Temporada Metropolitan Opera
de Nova Iorque
11 janeiro | 18h00
Giuseppe Verdi | Rigoletto
Rigoletto: Luca Salsi (BT)
Gilda: Erin Morley (S)
Duque de Mântua: Pene Pati (T)
Sparafucile: Soloman Howard (B)
Maddalena: Rihab Chaieb (CA)
Coro e Orquestra do Metropolitan
Direção de Maurizio Benini
A dramática obra-prima de Verdi regressa ao Met, com o barítono Luca Salsi, com uma interpretação avassaladora do bobo corcunda. A soprano Erin Morley é a sua filha ingénua, Gilda, e o tenor em ascensão Pene Pati é o libertino duque de Mântua, com o maestro Maurizio Benini conduzindo a produção inspirada em Weimar de Bartlett Sher.
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Transmissão em direto
a partir de The Metropolitan Opera de Nova Iorque
Realização e Apresentação: André Cunha Leal
Produção: Susana Valente
Rigoletto
Ópera em dois atos
Música de Giuseppe Verdi (1813-1901)
Libreto de Francesco Maria Piave (1810-1876) sobre a peça de teatro Le Roi s’amuse de Victor Hugo
Em Novembro de 1832, em Paris, foi levada à cena pela primeira vez a peça Le Roi s’amuse de Victor Hugo.
Concebida como drama, foi recebida com risos pelo público, e foi considerada pelas autoridades imoral, pelo que foi proibida a sua representação, apesar da enorme popularidade deste escritor e da existência duma lei de Liberdade de Expressão.
Le Roi s’amuse só regressaria aos palcos parisienses 50 anos depois, em 1882, e transformada numa ópera composta por um dos mais conceituados compositores italianos daquele tempo.
Rigoletto não foi a primeira ópera de Verdi com um libreto a partir de um texto de Victor Hugo; em 1844 foi apresentada, em Veneza, Ernani, também com libreto de Francesco Maria Piave e inspirada numa obra do grande escritor francês.
A ideia de escrever esta nova ópera baseada em textos de Victor Hugo surgiu em meados de 1849 quando Verdi leu Le Roi s’amuse, e achou que tinha qualidades que a podiam transformar numa das maiores criações teatrais dos tempos modernos, pondo em cena uma das mais extraordinárias personagens de todos os tempos, um tal Triboulet.
Ao pensar nesta sua nova ópera, preocupa-se contudo com a necessária autorização por parte do poder, e de fato, os seus temores confirmam-se, já que a censura dos ocupantes austríacos opôs-se imediatamente.
Apenas depois de sofrer diversas transformações, de caracter essencialmente exterior, Le Roi s’amuse conseguiu autorização para ser apresentada. O título é alterado, primeiro para La Maledizione, depois para Il Duca de Vendôme, e, finalmente, para Rigoletto. A personagem do rei transformou-se num duque, e Triboulet passou a chamar-se Rigoletto. Mas Verdi teve ainda de enfrentar as reticências do Director do Teatro La Fenice relativamente a personagens que considerava fugirem aos padrões habituais, como por exemplo um herói corcunda e disforme poderia afugentar o público. Mas, para Verdi, era precisamente essas diferenças que davam força às personagens disformes e corcundas – não no plano físico, mas no plano moral. E Verdi provou ter razão.
Rigoletto tem a sua estreia em Veneza, a 11 de Março de 1851, no Teatro La Fenice, o mesmo onde estreara Ernani, igualmente com libreto de Francesco Maria Piave, e obtendo um sucesso ainda maior do que aquela primeira ópera também sobre um texto de Victor Hugo.
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Fotos Met Opera