24 Outubro | 21h00-23h00
A Antena 2 celebrando o Centenário de Luciano Berio, transmite dois concertos gravados a 27 e 28 de setembro no âmbito do Festival de Teatro-Música: 100 anos de Berio organizado pela musicóloga Filipa Magalhães e pelo Tempo Reale.
Berio foi figura central da vanguarda musical europeia do século XX, e pioneiro no uso de técnicas experimentais que abriram caminho a novas formas de expressão musical.
Concerto O Teatro-Música Ontem e Hoje
Gravação a 27 de setembro de 2025 pela RTP/Antena 2,
no Auditório Vianna da Motta
da Escola Superior de Música de Lisboa (ESML-IPL)
Ana Catarina Costa, piccolo, flauta, flauta alto e flauta baixo
Ana Telles, piano
Ângela Carneiro, violoncelo
Brigida Migliore, piano
Francesco Giomi, eletrónica ao vivo
João Carlos Pacheco, percussão
João Dias, percussão
José Eduardo Gomes, maestro
Livia Rado, soprano
Monica Benvenuti, voz, contralto
Ricardo Pereira, trombone
Tempo Reale (Francesco Giomi e Damiano Meacci), eletrónica ao vivo e projeção sonora
Programa
Cathy Berberian – Morsicat(h)y per pianoforte (1969)
Luciano Berio – Altra voce, per mezzosoprano, flauto contralto e live electronics
Sylvano Bussotti – Lachrimae (1978)
Adriano Guarnieri – Lo stridere luttuoso degli acciai, per voci ed ensemble (2014)*
Texto de Giorgio Luzzi
* Com a presença do compositor
Concerto Stefano Malferrari | Piano +
Gravação a 28 de setembro de 2025 pela RTP/Antena 2,
na Sala Bernardo Sassetti – Teatro São Luiz
Cláudio da Silva, trompete a solo
Stefano Malferrari, piano e fita magnética
Tempo Reale (Francesco Giomi, Damiano Meacci), projeção sonora e eletrónica ao vivo
Programa
Luciano Berio – Sequenza X para trompete e ressonâncias de piano (1984)
Salvatore Sciarrino – Perduto in una città d’acque, per pianoforte (1990-91)
Luigi Nono – …sofferte onde serene…, per pianoforte e nastro magnético (1976)
Adriano Guarnieri – Sospeso d’incanto nº 3, per pianoforte e live electronics (2024)*
* Primeira audição em Portugal
Intérpretes
Ana Catarina Costa é flautista, mestre em Performance pelo Conservatório Real de Haia e em Ensino da Música pela Universidade de Aveiro. É flautista da Orquestra Clássica do Centro e colabora regularmente com grande parte das orquestras portuguesas, entre as quais a Orquestra Sinfónica Portuguesa, Ensemble MPMP – Património Musical Vivo, Orquestra Sinfónica do Porto – Casa da Música e Orquestra do Algarve. Integrou a Orquestra Sinfónica de Gotemburgo, na Suécia, e a Orquestra de Ulster, na Irlanda do Norte, como Piccolo solo, instrumento com o qual desde muito cedo desenvolveu enorme empatia.
No âmbito do ensino, desde 2008, tem desempenhado função docente em algumas das mais prestigiadas escolas de Ensino Artístico do nosso país, nomeadamente no Conservatório de Música de Aveiro Calouste Gulbenkian, Academia de Música de Costa Cabral e Escola Profissional de Música de Espinho. Orientou masterclasses de Flauta, Flautim e Música de Câmara um pouco por todo o país e ilhas.
Ganhou o 1º Prémio Jovens Músicos – RDP / Antena 2 – em Flauta Transversal (2004) e Música de Câmara (2006). Foi bolseira da Fundação Gulbenkian, da Fundação Eng. António Pascoal e distinguida com uma Salva de Honra pelo Município de Albergaria-a-Velha.

