26 Maio | 19h00
Grande Auditório
da Fundação Calouste Gulbenkian
9ª Sinfonia, de Beethoven
Roxana Constantinescu, meio-soprano
Christian Elsner, tenor
Shenyang, baixo
Inês Tavares Lopes, Maestra do Coro Gulbenkian
Direção de Lawrence Foster
Programa
Ludwig van Beethoven – Sinfonia nº 9, em Ré menor, op. 125
Transmissão direta
Apresentação: Pedro Ramos
Produção: Alexandra Louro de Almeida, Reinaldo Francisco
Laura Aikin | Com uma extensão de mais de três oitavas, o repertório da soprano americana abrange obras do barroco ao contemporâneo e torna-a uma artista muito bem-vinda nas grandes casas de ópera e salas de concerto do mundo. Começou a sua carreira de mais de 30 anos como membro do ensemble da Staatsoper Unter den Linden Berlin (1992-98) sob a direção artística de Daniel Barenboim, com a qual atuou mais de 300 vezes em papéis importantes como Lulu, Königin der Nacht, Zerbinetta, Feldman’s Ner, Sophie, Konstanze, bem como na estreia mundial de Ti vedo, ti sento, mi perdo, de Sciarinno, co-produção com La Scala.
Laura Aikin é convidada regular, entre outras, da Ópera Estatal de Viena, La Scala Milano, Ópera Estatal da Baviera, Opernhaus Zurique, Ópera Holandesa, Ópera Nacional de Paris, Semperoper Dresden, Gran Teatro del Liceu Barcelona, Ópera Frankfurt, Ópera Lírica de Chicago, Ópera de Santa Fé, Ópera de São Francisco e Ópera Metropolitana de Nova York.
profissional na Ópera Estadual de Viena.
Atualmente, é muito solicitada como solista
de concerto e de ópera. Recentes atuações
em concerto incluem: o Stabat Mater de
Rossini, no Théâtre des Champs-Elysées;
a Missa Solemnis de Beethoven, no Tokyo
Opera City Concert Hall; e colaborações
com a Internationale Bachakademie Stuttgart
e os maestros Hans-Christoph Rademann
e Helmuth Rilling, no Walt Disney Hall,
em Princeton e em Fort Lauderdale.
solista na Paixão segundo São João de J. S.
Bach, e no Festival de Verbier, em Falstaff
de Verdi. Foram muito aplaudidas as suas
atuações na Ópera de Zurique, no Teatro
la Fenice, na Ópera de Israel, na Ópera
Real de Versalhes, no Teatro dell’Opera
di Roma, na Deutsche Oper Berlin, no Novo
Teatro Nacional de Tóquio, na Ópera
de Los Angeles, no Theater an der Wien
e no Teatro do Capitólio de Toulouse. Mais
recentemente, estreou-se na Ópera de
Paris como Bradamante, em Alcina de Händel.
Marek Janowski, gravou O Anel do Nibelungo
de Wagner e Cavalleria Rusticana de Mascagni.
orquestras europeias e norte-americanas.
Atuou sob a direção de muitos maestros
de renome internacional como Seiji Ozawa,
Riccardo Muti, Fabio Luisi, Helmuth Rilling,
Gustavo Dudamel, Kirill Petrenko, Marek
Janowski, Yannick Nézet-Séguin, Bertrand
de Billy, Franz Welser-Möst ou Manfred Honeck.
apresentou-se em prestigiados palcos
como o Carnegie Hall, o Wigmore Hall
ou o Musikverein de Viena. A gravação
de Pulcinella de Stravinsky, sob a direção
de Pierre Boulez, foi nomeada para os
prémios Grammy.
Christian Elsner | O tenor alemão nasceu
em Freiburg im Breisgau e estudou canto com
Martin Gründler e Dietrich Fischer-Dieskau.
Com este último, aperfeiçoou a sua técnica
e os seus conhecimentos de interpretação
de Lied, uma das suas grandes paixões.
Hartmut Höll, Gerold Huber e Burkhard
Kehring, em muitos palcos da Europa.
Em 1993 venceu o Concurso de Lied
Walther Gruner, em Londres.
