9º Festival Porta-Jazz
Porto
1 a 9 Dezembro
Ao longo de nove dias, a cidade recebe mais de uma centena de músicos e dezenas de estudantes de música, portugueses e estrangeiros, em diversos palcos – Teatro Rivoli, Casa da Música, FEUP (Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto), Cinema Passos Manuel, ESMAE (Escola Superior de Música, Artes e do Espectáculo), Igreja de Cedofeita, Hot Five, Casa de Ló e a Sala Porta-Jazz.
Programa
22h00 | Sala Porta-Jazz
23h30 | Clubedo | Casa de Ló
JZ Replacement
2 Dezembro
22h30 | Casa da Música
3 Dezembro
Santos Silva / Zetterberg / Lindwall
22h30 | Clubedo | Casa de Ló
4 Dezembro
Ploo – Pele de Papel
ESMAE Jam Session
5 Dezembro
Gonçalo Marques + Jacob Sacks, Masa Kamaguchi, Jeff Williams
23h30 |Clubedo | Casa de Ló
Eurico Costa, Demian Cabaud e José Marrucho
6 Dezembro
Cotovelo (Guimarães Jazz / Porta-Jazz #4)
Eliot Zigmund, Manel Fortià e Carlos Azevedo
7 Dezembro
José Soares + Joris Roelofs e Harmen Fraanje
MAP feat. Chris Cheek
23h30 | Clubedo | Casa de Ló
Ricardo Moreira, Nuno Campos e Ricardo Coelho
8 Dezembro
José Pedro Coelho – Passarola Voadora
Hang em High
21h30 | Rivoli
Marcos Cavaleiro feat. Thomas Morgan
Ohad Talmor + CORETO
ESMAE Ensemble
9 Dezembro
ItensivStation
Alexandre Coelho – Idiosyncrasies
22h00 | Sala Porta-Jazz
PortaJazz/BezauBeatz Reunion
Paulo Gomes, João Paulo Rosado, Filipe Monteiro
19h00 | Sala Porta-Jazz
Mané Fernandes, Guitarra
Iago Fernandez, Bateria
Nesta sua primeira atuação, o quarteto vem apresentar temas dos cinco álbuns de Frederico Heliodoro, assim como algumas composições de cada um dos outros elementos deste conjunto.
Manuel Gesseney, Saxofone Alto
Yves Cerf, Saxofone Tenor
Ninn Langel, Contrabaixo
Paolo Orlandi, Bateria
Significa isto que têm na narrativa um fio condutor para os seus temas, numa toada que balança entre o swing e o jazz-rock progressivo, não tendo medo de pôr as palavras “burlesco” e “poético” na mesma frase. Acabam de lançar um álbum, Behemotion, o que dá um bom pretexto para se estrearem agora em palcos nacionais.
O projecto foi fundado em 2017 pelo guitarrista russo Andrei Perikov, na sequência do grupo Anima, a quem se juntam agora os saxofonistas Manuel Gesseney e Yves Cerf, assim como o baterista Paolo Orlandi e o contrabaixista Ninn Langel.
Jamie Murray, Bateria
Os JZ Replacement são uma plataforma giratória de influências, para não dizer um tornado, onde tudo aquilo de que gostam é transformado noutra coisa qualquer, sempre em velocidade irregular e à beira de um abismo magnético. Porém, e apesar do sentido de humor, têm um domínio técnico e uma intencionalidade difíceis de encontrar, atributos que garantem não se estar perante uma simples brincadeira.
Por tudo isto, não admira que os convites estejam a surgir, tendo eles já actuado no Love Supreme Jazz Festival e no Ronnie Scott’s Jazz Club, seguindo-se o London Jazz Festival, logo a seguir à vinda ao Porto. Há quem diga que o rapper Jay-Z foi substituído por um clone. Pois bem, talvez tenha sido dele a ideia de juntar estes dois talentos.