@ João Bacelar
Ana Telles é uma pianista portuguesa, estudou em Lisboa, Nova Iorque e Paris, tendo obtido o grau de Bachelor of Arts (Piano Performance) na Manhattan School of Music e o de Master of Musical Arts (na mesma especialidade) na New York University. Estudou com Yvonne Loriod-Messiaen, Sara D. Buechner, Nina Svetlanova, Dmitry Paperno, Sequeira Costa e Alicia de Larrocha (Piano), bem como Isidore Cohen e Sylvia Rosenberg (Música de Câmara), entre outros. Em Janeiro de 2009 defendeu a tese de Doutoramento subordinada ao tema: Luís de Freitas Branco (1890-1955): parcours biographique et esthétique à travers l’œuvre pour piano na Universidade de Paris IV – Sorbonne (França), em cotutela com a Universidade de Évora, sob a orientação de Danièle Pistone e Rui Nery, tendo obtido a classificação máxima.
Ana Telles tem tocado como solista e integrado grupos de música de câmara em Portugal, Espanha, Alemanha, França, Itália, Irlanda, Polónia, Cuba, Brasil, Taiwan, Coreia do Sul e E.U.A. Apresentou-se em salas prestigiadas tais como a Salle Cortot (Paris), o Grande Auditório de Dijon (França), o Borden Auditorium (Nova Iorque, E.U.A.), a Sophiensaele (Berlim), o Grande e o Pequeno Auditórios da Fundação Calouste Gulbenkian, o Grande Auditório da Culturgest e o Pequeno Auditório do Centro Cultural de Belém, entre outras. Tem também participado em numerosos festivais, dos quais se destacam International Computer Music Conference, Jornadas Nova Música, Música Viva, Festival Internacional de Música de Aveiro, Festival Colla Voce (Poitiers, França), Ciclo Jovens Intérpretes (Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa), Música em Leiria, Música portuguesa hoje (CCB, Lisboa), Outono de Varsóvia (Polónia, 2008).
Foi solista com as seguintes orquestras: Orquestra Sinfónica Nacional de Taiwan, Gulbenkian, Metropolitana de Lisboa, Filarmonia das Beiras, Clássica da Madeira, Tutti de Levallois, Orchestre de Flûtes Français (Paris, França), Orquestra dos estudantes do Conservatório de Dijon (França), Nuova Amadeus (Roma, Itália), e ainda com a Orquestra de Câmara e a Banda Sinfónica da Guarda Nacional Republicana, o Ensemble Palhetas Duplas e a Orquestra de Sopros da Escola Superior de Música de Lisboa. Colaborou com importantes solistas internacionais (Pierre-Yves Artaud, flauta; Arne Deforce, violoncelo; Frances Lynch, voz, entre muitos outros) e maestros (David Allen Miller, Peter Sundqvist, Franck Ollu, Jean-Sébastien Béreau, Paul Méfano, Adriano Martinolli D’Arcy).
Foi bolseira Fulbright (EUA) e da Fundação para a Ciência e Tecnologia. É Professora Catedrática e Vice-Reitora para a Cultura e Comunidade da Universidade de Évora.

@ João Bettencourt Bacelar
Ângela Carneiro iniciou os seus estudos musicais na Escola Profissional Artística do Vale do Ave – ARTAVE – na classe de Pétia Samardjieva. Mais tarde, ingressa na Academia Nacional Superior de Orquestra – ANSO onde trabalhou com Pedro Neves e Paulo Gaio Lima. É na Escola Superior de Música de Lisboa, com a orientação de Clélia Vital, que termina o Mestrado em Performance e o Mestrado em Pedagogia – Violoncelo.
Ao longo do seu percurso teve oportunidade de trabalhar com vários violoncelistas entre eles: Paulo Gaio Lima, Luís Claret, Daniel Muller Schott, Clélia Vital, Xavier Gagnepain, Romain Garioud, Miguel Rocha, Rainer Zepperling, Dmitri Fershtmann, Maria de Macedo, Gary Hoffman. Integrou a escola de verão Meadowmount School of Music (Nova Iorque) onde trabalhou com Melissa Kraut e Hans Jensen.
Foi premiada do PJM – Prémio Jovens Músicos com um 3.º prémio na modalidade de Música de Câmara – nível médio e uma Menção Honrosa a violoncelo também no nível médio. Mais tarde, na modalidade de violoncelo – nível superior, foi-lhe atribuída uma Menção Honrosa. Com o Trio Vertix obteve um diploma de Honra no Torneo Internationale di Musica, em Colónia.
