Transmissão em direto
29 abril 2017 | Palco Antena 215h00 | Quarteto Arabesco (B22)
Mendelssohn, Canções sem Palavras
Veja ainda a programação dos restantes Dias da Música, na Antena 2:
Dia 30 – das 12h45 às 20h30
Concertos
Excertos musicais a partir de várias salas
Comentários, entrevistas, apontamentos de reportagem
Concerto de Encerramento [a confirmar]
Grande Auditório
B1 | 12h00 *
Poesia e Música
“Cuenta la historia que en aquel pasado
Tiempo en que sucedieron tantas cosas
Reales, imaginarias y dudosas,
Un hombre concibió el desmesurado
Proyecto de cifrar el universo
En un libro y con ímpetu infinito
Erigió el alto y árduo manuscrito
Y limó y declamó el último verso.”
Exerto de la Luna, de Jorge Luis Borges
Anna Akmátova – Excerto de Poema sem Herói
Luís de Freitas Branco – Uma Melodia (andante)
Florbela Espanca – Excerto do poema Eu
Camille Saint-Saëns – Bacanal de Sansão e Dalila
Gustave Flaubert – Excerto do romance Salambô
Alberto Ginastera – Estância
Jorge Luis Borges – Excerto do poema La Luna
Antonio Vivaldi – Concerto para Dois Violoncelos
Dante – Excerto de Divina Comédia
Joly Braga Santos – Sinfonia n.º 4, Hino à Juventude
Sophia de Mello Breyner Andresen – Excerto do poema A Forma Justa
Tito Paris – Dança Mami Crioula
Yolanda Morazzo – Excerto do poema Barcos
Perez Prado – Mambo
Nowel Coward – Excerto de Señorita Nina*
Jose Jesús Olivetti Gimenez, direção musicalPaulo Gaia Lima, violoncelo
João Gonçalves, violoncelo
Marina Ferreira, declamaçãoApreciemos as voluptés calmes em que nos vamos inebriando em cada trecho musical que ouvimos. Dos tempos instáveis e cinzentos do estalinismo ao ritmo percussivo dos labores dos campos llanos argentinos tão bem intuídos por Jorge Luis Borges, grande arquiteto dos labirintos do espírito. Da decadência doentia de Salambô, tão bem aparelhada com a Bacanal de Sansão e Dalila, ao desespero ensanguentado de Florbela, ansiando pelas tórridas planícies alentejanas, cultivando assim o spleen de Luís de Freitas Branco.
B2 | 14h00 *
Sedução e Amores ProibidosPrograma
Frédéric Chopin – Variações Là ci darem la mano
Piotr Ilich Tchaikovsky – Abertura-Fantasia Romeu e Julieta*
Orquestra Sinfónica Ensemble
Cesário Costa, direção musical
Raúl da Costa, piano
B3 | 16h00 | Transmissão direta
Beethoven e Goethe
Programa
Orquestra de Câmara Portuguesa
Pedro Carneiro, direção musicalPedro Gil, narração
Eduarda Melo, soprano
B4 | 18h00 *
Dos Livros para a Música | Personagens Intemporais
“Sim, a paixão é sempre e só uma nova paixão;
não pode ser transferida de uma para outra;
tem de morrer aqui e nascer, nova, ali,
e assumindo-se, não conhecerá o remorso.”
Excerto de Don Juan, de Nikolaus Lenau
Programa
Richard Wagner – Abertura Fausto
Maurice Ravel – Don Quichotte à Dulcinée
Charles Gounod – Romeo et Juliette, Valsa de Julieta e Ária do Veneno
Richard Strauss – Don Juan
Orquestra Sinfónica Portuguesa
Johannes Stert, direção musical
André Baleiro, barítono
Cristiana Oliveira, sopranoNeste concerto, a Orquestra Sinfónica Portuguesa irá fazer reviver, através da música, personagens incontornáveis da literatura, a começar pelo Fausto de Goethe, levado para a música por tantos e tantos compositores, e que também Wagner quis transformar numa sinfonia. A segunda personagem que aparece neste concerto é o D. Quixote de Miguel de Cervantes, personagem tocante, carregada de idealismo e de humanismo, e que também marcou inúmeros artistas, como é o caso de Maurice Ravel com as suas canções de D. Quixote a Dulcineia, de 1933. A terceira história que ganha vida através da música neste concerto é o Romeu e Julieta de William Shakespeare. Quando Charles Gounod era ainda estudante no Conservatório de Paris, ouviu um ensaio da Sinfonia Dramática de Berlioz, Romeu e Julieta (1839), ficou tão impressionado com a beleza da música e cativado pelo tema que, quase 30 anos mais tarde, começou a compor a sua própria versão da peça de Shakespeare. Por fim, neste concerto, surge o Don Juan, de Richard Strauss (1888)., com o brilhante poema sinfónico que Richard Strauss escreveu após a leitura de poemas de Nikolaus Lenau, os quais descreviam sentimentos de “desejo”, “posse” e “desespero”.
