No âmbito da celebração do 10º Aniversário do Concerto Aberto, a Antena 2 convida, para o segundo dos quatro concertos comemorativos, o Entre Madeiras Trio. Este agrupamento de metais, já participante dos Concertos Abertos, traz um repertório contemporâneo, como aliás tem sido frequente neste espaço em direto da sua radio, ao longo dos dez anos, promovendo deste modo a música contemporânea portuguesa e os novos compositores.
18 Outubro | 19h00
Auditório Caixa Geral Depósitos,
Entre Madeiras Trio
Miriam Tallette Cardoso, flauta
Filipe Pereira Branco, oboé
João Andrade Nunes, saxofone
Programa
Sérgio Azevedo (1968) – Divertimento em Trio
João Andrade Nunes (1990) – Cantilène
Alfredo Teixeira (1965) – Diferencias II after “O Virgo Splendens”
Francisco Cortés-Alvaréz (1983) – Triplo Expresso Mattutino
Christopher Bochmann (1950) – Elegy II Expanded
Fábio Cachão (1992) – Desumanização
@Jorge Carmona / Antena 2 RTP
Sobre o repertório
Sérgio Azevedo (1968) Divertimento em trio (fl, ob, sax tenor)
Obra composta em 2014, segundo um modelo de características neoclássicas e, nas palavras do compositor permeável a elementos de músicas populares, nomeadamente na tarantela final.
João Andrade Nunes (1990) Cantilène ( fl, ob, sax tenor)
Cantilène, a etimologia da palavra francesa de origem medieval designa um poema musicado. A obra, inspirada num hino mariano, também da alta idade média (Ave Maris Stella), apresenta por esse motivo um tratamento melódico muito próximo daquele que por norma se encontra na escrita vocal. Composta em 2015, trata-se de uma composição neo-modal que detém uma escrita muito cristalina e ingénua, como se de uma canção de embalar se tratasse.Alfredo Teixeira (1965) Diferencias II after “O Virgo Splendens” (fl, ob, sax alto)
A obra Diferencias II foi escrita para o Entre Madeiras Trio, homenageando Joaquim Simões da Hora, professor de órgão do compositor, no 75º aniversário do seu nascimento, 20 anos depois da sua morte. O trabalho composicional explorou os materiais melódicos de um canto recolhido no Llibre Vermell de Monserrat, sinalizando a memória do seu encontro, na companhia de Simões da Hora, com os segredos de diversos reportórios históricos. De salientar que Diferencias II acontece, precisamente, 20 anos depois de Diferencias I, obra muito marcada pelo itinerário de descoberta que o compositor percorreu com Jorge Peixinho. É, nas palavras do compositor, uma obra entre-mundos.Francisco Cortés-Alvaréz (1983) Triplo Expresso Mattutino (fl,ob,sax alto)
Nas palavras do compositor, enquanto o céu está escuro e o sol ainda está com preguiça de sair, a batida irritante de um alarme que perturba abruptamente uma viagem mágica através da terra de Morpheus pode causar um caso agudo de sonolência, letargia e mau humor que uma pessoa pode sofrer durante um período indefinido de tempo. No entanto, a melhor maneira de superar tal doença é com aingestão de um café expresso triplo de som. Mais especificamente, um espresso agudo para flauta, oboé e saxofone, com muitas mudanças, várias cores, sonoridades angulares e um final energético rápido. Triplo Espresso Mattutino foi encomendado pelo Entre Madeiras Trio. Esta comissão foi possível graças a Marta Menezes, Miriam Cardoso e ao Fundo Mexicano para a Cultura e as Artes (FONCA).
Cristopher Bochman (1950) Elegy II Expanded (fl, ob, sax soprano)
Obra escrita em 2011, a partir da obra para flauta solo Elegy de 2010.
Obra composta em 2014, segundo um modelo de características neoclássicas e, nas palavras do compositor permeável a elementos de músicas populares, nomeadamente na tarantela final.