Entre as inúmeras atuações na Europa,
nos E.U.A. e no Japão, destacam-se A Criação
de Haydn, sob a direção de Zubin Mehta,
o Stabat Mater de Dvořák, com Mariss
Jansons, A Canção da Terra de Mahler,
com Yannick Nézet-Séguin, ou a 9ª Sinfonia
de Beethoven, numa digressão com
a Filarmónica de Berlim e Sir Simon Rattle.
de ópera em Heidelberg, no papel de
Lenski, em Evgeny Onegin de Tchaikovsky.
Particularmente enriquecedoras foram as
suas prolongadas colaborações com o maestro
Marek Janowski, que o dirigiu em récitas
de Parsifal, Hansel und Gretel e Fidelio.
entretanto, no foco da sua carreira, incluindo
atuações como Siegmund e Parsifal, no Teatro
Nacional de Weimar, no Staatstheater Kassel,
na Semperoper Dresden, na Ópera Estadual
de Viena ou no Teatro Real de Madrid.
na Missa Solemnis de Beethoven, sob a direção
de Marek Janowski, em Dresden. Apresentou-se
em recital com Hartmut Höll, em Karlsruhe,
e interpretou Siegmund, numa versão
de concerto de A Valquíria de Wagner,
no Porto e em Stavanger.
é escritor de livros infantis e professor de canto
clássico na Universidade de Música
de Würzburg.
Shenyang | Depois de vencer, em 2007, o concurso
BBC Cardiff Singer of the World,
o baixo-barítono chinês estreou-se
em vários palcos de grande prestígio, incluindo
o Festival de Glyndebourne, a Metropolitan
Opera, a Ópera Estadual da Baviera,
a Ópera de Zurique ou a Ópera Nacional
de Washington.
focou-se principalmente em papéis de óperas
de Rossini, Mozart e Händel, mas numa nova
fase adicionou ao seu repertório personagens
como Don Pizarro (Fidelio), Jochanaan
(Salome), Gunther (O Crepúsculo dos Deuses),
Kurwenal (Tristão e Isolda), no Festival
de Glyndebourne e nos BBC Proms,
e Klingsor (Parsifal), no La Monnaie.
versátil, destacando-se recentes interpretações
de Romeu e Julieta de Berlioz, com a
Filarmónica de Berlim e Daniel Harding;
Oedipus Rex de Stravinsky, com a Orquestra
do Concertgebouw de Amesterdão
e Santtu-Matias Rouvali; a 9ª Sinfonia
de Beethoven, com a Orquestra de Filadélfia
e Yannick Nézet-Séguin; Canções e Danças
da Morte de Mussorgsky, com a Filarmónica
de Helsínquia e Klaus Mäkelä; Um Requiem
Alemão de Brahms, com a Sinfónica
de Boston e Andris Nelsons; ou a Sinfonia
nº 8 de Mahler, com a Filarmónica
Neerlandesa e Marc Albrecht.
Passion, de Tan Dun, no Festival de Música
de Dresden, e gravou o ciclo orquestral de
Xiaogang Ye, The Song of the Earth (Deutsche
Grammophon), sob a direção de Long Yu.
Award pelo seu desempenho no domínio
do Lied. O álbum A Lost World inclui um
conjunto de canções a solo e duetos de
Schubert, em colaboração com a soprano
Susanna Phillips e o pianista Brian Zeger.
Lawrence Foster | De ascendência romena, o maestro nasceu em 1941 em Los Angeles. É o Diretor Musical da Ópera de Marselha e Diretor Artístico e Maestro Principal da Orquestra Sinfónica Nacional da Rádio Polaca. É Maestro Emérito da Orquestra Gulbenkian, tendo sido Maestro Titular entre 2002 e 2013. Além dos concertos regulares no Grande Auditório, dirigiu a Orquestra Gulbenkian em várias digressões nacionais e internacionais e em gravações para a editora Pentatone Classics. Anteriormente desempenhara idênticas funções nas Orquestras Sinfónicas de Barcelona, de Jerusalém e de Houston, na Filarmónica de Monte Carlo e na Orquestra de Câmara de Lausanne. Entre 2009 e 2012, foi Diretor Musical da Orquestra e Ópera Nacional de Montpellier.
