Festival Internacional de Música da Primavera de Viseu
12 Abril | 21h00
Transmissão pela Antena 2
a partir da Aula Magna do Instituto Politécnico de Viseu
Clarinete em Fado – e outras músicas
Artur Caldeira, Guitarra portuguesa/arranjos
Daniel Paredes, Guitarra
Programa
Jaime Santos (1909-1982) – Alamares
Frederico Valério (1913-1982) – Amália
Frederico de Brito (1894-1975)- Fado Errado
Max (Maximiano de Sousa) (1918-1980) – Noite
Frederico Valério (1913-1982) – Madragoa
Frederico Valério (1913-1982) / Alberto Janes (1909-1971) /
Artur Ribeiro (1924-1982), Ferrer Trindade (1917-1999) – Ai Mouraria / Foi Deus / Nem Às Paredes Confesso
Frederico Valério (1913-1982) – Não Sei Porque Te Foste Embora
Paulo de Carvalho (1943) – Os Putos
Sidney Bechet (1897-1959) – Petite Fleur
Fontes Rocha (1926-2011) – Quentes e Boas
Fernando Carvalho (1913-1967) – Tudo isto é Fado
Max (Maximiano de Sousa) (1918-1980)- Vielas de Alfama
Armandinho (1891-1946) / José Luís Nobre Costa (1948-2014) / Artur Caldeira – Variações Sobre O Fado Lopes
Nas mãos do Maestro António Saiote, estes fados ganham vida própria, com um fraseado ‘estilado’ ao jeito dos fadistas mais tradicionais, causando uma constante e surpreendente sensação de improvisação.
Pode, sem dúvida, dizer-se que António Saiote empresta todo a sua mestria no Clarinete à Música mais portuguesa de todas, hoje Património Cultural Imaterial da Humanidade, com uma capacidade sonora e expressiva perfeitamente invulgares.
Os acompanhamentos, da responsabilidade de um duo de guitarristas liderado por Artur Caldeira, baseiam-se no fado mais tradicional, pontuados com arranjos subtis da responsabilidade do mesmo. O resultado apresenta apontamentos de virtuosismo assinaláveis, num diálogo interessante entre o Clarinete e as Guitarras.
Apresentação: João Almeida
Produção: Anabela Luís
António Saiote | Nascido em Loures, Portugal, é um artista e pedagogo mundialmente reconhecido.
Foi solista convidado dos congressos mundiais em EUA, Bélgica, França, Suécia e Japão e atuou ou ensinou em mais de vinte Países da Ásia, Europa, América e África.
Desde 1998 desenvolve paralelamente uma profícua carreira de maestro tendo dirigido várias vezes a Sinfónica Portuguesa, Orquestra Clássica do Porto, Filarmónica das Beiras, Orquestra Académica, ESMAE, Sinfónica de Zurique, Festival de Oviedo, Orquestra Nacional do Porto, Orquestra do Norte, Símon Bolívar, Orquestra da Comunidade de Madrid, Gran Mariscal Ayacucho, Orquestra do Teatro Municipal de Caracas, Maracay, San Felipe, Harmos Festival e Musicalta.
Terminou um MPHIL em Direção de Orquestra, na Universidade de Sheffield. É diretor artístico do Festival e Academia de Guimarães. Membro do Júri nos prestigiados concursos de Varsóvia, Caracas, Kortrik, Gand, Brasília, Toulon, Constancia, Sevilha e presidente do Valentino Buchi em Roma. Colabora regularmente como pedagogo, solista e maestro com o Sistema Venezuelano de Orquestras Infantis e Juvenis.
Atualmente é professor na ESMAE (Porto) e diretor artístico da orquestra sinfónica, assim como membro fundador da Ópera Norte.
