8º FESTIVAL ANTENA 2
29 janeiro a 1 fevereiro
5ª feira | 30 janeiro | 19h00
Sala Luís Miguel Cintra
Teatro São Luiz, Lisboa
Maiores 6 anos
Entrada livre
Transmissão direta em antena e em vídeo streaming na RTP Palco
Concerto | Jazz
Orquestra de Jazz de Setúbal
Bernardo Tinoco, Tomás Boto, André Barbosa, Álvaro Pinto, Paulo Gaspar, saxofones
Rodrigo Pereira, Luís Cunha, Tomás Pimentel, Ivo Rodrigues, trompetes
Ricardo Sousa, João Correia, Sérgio Gabriel, José Rodrigues, trombones
João Espadinha, guitarra
Samuel Gapp, piano
Ricardo Marques, contrabaixo
João Sousa, bateria
Marta Rodrigues, Mariana Dionísio, vozes
Carlos Azevedo, direção musical
Programa
Em Cada Esquina Um Amigo: música de José Afonso
Tenho um primo convexo (arr. Johannes Krieger, voz Marta Rodrigues)
Maio maduro Maio (arr. João Espadinha)
Benditos (arr. Johannes Krieger, voz Marta Rodrigues)
A acupuntura em Odemira (arr. Pedro Branco)
De não saber o que me espera (arr. Tomás Pimentel, voz Marta Rodrigues)
Que amor não me engana (arr. André Barbosa, vozes Marta Rodrigues e Mariana Dionísio)
Era um redondo vocábulo (arr. Samuel Gapp, voz Mariana Dionísio)
A morte saiu à rua (arr. Luís Cunha, voz Mariana Dionísio)
Sob a direção do pianista e compositor Carlos Azevedo, a Orquestra de Jazz de Setúbal apresenta-se neste concerto com um reportório especial baseado na obra de José Afonso, para celebrar os 50 anos do 25 de Abril.
Em cada esquina um amigo
José Afonso é um nome incontornável da música portuguesa. A sua vastíssima obra é um legado nacional e as suas canções e a sua vida confundem-se com a luta pela Liberdade e pela Democracia, sendo por isso mesmo um dos nomes que integra a nossa memória coletiva quando pensamos no 25 de Abril.
Quando se completam 50 anos do 25 de Abril queremos celebrá-lo, ouvi-lo e juntar a nossa à sua voz.
E também porque a ligação entre Zeca e Setúbal é forte e ele é um dos nossos, sentimos esta vontade de revisitar a sua obra, fazendo uma abordagem musical diferente, com uma instrumentação única e com a sonoridade que caracteriza esta Orquestra.
Para concepção do disco Em cada esquina um amigo, a OJS convidou alguns dos mais relevantes compositores e arranjadores, aos quais se juntaram alguns dos talentos emergentes, da área do Jazz. A partir da rica e extensa obra do Zeca, os arranjadores escolheram recriar e adaptar a este estilo de instrumentação e às suas convidadas que lhes deram voz, a esta homenagem à música do Zeca.
A Orquestra de Jazz de Setúbal estreou-se em 2021, com direção artística e executiva de Luís Cunha e Sérgio Gabriel, reúne músicos de jazz consagrados com uma nova geração de jovens talentosos, assumindo neste projeto uma filosofia comunitária na partilha de experiências musicais e humanas. Tendo na sua génese a música improvisada e o jazz, a orquestra possui uma filosofia de dinamismo e versatilidade que lhe permite criar e intervir em diversos ambientes musicais, quer através de produções próprias, quer através de parcerias, sempre com o objetivo de envolver este estilo musical.