É membro do Ensemble 20/21 e colabora com vários agrupamentos e orquestras nacionais, mais regularmente com o Ensemble DME (Dias da Música Eletroacústica) assim como o Ensemble MPMP (Património Musical Vivo).
Enquanto pedagoga orienta com regularidade Masterclasses em várias escolas e Festivais nacionais. Foi bolseira da AMEC de 2001 a 2003 e da Fundação Calouste Gulbenkian de 1998 a 2004. É, desde setembro de 2012, professora e coordenadora da classe de violoncelo na Escola de Música do Colégio Moderno.

@ João Capinha
Cláudio da Silva é trompetista com atividade internacional, tendo-se apresentado como solista e em ensemble em cidades como Nova Iorque, Paris, Londres, Berlim, Hong Kong e Sydney.
Ao longo da sua carreira, trabalhou com diferentes encenadores, coreógrafos e maestros, explorando a presença do músico em cena e o diálogo entre som, corpo e espaço. Desde 2017, integra como solista a digressão mundial da peça Bacantes – Prelúdio para uma Purga, da coreógrafa Marlene Monteiro Freitas, com mais de 150 apresentações internacionais. Ainda com a coreógrafa, integrou a direção artística e musical da ópera Lulu, de Alban Berg (2023), numa coprodução do Theater an der Wien com a Orquestra da Rádio de Viena, bem como de Pierrot Lunaire, de Arnold Schönberg (2021), com o ensemble Klangforum Wien, numa encenação que transformou a peça numa obra de teatro música, com os músicos a assumirem movimentos coreografados e presença cénica ativa.
É doutorando em Artes Musicais na Universidade Nova de Lisboa, onde investiga as técnicas do trompete na música contemporânea e a interligação entre a música e outras artes, como o teatro e a dança. Tem apresentado conferências sobre esta área em diversos contextos internacionais, nomeadamente na Ásia e na Europa.

@ Roberto De Biasio
Damiano Meacci nasceu em 1973. É músico e investigador sonoro ativo há quase trinta anos.
A partir de meados dos anos 90 do século XX, iniciou a sua atividade com a eletrónica ao vivo, colaborando com o centro Tempo Reale. O seu compromisso com a eletrónica ao vivo levou-o a procurar por novas abordagens e soluções tecnológicas e musicais que visava aplicar a este tipo de repertório. Ainda no contexto da sua investigação, fez inúmeras experiências com outros temas no âmbito da prática da performance relacionados com a eletrónica ao vivo, mas também com a eletroacústica e a difusão sonora.
Ao longo dos anos tem estado envolvido com a criação de conteúdos sonoros para performances e instalações sonoras. Meacci tem-se apresentado em inúmeros festivais de música contemporânea nacionais e internacionais. Os projetos que resultam da sua ampla atividade artística e de investigação têm sido divulgados em várias conferências e colóquios.
Desde 2008 leciona Música Eletrónica em vários Conservatórios de Música. Atualmente é professor de Música Computacional no Conservatório Luigi Cherubini, em Florença.
Francesco Giomi é compositor, improvisador e artista sonoro. Colaborou com Luciano Berio e outros importantes compositores, músicos, coreógrafos e realizadores, para além de orquestras e ensembles italianos e estrangeiros. Liderou a equipa de música eletrónica ao vivo do Tempo Reale (centro de investigação, produção e didática musical fundado por Berio em 1987, em Florença) em teatros e festivais internacionais. As suas obras são regularmente apresentadas em festivais e concertos por todo o mundo.
Nos últimos dez anos, iniciou uma série de projetos criativos investigando as relações entre a música eletroacústica e a improvisação e, ainda, a direção de performances colaborativas em diversos contextos.
Enquanto artista e compositor, colaborou com diversos artistas como, por exemplo, David Moss, Uri Caine, Jim Black, Stefano Bollani, Elio Martusciello, Sonia Bergamasco, Virgilio Sieni, Simona Bertozzi e Micha Van Hoecke. Também gravou discos em diversas editoras, nomeadamente: Die Schachtel, EMA Vinci, Tempo Reale Collection, Miraloop e Slowth Records.