2 Dezembro
Angela Cervantes, Voz
Xan Campos, Piano
Demian Cabaud, Contrabaixo
Jeff Williams, Bateria
Iago Fernandez, Bateria
Para a gravação dos seus novos temas, Cabaud juntou um coletivo invejável. Fazem parte o saxofonista cubano Ariel Bringuez, a cantora espanhola Angela Cervantes, o pianista espanhol Xan Campos e, facto raro, dois bateristas: o espanhol Iago Fernandez e o lendário Jeff Williams, dos Estados Unidos. Com esta formação, o músico consegue uma abordagem multicultural a um território também ele multicultural, embora numa acepção pouco literal da expressão. Os clichês musicais ficaram ao largo, entrando-se na transmissão das forças sub-reptícias que dominam a Argentina, um país integrado numa região tão forte na sua dimensão física como social. Uma viagem a fazer neste festival.
Benoit Delbeq, Piano, Electrónicas e Sintetizadores Analógicos
Manu Codjia, Guitarra
Tendo o processo da oxidação como referência conceptual, Mário Costa procurou no seu disco uma mutação sonora que equilibra a composição e a improvisação, numa mescla de elementos capaz de deixar ao acaso alguma margem de progressão. É precisamente nessa fronteira que se fazem as actuações ao vivo deste trio, sabendo-se que a experiência de cada um dos seus elementos será, desde logo, capaz de gerar muitas e irrepetíveis surpresas.
23h30 | Clubedo | Hot Five Jazz & Blues Club
João Paulo Rosado, Contrabaixo
Miguel Sampaio, Bateria
3 Dezembro
Torbjörn Zetterberg, Contrabaixo
Hampus Lindwall, Orgão de Tubos (Kuhn)
Como é fácil de adivinhar, a acústica é quase um quarto elemento deste grupo. Os músicos exploram as capacidades sonoras do espaço numa progressão que assume tanto de atmosférico como de rumoroso. O diálogo com a Igreja de Cedofeita é construído neste balanço, entre o etéreo e o físico, numa atuação a jogar tanto com a agilidade musical dos temas como com os pressupostos simbólicos do lugar.
Fundamental para esta dimensão sonora é o organista Hampus Lindwall. Juntou-se a Susana Santos Silva e Torbjörn Zetterberg depois de estes terem gravado o álbum Almost Tomorrow, em 2013. Foi uma mudança nos locais de gravação e atuação que concedeu uma nova densidade a um som já anteriormente descrito como introspectivo e exploratório.
Miguel Meirinhos, Piano
Yudit Almeida, Contrabaixo
João Cardita, Bateria
4 Dezembro
Ploo – Pele de Papel
Diogo Dinis, Contrabaixo e Baixo
Eurico Costa, Guitarra
Daniel Dias, Trombone
João Mortágua, Saxofone Alto
O nome do coletivo tem um desses grafismos sonoros que põem imagens e sons em conversa aberta. Como numa mancha de Rorshach, cada um vê (e ouve) o que quer a partir desse elemento isolado, mas convém não demorar muito na fase das apresentações porque há música para conhecer.
O primeiro álbum dos PLoo foi lançado em 2015 e teve por título Estereograma, estando a ser feita a apresentação do seu sucessor, Pele de Papel, editado em Maio deste ano com o Carimbo Porta-Jazz.
23h00 | ESMAE
ESMAE Jam Session
5 Dezembro
Gonçalo Marques + Jacob Sacks, Masa Kamaguchi, Jeff Williams
Jacob Sacks, Piano
Masa Kamaguchi, Contrabaixo
Jeff Williams, Bateria
A carreira de Gonçalo Marques é já conhecida de muitos. Integra a Orquestra do Hot Club de Portugal, tem formado vários grupos e tocou com diversos nomes sonantes do circuito jazzístico. Em 2016 fundou, com o contrabaixista Damien Cabaud, a editora Robalo, que este ano serviu de plataforma para um festival em Lisboa, o Robalo Jazz Fest.
Nesta sua visita ao Porto, traz uma série de temas seus, assim como alguns clássicos e momentos de improvisação livre. O facto de vir acompanhado de um coletivo tão prestigiado torna ainda mais apetecível esta atuação. Está-se, afinal de contas, a falar de músicos habituados a ocupar palcos prestigiados e com músicos históricos, como Stan Getz (no caso de Jeff Williams), Mingus Big Band (Jacob Sacks) e Toots Thielemans (Masa Kamaguchi).
