21 Abril | 19h00
Grande Auditório
da Fundação Calouste Gulbenkian
Sinfonia Fantástica
Direção de Nuno Coelho
1. Énigme: Très libre et flexible
2. Regard: Extrêmement calme
3. Houles: Large et ample
4. Miroirs: Lent et extatique
5. Hymne: Allegro
Hector Berlioz – Sinfonia Fantástica, op. 14
2. Un bal
3. Scène aux champs
4. Marche au supplice
5. Songe d’une nuit de sabbat
Transmissão direta
Apresentação: Pedro Ramos
Produção: Alexandra Louro de Almeida
Jonathan Roozeman | O jovem violoncelista é uma estrela ascendente nos palcos internacionais. O seu elevado potencial artístico evidencia-se na sua musicalidade e no seu virtuosismo e numa sonoridade expansiva e versátil, seja na interpretação de obras chave do repertório clássico, seja em obras de compositores como Kabalevskiy, Kokkonen ou Vieuxtemps. Tem colaborado regularmente com maestros como Christoph Eschenbach, Sakari Oramo, Esa-Pekka Salonen, Osmo Vänskä, Dima Slobodeniouk, Jukka-Pekka Saraste ou Santtu-Matias Rouvali.
Na temporada 2021/22, para além de se apresentar com a Orquestra Gulbenkian, Jonathan Roozeman dá continuidade ao seu percurso de colaboração com outros agrupamentos orquestrais e maestros de renome como a Filarmónica de Helsínquia e Michael Sanderling, a Orquestra do Teatro Mariinsky e Valery Gergiev ou a Sinfónica de Bilkent e Daniel Smith. No domínio da música de câmara, apresenta-se em trio em Girona, Alicante e no Festival de Gstaad. Está também prevista a gravação do Concerto para Violoncelo nº 2 do compositor finlandês Kalevi Aho, para a editora BIS.
Os destaques de temporadas recentes incluem estreias com a Filarmónica de Seul, (Duplo Concerto de Brahms), a Sinfónica da Coreia (Variações rococó de Tchaikovsky) e com a Philharmonie Zuidnederland (Concerto nº 1 de Kabalevskiy). Na sua Finlândia natal atuou com a Tapiola Sinfonietta e no Crusell Music Festival. Em recital, apresentou-se no Konzerthaus de Berlim, em vários palcos no Canadá e em festivais em Londres, Edimburgo, Moscovo e Tóquio.
Jonathan Roozeman foi o mais jovem músico premiado no Concurso Internacional Tchaikovsky, em 2015. No mesmo ano foi finalista no Concurso Internacional de Violoncelo de Naumburg. Em 2013 foi finalista no Prémio Suggia, no Porto e alcançou as semifinais do Concurso Internacional Paulo, na Finlândia. Em 2012 foi 2º classificado no Concurso Nacional de Violoncelo, nos Países Baixos.
Jonathan Roozeman estudou com Martti Rousi na Academia Sibelius, em Helsínquia, e diplomou-se em 2020 pela Academia Kronberg, na classe de Frans Helmerson. Toca um violoncelo David Tecchler (ca. 1707), por empréstimo da Fundação Cultural Finlandesa. O seu arco foi construído por Jean Pierre Marie Persoit, em Paris, ca. 1850.
Nuno Coelho | Na temporada 2022/23, é o novo Maestro Principal e Diretor Artístico da Orquestra Sinfónica do Principado das Astúrias e cumpre o quinto ano como Maestro Convidado da Orquestra Gulbenkian, que dirige numa produção da visão de José Saramago da ópera Don Giovanni de Mozart, em comemoração do centenário do escritor. Outras atuações de destaque incluem estreias com a Orquestra do Real Concertgebouw de Amesterdão, a Filarmónica de Tampere e a Sinfonieorchester St Gallen, novas colaborações com a Sinfónica de Amberes e a Sinfónica de Tenerife e uma digressão com a Jovem Orquestra Nacional de Espanha.
Na temporada passada estreou-se à frente da Filarmónica de Helsínquia, da Dresdner Philharmonie, da Staatsorchester Hannover, da Filarmónica do Luxemburgo, das Sinfónicas de Gävle e Malmö, da HET Residentie Orkest, da Filarmónica de Estrasburgo e da Orquestra Nacional de Lille. Reforçou o seu relacionamento com as Sinfónicas da Galiza e de Barcelona. Em março de 2022, na Fundação Gulbenkian, dirigiu uma produção semi-encenada de Così fan tutte, expandindo o seu repertório de ópera que abarca produções de La traviata, Cavalleria rusticana, Rusalka, O diário de Anne Frank e Os sete pecados mortais, entre outras.
Orquestra Gulbenkian | Em 1962 a Fundação Calouste Gulbenkian decidiu estabelecer um agrupamento orquestral permanente. No início constituído apenas por doze elementos, foi originalmente designado por Orquestra de Câmara Gulbenkian. Ao longo de mais de cinquenta anos de atividade, a Orquestra Gulbenkian (denominação adotada desde 1971) foi sendo progressivamente alargada, contando hoje com um efetivo de sessenta instrumentistas que pode ser pontualmente expandido de acordo com as exigências de cada programa de concerto.Esta constituição permite à Orquestra Gulbenkian interpretar um amplo repertório que se estende do Barroco até à música contemporânea. Obras pertencentes ao repertório corrente das grandes formações sinfónicas tradicionais, nomeadamente a produção orquestral de Haydn, Mozart, Beethoven, Schubert, Mendelssohn ou Schumann, podem ser dadas pela Orquestra Gulbenkian em versões mais próximas dos efetivos orquestrais para que foram originalmente concebidas, no que respeita ao equilíbrio da respetiva arquitetura sonora.
Em cada temporada, a Orquestra Gulbenkian realiza uma série regular de concertos no Grande Auditório Gulbenkian, em Lisboa, em cujo âmbito tem tido ocasião de colaborar com alguns dos maiores nomes do mundo da música, nomeadamente maestros e solistas. Atua também com regularidade noutros palcos em diversas localidades do país, cumprindo desta forma uma significativa função descentralizadora. No plano internacional, por sua vez, a Orquestra Gulbenkian foi ampliando gradualmente a sua atividade, tendo até agora efetuado digressões na Europa, na Ásia, em África e nas Américas.
No plano discográfico, o nome da Orquestra Gulbenkian encontra-se associado às editoras Philips, Deutsche Grammophon, Hyperion, Teldec, Erato, Adès, Nimbus, Lyrinx, Naïve e Pentatone, entre outras, tendo esta sua atividade sido distinguida, desde muito cedo, com diversos prémios internacionais de grande prestígio.