de Nova Iorque
4 fevereiro | 18h00
Francis Poulenc | Diálogos das Carmelitas
Blanche de la Force: Ailyn Pérez (S)
Madame Lidoine: Christine Goerke (S)
Madame de Croissy: Alice Coote (CA)
Irmã Constance de S. Denis: Sabine Devieilhe (S)
Madre Marie de l’Incarnation: Jamie Barton (MS)
Chevalier de la Force: Piotr Buszewski (T)
Marquês de la Force: Laurent Naouri (BT)
Coro e Orquestra do Metropolitan
Direção de Bertrand de Billy
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Transmissão da gravação
realizada em The Metropolitan Opera de Nova Iorque,
a 28 de janeiro de 2023
Realização e Apresentação: André Cunha Leal
Produção: Susana Valente
Diálogos das Carmelitas
Ópera em 3 atos e 12 quadros
Música e libreto de Francis Poulenc (1899-1963), baseado no drama homónimo de Georges Bernanos (1888-1948)
Concluída em 1956, esta é a segunda ópera do compositor, Poulenc que também escreveu o libreto.
O argumento da ópera é uma versão ficional da história das Carmelitas de Compiègne, freiras que, em 1794, no Período dos Jacobinos, durante a Revolução Francesa, foram guilhotinadas em Paris por se recusarem a renunciar à sua vocação.
A 17 de julho de 1794, no auge do Período do Terror encabeçado por Robespierre, dezasseis carmelitas, condenadas por crimes contra o povo francês, são executadas na Place de la Revolution, em Paris. Numa irónica e inesperada mudança, Robespierre seria, 10 dias depois, entregue à mesma guilhotina que supliciou as carmelitas.
A 17 de julho de 1794, no auge do Período do Terror encabeçado por Robespierre, dezasseis carmelitas, condenadas por crimes contra o povo francês, são executadas na Place de la Revolution, em Paris. Numa irónica e inesperada mudança, Robespierre seria, 10 dias depois, entregue à mesma guilhotina que supliciou as carmelitas.
A ópera de Poulenc, baseada no peça homónima de George Bernanos, é composta por pequenas cenas – ou diálogos – que denunciam, a cada nota e palavra, uma profunda e inquietante análise sobre o martírio e sobre o terror.
A cena final, quando as vozes se vão interrompendo entre si à medida que a guilhotina faz o seu trabalho é, dramática e musicalmente, uma das mais comoventes de todo o repertório lírico.
Diálogos das Carmelitas, cântico de fé, coragem e redenção foi, de imediato, reconhecida como obra prima da ópera do século XX.
A estreia mundial da ópera em versão italiana, ocorreu em 26 de janeiro de 1957 no Teatro alla Scala, em Milão. A versão em francês estreou em Paris em 21 de junho do mesmo ano. Em setembro desse ano ocorre a estreia em São Francisco, nos Estados Unidos, na versão inglesa. Diálogos das Carmelitas é uma das mais bem sucedidas óperas da 2ª metade do século XX, um caso raro de uma obra moderna igualmente apreciada pelo público e pelos especialistas.
Fotos @ Ken Howard / Met Opera