Demian Cabaud, Contrabaixo
José Marrucho, Bateria
6 Dezembro
Cotovelo (Guimarães Jazz / Porta-Jazz #4)
Tom Ward, Saxofone Alto, Flauta e Clarinete Baixo
Sérgio Tavaresi, Contrabaixo
João Martins, Bateria
Catarina Lacerda, Voz
Jorge Louraço, Texto
Eliot Zigmund, Manel Fortià e Carlos Azevedo
Eliot Zigmund, Bateria
Manel Fortià, Contrabaixo
Carlos Azevedo, Piano
Eliot Zigmund é um baterista histórico, que integrou o Bill Evans Trio na década de 70, formação com a qual gravou vários álbuns, sem esquecer as colaborações com nomes como Chet Baker, Stan Getz e até as The Pointer Sisters. Estará bem acompanhado por Manel Fortià (contrabaixo) e Carlos Azevedo (piano).
7 Dezembro
José Soares + Joris Roelofs e Harmen Fraanje
Harmen Fraanje, Piano
Jort Terwijn, Contrabaixo
Giacomo Camilletti, Bateria
O desafio aceite por José Soares tem aqui a sua prova de fogo. É um daqueles momentos cujo segredo está na escolha dos seus intérpretes, pedindo-se que construa não só um grande concerto, como seja capaz de estabelecer um diálogo entre dois contextos musicais. A escolha dos nomes não podia ser mais certeira, uma vez que há em todos uma diversidade de influências tão díspar como interessante, somando-se experiências em diferentes registos e geografias.
Esta atuação única debruça-se sobre o repertório de José Soares, posta em acção por um quinteto que define o seu território entre a composição e a improvisação, tendo no silêncio um elemento essencial.
Paulo Gomes, Piano
Miguel Moreira, Guitarra
Miguel Ângelo, Contrabaixo
Acácio Salero, Bateria
O coletivo apresenta temas dos seus três discos, todos com o Carimbo Porta-Jazz, assim como novas composições escritas para esta formação e alguma música escrita pelo próprio Chris Cheek.
23h30 | Clubedo | Casa de Ló
Nuno Campos, Contrabaixo
Ricardo Coelho, Bateria
8 Dezembro
Xan Campos, Piano
Demian Cabaud, Contrabaixo
Marcos Cavaleiro, Bateria
Tal como aconteceu no disco, também para este concerto o saxofonista conta com um naipe invejável de músicos. São eles Xan Campos (piano), Demian Cabaud (contrabaixo) e Marcos Cavaleiro (bateria). Todos de origens distintas, numa viagem que sobrevoa Espanha, Argentina e Suíça, respectivamente, mas tendo o Porto como ponto de encontro.
É, precisamente, em torno de Passarola Voadora que se reunem estes músicos, num concerto especial que serve, também, para celebrar a carreira de um dos fundadores da Associação Porta-Jazz, com um trajecto pleno de colaborações e projectos relevantes.
19h00 | Rivoli
Bond, Baixo de 2 e 4 Cordas e Electrónica
Alfred Vogel, Bateria e “Junk Percussion”
Os Hang Em High foram buscar o nome a um filme protagonizado por Clint Eastwood, em 1968, cujo tema título deu que falar numa versão de Booker T. And The M.G.’s. Andam entre o jazz e o rock, numa rejeição de fronteiras que tanto os põe a circular em ritmo desenfreado como a pairar numa toada cósmica (sendo possível que o nome da banda americana Morphine venha à baila, visto que é uma influência assumida).
Estrearam-se com um álbum homónimo em 2013 e no ano passado lançaram Tres Testosterones, o terceiro registo, num constante refinamento do seu som.
Esta atuação resulta da parceria com o festival austríaco Bezau Beatz.
