8º Festival Antena 2
29 janeiro a 1 fevereiro 2025
Teatro São Luiz, Lisboa
Música | Performance | Conferência
O Festival Antena 2 mostra ao vivo e em palco uma parte simbólica daquilo que todos os dias se escuta na rádio pública. Trata-se de uma prova de vida da diversidade dos conteúdos (e seus intérpretes) definidores da Antena 2, apresentados diante dos olhos e não apenas no éter ou no mundo virtual.
Inclui uma série variada de concertos de música clássica (Orquestra Filarmonia das Beiras sob a direção de Jan Wierzba, com o harmonicista Gonçalo Sousa em lugar de destaque; agrupamento barroco Divino Sospiro sob a direção de Massimo Mazzeo; música coral com as Voces Caelestes de Sérgio Fontão; música de câmara com o quinteto de sopros Art’Ventus), e ainda a Orquestra de Jazz de Setúbal dirigida por Carlos Azevedo numa homenagem a Zeca Afonso, músicas do mundo com as Batucadeiras Finka-Pé de Cabo Verde, música para banda sinfónica com a prestigiada Banda Sinfónica da Guarda Nacional Republicana sob a batuta de Ricardo Torres, e o projeto Ópera Buzz num cruzamento entre ópera de câmara, vídeo, ambiente e sentido de humor. O menu inclui ainda Palavras de Bolso (curtos sketches informais destinados aos mais novos) e uma Conferência sobre os desafios da escolaridade obrigatória com a participação de 6 peritos e moderação do jornalista João Paulo Baltazar.
Todos os eventos são transmitidos pela Antena 2 e os concertos, tal como a conferência, podem também ser acompanhados em direto via internet, em vídeo streaming, na RTP Palco.
Programação
4ª feira | 29 janeiro
19h00 | Sala Luís Miguel Cintra
Maiores 6 anos
Concerto | Música do Mundo
Batucadeiras Finka-Pé (Cabo Verde)
O grupo de Batucadeiras Finka-Pé surgiu em 1989 no Bairro Alto da Cova da Moura, concelho da Amadora, no âmbito das atividades desenvolvidas pela Associação Moinho da Juventude. Inteiramente formado por mulheres cabo-verdianas que habitam no bairro, este grupo dedicou-se à prática do batuque para a divulgação da cultura cabo-verdiana. Antes da fundação do grupo faziam-se já batucadas em ocasiões festivas da comunidade: casamentos, batizados ou outras reuniões familiares. Com o tempo surgiu entre os cabo-verdianos a consciência do valor cultural do batuque, hoje reconhecido à escala global.
4ª feira | 29 janeiro
21h00 | Sala Bernardo Sassetti
Maiores 6 anos
Concerto | Música Barroca
Divino Sospiro
Massimo Mazzeo, direção musical
Eunice Abranches de Aguiar, soprano
Programa
Roma no Espelho de Lisboa
a Escola instrumental italiana e a disseminação na europa
Carlos Seixas (1704-1742) – Sinfonia em sol menor
Allegro – Adagio – Andantino – Amoroso – Allegro assai
a grande tradição do barroco italiano
Giovanni Bononcini (1670-1747) – Ária (Maddalena) “Fugge il tempo”, da oratória La conversione di Maddalena al sepolcro
o ápice do estilo italiano
Francisco António de Almeida (1702-1755) – Ária “un cor c’ha per costume” da oratória La Spinalba
Giuseppe Tartini (1692-1770) – Concerto para cordas em ré maior
do Galante
Pedro António Avondano (1714-1782) – Ária “Non sa che sia pietà” da oratória Morte d’Abel
as vanguardas do clássico
Antonio Mazzoni (1717-1785) – Abertura, da ópera Antigono, 2º andamento, Adagio
João Sousa Carvalho (1745-1798) – Aria (Alcione) “Se l’interno affanno mio” da ópera Alcione (mezzo)
Com este programa, o Divino Sospiro propõe um ponto de vista sobre a produção e circulação da Ópera, da Serenata e da Oratória, possivelmente os dois géneros musicais mais frequentes em Portugal nos anos 1700, centrando-se no contributo desta nação para a circulação musical europeia da época.