Como maestro convidado, dirigiu muitas das principais orquestras mundiais, incluindo a Filarmónica da Radio France, a Orquestra do Konzerthaus de Berlim, a Filarmónica Arturo Toscanini (Parma), a Filarmónica Húngara, A Filarmónica de Copenhaga, a Sinfónica de Montreal ou a Filarmónica de Hong-Kong, tendo-se apresentado com frequência nos principais festivais, incluindo os de Lucerna e Grafenegg. Dirige regularmente destacados solistas como Evgeny Kissin, Arcadi Volodos ou Arabella Steinbacher.
Para além das produções da Ópera de Marselha, Lawrence Foster apresenta-se com regularidade noutros importantes palcos de ópera, incluindo a Ópera de Frankfurt, a Ópera Estadual de Hamburgo, a Ópera de Monte Carlo, a Ópera de São Francisco ou o Festival de Ópera de Savonlinna. Em 2017 dirigiu Don Carlos, de Verdi, em Marselha, bem como uma versão de concerto de Mathis o Pintor, de Hindemith, no Festival Enesco de Bucareste. Uma gravação de Otello, de Verdi, com a Orquestra Gulbenkian, foi lançada também em 2017.
Em 2013, Lawrence Foster recebeu o Orfée d’Or da Académie National du Disque Lyrique pela sua gravação de L’Etranger, de Vincent d’Indy, com a Ópera e Orquestra Nacional de Montpellier Languedoc Roussillon. Como Diretor Musical do Festival de Aspen e Diretor Artístico do Festival Georges Enesco (1998-2001), afirmou-se como um destacado divulgador e intérprete da música do compositor romeno. Em 2003 foi condecorado pelo Presidente da Roménia em reconhecimento dos serviços prestados à música romena.
Coro Gulbenkian | Fundado em 1964, conta presentemente com uma formação sinfónica de cerca de cem cantores, podendo atuar também em grupos vocais mais reduzidos. Apresenta-se tanto como grupo a cappella como em colaboração com a Orquestra Gulbenkian ou com outros agrupamentos para a interpretação das grandes obras do repertório clássico, romântico ou contemporâneo. Na música do século XX tem apresentado, frequentemente em estreia absoluta, inúmeras obras contemporâneas de compositores portugueses e estrangeiros. Tem sido igualmente para colaborar com as mais prestigiadas orquestras mundiais, entre as quais a Philharmonia Orchestra de Londres, a Freiburg Barockorchester, a Orquestra do Século XVIII, a Filarmónica de Berlim, a Sinfónica de Baden‑Baden, a Sinfónica de Viena, a Orquestra do Real Concertgebouw de Amesterdão, a Orquestra Nacional de Lyon, a Orquestra de Paris ou a Orquestra Juvenil Gustav Mahler.
A discografia do Coro Gulbenkian está representada nas editoras Philips, Archiv / Deutsche Grammophon, Erato, Cascavelle, Musifrance, FNAC‑Music e Aria‑Music, tendo ao longo dos anos registado um repertório diversificado, com particular incidência na música portuguesa dos séculos XVI a XX. Algumas destas gravações receberam prestigiados prémios internacionais. Entre 1969 e 2020, Michel Corboz foi o Maestro Titular do Coro. As funções de Maestro Adjunto e de Maestro Assistente são desempenhadas por Jorge Matta e Inês Tavares Lopes, respetivamente.
Orquestra Gulbenkian | Em 1962 a Fundação Calouste Gulbenkian decidiu estabelecer um agrupamento orquestral permanente. No início constituído apenas por doze elementos, foi originalmente designado por Orquestra de Câmara Gulbenkian. Ao longo de mais de cinquenta anos de atividade, a Orquestra Gulbenkian (denominação adotada desde 1971) foi sendo progressivamente alargada, contando hoje com um efetivo de sessenta instrumentistas que pode ser pontualmente expandido de acordo com as exigências de cada programa de concerto.Esta constituição permite à Orquestra Gulbenkian interpretar um amplo repertório que se estende do Barroco até à música contemporânea. Obras pertencentes ao repertório corrente das grandes formações sinfónicas tradicionais, nomeadamente a produção orquestral de Haydn, Mozart, Beethoven, Schubert, Mendelssohn ou Schumann, podem ser dadas pela Orquestra Gulbenkian em versões mais próximas dos efetivos orquestrais para que foram originalmente concebidas, no que respeita ao equilíbrio da respetiva arquitetura sonora.