Temporada de Concertos Antena 2

12 novembro | 19h00
Auditório do Liceu Camões
Entrada gratuita

Ricardo Coelho 5tet | Kohelet

Ricardo Coelho, composição e vibrafone
José Soares, saxofone alto
José Diogo Martins, piano
Romeu Tristão, contrabaixo
João Sousa, bateria

Programa

Movimento I | Lançar

Movimento II | Recolher

Movimento III | Partilhar

No livro do Kohelet li o seguinte:
“Lança o teu trigo sobre o mar, que passado algum tempo o recolherás. Partilha o que é teu com todos os que puderes; nunca sabes as desgraças que podem cair sobre o país. Se as nuvens estiverem carregadas, deixam cair chuva sobre a terra. Uma árvore qualquer tanto pode cair para Sul como para Norte. E onde cair lá ficará. O que anda a observar o vento nunca faz a sementeira e o que só olha para as nuvens nunca faz a colheita. Assim como não sabes como entra o sopro da vida no feto que está no ventre da mãe, assim também não compreendes aquilo que Deus faz, ele que tudo pode fazer. De manhã lança a semente à terra e de tarde não cruzes os braços, pois não sabes qual das sementeiras é que vai dar melhor resultado, ou se ambas são igualmente boas. É bom e agradável que os olhos consigam ver a luz e contemplar o Sol. Mas ainda que o homem viva muitos anos e seja muito feliz, deve recordar-se que os dias de escuridão também serão muitos e que tudo o que está para vir é ilusão.” (Eclesiastes 11:1-8 BPT)
Não sei se foi da água, mas eis que em mim brotou algo. Iludido? Talvez…

Transmissão direta
Apresentação: João Almeida
Produção: Anabela Luís, Cristina do Carmo

Ricardo Coelho (1990) | Natural do Porto, é reconhecido como um dos músicos mais versáteis da sua geração. Tendo o Gospel como alicerce, desenvolve uma intensa atividade como músico multi-instrumentista e compositor/arranjador em diversos contextos, tendo já colaborado em projetos musicais tão diversos como Eu.Clides, Tota, Mario Lucio & os Kriols, RawspelChoir, Jafumega, Capicua, The Peace of Wild Things, entre tantos outros. Foi finalista do prémio novos talentos Ageas da Casa da Música (2018) com Foundation e lidera o Ricardo Coelho quinteto, grupo com quem lançou o seu disco de estreia Kohelet (Outubro de 2025, Carimbo Porta Jazz).
O seu percurso académico iniciou-se aos 4 anos de idade, na Escola de Música Valentim de Carvalho, estudando piano e bateria. Concluiu o curso de Percussão no Conservatório de Música do Porto e, posteriormente, ingressou na ESMAE onde se licenciou em Jazz (Vibrafone), após ter frequentado a Licenciatura em Percussão e colaborado com as principais Orquestras Sinfónicas portuguesas. Tem-se apresentado em concerto na Europa, África, América do Sul, América Central e Ásia.
De 2017 até 2023 foi professor no Conservatório de Música da Jobra (ART’J). Lecionou a disciplina de Vibrafone Jazz no Conservatório de Musica do Porto entre 2017 e 2019 (reiniciando em 2023). É cofundador, coordenador artístico e professor da Academia Bomfim Porto, uma extensão do Conservatório Bomfim. Lidera ainda o departamento de Música e Expressões Criativas da IEBCedofeita.

José Soares | Destacado saxofonista e compositor português, atualmente a residir entre Amesterdão e Lisboa. Após concluir a licenciatura em Performance de Jazz na Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo, mudou-se para Amesterdão, onde prosseguiu os seus estudos no Conservatorium van Amsterdam, nos Países Baixos.
Soares é uma presença constante na cena do jazz, da música improvisada e contemporânea, apresentando-se nos festivais mais prestigiados da Europa com uma vasta gama de formações.
Regularmente integra grupos como o Carlos Bica Quarteto, João Mortágua Axes, Teis Semey Quintet, Fuensanta Ensamble Grande, Guy Salamon Group, André Carvalho ‘Lost in Translation’, Federico Calcagno Octet e Old Mountain, entre muitos outros.
Além de ser membro de formações nacionais e internacionais premiados e aclamados pela crítica, Soares lidera o quarteto Soma (com live visuals), que fez a sua estreia como líder em 2024 com um projeto comissionado pelo Festival Guimarães Jazz, em parceria com a Porta-Jazz. Colidera também o trio Perselí, junto de Fuensanta Mendéz e Alistair Payne, com o álbum de estreia lançado pela Minaret Records, sediada em Los Angeles, e o trio Vasus, com o reconhecido pianista Harmen Fraanje (editora ECM) e a baterista Sun Mi Hong (artista da Edition Records). Soares colabora igualmente com diversas formações emergentes no âmbito da música contemporânea, desempenhando papéis de direção artística e composição. Destacam-se projetos como Makrokosmos, uma parceria entre músicos de jazz e improvisação com integrantes da renomada Concertgebouw Orchestra, tendo-se apresentado na Muziekgebouw aan ‘t IJ, e UanDuo, que combina música e poesia para duo de saxofones.
Em Dezembro de 2024 foi reconhecido com o Prémio Artista do Ano pela RTP/ Festa da Jazz em 2024; foi também solista convidado da Orquestra de Jazz de Matosinhos (OJM) em 2018 e professor convidado no Koninklijk Conservatorium den Haag, nos Países Baixos, em 2023.
Atualmente encontra-se a lecionar no Curso de Jazz e Música Moderna da Universidade Lusíada de Lisboa, na Escola de Jazz Luiz Villas-Boas – Hot Clube de Portugal; foi colaborador e convidado na Royal Conservatoire The Hague e na ArtEZ University of the Arts em Arnhem, Países Baixos.

