, Orquestra Clássica do Centro, Orquestra de Câmara Portuguesa, Orquestra Clássica do Sul, Orquestra Clássica da Madeira e Orquestra XXI.
Borralhinho integrou a Orquestra de Jovens Gustav Mahler e a Orquestra Mundial das Juventudes Musicais, tendo ocupado o lugar de 1º Violoncelo-Solista nesta última. Foi ainda membro da Academia da Staatskapelle Berlin entre 2004 e 2006, orquestra residente da Ópera Estatal de Berlim e estagiário na DSO – Deutsches Symphonie Orchester Berlin em 2003.
Ao longo da sua carreira, tocou em algumas das mais importantes salas de concerto por toda a Europa, Rússia, Estados Unidos, Canadá, Coreia do Sul, Japão e América do Sul, e trabalhou igualmente com conceituados maestros como Claudio Abbado, Daniel Barenboim, Franz Welser-Möst, Kurt Masur, Kent Nagano, Herbert Blomstedt, Christoph Eschenbach, Paavo Järvi e Andris Nelsons.
Tocou como solista com a Orquestra Tchaikowsky de Moscou, a Orquestra Nacional do Capitólio de Toulouse, a Filarmónica de Dresden, a Phiharmonie Bergen, a Sinfonia do Norhern, a Nova Philharmonie Westfalen e a Orquestra de Câmara Mahler, sob regência de maestros como Neeme Järvi, Michel Plasson, Rafael Früheck de Burgos, Andrew Litton, Johannes Wildner, Vladimir Fedosejev e Thomas Zehetmair.
Em música de câmara, toca frequentemente com a violinista Julia Schröder, os violoncelistas Marko Ylönen e Roel Dieltins, a clarinetista Laura Ruiz Ferreres e o quarteto de Hugo Wolf.
Christoph Berner trabalhou em estreita colaboração com o tenor Werner Güra desde 1999 – a dupla é frequentemente convidada para o Wigmore Hall, Londres, a Musikverein de Viena, o Palau de la Musica, Barcelona, a Citè de la musique, Paris, bem como para festivais como o Schubertiade Schwarzenberg, o Rheingau Music Festival, o Edinburgh Festival, o Kissinger Sommer, os Dias da Música no CCB e outros.
Além disso, Christoph Berner tem atuado com cantores como Marlis Petersen, Anke Vondung, Bernarda Fink, Genia Kühmeier, Markus Werba, Markus Eiche e Florian Boesch, entre outros.
Desde 2014, ele é professor de acompanhamento vocal e interpretação de Lied na Universidade de Zurique.