Carlos Azevedo | Nasceu em Vila Real, em 1964. Iniciou os seus estudos musicais no Conservatório de Música do Porto em 1982, concluindo a frequência do Curso Superior de Piano com a Profª. Arminda Odete. Frequentou ainda o Curso Superior de Composição da Escola Superior de Música do Porto, que finalizou em 1991. Mestrado em Composição na Universidade de Sheffield (Inglaterra). Mais tarde em 2017 concluiu o doutoramento na mesma universidade sobre a orientação do compositor George Nicholson. É professor de Composição na Escola Superior Música e Artes do Espetáculo desde 1999. Foi pianista, compositor e arranjador da Orquestra Jazz de Matosinhos durante os últimos 25 anos. Várias das suas obras estão gravadas em discos de diferentes autores.
Biografia dos Compositores
André Barbosa (1978) | Natural de Lisboa, iniciou os estudos musicais em guitarra clássica na Juventude Musical Portuguesa e aos 18 anos ingressou na Escola de Jazz Luis Vilas-Boas do Hot Club de Portugal no instrumento de guitarra elétrica onde estudou com Mário Delgado e Vasco Agostinho. Dois anos mais tarde pegou no saxofone tenor, instrumento ao qual dedicaria a principal atenção, tendo tido aulas com o saxofonista Rui Cardoso. Em 2015 concluiu a licenciatura em Jazz na Escola Superior de Música de Lisboa, onde estudou com Pedro Moreira, Jorge Reis e Desidério Lázaro.
Atualmente, mantém atividade regular como músico em concertos e gravações em projetos musicais de diversos estilos, dividindo o seu tempo com a carreira de Físico Biomédico.
Pedro Branco (1992) | Músico português residente em Lisboa. O seu percurso move-se entre a música improvisada (área onde ganhou a menção honrosa de melhor instrumentista na Festa do Jazz em 2013, prémio Músico Revelação do Ano atribuído pela RTP/Festa do Jazz em 2018 e presença em várias listas de discos do ano com o seu projeto João Hasselberg & Pedro Branco) e a música pop independente (onde
participa em projetos tão diversos como os You Can’t Win, Charlie Brown, Tiago Bettencourt ou Marinho).
Já partilhou o palco com músicos tão distintos como Fausto Bordalo Dias, Lena D’Água, Luís Severo, Lavoisier, Benjamim, Drew Gress, Tony Malaby, Afonso Pais, Jesse van Ruller, Mário Delgado, Demian Cabaud ou João Paulo Esteves da Silva e conta já com uma extensa discografia como co-líder de projetos, dos quais fazem parte Oh! Calcutta! – The Greatest Story Ever Told, João Hasselberg & PedroBranco Dancing our way To Death (Ed. Autor) e From Order to Chaos (Clean Feed), Eel Slap! Vol.I (Flea Boy Records) e Branco | Moniz | Custódio Reencontro( intoma Records).
O projeto João Hasselberg & Pedro Branco foi muito bem recebido pela crítica nacional, recebendo 5 estrelas no jornal Público, lista de melhores discos do ano de 2016 pela Jazz.pt e participação em festivais tão importantes como o Portalegre Jazz Fest ou o Seixal Jazz.
Em 2018 lançou dois discos com o seu projecto Old Mountain pela Nischo Records, nomeadamente This is Not Our Music e Parallels, discos esses que já foram apresentados em várias salas do país tais como Casa da Música, Teatro Lethes ou Capitólio.
Paralelamente integra diversas bandas tais como a banda do compositor Tiago Bettencourt (onde gravou o último disco a sair 2019 – Rumo ao Eclipse), You Can’t Win, Charlie Brown (gravação do disco Âmbar e participação no Festival da Canção 2023 com a canção Contraste Mudo), Afonso Cabral (gravação do disco Morada), Nádia Schilling, Marinho, PS Lucas, entre muitos outros.
Em 2022 lançou o seu primeiro disco a solo intitulado A Narrativa Épica do Quotidiano, disco esse que já apresentou por várias salas um pouco por todo o país e começou também o seu novo projeto Branco toca Marco Paulo, projeto este onde se junta a Carlos Barretto e João Sousa para dar uma nova vida ao repertório que foi tornado famoso pelo cantor romântico.