João Andrade Nunes (1990) Cantilène ( fl, ob, sax tenor)
Cantilène, a etimologia da palavra francesa de origem medieval designa um poema musicado. A obra, inspirada num hino mariano, também da alta idade média (Ave Maris Stella), apresenta por esse motivo um tratamento melódico muito próximo daquele que por norma se encontra na escrita vocal. Composta em 2015, trata-se de uma composição neo-modal que detém uma escrita muito cristalina e ingénua, como se de uma canção de embalar se tratasse.Alfredo Teixeira (1965) Diferencias II after “O Virgo Splendens” (fl, ob, sax alto)
A obra Diferencias II foi escrita para o Entre Madeiras Trio, homenageando Joaquim Simões da Hora, professor de órgão do compositor, no 75º aniversário do seu nascimento, 20 anos depois da sua morte. O trabalho composicional explorou os materiais melódicos de um canto recolhido no Llibre Vermell de Monserrat, sinalizando a memória do seu encontro, na companhia de Simões da Hora, com os segredos de diversos reportórios históricos. De salientar que Diferencias II acontece, precisamente, 20 anos depois de Diferencias I, obra muito marcada pelo itinerário de descoberta que o compositor percorreu com Jorge Peixinho. É, nas palavras do compositor, uma obra entre-mundos.Francisco Cortés-Alvaréz (1983) Triplo Expresso Mattutino (fl,ob,sax alto)
Nas palavras do compositor, enquanto o céu está escuro e o sol ainda está com preguiça de sair, a batida irritante de um alarme que perturba abruptamente uma viagem mágica através da terra de Morpheus pode causar um caso agudo de sonolência, letargia e mau humor que uma pessoa pode sofrer durante um período indefinido de tempo. No entanto, a melhor maneira de superar tal doença é com aingestão de um café expresso triplo de som. Mais especificamente, um espresso agudo para flauta, oboé e saxofone, com muitas mudanças, várias cores, sonoridades angulares e um final energético rápido. Triplo Espresso Mattutino foi encomendado pelo Entre Madeiras Trio. Esta comissão foi possível graças a Marta Menezes, Miriam Cardoso e ao Fundo Mexicano para a Cultura e as Artes (FONCA).
Cristopher Bochman (1950) Elegy II Expanded (fl, ob, sax soprano)
Obra escrita em 2011, a partir da obra para flauta solo Elegy de 2010.
Fábio Cachão (1992) Desumanização (fl,ob, sax soprano)
Obra composta para estrear no Festival Internacional de Saxofone de Palmela 2016, foi inspirada no livro “A Desumanização” de Valter Hugo Mãe. Como reflexo o gesto que iniciará a peça, desencadeará uma sequência de eventos que constituirão a obra, quase como pedra e madeira fazendo a primeira faísca da qual sairá fogo.
Diferenciando-se dos agrupamentos convencionais de música de câmara, o Entre Madeiras Trio apresenta um trabalho pioneiro nesta área. Apresentou-se ao público pela primeira vez, a 11 de Maio de 2009, na Sala do Trono do Palácio Nacional da Ajuda. Conta desde então com uma vasta lista de concertos divulgando sempre a música contemporânea portuguesa. Destaque para o projeto “Ligações Contemporâneas”, realizado no auditório da Casa Fernando Pessoa (concerto Antena 2) – ‘Concertos mpmp’ realizados no Palácio Foz, na Casa Dr. Anastácio Gonçalves e na Biblioteca Nacional, para além de concertos realizados no Grande Auditório da ESML, na Fundação Cidade de Lisboa, no Auditório do ISEG (concerto Antena 2), na Galeria Valbom, Palácio Nacional de Mafra, Museu da Música entre outros.
A versatilidade do saxofone, oboé e flauta, é a imagem de marca deste agrupamento.
O Entre Madeiras Trio conta já com várias estreias de obras de compositores nacionais e estrangeiros como: Eli Camargo Jr., Sérgio Azevedo, Clotilde Rosa, Christopher Bochamann, Edward Ayres D´Abreu, Rui Lavos, Nuno da Rocha e Mário Chan, Fábio Cachão, Alfredo Teixeira, Francisco Cortés. A 28 de Novembro de 2015 lança o seu primeiro CD, composto exclusivamente por obras escritas para o grupo, produzido pelo Movimento Patrimonial pela Música Portuguesa, sob direcção artística de Olga Prats e com apoio Antena 2.
Transmissão em direto
Realização e Apresentação: André Cunha Leal
Produção: Anabela Luís
Realização e Apresentação: André Cunha Leal
Produção: Anabela Luís
@Jorge Carmona / Antena 2 RTP
Miriam Tallette Cardoso (flauta) e João Andrade Nunes (saxofone), dois elementos do Entre Madeiras Trio, estiveram à conversa com Paulo Alves Guerra, no Império dos Sentidos, a propósito deste concerto.
Para ouvir, clicar aqui (a partir do min. 143)
@Jorge Carmona / Antena 2 RTP