Do projecto de rugby no Estabelecimento Prisional feminino de Santa Cruz do Bispo à história de Andreia e da filha, Nadine, de 9 anos, jogadora de rugby na associação no Bairro do Cerco, no Porto. Uma reportagem Antena 2, por Isabel Meira,
Linha Imaginária
com pós-produção áudio 3D de Paulo Castanheiro,
do iNOVA MEDIA LAB, da Universidade Nova de Lisboa
Quase metade dos reclusos praticam desporto nas prisões portuguesas.
Mas segundo dados da Direcção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais, há apenas 9 técnicos de desporto para os 49 estabelecimentos que existem no país. A carência é compensada através de parcerias com federações desportivas e projectos de voluntariado, como o projecto “Rugby com Partilha”.
O rugby chegou já a quatro prisões: uma delas é a prisão feminina de Santa Cruz do Bispo, no distrito do Porto.
Mas segundo dados da Direcção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais, há apenas 9 técnicos de desporto para os 49 estabelecimentos que existem no país. A carência é compensada através de parcerias com federações desportivas e projectos de voluntariado, como o projecto “Rugby com Partilha”.
O rugby chegou já a quatro prisões: uma delas é a prisão feminina de Santa Cruz do Bispo, no distrito do Porto.
É também no Porto que a escola de Rugby no Bairro do Cerco procura apoiar crianças e jovens e combater o absentismo escolar.A repórter Isabel Meira assistiu aos treinos de rugby na prisão e no Bairro do Cerco, onde encontrou Andreia, que conheceu a modalidade quando esteve detida. Nesses tempos difíceis de prisão, o exercício físico mudou-lhe o corpo e deu-lhe resistência para acalmar os pensamentos. Já em liberdade, decidiu inscrever a filha no rugby, na associação que dá apoio a crianças e jovens no Bairro do Cerco, no Porto.
Nadine tem 9 anos e quando for grande quer ser jogadora de rugby ou fazer autópsias. A mãe assiste aos treinos da filha e recorda o eco do ginásio da prisão, cheio de vozes de outras reclusas, que ainda sonham com a liberdade.
Com momentos captados através de tecnologia binaural (som 3D*), escutamos os sons da prisão, o impacto do desporto na vida das reclusas, os ecos de um passado de quem já saiu em liberdade, e os sonhos de Nadine, uma menina de 9 anos que diz que quer ser jogadora de rugby… ou fazer autópsias.
* Com esta tecnologia, é aconselhável, para disfrutar da sua qualidade, que a escuta seja feita por auscultadores.
Fotos por Isabel Meira