Temporada Metropolitan Opera
de Nova Iorque
9 março | 17h00
Giuseppe Verdi | A Força do Destino
Leonora: Lise Davidsen (S)
Preziosilla: Judit Isabela Kutasi (MS)
Don Alvaro: Brian Jagde (T)
Don Carlos de Vargas: Igor Golovatenko (BT)
Marquês de Calatrava / Padre Guardiano: Soloman Howard (B)
Frei Melitone: Patrick Carfizzi (BT)
Curra: Stephanie Lauricella (MS)
Mestre Trabuco: Carlo Bosi (T)
Coro e Orquestra do Metropolitan
Direção de Yannick Nézet-Séguin
Yannick Nézet-Séguin conduz a grande história de Verdi sobre amor desditoso, vingança mortal e conflitos familiares, com a soprano Lise Davidsen estreando-se no papel da nobre Leonora, uma das heroínas mais atormentadas – e emocionante – do repertório.
Com produção de Mariusz Treliński, e após quase 30 anos, é apresentada a nova Força, trazendo a encenação para a contemporaneidade e fazendo uso extensivo da plataforma giratória do Met para representar o avanço imparável do destino que impulsiona uma cadeia de eventos calamitosos do argumento desta ópera.
O distinto elenco conta também com o tenor Brian Jagde como o amado proibido de Leonora, Don Alvaro, o barítono Igor Golovatenko como o seu irmão vingativo Don Carlo, a mezzo-soprano Judit Kutasi como a cartomante Preziosilla, o baixo-barítono Patrick Carfizzi como Fra Melitone e o baixo Soloman Howard assumindo dois papéis, o pai de Leonora e o Padre Guardiano.
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Transmissão em direto
a partir de The Metropolitan Opera de Nova Iorque
Realização e Apresentação: André Cunha Leal
Produção: Susana Valente
A Força do Destino (La Forza del Destino)
Ópera em 4 atos
Música de Giuseppe Verdi (1813-1901)
Libreto de Francesco Maria Piave (1810-1876) baseado na obra de Ángel Perez de Saavedra, duque de Rivas (1791-1865), e incorporando também uma cena da Lager de Wallenstein, de Friedrich Schiller (1759-1805).
Para a versão revista de Forza, Antonio Ghislanzoni (1824–93), o futuro libretista de Aida , forneceu texto adicional.
A estreia mundial ocorreu no Teatro Imperial em São Petersburgo, a 10 Novembro 1862.
Foi escrita por Verdi no ano anterior, entre Baile de Máscaras e Dom Carlos, e a ação desenrola-se em Espanha e em Itália durante o século XVIII.
Quando recebeu o convite para escrever uma ópera para São Petersburgo, Verdi começou por propor como tema Ruy Blas de Victor Hugo – que não terá agradado à censura do czar Alexandre II que o considerou pouco respeitoso para com a monarquia. O compositor virou-se então, de novo, para a literatura espanhola, que já lhe fornecera algumas lendárias absurdidades como O Trovador, e foi buscar um melodrama de 1835 de Angelo Perez de Saavedra que obtivera algum sucesso quando da estreia em Teatro. A qualidade do enredo era igualmente medíocre, mas estava, talvez por isso mesmo, recheada de situações dramáticas – o que terá agradado ao compositor.
Aliás, em 1861, Verdi era já um homem com grande experiência do ofício, e sabia que nem sempre as melhores peças de teatro davam uma boa ópera, já que, em princípio, as grandes obras teatrais se bastam a si próprias, e que o elemento “música” se revela frequentemente como um elemento redutor. Saavedra iria funcionar. Piave que forneceu textos para diversas óperas na primeira metade da carreira de Verdi, escreveu o libreto, e, entre Junho e Novembro, Verdi escreveu a música. A estreia teve lugar um ano mais tarde, na capital do império do Czar Alexandre.
Das 28 óperas escritas por Verdi apenas 6 foram estreadas fora da Itália. Dessas 6, 3 subiram pela 1ª vez à cena em Paris, na Ópera. As estreias das outras 3 tiveram lugar em Londres, no Cairo e em São Petersburgo.
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Fotos Met Opera