Teatro sem Fios
31 Janeiro 19h00
7 Fevereiro 21h00 (repetição)
Produção: Anabela Luís / Artistas Unidos
Gravado no Auditório 2 do Instituto Superior de Economia e Gestão,
em Lisboa, a 12 de Dezembro de 2016
O Avejão, de Raul Brandão
Intérpretes
A Velha: Antónia Terrinha
O Avejão: João Pedro Mamede
Sr. Caetano: António Simão
Três velhas: Vânia Rodrigues, Maria Jorge, Rita Cabaço
A Criada: Andreia Bento
Direção de António Simão
Sinopse
Uma moribunda é confrontada com a inutilidade da sua vida, presa por valores que a própria acaba por pensar serem falsos. O Avejão saído da sombra (é afinal a voz que no seu íntimo sufocou) mostra-lhe a inutilidade da sua existência, que já não é possível emendar ou repetir." Eu não vivi!" grita ela, na sua terrivel agonia.
Raúl Brandão nasceu na Foz do Douro em 12 de Março de 1867. Celebram-se este ano os seus 150 anos. Militar, jornalista, prosador, historiador, é autor de extensa obra literária e jornalística. reinventor do Romance com a obra-prima Húmus, publicada em 1917, é também um grande nome na renovação da Historiagrafia (com El-Rei Junot) e na diaristica. Dedicou desde novo muita atenção ao teatro quer como crítico quer como autor, sendo autor de O Gebo e a Sombra (1923), O Doido e a Morte (1921), Jesus Cristo em Lisboa (1927) e alguns actos únicos.
O Avejão (1929) é a sua derradeira obra teatral, foi publicado na "Seara Nova" e a sua estreia terá ocorrido no Ateneu de Coimbra, provavelmente em 1946, com o grupo cénico daquela colectividade, encenada pelo poeta Arquimedes da Silva Santos, tendo posteriormente sido levada à cena, em 1955, levada à cena pelo TEUC de Coimbra e em 1969 pelo Grupo de Teatro da Faculdade de Letras de Lisboa com direcção de Carmen Gonzalez.
Fotos Jorge Carmona / Antena 2 RTP