B5 | 20h00 *
Mozart e Da Ponte
Programa
*
Orquestra de Câmara Portuguesa
Pedro Carneiro, direção musicalCoro Voces Caelestes
Sérgio Fontão, maestro do coroDavid Greilsammer, piano
Ana Maria Pinto, soprano (Dona Elvira)
Luís Rodrigues, barítono (Don Giovanni)
José Corvelo, barítono (Leporello)
Wojtek Gierlach, baixo (Comendador)
Na sua famosa trilogia Da Ponte (As Bodas de Fígaro (1786), D. Giovanni (1787) e Così fan tutte (1790)), assim chamada pela parceria com o libertista Lorenzo Da Ponte, Mozart expõe à sua maneira os comportamentos da nobreza e das classes sociais favorecidas do seu tempo. Também no seu Concerto para Piano nº 22, Mozart utiliza a mesma luta de classes, de posições e até do papel da mulher, explorando ainda com maior profundidade o aspeto moral do comportamento destes nobres dissolutos.
B6 | 22h00 | Transmissão direta
Paixão Segundo São JoãoPrograma
Coro e Orquestra XXI
Dinis Sousa, direção musicalRaquel Camarinha, soprano
Cátia Moreso, meio-soprano
João Terleira, tenor
Hugo Oliveira, barítono
André Henriques, Cristo
Diogo Mendes, Pilatos
Na sexta-feira Santa de 1724, J. S. Bach apresentava em Leipzig a sua maior obra até à data, a Paixão Segundo S. João, cuja escala emocional não tinha precedentes neste contexto litúrgico. Não havendo testemunhos do público presente, é impossível imaginar qualquer indiferença perante a força incomensurável com que o primeiro coral nos transporta para o início da narrativa. Com as diferentes formas que utiliza, entre recitativos, árias e números corais, Bach intercala momentos de um dramatismo quase visceral com outros de profunda introspeção, conseguindo um equilíbrio perfeito entre narrativa e contemplação. Através da escrita das suas cantatas, que nesta fase da sua vida eram compostas semanalmente, Bach foi experimentando e encontrando novas formas de trabalhar o texto, aproximando-se do ideal de Lutero de que a música devia servir a fé. A Paixão aparece, assim, como o culminar de um ano de árduo trabalho em Leipzig, uma peça que é tanto uma obra de arte como um ato de devoção. Bach tem a capacidade de escrever linhas que são, ao mesmo tempo, instrumentais e vocais, como tantas vezes se pode ouvir nesta Paixão, os solistas vocais quase sempre dialogam com solistas da orquestra, sem que um seja mais ou menos importante. Com esta interação, Bach explora diferentes cores e texturas que revelam um compositor determinado a apresentar uma visão contemporânea e atual dos textos do Evangelho Segundo S. João. Quase 300 anos depois, a força desta obra mantém-se inquestionável e, independentemente das crenças religiosas de cada um, a Paixão continua a ter a capacidade de não nos deixar indiferentes. (Dinis Sousa)
Pequeno Auditório
B7 | 14h00 | Transmissão direta
Gaspard de la Nuit
Programa
I. Dança popular / II. Cena / III. Minueto / IV. A jovem Julieta /
Artur Pizarro, pianoComposto por Maurice Ravel, em 1908, Gaspard de la Nuit tem como ponto de partida uma série de poemas fantásticos do escritor Aloysius Bertrand. No poema, o autor relata uma série de surpreendentes visões e aventuras protagonizadas por um personagem cujo nome é Gaspard de La Nuit. Cativado pelo texto evocativo de Bertrand, Ravel baseou o seu Gaspard em três desses contos.
Também inspirado na literatura, desta feita na célebre tragédia de William Shakespeare, o famoso ballet Romeu e Julieta, de Sergei Prokofiev, foi estreado no dia 11 de janeiro de 1940 no Teatro Kirov, então em Leningrado (hoje São Petersburgo). Perante o sucesso desta partitura, Prokofiev extraiu do ballet três suítes orquestrais (op. 64 bis, 64 ter e op. 101) e uma seleção ainda mais reduzida de dez peças para piano, onde se reconhece o famoso tema dos Capuletos e Montéquios, o tema de Frei Lourenço, ou o tema dos dois amantes antes de morrerem.
B8 |16h00 *
Do Poemário Musical Romântico – Wagner & Mahler
Richard Wagner – Idílio de Siegfried, WWV 103
Gustav Mahler – Rückert Lieder
I. Ich bin der Welt abhanden gekommen / II. Um Mitternacht
Gustav Mahler – Canções de um Viandante
I. Wenn mein Schatz Hochzeit macht /
B8 Melleo Harmonia
Joaquim Ribeiro, direção musical
Luís Rodrigues, barítonoTalvez possamos afirmar ter constituído o século XIX o momento histórico em que a profundidade da relação entre o verbo e o som se tornou mais densa; ou não estivéssemos perante a hora do Romantismo, imparável na alavancagem do poemário musical. Siegfried Idyll constitui, porventura, a obra mais íntima de Richard Wagner. Aludindo a obra diretamente ao advento do nascimento de Fidi, o seu filho, através da utilização do tema de embalar tradicional alemão Schlaf, Kindlein, schlaf, tocado aqui pelo oboé, é possível ainda encontrar alusões ao amanhecer e ao canto dos pássaros, ambos de especial significado, ao que se julga, para o casal Wagner.