Enquanto investigador, publicou três livros monográficos e mais de oitenta artigos e edições para editoras, tais como: Mouton de Gruyter, MIT Press, Swets & Zeitlinger, Harwood Academic Publisher, Indiana University Press, Cambridge University Press, Il Mulino, ERI-RAI, Zanichelli, Arcana, LIM, entre outras.
É atualmente professor de Música Eletroacústica e Composição no Conservatório de Música de Bolonha e diretor do Tempo Reale.
João Dias é percussionista, licenciado e mestre pela ESMAE, na classe de Miquel Bernat, Manuel Campos e Nuno Aroso. Iniciou em 2016 o Doutoramento em Artes Musicais FCSH-UNL-ESML com bolsa da FCT.
É membro do Drumming GP e Sond’Ar-te Electric Ensemble, com os quais já fez dezenas de estreias. A solo já desenvolveu dois projetos dedicados à disseminação da música portuguesa, Caixa Elétrica, em 2016, e DiRESoNo: Discursos de (R)Evolução do Som no Espaço, em 2018.
Supernova Ensemble é o seu mais recente projeto, do qual é diretor artístico, juntamente com o compositor José Alberto Gomes.
Integrou a European Union Youth Orquestra entre 2006 e 2009, onde trabalhou com o maestro e pianista Vladimir Ashkenazy.
É investigador do GIMC-CESEM, onde dedica particular interesse pela colaboração intérprete-compositor na criação. Colabora com Sonoscopia, Remix Ensemble, OSP e Coro Casa da Música, entre outros. É docente na Universidade de Aveiro e Universidade do Minho.

© Patrick Hürlimann / Lucerne Festival
João Pacheco é um músico português que utiliza a percussão como veículo para a música contemporânea, complementando sua atividade com trabalhos em música eletroacústica, composição e colaborações em projetos multidisciplinares. A sua maior atividade está na música de câmara, sendo parte integrante do Ensemble of Nomads, Ensemble Inverspace, Ensemble Phoenix Basel, TAL Trio e Blechtrommel Duo. Além disso, trabalha como freelancer com vários agrupamentos de música contemporânea na Europa. Em todos os seus projetos, Pacheco busca criar relações estreitas com quem colabora, absorvendo as suas ideias e dando ferramentas para concretizar as suas visões artísticas.
Nos últimos anos, apresentou-se em festivais como Wien Modern, ECLAT (Stuttgart), Lucerne Festival, ULTIMA (Oslo), ManiFeste IRCAM (Paris), entre outros. Participou também em produções de instituições como Lucerne Festival, Staatsoper Hamburg e Theater Basel, e realizou residências na New York University, Durham University e University of North Carolina – Chapel Hill.
Pacheco estudou em Espinho, Porto, Lisboa e Basileia, com percussionistas como Pedro Carneiro, Miquel Bernat e Christian Dierstein. No Elektronisches Studio Basel, fez estudos de electroacústica e composição com Volker Böhm e Erik Oña. Desde 2023, é professor associado na Universidade de Ciências e Artes Aplicadas de Lucerna, Suíça, e assistente na classe de percussão da Hochschule Für Musik Basel.

@ Vitorino Coragem
José Eduardo Gomes é um maestro português, laureado com o 1.º prémio no European Union Conducting Competition e o Prémio Beethoven, no mesmo concurso. É Professor na Escola Superior de Música de Lisboa (ESML). Foi maestro titular da Orquestra Clássica do Centro, maestro associado da Orquestra Clássica do Sul, maestro titular da Orquestra Clássica da FEUP, professor na Escola Superior de Música e das Artes do Espetáculo (ESMAE), maestro titular do Coro do Círculo Portuense de Ópera e maestro principal da Orquestra de Câmara de Carouge (Suíça).
Iniciou os estudos de clarinete em V. N. Famalicão, na Banda de Música de Famalicão. Prosseguiu-os na ARTAVE e na ESMAE, formando-se na classe de António Saiote e recebendo o Prémio Fundação Eng.º António de Almeida. Mais tarde, frequentou a Haute École de Musique de Genève (Suíça), estudando direção de orquestra com Laurent Gay e direção coral com Celso Antunes.