Somos confrontados com uma visão da Europa através do filtro desse cosmopolitismo que sempre foi uma chave de leitura aguda e peculiar na história sócio-política e cultural de Portugal e que faz deste país um dos lugares mais identificáveis daquilo a que hoje chamamos a pátria cultural europeia…
5ª feira | 30 janeiro
19h00 | Sala Luís Miguel Cintra
Maiores 6 anos
Concerto | Jazz
Orquestra de Jazz de Setúbal
Carlos Azevedo, direção musical
Programa
Em Cada Esquina Um Amigo: música de José Afonso
Que amor não me engana (arr. André Barbosa)
Era um redondo vocábulo (arr. Samuel Gapp)
A morte saiu à rua (arr. Luís Cunha)
De não saber o que me espera (arr. Tomás Pimentel)
Tenho um primo convexo (arr. Johannes Krieger)
A acupuntura em Odemira (arr. Pedro Branco)
Benditos (arr. Johannes Krieger)
Maio maduro Maio (arr. João Espadinha)
Sob a direção do pianista e compositor Carlos Azevedo, a Orquestra de Jazz de Setúbal apresenta-se neste concerto com um reportório especial baseado na obra de José Afonso, para celebrar os 50 anos do 25 de Abril.
5ª feira | 30 janeiro
21h00 | Ópera Buzz
Maiores 6 anos
Performance
Ópera Buzz
Catarina Rodrigues, voz
Susana Quaresma, voz
Rui Aleixo, voz, vídeo
Mara Santos, acordeão
Produção: Corpo Sonoro
Programa
Georges Bizet (1838-1875) – Carmen – Habanera
Georg F. Haendel (1685-1759) – Rinaldo – Lascia ch’io pianga
Gioachino Rossini (1792-1868) – Tancredi – Di tanti palpiti
Antonio Vivaldi (1678-1741) – As Quatro Estações op. 8 – Primavera I. Allegro
Wolfgang Mozart (1756-1791) – A Flauta Mágica – Die Alte
Henry Purcell (1659-1695) – Dido e Eneias – Come away, fellow sailors
Leo Delibes (1836-1891) – Lakmé – Dueto das flores
Gioachino Rossini (1792-1868) – O Barbeiro de Sevilha – Largo al factotum
Luigi Denza (1846-1922) – Funiculi, funiculà
Zuky, uma abelha obreira, está zangada. O lindo campo de flores em que vivia, trabalhava e passeava, vai ser transformado num hotel e o enxame foi desalojado. Juntas (e ajudadas pelos poderes ancestrais de uma traça), as abelhas vão atravessar uma série de peripécias: uma abelha-rainha que descobre o mundo, viagens a bordo de um autocarro, uma audiência com o ministro, uma vespa com más intenções, até chegarem a uma solução… feliz!
Um projeto multidisciplinar para maiores de 6 anos construído a partir de canções, árias e duetos de ópera, que aborda a importância e risco de extinção dos polinizadores e o direito à habitação e fruição da terra de forma justa e socialmente equilibrada.
6ª feira | 31 janeiro
19h00 | Sala Luís Miguel Cintra
Maiores 6 anos
Concerto | Música Sinfónica
Orquestra Filarmonia das Beiras
Jan Wierzba, direção musical
Gonçalo Sousa, harmónica
Programa
Antonín Dvořák (1841-1904) – Noturno em Si Maior op. 40
Tiago Derriça (1986) – Concertino para Harmónica [estreia absoluta]
Eurico Carrapatoso (1962) – Dez Vocalizos para Leonor e Arcos
I. O Chorinho de Mê Filh’Antônio
II. Adagietto para Olarinda
III. O Que Me Diz a Brisa de Évora
IV. Slowly Rodriguez, el Messicano
V. Vocalizo em Forma de Alvites
VI. Vocalizo em Forma de Escalhão
VII. Silvester, the Pizzicat
VIII. O Que Me Diz a Brisa de Beja
IX. Adagietto em Forma de Gôndola
X. O Natal da Nô-Nô
Gordon Jacobs (1895-1984) – Cinco Peças para Harmónica e Orquestra de Cordas
I. Caprice
II. Cradle Song
III. Country Dance
IV. Threnody
V. Russian Dance
Sob a direção do maestro Jan Wierzba, a Orquestra Filarmonia das Beiras atua com o harmonicista Gonçalo Sousa. Neste concerto é apresentada, em estreia absoluta, a obra Concertino para Harmónica do compositor Tiago Derriça. São também interpretadas obras de Eurico Carrapatoso, Gordon Jacob e Antonín Dvořák.