Um dos compositores deste período mais prolíferos na criação de música intrinsecamente relacionada com literatura, em particular a poesia, foi Gustav Mahler. A ele devemos alguns dos ciclos de canções mais belos da história da música. Destacamos Rückert Lieder e Eines Fahrenden Gesellen, ambas para voz intermédia, no nosso caso barítono.
B9 | 18h00 | Transmissão direta
El Amor Brujo
Programa
Camerata Atlântica
Ana Beatriz Manzanilla, direção artística e primeiro violino
Cátia Moreso, meio-soprano
“A noite é o dia das coisas
é o dia das flores, das plantas e estátuas.
De dia, imóveis e presos
de noite, dançamos livres.”Excerto do libreto O rapaz de bronze, de J. M. Vieira Mendes,
O Rapaz de Bronze
Programa
Libreto de José Maria Vieira Mendes, a partir do conto de Sophia de Mello Breyner Andresen*
Ensemble DarcosNuno Côrte Real, direção musical
Dora Rodrigues, Florinda
Eduarda Melo, Rapaz de Bronze
João Cipriano, Gladíolo
Cátia Moreso, Tulipa
Inês Simões, Rosa
Bárbara Barradas, Orquídea
André Lacerda, Begónia
Job Tomé, Cravo
Filipe Quaresma, violoncelo
Encomenda conjunta da Casa da Música e do Teatro Nacional de São Carlos, a ópera de câmara O Rapaz de Bronze foi estreada em setembro de 2007, com libreto de José Maria Vieira Mendes, a partir do conto homónimo de Sophia.
B11 | 22h00 *
Viagem de Inverno Programa
Ensemble Mediterrain*
Bruno Borralhinho, direção artística e musical
Lothar Odinius, tenor
*com músicos convidados
Uma das maiores obras-primas de Franz Schubert e da própria História da Música, a Viagem de Inverno foi composta em 1827, apenas um ano antes da morte do compositor, e espelha a desilusão, a tristeza e a dor de um viandante pelo amor não correspondido e pela própria vida. Ter-se-á revisto Schubert nos textos de Wilhelm Müller, decidindo então conceber uma espécie de testamento musical antes que a doença que o corrompia lhe roubasse o último suspiro? Certo é que as imagens transmitidas pelo frio, por vezes até gelo, do inverno nos transportam a um certo lugar onde impera a melancolia, por vezes até a fúria. Zender concede à música de Schubert uma interessantíssima multiplicidade de cores e atmosferas numa arrojada orquestração que não se limita apenas ao complemento, mas também à reconstrução e acima de tudo à interpretação. A uma possível interpretação. (Bruno Borralhinho)
Sala Luís de Freitas Branco
B12 | 14h00 *
De García Lorca a Piazzolla
“En la calle de los Muros
han matado una paloma.
Yo cortaré con mis manos
las flores de su corona.
Anda jaleo, jaleo:
ya se acabó el alboroto
y vamos al tiroteo.”
Excerto do poema Anda Jaleo de F. Garcia Lorca
Programa
I. Anda Jaleo / II. Zorongo / III. Sevillanas del siglo XVIII
Manuel de Falla – Canções Populares Espanholas
I. Seguidilla Murciana / II. Asturiana / III. Canción / IV. Nana / V. Polo
Enrique Granados – Canções
I. El Majo Discreto / II. El tra la la y el punteado /
I. Cuba dentro de un piano / II. Cación de cuna para dormir a un negrito /
Astor Piazzolla – Che Tango Che; Rinascerò; Yo Soy Maria*
Paulo Jorge Ferreira, adaptações para voz e acordeão
Ana Ester Neves, soprano
Paulo Jorge Ferreira, acordeãoB13 | 16h00 *
A Serrana
“Meu Pedro! Nos teus olhos
a minha vida está!
No abraço teu dilui-me
esta ânsia que me alaga!
Meu bem! Contra os teus lábios
os lábios meus esmaga!
E a minha carne sôfrega
Teus beijos sorverás!
Como a nortada sobre a serra
Varre os bulcões do temporal,
O teu amor de mim desterra,
Pedro! Ó meu Pedro! A dor mortal!”
