5 Dezembro | 18h30
Foyer do
Entrada Livre
Joana Gama, piano
Programa
Arcueil
Arcueil
I
Erik Satie – Air du Grand Prieur (Sonneries de la Rose + Croix) (1892)
Federico Mompou – Musica Callada – Primer quadern (1951) (excerto)
1. Angelico
2. Lent
3. Placide
6. Lento
Erik Satie – Ogives Nºs 1 e 4 (1889)
1. Angelico
2. Lent
3. Placide
6. Lento
Erik Satie – Ogives Nºs 1 e 4 (1889)
II
Marco Franco – Pole position (2017)
Erik Satie – Gnossienne Nº 7 (Le fils des étoiles) (1892)
John Cage – In a landscape (1948)
Erik Satie – Avant-dernières pensées (1915)
1. Idylle, à Claude Debussy
2. Aubade, à Paul Dukas
3. Méditation, à Albert Roussel
Erik Satie – Gnossienne Nº 7 (Le fils des étoiles) (1892)
John Cage – In a landscape (1948)
Erik Satie – Avant-dernières pensées (1915)
1. Idylle, à Claude Debussy
2. Aubade, à Paul Dukas
3. Méditation, à Albert Roussel
III
Erik Satie – Prélude du Premier Acte (La vocation) – Le fils des étoiles (1892)
Morton Feldman – Intermission 4 (1952)
Erik Satie – Je te veux (1897)
Vítor Rua – What time is it? (1996)
Habitué em Montmartre e Montparnasse, Erik Satie viveu os últimos 27 anos da sua vida em Arcueil, um subúrbio parisiense. Para ele, tratava-se de um local de introspeção e trabalho interior, materializado em desenhos, textos e composições.
Para mim, pensar em Arcueil é pensar numa periferia criativa, na casa enquanto lugar de recolhimento e criação, a casa onde ninguém, para além de Satie, entrou, enquanto este foi vivo.
A ideia de intimidade, do manuscrito, da necessidade de várias formas de expressão — comum aos compositores aqui representados — levou a este alinhamento. Que é isso mesmo, uma linha que vem dos finais do século XIX até aos dias de hoje, e que liga as Ogives de Erik Satie à Pole position de Marco Franco.
Gravação para posterior transmissão
Produção: Anabela Luís
Produção: Anabela Luís
Joana Gama (Braga, 1983) é uma pianista portuguesa. Em 2017 defendeu a tese de doutoramento “Estudos interpretativos sobre música portuguesa contemporânea para piano: o caso particular da música evocativa de elementos culturais portugueses” na Universidade de Évora, como bolseira da FCT. Como pianista e performer, tem estado envolvida em projetos que associam a música às áreas da dança – “Danza Ricercata” e “27 Ossos” de Tânia Carvalho; “Trovoada” de Luís Guerra, “Pele” de Miguel Moreira, “Nocturno” uma co-criação com Victor Hugo Pontes -, do teatro – “Benny Hall” de Esticalimógama e “Beaumarchais” da Mala Voadora -, da fotografia e do vídeo – “Antropia”, “Linha” e “terras interiores” de Eduardo Brito -, e do cinema – “La Valse” de João Botelho, “Incêndio” de Miguel Seabra Lopes e Karen Akerman.
Desde 2013, tem um duo de piano eletrónica com Luís Fernandes, com quem editou QUEST (2014), HARMONIES (2016, com Ricardo Jacinto) e at the still point of the turning world (2018, com José Alberto Gomes). Em conjunto fizeram a banda sonora dos filmes “A glória de fazer cinema em Portugal” de Manuel Mozos e “Penúmbria” de Eduardo Brito. Em Abril de 2019 estrearam “Textures & Lines”, uma nova colaboração, desta vez com o Drumming GP.
Em 2016, com o apoio da Antena 2, Joana Gama dedicou-se a SATIE.150 – Uma celebração em forma de guarda-chuva, que assinalou, em Portugal, os 150 anos do nascimento do compositor francês Erik Satie. O corolário das celebrações aconteceu no final de 2017, no Teatro São Luiz, com o lançamento do disco SATIE.150, edição apoiada pela Fundação GDA, com o selo da Pianola Editores. Nessa altura estreou o recital “I LOVE SATIE” e “Eu gosto muito do Senhor Satie”, um concerto comentado para crianças.
Em 2018 tocou a solo no Panteão Nacional no âmbito do Festival Rescaldo, apresentou a obra “Vexations” de Erik Satie durante 14h na Fundação Calouste Gulbenkian no Festival Pianomania! e, no final desse ano, como parte do Festival Big Bang, fez a 50ª apresentação da peça “Nocturno” na Ópera de Lille.
Em Maio de 2019 lançou o disco “Travels in my homeland” pela Grand Piano Records com música de Amílcar Vasques-Dias e Fernando Lopes-Graça, fruto do trabalho desenvolvido no âmbito do seu doutoramento. Com base nesse repertório, estreou “O Figo que prometeste” com as Sopa de Pedra, no Festival Bons Sons. Em Julho revisitou a obra “Vexations” de Erik Satie, numa performance de sete horas com o coreógrafo João Fiadeiro, na despedida do Atelier Re.al e em Setembro estreou no Festival Circular “Home Sweet Sound”, uma peça de Teatro Musical que Vítor Rua lhe dedicou.
“Arcueil” é o seu mais recente disco, co-editado pela Miasoave e pela Boca e apoiado pela Fundação GDA, pelo CESEM, pela Fundação Frederic Mompou e pela Antena 2.
Fotos Jorge Carmona / Antena 2