Atuou em imensos países como, Costa Rica, Espanha, Colômbia, Polónia, França, China, Peru, México Venezuela e Brasil. Como diretor de orquestra dirigiu imensas óperas entre as quais: O Amor Industrioso, de Sousa Carvalho – Il Boticário, de Haydn – Cosi Fan Tutte, de Mozart – Don Giovanni, de Mozart – Impresario, de Mozart – Amor de Perdição, de João Arroyo – Kleine Mahagony e Os Sete Pecados Mortais, de Kurt Weill – O Doido e a Morte, de Alexandre Delgado – Pierrot Lunaire, de Schoenberg.
Artur Caldeira | É natural de Braga, Portugal. Licenciado em Guitarra Clássica e Mestre em Interpretação Artística pela Escola Superior de Música e das Artes do Espetáculo do Porto na classe de José Pina. Iniciou os seus estudos musicais no Conservatório de Música Calouste Gulbenkian de Braga, sob a orientação do mesmo Professor. Foi-lhe atribuído recentemente, após provas públicas, o Título de Especialista em Música.
Guitarrista premiado, apresentou-se a solo e com orquestra sob a direção dos Maestros Meir Minsky, Ferreira Lobo, João Paulo Santos, Marc Tardue e Niel Thompson, gravando para a R.D.P.
Realizou concertos de Música de Câmara com importantes nomes da área, apresentando nos seus programas algumas primeiras audições absolutas.
Fundou o grupo “Som Ibérico”, para o qual escreve vários arranjos de temas da Música Popular Urbana Portuguesa, participando em importantes festivais de World Music, gravando um CD onde assina a produção e a direção musical.
Participou, como músico convidado, no filme Fados, do realizador espanhol Carlos Saura. No âmbito do Fado, trabalhou com alguns dos seus nomes mais conceituados.
Produziu o CD Clarinete em Fado para António Saiote, sendo igualmente responsável pelos arranjos dos temas gravados.
Com um repertório que abrange diversos idiomas musicais, incluindo o Jazz, tem-se apresentado em recitais em Portugal Continental, Madeira, Açores, Espanha, França, Itália, Alemanha, Dinamarca, Suíça, Hungria, Marrocos, Moçambique, África do Sul e Turquia.
Professor do Conservatório de Música do Porto desde 1992, leciona atualmente guitarra clássica na ESMAE – P.PORTO (Escola Superior de Música e das Artes do Espetáculo – Porto).
Daniel Paredes | Natural de Wil, Suíça, concluiu o Curso Secundário de Composição e 8.º grau de Instrumento no Conservatório de Música Calouste Gulbenkian, em Braga, respetivamente nas classes de Paulo Bastos e Rui Gama. Licenciou-se em Música, Variante de Instrumento, Ramo Cordas (Guitarra) na ESMAE e na classe de Artur Caldeira.
Apresenta-se em importantes festivais ao lado de nomes como Artur Caldeira, António Saiote, António Augusto Aguiar, Jed Barahal, Jorge Alves, Vitor Vieira, Ana Tedim, Márcio Pinto e Ana Barros e em projetos como Som Ibérico, Crossover Fado e Clarinete em Fado.
No âmbito do Fado, conta com inúmeras participações performativas com Ricardo Ribeiro, Diamantina Rodrigues, Tânia Oleiro, José Luis Nobre Costa, Joel Pina, Luís Guerreiro, Pedro de Castro e Artur Caldeira, em Portugal, Espanha, França, Suíça, Alemanha e Turquia.
Em 2016, participa no CD de Ricardo Ribeiro Hoje é assim, Amanhã não sei (Warner records, 2016) como arranjador do tema "Voy", e intérprete do mesmo, em duo com Artur Caldeira.
Realizou cursos de aperfeiçoamento com importantes nomes como José Pina, Margarita Escarpa, Celso Machado, Ricardo Moyano, Artur Caldeira, Carlos Bonell, Goran Krivocapic, Danijel Cerovic, Sylvain Luc e Richard Galliano.
Frequenta atualmente o Mestrado em Interpretação Artística, na ESMAE, sob a orientação de Artur Caldeira.