Excerto do libreto de A Serrana, de Henrique Lopes de Mendonça
Programa
Alfredo Keil A Serrana – fragmentos (arranjos de Victor de Faria)*
Quarteto Vintage
(Iva Barbosa, João Moreira, José Eduardo Gomes e Ricardo Alves, clarinetes)
Cristóvão Luís, piano
Luís Arrigo, percussão
Ana Barros, soprano (Zabel)
Mário João Alves, tenor (Pedro)
Job Tomé, barítono (Nabor)
José Corvelo, barítono (Marcelo)
Serrana – fragmentos foi uma encomenda da Academia de Música de Viana do Castelo, estreada em 2010, pelo Quarteto Vintage, em parceria com José Lourenço e Vítor de Faria. Esta seleção de fragmentos de A Serrana, de Alfred Keil, foi reorquestrada por Víctor de Faria, sem desvirtuar a partitura de Keil, espelhando a sua essência e enfatizando as suas qualidades. Foram selecionados “fragmentos” cuja linguagem operática, cumprindo o seu mais eficaz desígnio, veiculasse emoções e retomasse os momentos mais marcantes da novela de Camilo Castelo Branco Como ela o amava! (1866), que serviu de base ao libreto de Henrique Lopes de Mendonça. Como já é habitual na direção artística e criativa do Quarteto Vintage, este espetáculo propõe recriar A Serrana, fazendo apelo a um conjunto de músicos assumidamente heterogéneo, arrojado e sem precedentes: quarteto de clarinetes, piano, percussão, soprano, tenor e dois barítonos. (Iva Barbosa)
B14 | 18h00 *
Quantas sabedes amar amigo
Programa
D. Dinis – Non sei como me salv’a minha senhor (Cantiga d’amor)
Martim Codax – Quantas sabedes amar amigo; Mandad’hei comigo
Juan Ruiz – Mis ojos non verán luz (Troba Caçurra – trova burlesca)
Vilancico Anónimo – Ay luna que reluces
Filipe Faria e Sérgio Peixoto – Ay que biviendo no byvo, sobre texto do vilancico anónimo
Vilancico Anónimo – Minina dos olhos verdes
Filipe Faria e Sérgio Peixoto – Mis arreos son la armas, sobre texto do vilancico anónimo
Vilancico Anónimo – Díme robadora
Lundum – Menina você que tem
José Afonso – Dorme meu menino (arranjo de Filipe Faria e Sérgio Peixoto)
Márcia – A pele que há em mim (arranjo de Filipe Faria e Sérgio Peixoto)*
Sete Lágrimas
Filipe Faria, voz
Sérgio Peixoto, voz
Pedro Castro, flautas, charamela, gaita de foles, oboé barroco
Tiago Matias, alaúde, vihuela, guitarra barroca e tiorba
Mário Franco, contrabaixo
Rui Silva, percussão históricaNesta “viagem pela música e pela literatura trovadorescas do todos os tempos” começamos no século XIII e terminamos no século XXI. A tradição trovadoresca declinou depois da morte de D. Dinis e quase se extinguiu após 1350, estando então a aristocracia mais interessada numa identidade cultural erudita, mas nos séculos XV e XVI esta ideia de construção trovadoresca subsiste numa lírica de caráter popular, na Península Ibérica, nos textos (na sua maioria anónimos) dos vilancicos – bem como na tradição do alaudista / compositor / cantor – e mais tarde (até ao século XIX) na sua relação de torna-viagem com o Novo Mundo. No século XX (continuando para o século XXI) há uma nova vitalidade da lógica trovadoresca com os cantautores que se acompanhavam à guitarra… São estes os “portos” da viagem propostos pelos Sete Lágrimas.
B15 | 20h00 *
Harmonias Poéticas e Religiosas
Programa
I. Invocation / III. Bénédiction de Dieu dans la Solitude /
António Rosado, pianoHarmonies poétiques et religieuses contém duas das mais aclamadas peças do compositor, a contemplativa Benédiction de Dieu dans la solitude e Funérailles. O ciclo de 10 peças foi composto entre 1847 e 1852, depois de o compositor se apaixonar pela princesa polaca Carolyne zu Sayn-Wittgenstein, figura de maior importância na sua vida, e decidir abandonar a carreira de virtuoso, estabelecendo-se em Weimer, onde já havia sido designado Mestre Capela em 1842. Apesar da reputação de bon vivant que granjeou nos anos anteriores, fruto das viagens e da fama justa de melhor pianista de todos os tempos, grande virtuoso e compositor, Franz Liszt apresenta em Harmonies poétiques et religieuses o seu lado religioso, católico e de adoração a Deus. Liszt inspirou-se nos poemas com o mesmo nome de Alphonse de Lamartine, tendo até transcrito parte do prefácio do livro como nota introdutória ao ciclo de peças.B16 | 22h00 *
Fantasias Inglesas
“From me he took his sighs and tears,
From thee his pride and cruelty;
From me his languishments and fears,
And ev’ry killing dart from thee:
Thus thou, and I, the God have arm’d,
And set him up a Deity,
But my poor heart alone is harm’d,
Whilst thine the Victor is, and free.”