Luís Alberto Cunha (1984) | Aprendeu piano, guitarra e baixo na infância com os seus avós e trompete com o seu pai. Inicia os estudos de trombone aos 9 anos de idade com Emídio Coutinho.
Estreia-se profissionalmente aos 16 anos na Claus Nymark Big Band e na Orquestra de Jazz do Hot Clube de Portugal, dirigida por Pedro Moreira.
Estudou na Escola Profissional de Musica de Almada e em 2008 ingressa a Licenciatura do Curso de Jazz na Escola Superior de Música de Lisboa, tendo nesse mesmo ano representado a sua escola na Festa do Jazz do São Luiz onde é distinguido com o prémio de melhor solista.
Desde 2014 que decide voltar ao estudo do trompete e então afirmar-se como trompetista, tendo trabalhado e tocado com vários nomes do jazz nacionais e internacionais, tais como: Afonso Pais, Jorge Reis, Mário Laginha, Nuno Ferreira, Pedro Moreira, Perico Sambeat, Guillermo Klein, Miguel Zenon, John Hollenbeck, Joe Lovano, entre outros.
Colabora com a Universidade de Aveiro e com a Escola de Jazz Luiz Villas-Boas, e mais recentemente abraçou dois novos projetos na cidade de Setúbal tendo participado na fundação da Escola de Jazz e Música Improvisada da Sociedade Musical Capricho Setubalense como director pedagógico, e simultâneamente na criação da Orquestra de Jazz de Setúbal onde exerce o cargo de director musical.
Como compositor/arranjador participou em vários trabalhos, como por exemplo: Maria Emília Casa de Fado (arr. de cordas), Paula Oliveira e Luiz Avellar Trincadeira (arr. de cordas, ao lado de Dori Caymmi) e Orquestra de Jazz do HCP A música de António Pinho Vargas (arranjos e composições para orquestra).
Lidera o seu projecto: Luis Cunha 5teto Faro Oeste, no qual colabora com os músicos Nuno Costa, Óscar Graça, André Rosinha e André Sousa Machado, do qual gravou um disco editado pela Roda Music 2021.
Mariana Dionísio (1993) | Cantora, improvisadora e compositora que tem questionado o papel da voz na tradição musical e explorado o seu potencial técnico, tímbrico e poético enquanto expressão sonora da palavra. De formação clássica em piano pelo Conservatório Nacional de Lisboa, e uma licenciatura em Voz Jazz pela Escola Superior de Música de Lisboa, Mariana insere-se sobretudo no panorama jazzístico, experimental e contemporâneo.
Entre vários projetos que leva a cabo atualmente, mantém uma série de outras colaborações em duo como Lump com o trompetista João Almeida, Tracapangã com o baterista João Pereira, ou duo com a flautista Clara Saleiro. Dirige o ensemble vocal Leida para o qual compõe e desenvolve o seu trabalho voz-solo.
João Espadinha (1991) | Guitarrista e compositor português. Natural de Cascais, começa a tocar guitarra aos 12 anos. Em 2009 ingressa na Escola de Jazz do Hot Clube de Portugal, estudando em Lisboa durante 3 anos, e frequentando paralelamente a licenciatura em Ciências da Comunicação. No verão de 2012 ingressa no Conservatório de Amesterdão, cidade onde vive durante 4 anos.
Nesse período estabelece contacto com músicos de diferentes nacionalidades e culturas, e é nesse contexto que começa a trabalhar nas suas composições originais.
Regressa a Portugal em 2016, estabelecendo-se em Lisboa. No final de 2017 lança o seu disco de estreia – Kill the boy, editado pela Sintoma Records. Ao longo do seu percurso artístico e profissional teve oportunidade de apresentar a sua música ao vivo em diversas ocasiões, colaborando também com outros projetos na área do Jazz e da Pop. Quer enquanto líder como enquanto sideman, pisou já palcos como o EDP CoolJazz, Hot Clube de Portugal, Teatro Nacional São Carlos, entre outros.