Thomas Morgan, Contrabaixo
João Guimarães, Saxofone
André Fernandes, Guitarra
O projeto andava há algum tempo em incubação. Assenta na reflexão e exploração de ideias compostas especificamente para este coletivo, construindo um repertório com uma identidade marcada e capaz de trazer ao de cima as possibilidades desta reunião de talentos. Assim sendo, o caminho está livre para cada um acrescentar a sua marca às composições, num concerto que se adivinha especial.
A partir da bateria, Marcos Cavaleiro vai conduzir um grupo que tem no contrabaixista Thomas Morgan a sua outra figura de destaque, ele que se tem destacado nas últimas duas décadas como um dos mais relevantes músicos do jazz actual. A acompanhá-los estão outros dois grandes nomes nacionais: João Guimarães no saxofone alto e André Fernandes na guitarra, formando um quarteto coeso e o suficientemente multifacetado.
João Pedro Brandão, Saxofones e Flauta
José Pedro Coelho, Saxofones
Hugo Ciríaco, Saxofone
Rui Teixeira, Saxofone e Clarinete Baixo
Susana Santos Silva, Trompete
Ricardo Formoso, Trompete
Daniel Dias, Trombone
Andreia Santos, Trombone
AP, Guitarra
Hugo Raro, Piano
José Carlos Barbosa, Contrabaixo
José Marrucho, Bateria
Há algumas caraterísticas que tornam o encontro especial. A começar pela formação do Coreto, composto por 12 elementos de uma nova geração de músicos ligados ao Porto, todos com carreiras firmadas. O próprio colecivo tem-se destacado como um dos mais interessantes em Portugal, num trabalho já materializado através de quatro discos e colaborações com 15 compositores.
Sendo a criação de repertório original e a experimentação essenciais para o Coreto, este convite a Ohad Talmor torna-se particularmente interessante. Trata-se de um músico com uma carreira longa e reconhecida na composição, num percurso começado com o histórico Lee Konitz, com quem trabalhou enquanto compositor e intérprete. Colabora regularmente com a Orquestra Jazz de Matosinhos e tem ainda sido líder de diversos grupos, como o sexteto NewsReel e o noneto Mass Transformation, havendo ainda bandas sonoras para cinema, no que se conta o premiado Low Down, sobre o pianista Joe Albany.
23h30 | Clubedo | Café Concerto Rivoli
Gil Dias, Trombone
Joaquim Festas, Guitarra
Afonso Traficante, Vibrafone
Gianni Narduzi, Contrabaixo
João Cardita, Bateria
9 Dezembro
IntensivStation
Wolfgang Zwiauer, Baixo
Alfred Vogel, Bateria
O projecto é composto por John Schröder (Fender Rhodes, guitarra e bateria), Wolfgang Zwiauer (baixo) e Alfred Vogel (bateria e samples). Em 2012 estrearam-se nas edições discográficas com Vogelperspektive Vol. 4 e têm previsto para Janeiro o lançamento do seu segundo álbum, POWWOW!!!, registo que estão a acompanhar com a edição de uma faixa mensal extra no bandcamp, dada a grande quantidade de material que gravaram nos últimos anos..
Esta atuação surge na sequência de uma nova parceria da Porta-Jazz com o festival austríaco Bezau Beatz, fundado em 2013.
João Mortágua, Saxofone Alto
Gonçalo Moreira, Piano
João Cação, Contrabaixo
Os elementos desta formação conheceram-se no Porto, onde estudaram jazz na ESMAE, e criando este quarteto depois de diversos outros projectos individuais.
É, pois, de uma reunião musical e de uma amizade que se está a falar, numa conjugação de fatores importantes no momento da composição, onde o contributo de todos se revela fundamental. Como em qualquer formação de jazz que se preze, não falta ainda espaço para a improvisação, forma de abrir clareiras para cada instrumentista registar uma morada temporária. Tudo isto poderá ser verificado nesta atuação especial do Quarteto Alexandre Coelho.
23h30 | Clubedo – Hot Five Jazz & Blues Club
Paulo Gomes, João Paulo Rosado, Filipe Monteiro
João Paulo Rosado, Contrabaixo
Filipe Monteiro, Bateria
Mais informações, no site do Porta-Jazz.