Excerto da peça Abdelazar (The moor’s revenge), de Aphra Behn
Programa
I. Abertura / II. Rondeau / III. Air / IV. Air / V. Minuet /
Benjamin Britten – Lachrymae: Reflections on a song by Dowland, op. 49a,
Ralph Vaughan Williams – Fantasia sobre um tema de Thomas Tallis
Anglo-Portuguese Ensemble
Lourenço Macedo Sampaio, violetaApesar de integralmente inspirado em Literatura Britânica dos séculos XVI e XVII, este concerto traz-nos obras separadas por quase 300 anos. A suíte Abdelazer ou The Moor’s Revenge (1695) é uma adaptação musical de Purcell da peça de teatro com o mesmo nome, datada de 1676 e escrita por Aphra Behn. É uma suíte francesa, constituída por nove danças contrastantes – sendo que o Rondeau foi mais tarde utilizado pelo também inglês Benjamin Britten para o seu Young Person’s Guide to the Orchestra.
Recuando ao início do século XVII, encontra-se um ciclo de canções originalmente escritas para o alaúde de John Dowland (1604) que servem de base à composição de Britten com o mesmo título, Lachrymae. Este conjunto de reflexões para violeta e orquestra de cordas salienta a linguagem de Britten, apesar de, pontualmente, a obra de Dowland ser citada na sua forma original. A obra foi dedicada a William Primrose, virtuoso violetista escocês, e estreada em 1950, no Festival de Aldeburgh.
A última obra do programa nasce no século XVI, altura em que o Arcebispo da Cantuária Matthew Parker escreveu nove salmos para o Livro de Salmos de 1567. Um destes foi então musicado por Thomas Tallis. Já no século XX, foi Ralph Vaughan Williams (1910) a elaborar o tema de Tallis e torná-lo na Fantasia para Orquestra de Cordas. Nesta obra, a Orquestra de Cordas é dividida em duas, separadas uma da outra, no intuito de atingir a sonoridade de um órgão, assim como oferecendo a possibilidade de uma orquestra poder ecoar a outra.
B17 | 14h00 *
A Sonata Kreutzer
“A música obriga a esquecermo-nos da nossa verdadeira personalidade, transporta-nos para um estado que não é nosso. Sob a influência da música, temos a impressão de que sentimos o que não sentimos; que compreendemos o que na realidade não compreendemos; que podemos o que não podemos (…).”
Excerto da Sonata Kreutze, de Lev TolstoiPrograma
I. Adagio sostenuto. Presto / II. Andante con variazioni / III. Presto*
Carlos Damas, violino
Jill Lawson, pianoEm 1889, Lev Tolstói (1828-1910), escritor russo, publicou, em 28 capítulos, uma história curta intitulada A Sonata Kreutzer, baseada na sonata de Beethoven com o mesmo nome. O tema principal é a reafirmação dos valores do espírito perante um desregrado fluir das paixões e dos sentidos.
B18 | 16h00
Canções sem palavras *
Programa
Op. 19 nºs 1, 3, 4, 5
Op. 30 nºs 1, 2
Op. 38 nºs 1, 3, 6
Op. 53 nºs 1, 3
Op. 62 nºs 1, 2, 6
Op. 67 nºs 1, 2, 4
Op. 85 nº 4
Op. 102 nºs 1, 4*
Luísa Tender, pianoFelix Mendelssohn (1809‒1847) compôs, ao longo de quase duas décadas, oito volumes de pequenas obras para piano. As Canções sem palavras depressa se tornaram uma das coletâneas mais populares do repertório pianístico. Várias destas peças são de um nível de dificuldade que aparentemente as tornava acessíveis a pianistas amadores. Pelo mesmo motivo, foram ao longo do tempo injustiçadas por muitos músicos e ouvintes, que as consideravam um repertório menos “imponente” do que outros, mais virtuosísticos, da mesma época e até do próprio Mendelssohn.
A verdadeira dificuldade das Canções sem palavras está, sem dúvida, no cantabile das melodias. O compositor, pelo título que escolhe, indica ao pianista que deve cantar. Sem um texto, o pianista recebe então uma incumbência difícil. Pode imaginar palavras e frases, mas o público nunca conhecerá este texto escondido. Terá, por sua vez, de o reconstruir ou reimaginar a partir do contorno melódico e do modo como o pianista o entoa.
Talvez Mendelssohn quisesse que estas canções contassem histórias. Serão então histórias sem texto: histórias codificadas, que cada um é livre de interpretar à sua maneira. As Canções sem palavras são um exercício para a imaginação de artistas e ouvintes. Abrem, também, uma janela para a discussão musicológica sobre a intenção original do compositor, e a sua transmissão a intérpretes e ouvintes.
Contos e outras histórias fantásticasPrograma
1. De povos e terras distantes / 2. História curiosa / 3. Cabra cega /
Richard Wagner / Louis Brassin – Transcrição para piano do ato III da ópera
Richard Wagner / Franz Liszt – Transcrição para piano da cena final da ópera de
Igor Stravinsky / Guido Agosti – Transcrição para piano da suíte de O Pássaro de Fogo
1. Dança Infernal do Rei Kachtchei /
Vasco Dantas, pianoUm dos romances mais famosos do mundo pianístico e da música clássica é a história de amor entre Robert Schumann e a jovem pianista Clara Wieck, que culminou com o seu casamento em 1840. Este namoro teve todos os ingredientes de uma telenovela: um pai hostil, um outro pianista apaixonado pela noiva, correspondências secretas, problemas judiciais, acusações de alcoolismo de Schumann, a sua expulsão de casa dos Wieck, problemas económicos, etc. Todos estes episódios produziram também em Schumann muita inspiração criativa, que o levou a compor grande parte do seu repertório pianístico mais famoso.