6ª feira | 31 janeiro
21h00 | Sala Bernardo Sassetti
Maiores 6 anos
Concerto | Música Coral
Voces Cælestes
Sérgio Fontão, direção musical
Programa
Histórias de amor
Cipriano de Rore (c. 1515-1565) – Ancor che col partire
Carlo Gesualdo (c. 1560-1614) – Io pur respiro
Claudio Monteverdi (1567-1643) – Sì, ch’io vorrei morire
John Dowland (1563-1626) – Can she excuse my wrongs
John Farmer (c. 1570 – c. 1601) – Fair Phyllis I saw sitting all alone
John Lennon (1940-1980)/ Paul McCartney (1942) – Can’t buy me love (arr. Keith Abbs)
Pierre Passereau (c. 1490 – c. 1547) – Il est bel et bom
Joseph Haydn (1732-1809) – Die Harmonie in der Ehe
Franz Schubert (1797-1828) – Des Baches Wiegenlied (arr. Carlo Marenco)
Claude Debussy (1862-1918) – Dieu! qu’il l’a fait bon regarder!
Maurice Ravel (1875-1937) – Trois beaux oiseaux du Paradis
Maurice Duruflé (1902-1986) – Notre Père
Gustav Holst (1874-1934) – Come to me
Eric Whitacre (1970) – A boy and a girl
Fernando Lopes-Graça (1906-1994) – Ojos, herido me habéis [das Três líricas castelhanas de Camões]
Cole Porter (1891-1964) – Let’s do it (arr. David Blackwell)
Uma viagem musical e poética do Renascimento aos nossos dias
O grupo vocal Voces Cælestes apresenta uma viagem no tempo que constitui, também, um percurso pela diversidade das histórias de amor.
Em termos cronológicos, a viagem será longa, estendendo-se dos inícios do século XVI ao começo do século XXI. Entre a chanson Il est bel et bon, de Pierre Passereau, e A boy and a girl, de Eric Whitacre, distam, com efeito, quase cinco séculos.
No que se refere às histórias de amor, o nosso périplo leva-nos a paragens consideravelmente distantes: do amor carnal de Sì, ch’io vorrei morire, de Monteverdi, ao amor divino de Notre Père, de Duruflé; do amor platónico de Dieu! qu’il l’a fait bon regarder!, de Debussy, ao amor conjugal de Die Harmonie in der Ehe, de Haydn; do amor não correspondido de Des Baches Wiegenlied, de Schubert, ao amor eterno de Come to me, de Holst, larga, muito larga, é a paleta de cores amorosas que se abre diante dos nossos ouvidos…
sábado | 1 fevereiro
15h00 | Sala Mário Viegas
Entrada livre
Maiores 6 anos
Conferência
O que ensinar e aprender, de que modo e para quê?
Desafios da escolaridade obrigatória
Convidados
Ariana Cosme (Inspetora-geral da Educação e Ciência)
Nuno Crato (Presidente da “Teresa e Alexandre Soares dos Santos – Iniciativa Educação”)
Joana Rato (Professora Auxiliar na Universidade Católica Portuguesa)
Pedro Santa-Clara ( Professor Catedrático de Finanças na Nova School of Business and Economics)
Ana Mira Vaz (Diretora pedagógica do Colégio Pedro Arrupe)
Mário Rocha (Diretor do Agrupamento de Escolas de Cristelo, Paredes)
Moderação de João Paulo Baltazar
Há quem defenda que muitos jovens podem não gostar de estudar, mas adoram aprender. O facto é que, com o aumento exponencial dos recursos e dispositivos digitais e as novas possibilidades abertas pela Inteligência Artificial Generativa, o debate sobre a educação que temos e aquela que desejamos, volta a ganhar fôlego.
A escola deve ser, sobretudo, o palco para uma transmissão de conhecimentos essenciais ou, cada vez mais, um território de descoberta, de colaboração, pensamento crítico, criatividade e desenvolvimento de competências, centrado no aluno?