É membro fundador do Quarteto Vintage e do Serenade Ensemble. Foi laureado com o Prémio Jovens Músicos (categorias de clarinete, música de câmara e direção de orquestra) e o Concurso Internacional de Clarinete de Montroy (Valência).
Foi convidado para atuar em festivais de música portugueses com solistas como Maria João Pires, Diemut Poppen, Sebastian Klinger, Bruno Giuranna, Artur Pizarro, Natalia Pegarkova, Adriana Ferreira, entre outros.
Na temporada 2023/24, teve concertos em Portugal, França, Bulgária e Hungria. Participou em produções de óperas como Don Giovanni e Così fan tutte (Mozart), Lo Speziale (Haydn), e La Donna di Genio Volubile (Marcos de Portugal), e Os Noivos de Francisco de Noronha. Foi diretor musical de Alice no País das Maravilhas, com a OSP, produção da CNB. Foi Diretor Musical da ópera Blimunda, de A. Corghi, com libreto de José Saramago, e da ópera Trilogia das Barcas, de Joly Braga Santos, ambas produções do TNSC.
É diretor artístico da JOF — Jovem Orquestra de Famalicão. Em 2018 foi agraciado com a Medalha de Mérito Cultural — Cidade de V. N. Famalicão.

@ Giulia Fedel
Livia Rado nasceu em 1984, é soprano e destaca-se pela sua atividade incessante centrada no repertório contemporâneo. Primeira voz do Ensemble L’Arsenale dirigido por F. Perocco, colaborou posteriormente com outros agrupamentos, tais como: Algoritmo, Prometeo, MDI, Contempoartensemble, Ex Novo, FontanaMix, Altre Voci, Eutopia, Ensemble U, Hyoid e Aton et Armide. As suas performances incluem obras de L. Nono, S. Sciarrino, A. Guarnieri, G. Manzoni, M. Feldman, B. Ferneyhough, W. Rihm, I. Fedele, B. Furrer, T. Larcher, G. Grisey, N. Castiglioni, L. Dallapiccola, P. Hindemith e A. Schoenberg.
Mais recentemente apresentou obras como: o Diario Polacco n. 2 de L. Nono e Doppio Sogno de A. Guarnieri, em estreia mundial para o Festival Internacional de Chigiana; Una lettera e 6 canti de S. Sciarrino, em estreia mundial, com o ensemble MDI para a Milano Musica e, mais tarde, para a Société de Musique Contemporaine du Québec (Montreal) e para o Festival Acht Brücken (Colónia); Lo stridere luttuoso degli acciai de A. Guarnieri com o ensemble Fontanamix para o Festival Exitime (Bolonha).
Rado foi primeiro soprano solo em obras como Prometeo de L. Nono para a Bienal de Veneza, com a Orquestra de Pádua e do Veneto, dirigida por M. Angius; An Index of Metals de F. Romitelli para o Festival To Listen To (Turim), com o ensemble Altre Voci, dirigido por M. Angius; Requiem per Marzabotto de A. Guarnieri, em estreia mundial, para o Teatro Comunale di Bologna, dirigido por T. Battista.
Gravou várias obras para editoras como: a Stradivarius, EMA Vinci, Decca e Kairos. A última obra intitulada Dieci versi di Emily Dickinson de G. Manzoni com a Orquestra de Pádua e do Veneto, dirigida por M. Angius, está incluída no CD Parole da Beckett (Stradivarius), e foi vencedora do Prémio Especial Abbiati 2023.

@ Cristina Andolcetti
Monica Benvenuti nasceu em 1962, em Florença. É uma cantora italiana, licenciada em Letras e Filosofia. Nos primeiros anos de carreira dedicou-se predominantemente ao repertório barroco e clássico e, mais tarde, desenvolveu um interesse específico pela música do século XX e da contemporaneidade, levando-a a explorar o potencial da voz humana em relação às diferentes línguas, desde a recitação ao canto lírico, passando por vários níveis de expressão.