Em março de 1838, depois de se ver proibido de frequentar a casa de Clara, Schumann escreveu-lhe: “Tenho andado a compor um livro inteiro de coisas – selvagens, maravilhosas, solenes – talvez sejam uma resposta ao que me escreveste, dizendo que muitas vezes me pareço com uma criança… Escolhi doze e chamei-lhes Cenas Infantis.”
O pianista belga Louis Brassin cedo ficou conhecido como pequeno prodígio pelo seu virtuosismo ao piano e, mais tarde, pelas suas transcrições de grande dificuldade técnica de óperas de Richard Wagner. À semelhança de outros excertos das suas óperas, este tema famoso d’A Cavalgada Das Valquírias, rico de intensidade e energia, é frequentemente utilizado em bandas sonoras de produções cinematográficas e televisivas.
A relação entre Wagner e Liszt estendeu-se muito para lá da relação musical quando Wagner se casou com Cosima von Bülow, filha de Franz Liszt. Mas ainda antes de esta relação se iniciar, Liszt apaixonou-se pela música orquestral de Wagner e incluiu inúmeras transcrições ou paráfrases destas obras nos seus recitais de piano. O trabalho de Liszt em A Morte de Isolda é bastante respeitador da sua fonte.
Sergei Prokofiev chamava-lhe “Bach nas Notas Erradas” e foi com o ballet do conto de fadas russo O Pássaro de Fogo que o compositor russo Igor Stravinsky alcançou o sucesso internacional e foi catapultado para Paris. Da partitura completa deste ballet, Stravinsky extraiu uma suíte orquestral que rapidamente se tornou famosa. Guido Agosti, pianista italiano, transcreveu três andamentos dessa obra. Uma reinvenção deslumbrante de um clássico!
B20 | 20h00 *
O Violino de Sherlock Holmes
Programa
Tatiana Samouil, violinoConan Doyle conta-nos, através do sempre atento Dr. Watson, as muitas aventuras do mais célebre dos detetives, Sherlock Holmes. É através das confidências de Watson que ficamos a saber que, além do fascínio pela aventura e pelo mistério, Holmes tem uma verdadeira paixão pela música e pela ópera. Huguenotes de Meyerbeer, aos Contos de Hoffmann, de Jacques Offenbach, a música é uma constante na vida deste detetive. Em Um Estudo em Vermelho, ficamos a saber que o nosso herói toca particularmente bem violino, nada mais, nada menos que um Stradivarius, e que tem uma atração especial por peças particularmente difíceis, como as obras de Pablo de Sarasate ou os Estudos de Paganini. Nesse mesmo livro vai a um concerto com a Orquestra Hallé, em que a solista é Wilhelmine Norman-Neruda, conhecida como a “Paganini feminina”, e por quem Sherlock Holmes revela uma enorme admiração. Curiosamente, na vida real, poucos meses depois da publicação do livro, Wilhelmine Norman-Neruda casar-se-ia com o maestro Charles Hallé, diretor e fundador da Orquestra Hallé.
B21 | 22h00 *
“o suporte da música pode ser a relação
entre um homem e uma mulher, a pauta
dos seus gestos tocando-se, ou dos seus
olhares encontrando-se (…)”
Excerto de O suporte da Música, de Vasco Graça Moura
Programa Graça Moura
Programa
Pavel Gomziakov, violonceloPrimeiro de dois recitais dedicados a Vasco Graça Moura, nos quais o célebre violoncelista Pavel Gomziakov interpretará as Seis Suítes para Violoncelo Solo de J. S. Bach. Neste programa serão interpretadas as suítes n.ºs 1, 4 e 6.
As Seis Suítes para Violoncelo Solo estão entre as mais frequentemente interpretadas e mais reconhecidas composições para violoncelo solo. Bach provavelmente compôs estas suítes no período entre 1717 e 1723, quando o compositor serviu como Kapellmeister em Köthen, sendo que o manuscrito original das Seis Suítes para Violoncelo Solo há muito está perdido na história. Um dos únicos apóstolos é uma cópia feita por Anna Magdalena, a segunda esposa de Bach, cuja letra é estranha na sua semelhança com a do próprio compositor.
Na década de 1720, quando Bach compôs as suítes, o violoncelo era um instrumento recente. Antonio Stradivari, o grande fabricante de instrumentos de corda cremonense, começou a construir violoncelos “modernos” durante a primeira década de 1700, quando criou violoncelos cujo tamanho se tornou o padrão até ao final do século. Durante o século anterior havia todo o tipo de instrumentos de cordas graves, tanto da família da viola como da do violino, e muitos violinos baixo maiores continuaram a ser utilizados nos anos 1700. O violoncelo era assim apenas um instrumento entre muitos quando Bach escreveu a Suíte n.º 6, BWV 1012, para um violoncelo de cinco cordas (o instrumento padrão tem quatro).
