26 Outubro 19h00
Auditório Caixa Geral Depósitos,
Entrada livre
Ensemble Darcos
Massimo Spadano, Ana Madalena Ribeiro, violinos
Cátia Alexandra Santos, Reyes Gallardo, violetas
Filipe Quaresma, Paulo Gaio Lima, violoncelos
Helder Marques, piano
Nuno Côrte-Real, direcção musical
Programa
Luís Tinoco (1969) – Quarteto com piano "Lugares Esquecidos"
Johannes Brahms (1833-1897) – Sexteto de cordas Nº1 em si bemol maior, Op.18
Transmissão direta
Realização e Apresentação: André Cunha Leal
Produção: Anabela Luís
Produção: Anabela Luís
O Ensemble Darcos é um dos mais prestigiados grupos portugueses. Criado em 2002, pelo compositor e maestro Nuno Côrte-Real, tem como principal propósito a interpretação dos grandes compositores europeus de música de câmara, como Beethoven, Brahms ou Debussy, e a música do próprio Côrte-Real.
Em termos instrumentais, o Ensemble Darcos varia a sua formação consoante o programa que apresenta, de duos a quintetos, até à típica formação novecentista de quinze músicos, tendo como base os seguintes músicos: a violetista Reyes Gallardo, o pianista Helder Marques, o violoncelista Filipe Quaresma e os violinistas Gaël Rassaert e Paula Carneiro. Convida regularmente músicos de excelência oriundos de várias regiões do globo, dos quais se destacam o violoncelista Mats Lidström, os violinistas Massimo Spadano, Giulio Plotino e Junko Naito, o pianista António Rosado, a violetista Ana Bela Chaves, ou o percussionista Miquel Bernat. Interpreta regularmente programas líricos, onde tem convidado alguns dos mais importantes cantores portugueses da atualidade, tais como Cátia Moreso, Eduarda Melo, Luís Rodrigues, Dora Rodrigues, ou Job Tomé.
Desde 2006 o Ensemble Darcos efetua uma residência artística em Torres Vedras, tendo iniciado em 2008 a TEMPORADA DARCOS, série de concertos de música de câmara e sinfónicos, alargando o espectro do grupo, dos seus músicos e da sua programação.
Da sua atividade concertista, destacam-se os concertos na sala Magnus em Berlim, em Outubro de 2007, na interpretação do Triplo Concerto, para violino, violoncelo, piano e orquestra de Beethoven, na igreja de St. John’s Smith Square, em Londres, com direção musical de Nuno Côrte-Real, e a participação regular nas últimas edições dos Dias da Música, em Lisboa. No verão de 2014, apresentou-se no Festival Internacional de Música de Póvoa de Varzim, e em 2017 participou no festival de artes Serralves em Festa, com a cantora Maria João. Para além da parceria com a RTP – Antena 2, na gravação e transmissão em direto de inúmeros concertos do grupo e da temporada, destaca-se a gravação para a televisão, em Janeiro de 2010, de uma série de canções de Cole Porter (num arranjo de Nuno Côrte-Real) com os cantores Sónia Alcobaça e Rui Baeta, numa parceria com a Camerata du Rhône, projetos que levou o grupo a Lyon, França.
O Ensemble Darcos tem 2 discos gravados, Volupia, primeiro trabalho discográfico do grupo e inteiramente dedicado à obra de câmara de Nuno Côrte-Real (Numérica, 2012), e Mirror of the soul, com obras de E. Carrapatoso, S. Azevedo, N. Côrte-Real e D. Davis (Odradek 2016).
Luís Tinoco [n.1969, Lisboa] formou-se em composição na Escola Superior de Música de Lisboa. Mais tarde, no Reino Unido, fez um Mestrado em Composição na Royal Academy of Music, em Londres, e doutorou-se pela Universidade de York.
Combina a sua atividade de compositor com o ensino, exercendo funções docentes na Escola Superior de Música de Lisboa. Enquanto programador e divulgador musical, destaca-se a sua colaboração com a Antena 2 / RTP como autor e produtor de programas radiofónicos e como diretor artístico do Prémio e Festival Jovens Músicos.
Como compositor, desempenha o cargo de Compositor Residente no Teatro Nacional de S. Carlos e, na temporada de 2017, foi Artista Associado da Casa da Música.
O seu catálogo inclui obras vocais e música de cena como “Search Songs” (2007) – p/ soprano e orquestra, com textos de Alexander Search; “From the Depth of Distance” (2008) – para soprano e orquestra, com textos de Walt Whitman e Álvaro de Campos; “Evil Machines” (2008) – uma fantasia musical com libreto e encenação do Monty Python Terry Jones; “Paint Me” (2010) – uma ópera de câmara com libreto de Stephen Plaice e encenação de Rui Horta; “Passeios do Sonhador Solitário” (2011) – uma cantata com libreto de Almeida Faria; e “Lídia” (2014) – um bailado com coreografia de Paulo Ribeiro, encomendado pela Companhia Nacional de Bailado (CNB). Trabalhos orquestrais recentes incluem “Cercle Intérieur” (2012) – estreada pela Orquestra Filarmónica da Radio France na Cité de La Musique em Paris; “Concerto para Trompa” (2013) – estreado no 45th International Horn Symposium (Memphis, EUA); “FrisLand” (2014) – estreada pela Orquestra Sinfónica de Seattle no Benaroya Hall da cidade de Seattle; “Incipit” (2015), para orquestra sinfónica – composta para celebrar os 450 anos da fundação da cidade do Rio de Janeiro e estreada pela Orquestra Sinfónica Brasileira no Theatro Municipal do Rio de Janeiro; “O Sotaque Azul das Águas” (2015), co-encomendada pela Orquestra Gulbenkian e pela Orquestra Sinfónica Estadual de São Paulo (OSESP) e estreada no Auditório Gulbenkian; “Concerto de Violoncelo” (2017), escrito para Filipe Quaresma e para a Orquestra Sinfónica Portuguesa; e “O Caminho de Teseu” (2018), para saxofone e orquestra de sopros, escrito para Alberto Roque.
Projetos recentes incluem a composição de novas obras para o Grupo de Percussão Drumming (estreia em Janeiro de 2019) e para a Orquestra Sinfónica Portuguesa (estreia em Novembro 2018). A música de Tinoco é publicada no Reino Unido pela University of York Music Press e está disponível em CDs monográficos editados pela Lorelt records (2005); Naxos (2013) e Odradek (2018). Outras peças de câmara estão disponíveis em gravações comerciais pelos agrupamentos Arditti String Quartet, Apollo Saxophone Quartet, QuadQuartet, Quarteto Vintage, Galliard Ensemble, Le Nouvel Ensemble Moderne, Sond’Ar-te Electric Ensemble, Royal Scottish Academy Brass e por Pedro Carneiro.
Fotos Jorge Carmona / Antena 2 RTP