6ª feira | 24 Fevereiro | 21h00
Pequeno Auditório
do Centro Cultural de Belém
Entrada 5 €
Maiores 6 anos
Maiores 6 anos
Transmissão direta (antena e online)
Concerto | Jazz
Mário Costa Quarteto – Chromosome
Cuong Vu, trompete
Bruno Chevillon, contrabaixo
Benoît Delbecq, piano, sintetizador e samplers
Mário Costa, composição, bateria e eletrónica
Programa
Chromosome
La grotte
Adamastor
Moluccas
Moonwalk
Chromosome
Victoria
Chamber Music
@ Flavio Cruz
Mário Costa é uma das principais referências do jazz contemporâneo nacional e da bateria em particular, e construiu um notável percurso ao longo dos últimos anos: são mais de 600 os concertos realizados enquanto baterista de artistas como António Zambujo, Miguel Araújo e Ana Moura – com quem tem atuado em algumas das mais prestigiadas salas do mundo (de que são exemplo o Carnegie Hall, a Ópera de Sydney ou a Filarmonia de Berlim).
Investindo em paralelo na sua carreira internacional, e sendo uma figura em clara ascensão nesse plano, já partilhou o palco com John Taylor, John Beasley, Vincent Peirani, Jason Rebello, Metropole Orkest, Michael Wollny, Theo Ceccaldi, Liudas Mockunas, Dominique Pifarély, Thomas de Pourquery, Yaron Herman, Andy Sheppard (integrando o novo quarteto do saxofonista inglês) e Emile Parisien (chamado a juntar-se ao super-grupo revelação do jazz europeu Sfumato).
Os dois registos discográficos de Sfumato, o primeiro dos quais escolhido como álbum do ano pelos prestigiados prémios Victoires du Jazz, consagram em definitivo o baterista português, permitindo-lhe partilhar os palcos ao lado de figuras maiores do jazz mundial, como os lendários Michel Portal, Joachim Kühn e Wynton Marsalis.
Nesta mesma área, o seu sucesso pessoal está associado a tudo o que o jazz nacional conquistou além-fronteiras e dentro destas, colaborando com vários músicos de diferentes gerações, desde João Mortágua ou Hugo Carvalhais a Carlos Bica ou Mário Laginha.
Em 2018, com a edição de Oxy Patina, iniciou uma muito elogiada carreira enquanto líder e compositor, acompanhado novamente por duas figuras incontornáveis do jazz europeu: Benoît Delbecq (piano) e Marc Ducret (guitarra).
A estreia em nome próprio, além de inúmeras críticas internacionais, recebeu a classificação máxima pela revista Jazz.pt, que lhe atribuiu os títulos de "melhor disco do ano" e "músico de jazz nacional do ano".
O segundo capítulo desta aventura mais autoral, a publicar em Fevereiro de 2023 pela editora Cleanfeed, terá como título Chromosome, numa referência directa à composição de Mário Costa, pensada especificamente para o ADN de cada um dos músicos que agora o acompanha.
É esse sentimento, de temas preparados com o cuidado para permitir a cada elemento a exploração das suas qualidades, que engrandece o brilhantismo de um disco tão cativante quanto inesperado nos seus nove temas.
Se lembrarmos que a trompete de Cuong Vu costuma ser escutada em projectos de Bill Frisell, Pat Metheny, David Bowie ou Laurie Anderson, que o contrabaixo de Bruno Chevillon surge amiúde ao lado de Louis Sclavis, Michel Portal ou Daniel Humair, e que o piano de Benoît Delbecq, além dos projectos próprios, tem tocado com gente tão díspar e especial quanto Evan Parker, Mark Turner ou Mary Halvorson, fica-se com uma pálida ideia do encontro que aqui acontece. Mas porque esta música é muito mais do que a soma das partes e porque cada composição funciona como uma passadeira vermelha que Mário Costa estende a cada um dos seus cúmplices, é também muito mais aquilo que, qual milagre, se revela na união destes quatro músicos. E, por isso, tudo fica por dizer. Só a música pode falar pelo deslumbramento e pela explosão de criatividade que se liberta de Chromosome.