Desde 1890, quando Pablo Vasal encontrou uma cópia com partituras, publicada numa loja de música em segunda mão, e as interpretou em público, 20 anos depois, estas suítes tornaram-se a Bíblia e o Cálice Sagrado do repertório para violoncelo solo – sendo que cada violoncelista procura a sua forma de chegar ao coração desta música.
Sala Almada Negreiros
B22 | 14h00 *
Requiem de Mozart sem PalavrasPrograma
I. Introitus: Requiem / II. Kyrie / III. Sequentia: Dies Irae;
Quarteto Arabesco
Denys Stetsenko, violino
Raquel Cravino, violino
Lúcio Studer, violeta
Ana Raquel Pinheiro, violonceloO Quarteto Arabesco apresenta o Requiem de Mozart, numa versão instrumental para quarteto de cordas de 1810. Com mais de 200 anos, esta versão de Peter Lichtenthal (1780-1853) nunca chegou a ser editada, tendo sido recentemente redescoberta e estreada em Portugal pelo Quarteto Arabesco. Numa interpretação historicamente informada em instrumentos da época, esta recriação pretende ser fiel ao seu período de composição.
O Requiem é uma missa pelos defuntos. O seu título deriva da primeira frase, “Requiem aeternam dona eis” (“dai-lhes o repouso eterno”). Mozart sempre desejou escrever um Requiem, segundo ele a mais elevada forma de música litúrgica. Tendo ficado inacabada, após a sua morte foi finalizada pelo seu discípulo Süssmayr e estreada em 1793.
Lichtenthal, médico e compositor, amigo do filho de Mozart, era aficionado pela sua obra. Os mesmos rascunhos usados por Süssmayr serviram-lhe para criar uma versão para quarteto de cordas. A prática de transcrever para agrupamentos mais pequenos era comum na época, como meio de divulgação de composições num enquadramento mais intimista, sendo inclusivamente indicada por Mozart para muitas das suas obras.
O Requiem, originalmente para orquestra, quatro vozes solistas e coro misto, é aqui reduzido para quarteto de cordas, o “rei” da música de câmara. Permite a fruição desta obra num ambiente intimista e de requinte no qual sentimos, como o próprio Lichtenthal afirma, a grandiosidade de Mozart brilhar em cada nota.B23 | 16h00 *
Quando a perfeição encontra a perfeição
Giovanni Pierluigi da Palestrina /Francesco Petrarca – Madrigais profanos;
Vocal Ensemble
Vasco Negreiros, direção musicalAinda que pertencentes a fases distintas da história da Europa, Petrarca (1304-1374) – o Poeta Laureado – e Palestrina (1525-1594) – o Príncipe dos Músicos – têm em comum o facto de terem deixado obras que durante séculos foram consideradas, por poetas e compositores de gerações muito posteriores, máximas manifestações da mais absoluta perfeição.
Ainda que hoje em dia nos sejam mais familiares as obras profanas do que as sacras, no que toca à poesia de Petrarca e, por seu turno, mais as composições sacras que as profanas, no que toca à música de Palestrina, ambos viveram entre estes dois mundos, assim como entre o latim e o que veio a ser o que hoje chamamos língua italiana, constituindo os madrigais sacros em vernáculo uma síntese de ambas as esferas.
Palestrina tanto pôs música em poemas de amor de Petrarca, como num conjunto de oito Stanze em louvor de Santa Maria. Enquanto os madrigais amorosos são bastante simples e curtos, todos a quatro vozes, aqueles que Palestrina escreveu sobre poemas marianos da pena de Petrarca são consideravelmente mais complexos, verdadeiras pérolas de invenção contrapontística, a cinco vozes.
Neste concerto alterna-se sucessivamente um madrigal profano a cada dois sacros, sendo todos os textos de Petrarca e toda a música de Palestrina. A excelência da palavra dá a mão ao mais perfeito domínio dos sons, justo no género que melhor soube combinar estas duas artes: o madrigal renascentista.
B24 | 18h00 *
Shakespeare na MúsicaPrograma
Franz Schubert – An Sillvia
Hector Berlioz – La mort d’Ophelie
Richard Strauss – 3 Ofelia Lieder
Josef Haydn – She never told her love
Erich Wolfgang von Korngold – Come away, Death; For the rain, it raineth every day;
Giuseppe Verdi – Ave Maria (Otello)*
Susana Gaspar, soprano
Rita Blanco, recitação
Nuno Vieira de Almeida, pianoO tratamento musical da obra de William Shakespeare não teve a sorte de alguns outros poetas maiores. Grande parte dos compositores agarrou apenas na trama para fabricar objectos musicais que não correspondem em grandeza ao tamanho global da obra do grande escritor. Poetas como Goethe ou Verlaine tiveram mais sorte e os seus textos foram postos em música de forma exemplar por Schubert, Wolf, Debussy ou Fauré. Basta pensarmos na diferença entre o Romeu e Julieta de Shakespeare ou o do Gounod para nos darmos conta desse facto. Há no entanto excepções e todo o Verdi, a culminar no Otello, e o Romeu e Julieta de Berlioz fazem jus ao autor que os inspirou.