Nas últimas décadas, o país conseguiu recuperar de um crónico atraso de escolarização, mas estarão as escolas preparadas para responder a um mundo cada vez mais complexo e incerto? Apesar de algumas experiências inovadoras ao longo dos últimos anos, os processos de ensino e aprendizagem pouco mudaram nas escolas portuguesas. O que será aconselhável mudar e em que sentido? Que condições têm de ser garantidas?
sábado | 1 fevereiro
19h00 | Sala Luís Miguel Cintra
Maiores 6 anos
Concerto | Música para banda sinfónica
Banda Sinfónica da GNR
Ricardo Torres, direção musical
Programa
Nelson Jesus (1986) – Zamora 1143 Poema Sinfónico op. 21
I. Prenúncio de nacionalidade
II. In Hoc Signo Vinces
III. Batalha de Ourique
Alexandre Almeida (1985) – Mesa para Cinco, Concertino para Quinteto de Saxofones e Banda Sinfónica
Luís Cardoso (1974) – Tetis, Poema Sinfónico op. 24
Joaquim Luiz Gomes (1914-2009) – Marcha Concertante
A prestigiada Banda Sinfónica da Guarda Nacional Republicana, terá a oportunidade de tocar todos os presentes com toda a sua sensibilidade e paixão.
Será um concerto marcante, onde a forte ligação ao meio cultural português passado e contemporâneo ficará presente para todo o público. O programa é composto por obras criadas por compositores que cresceram no seio da Banda Sinfónica e os quais recordaremos para sempre, pelos extraordinários seres humanos e pela sublime criação musical sonhada.
sábado | 1 fevereiro
21h00 | Sala Bernardo Sassetti
Maiores 6 anos
Concerto | Música de câmara
Art’Ventus Quintet
Paula Soares, flauta
Tiago Coimbra, oboé
Horácio Ferreira, clarinete
Nuno Vaz, trompa
Raquel Saraiva, fagote
Programa
Sopros com sotaque português
Frederico de Freitas (1902-1980) – Quinteto
I. Allegro com spirito
II. Andante
III. Modinha (intermezzo)
IV. Fuga
Luís Carvalho (1974) – À Moda do Porto para Quinteto de Sopros [estreia absoluta]
Anne Victorino D’Almeida (1978) – Suite Pitoresca para Quinteto de Sopros, op. 103 [estreia absoluta]
Joly Braga Santos (1924-1988) – Adagio & Scherzino
O Art’Ventus Quintet tem vindo a desenvolver, desde a sua formação, um trabalho de valorização e renovação do repertório português para esta formação. Nesse sentido, este concerto centra-se exclusivamente na interpretação de quatro obras de compositores nacionais, incluindo duas obras em primeira audição absoluta. Se por um lado, o concerto conta com música de dois compositores que marcaram a música portuguesa do séc. XX – Frederico de Freitas e Joly Braga Santos; por outro, contaremos com as composições de Luís Carvalho [À Moda do Porto], e de Anne Victorino d’Almeida [Suite Pitoresca], trazendo a este concerto duas novas abordagens à música para quinteto de sopros.
4ª feira a sábado | 29 janeiro a 1 fevereiro
18h30 | Foyer Janelão
Entrada livre
Performance | Sketch teatro infantil
Palavras de Bolso
Com Ana Isabel Gonçalves e Paula Pina
29 janeiro
Sessão de culinária literária, com partilha de segredos para uma divinal receita de suspiros.
30 janeiro
Formiga, abelha e cigarra – uma fábula com cheirinho de canções.
31 janeiro
Poemas de Amor e de Desamor em Laboratório de Endocrinologia Comportamental.
1 fevereiro
Educação, leitura e ensino – os exemplos de boas práticas da Prima Aldinha, a partir de um conto de António Torrado.
Quatro dias de Festival, quatro pequenos espetáculos, sempre originais, ao vivo e com transmissão em direto para os ouvintes da Antena 2. Para os mais pequenos e para público de todas as idades, aqui se encontram interpretações expressivas e experiências sonoras com grandes e curtos textos da autoria de vozes especiais da literatura em língua portuguesa, acompanhadas pelas já antecipadas piscadelas de olho e vénias aos eventos do dia e aos artistas convidados.