José Diogo Martins | O seu percurso é pautado pela procura de pontos comuns entre a
heterogeneidade dos diferentes géneros musicais por onde tem passado. De momento, caracteriza-se como um músico multifacetado e muito requisitado nas cenas jazz, clássica contemporânea e improvisação.
O seu registo fonográfico conta com Pedro Melo Alves’ Omniae Ensemble, Lumina, Miguel Rodrigues Empa, Mané Fernandes’ Enter The sQuigg, AP Quarteto Nu, Not Far From Paradise de Eduardo Cardinho Sexteto (vencedor de melhor álbum jazz dos prémios Play 2025), Soma de José Soares, Koehet de Ricardo Coelho e como solista convidado da Orquestra de Jazz de Matosinhos a par de João Paulo Esteves da Silva, Jazz in the Space Age.
Dentro do panorama da música clássica moderna e contemporânea destaca-se o seu trabalho como pianista, correpetidor e de teclista em projetos como óperas e música para Ensemble.
Teve o prazer de colaborar com grupos como o Drumming gp , Orquestra Clássica de Guimarães, Digitópia, Sinfonieta de Braga, entre outros.

Romeu Tristão | Um dos músicos mais ativos na cena jazzística portuguesa. Integra grupos como o Trio/Quarteto do Ricardo Toscano, o Quinteto do Hot Clube de Portugal, o projeto Carlos Paredes por Mário Laginha, o Quinteto da Clara Lacerda e a banda The Peace Of Wild Things.
Tem tido também a seu cargo, ao longo dos anos, várias jam sessions que se tornaram símbolos da cena lisboeta, em locais como Café Tati e O Bom, o Mau e o Vilão.
No circuito internacional, trabalhou com grupos como Aaron Goldberg Trio, Kevin Hays Trio, Fred Nardin Trio, Gadi Lehavi Trio (com disco editado pela Newvelle Records), Daniel Torres “First Statement” (com disco editado pela Outside in Music) e El Camino de José Carra (com disco editado pela Romero Music Spain). É também um dos membros da banda ibérica The Wild Bunch, com quem teve várias digressões.
Nos últimos anos, paralelamente à sua carreira como músico, tem-se dedicado à curadoria do Távola Jazz Club, que se tornou num dos clubes de jazz mais relevantes do panorama nacional.

João Sousa | Músico, baterista e compositor nasceu em 1990, em Faro. Em 2017 concluiu o mestrado em música no Royal Conservatory of the Hague onde estudou com o reconhecido mestre holandês Erik Ineke.
Como líder, Old Mountain é já uma madura parceria entre Sousa e Pedro Branco. Surge em 2016 e desde logo iniciam colaborações com diferentes músicos, George Dumitriu, Demian Cabaud, Nicóló Ricci, João Hasselberg ou Carlos Barretto são alguns exemplos. Old Mountain conta com três álbuns editados Parallels, This is not our music (Nischo Records), Another State of Rhythm feat. Tony Malaby (Clean Feed records) e vários concertos por diversas salas do país.
Integra o coletivo Garfo que em 2021 edita o seu álbum de estreia através da prestigiada Clean Feed Records. Grupo revelação do ano (2021) – prémio RTP/Festa do Jazz, Garfo editou no final de 2024 o seu segundo registo fonográfico Órdia também com o carimbo Robalo Music.
Em 2023 editou Habitat (Robalo Music), resultado de três dias de residência em Serpa com o grupo composto por Samuel Gapp, João Carreiro e João Sousa.
Paralelamente Sousa faz parte de projetos como P.S. Lucas, Narciso, Fuchsia Trio, Branco toca Marco Paulo, The Hinge, OJS, Tomás Longo “our lady of pleasures”, Esteves, João Espadinha Septeto, Marta Rodrigues Quinteto, Motian & More de Hernâni Faustino ou Desidério Lázaro Trio.
É cocriador de V.A.G.O. , projeto multidisciplinar em parceria com a coreógrafa Raquel Cabral.
No final de 2018 integrou o coletivo criado no âmbito da residência artística liderada pelo trompetista Gabrielle Mitelli uma parceria entre a Fundação Árpád Szenes – Vieira da Silva e o Instituto Italiano de Cultura em Lisboa. Fruto de uma semelhante parceria estabelece ligação com a música do contrabaixista Pietro Paris.