Em 2022 edita o seu segundo trabalho discográfico – Em terra alheia sei onde ficar, com apoio da Fundação GDA. Neste novo trabalho, para o qual escreveu toda a música e letra, convidou um grupo de intérpretes tanto do jazz (Mariana Dionísio, Marta Garrett) como do indie/rock (João Firmino, e Primeira Dama).
É professor na Escola de Jazz do Hot Clube de Portugal, na Sociedade Musical Capricho Setubalense e na Academia de Música de Telheiras, tendo ainda passado pelo Serviço Educativo de Música da Fundação Gulbenkian. Colaborou ainda, durante um ano, com a Associação Gerador, escrevendo uma crónica quinzenal dedicada a diferentes espaços com programação de música ao vivo em Portugal.
Samuel Gapp (1997) | Pianista e compositor alemão, residente em Lisboa. Gapp é principalmente ativo no campo da música contemporânea e improvisada.
Foram-lhe atribuído vários prémios na área da composição e do jazz: Prémio de Composição Bernardo Sassetti (2019), Prémio Jovens Músicos (2019), Prémio de Composição Francisco de Lacerda (2022), Prémio Musa (2022).
Junto a numerosos grupos musicais, trabalha também em projetos interdisciplinares, juntando a música com outras formas de expressão artística.
É co-fundador da editora Habitable Records, uma plataforma internacional que visa fomentar o intercâmbio cultural e a investigação musical.
Organiza e participa em iniciativas educativas na área da música, dando aulas e workshops como parte dos seus projetos artísticos. Neste contexto, tem trabalhado em instituições em Portugal, Alemanha e também no Equador e no Nepal.
Samuel Gapp estudou piano jazz na Hochschule für Musik und Tanz em Colónia, Alemanha, e na Escola Superior de Música de Lisboa, onde está atualmente inscrito no mestrado em composição.
Johannes Krieger (1974) | Nasceu em Freiburg/Alemanha e estudou trompete e arranjo de Jazz em Graz/Áustria e Amsterdão/Países Baixos. É fundador da Tora Tora Big Band e Chibanga Groove e dirige as orquestras de jazz Reunion Big Jazz Band e Jungle Jazz Orchestra.
Em 1999 participou no Euroring Arrangers Workshop com o Metropol Orkest sob a direcção de Vince Mendoza em Hilversum/Países Baixos.
Escreve arranjos para vários big bands nacionais e na Alemanha.
É docente na Universidade de Évora nas disciplinas de trompete jazz, técnicas de arranjo de jazz e teoria e análise de jazz.
Tomás Lamas Pimentel (1960) | Nasceu em Lisboa. Estudou piano até aos 14 anos de idade, tendo feito então os exames de 4º ano do curso de Piano e do 4º ano do curso de Educação Musical Básica na escola de música do Conservatório Nacional de Lisboa. Começou então a estudar trompete na mesma escola e concluiu o 6º ano do mesmo curso, o 6º ano do curso de Educação Musical Básica, o 6º ano do curso de Piano e o curso geral de Composição (coral e baixo cifrado).
Entretanto começou a tocar Jazz e a exercer atividade profissional a partir dos 18/19 anos de idade como trompetista em orquestras ligeiras, grupos de Jazz, gravações de estúdio, programas de tv ,etc.
Aos 21 anos ingressou na Banda da Armada, onde exerceu as funções de executante de Trompete e de professor durante cerca de 26 anos, continuando com as suas atividades fora da Banda.
Fez parte de vários grupos, entre os quais: Sintagma, Quinteto de Pedro Mestre, Quarteto de José Eduardo, Decateto de Mário Laginha, Sexteto de Jazz de Lisboa, Septeto de Tomás Pimentel. Escreve arranjos para cordas, metais, orquestra, etc. Toca regularmente com Tito Paris e Vitorino. Faz parte da Big Band do Hot Clube de Portugal e da Orquestra de Jazz de Setúbal.
Dá aulas na Escola de Jazz do Hot Clube de Portugal. Licenciou-se em Música na vertente Jazz na Escola Superior de Música de Lisboa.