Apresentou-se em concertos na Alemanha, França, Espanha, Bélgica, República Checa, Hungria, Suécia, Japão, Brasil e Estados Unidos, interpretando sobretudo canções que lhe foram dedicadas.
Em 2004, o compositor Sylvano Bussotti convidou-a para participar na obra Passion selon Sade, na qual interpretou o papel de Justine/Juliette (a protagonista) no Teatro de La Zarzuela, em Madrid. Colaborou diversas vezes com Bussotti, que lhe dedicou várias obras, nomeadamente: Pianobar pour Sade (2005), Silvano-Sylvano (2007), Rara film (2008).
Benvenuti tem gravado para editoras como a: Arts, Materiali Sonori, Nuova Era, Sam Classical, ARC Edition, Ema Records, Sheva Collection e Da Vinci Classical.

@ Casa da Música
Ricardo Pereira é trombonista e compositor. Iniciou os seus estudos musicais com o pai, António Pereira, e, formalmente, no Conservatório de Música Calouste Gulbenkian de Braga, orientado por Zeferino Pinto. Formou-se em 2006 com a classificação máxima, recebendo o Prémio de Mérito Artístico. Concluiu a Licenciatura em Música (2009) na ESMAE-IPP, sob a orientação de Severo Martinez. Concluiu o Mestrado em Ensino de Música na Universidade do Minho (2011-2013) e obteve o Título de Especialista em Música pela ESML-IPL (2010). Frequenta o doutoramento em Educação Artística na Faculdade de Belas Artes do Porto. Estudou com diversos mestres/solistas internacionais, como Jacques Mauger, Jon Etterbeek, Petur Eiriksson, Gyorgy Gyivicsan, Vincenzo Paratore, Stefan Schulz, Otmar Gaiswinkler, Andrea Conti, Charles Vernon, Mark Hampson, Andreas Klein, Achilles Liarmakopoulos, Jesper Busk Sørensen, Toby Oft, Bart Claessens e Massimo La Rosa.
Recebeu o 1º prémio no 16º Chieri International Competition 2016, o Prémio Jovens Músicos (RTP/Antena 2, 2013), o 2º Concurso Nacional Terras de La Salette 2009 e o 2º prémio no IX Concurso Internacional de Composição Festival SBALZ 2022.
Desde 2014, é trombone solista no Remix Ensemble Casa da Música, estando anteriormente na Orquestra do Norte. Colaborou com a Orquestra Sinfónica do Porto CdM, Orquestra Gulbenkian, Orquestra Sinfónica da Galiza e Klangforum Wien. Integra ensembles internacionais e academias de orquestra como a European Union Wind Orchestra, Orquesta Joven de la Sinfónica de Galicia, International Mahler Orchestra, The World Orchestra e Lucerne Festival Academy. Como solista, apresentou-se com a Orquestra Gulbenkian, a Chieri Sinfonietta Orchestra (Itália), a Banda Sinfónica Portuguesa e a Orquestra da Escola Profissional de Música de Viana do Castelo.
Leciona trombone na ESML. Em 2020, lançou o álbum Improbabile, em colaboração com a harpista Erica Versace. É apoiado pela marca de trombones Greenhoe.
Stefano Malferrari nasceu em Bolonha em 1961. Após iniciar os seus estudos de piano no Conservatório Martini em Bolonha, terminou com nota máxima e honras na classe de Franco Scala no Conservatório “G. Rossini” em Pesaro. Posteriormente, aprimorou as suas capacidades com Jörg Demus e Gyorgy Sandor.
Deu concertos em Itália e em vários países europeus, América Central e do Sul e Ásia, assim como em vários festivais internacionais, tais como: Pesaro, Spoleto, Milão, Turim, Veneza, Bergen, Ravenna, Cartagena.
É atualmente professor no Conservatório “G.B. Martini” de Bolonha, tendo durante vários anos ocupado o cargo de subdiretor. Dá regularmente masterclasses de piano em Itália e no estrangeiro e, com alguma frequência, participa em conferências-concertos com o intuito de fazer uma divulgação historicamente informada da música erudita.
Gravou vários CDs para a Tactus, a EMA Vinci e a Nuova Carrich.

100 anos de Berio | 25, 27 e 28 setembro
SABER MAIS