Ao organizar este recital não pude deixar de ter isso em mente. Pus-me também frequentemente a questão: como foi possível que nenhum compositor maior, a começar por Britten, tivesse deixado de fora a obra-prima poética que são os sonetos de Shakespeare?
Como parti do pressuposto da sua inclusão achei que era possível imaginar um recital dentro do qual os sonetos funcionariam como uma espécie de reflexão ao muito que é dito nas peças. É por isso que usei bocados de texto de algumas peças sem ter preocupação com o seu seguimento lógico/dramático. Dois fragmentos do Hamlet aparecem por isso propositadamente desirmanados. Aproveitei compositores que puseram em música fragmentos poéticos de peças tal qual como foram escritas, em tradução como é o caso de Schubert e Strauss, ou no original como faz Haydn e Korngold. Na impossibilidade de usar um fragmento do Romeu e Julieta de Berlioz utilizei uma fantasia baseada na Ophelia e escrita para canto e piano.
Quis começar e terminar este recital com duas obras que partem de Shakespeare sem verdadeiramente o seguirem à letra: a primeira é a canção de Purcell If music be the food of love, cujo texto de Henry Heveningham cita a primeira linha da Twelfth Night; essa primeira linha é tão apropriada e bela que me deu o título do recital. Termino com a Ave Maria do Otello de Verdi. Na peça homónima, Desdémona não tem nenhuma Ave Maria e limita-se à canção do Salgueiro. No entanto a invenção de Boito é tão genial e a música de Verdi tão completamente extraordinária que senti que, apesar das palavras não serem de Shakespeare, a homenagem a este não poderia ser maior na condensação da doçura e bondade da personagem feita por esses dois outros génios: Boito e Verdi. Utilizei as traduções de Vasco Graça Moura dos sonetos pela sua intrínseca qualidade e porque acho que uma homenagem ao grande escritor e teórico é mais do que merecida. As pessoas são depressa esquecidas. Tenho pena desse facto. (Nuno Vieira de Almeida)
B25 | 20h00 *
Autores e Cantautores
“Rios que vão dar ao mar
Deixem meus olhos secar
Águas das fontes calai
Ó ribeiras chorai
Que eu não volto a cantar”
Excerto de Balada de do Outono, de José Afonso
Noel Rosa/Vadico – Conversa de Botequim
Noel Rosa /Kid Pepe – O Orvalho Vem Caindo
Noel Rosa – Tipo Zero
Noel Rosa/João de Barro – As Pastorinhas
Noel Rosa/Vadico – Último Desejo
José Afonso – Tenho um Primo Convexo
José Afonso/Fernando Pessoa – No Comboio Descendente
José Afonso – Menino D’oiro
José Afonso/António Quadros – Sete Fadas Me Fadaram
José Afonso – Balada Do Outono
José Afonso – Vampiros
José Afonso – Alípio de Freitas
Ary dos Santos/Tozé Brito – Retalhos
Ary dos Santos/Fernando Tordo – Dizer Que Sim À Vida*
Couple Coffee
Luanda Cozetti, voz
Norton Daiello, baixo
B26 | 22h00
Sérgio Godinho – A Música e as Palavras
Sérgio Godinho, voz
Filipe Raposo, piano
Cantor, compositor, escritor, ator (de teatro e cinema), Sérgio Godinho é, para citar uma das suas canções clássicas, o verdadeiro “homem dos sete instrumentos”.
Recentemente, em palco, aventurou-se numa parceria inédita – um recital de voz e piano. “Explorar de uma outra forma as minhas canções foi uma bela maneira de pensar em mim próprio e nas vidas criativas que fui atravessando. Escolhi algumas entre muitas, de amores desamores confortos desconformidades redenções, e convidei apenas um pianista, o grande Filipe Raposo, para me acompanhar.” É pois esta viagem que é proposta para a quase hora e meia com que Sérgio Godinho e Filipe Raposo nos presentearão – um percurso pelos temas mais representativos da obra do “escritor de canções”.
Sala Fernando PessoaEspaço para conversas centradas nos temas deste ano dos Dias da Música, moderado por Nuno Galopim, jornalista, radialista, DJ e crítico musical.B27 | 16h00
Como fazer uma ópera: Compositor e Libertista
José Maria Vieira Mendes e Nuno Côrte-Real
B28 | 18h00 Sala Fernando Pessoa
A brincar com as palavras
Sérgio Godinho
B29 | 20h00
Letras e Música na Rússia: do último Romantismo ao Simbolismo
Miguel Vieira