8º FESTIVAL ANTENA 2
29 janeiro a 1 fevereiro
4ª feira | 29 janeiro | 21h00
Sala Bernardo Sassetti
Teatro São Luiz, Lisboa
Maiores 6 anos
Transmissão direta em antena e em vídeo streaming na RTP Palco
Concerto | Música Barroca
Divino Sospiro
Iskrena Yordanova, 1º violino
Raquel Cravino, 2º violino
Massimo Mazzeo, viola
Leonor Sá, violoncelo
Pedro Wallenstein, contrabaixo
Tiago Matias, alaúde
José Carlos Araújo, cravo e órgão
Massimo Mazzeo, direção musical
Eunice Abranches de Aguiar, soprano
Programa
Roma no Espelho de Lisboa
a Escola instrumental italiana e a disseminação na europa
Carlos Seixas (1704-1742) – Sinfonia em sol menor
Allegro – Adagio – Andantino – Amoroso – Allegro assai
a grande tradição do barroco italiano
Giovanni Bononcini (1670-1747) – Ária (Maddalena) “Fugge il tempo”, da oratória La conversione di Maddalena al sepolcro
o ápice do estilo italiano
Francisco António de Almeida (1702-1755) – Ária “un cor c’ha per costume” da oratória La Spinalba
Giuseppe Tartini (1692-1770) – Concerto para cordas em ré maior
do Galante
Pedro António Avondano (1714-1782) – Ária “Non sa che sia pietà” da oratória Morte d’Abel
as vanguardas do clássico
Antonio Mazzoni (1717-1785) – Abertura, da ópera Antigono, 2º andamento, Adagio
João Sousa Carvalho (1745-1798) – Aria (Alcione) “Se l’interno affanno mio” da ópera Alcione (mezzo)
O século XVIII foi um dos períodos mais importantes da história da música portuguesa, durante o qual o poder régio investiu fortemente na produção e interpretação, através de políticas de acolhimento de músicos estrangeiros, de importação de repertórios e de formação de intérpretes e compositores. Este foi um período marcado pelo novo ciclo de abertura de Portugal aos modelos culturais e artísticos europeus, mas também pela preocupação de tornar o país mais visível no exterior. A música tornou-se a base da representação simbólica do poder real, mas também o objecto de uma paixão genuína.
A subida ao trono de D. João V, em 1706, marca o início simbólico da entrada de Portugal na Idade Moderna. Dois anos depois, dá-se o seu casamento com a arquiduquesa austríaca Maria Ana (1683-1754), filha do imperador Leopoldo I (reinado: 1658-1705) e irmã dos imperadores José I (1705-11) e Carlos VI (1711-40). Juntos, João e Maria Ana virão a ser responsáveis por uma profunda mudança cultural no Reino, que se fez sentir de modo muito claro na música. Ao projecto de D. João V de fazer de Lisboa uma nova Roma uniu-se a educação musical esmerada e gosto musical requintado da rainha, dominada pelo gosto italiano na ópera e na música sacra.
Neste contexto, é possível enquadrar a Lisboa setecentista como um dos centros cosmopolitas mais atrativos para a circulação de arquitetos, cenógrafos, maquinistas e músicos entre os mais importantes disponíveis nas várias cortes europeias e, simultaneamente, uma estratégia de consolidação do novo monarca, interessado em promover as artes e as ciências.
Com este programa, o Divino Sospiro propõe um ponto de vista sobre a produção e circulação da Ópera, da Serenata e da Oratória, possivelmente os dois géneros musicais mais frequentes em Portugal nos anos 1700, centrando-se no contributo desta nação para a circulação musical europeia da época.
Somos confrontados com uma visão da Europa através do filtro desse cosmopolitismo que sempre foi uma chave de leitura aguda e peculiar na história sócio-política e cultural de Portugal e que faz deste país um dos lugares mais identificáveis daquilo a que hoje chamamos a pátria cultural europeia.
“Quanto à Música, em geral, [os portugueses] aperfeiçoaram grandemente o seu estilo original, e adquiriram entretanto um amor tão ardente pela música e pela língua italianas e um gosto tão delicado e requintado que ultrapassam todas as outras nações”, escrevia em 1789 o oficial inglês Alexander Jardine após uma breve passagem por Lisboa. Na sequência do avultado investimento na renovação das estruturas musicais da corte e da abertura aos modelos culturais e artísticos europeus iniciada pelo rei D. João V quando subiu ao trono em 1707, o século XVIII foi um período de grande vitalidade musical em Portugal, marcado por um diálogo constante com as tendências italianas, que os compositores portugueses absorveram e adaptaram ao contexto local e à sua própria inspiração. Esse diálogo fecundo é ilustrado pelas criações vocais e instrumentais da família Avondano — importante dinastia de músicos iniciada com a vinda para Lisboa do violinista genovês Pietro António Avondano e representada por figuras tão importantes e cosmopolitas como o compositor Pedro António Avondano, já nascido na capital portuguesa — e de Francisco António de Almeida, compositor e organista que estudou em Roma.
Percorre páginas musicais plenas de eloquência retórica como a Aria de Madalena “Fugge il tempo”, de Bononcini, mas também duas obras paradigmática de dois artistas que com algum traço de continuidade se têm cruzado numa ideal passagem de testemunha no território da música ibérica para tecla.
Textos
Giovanni Bononcini – Ária (Maddalena): Fugge il tempo
Fugge il tempo e seco a volo
Batte i vanni ogni contento.
Resta il pianto e resta solo
Con la colpa il pentimento
F. A. Almeida – Ária “Un Cor, c’ha per costume”
Un cor, c’ha per costume
Sprezzar d’amor il freno,
promette, e poi vien meno,
nè serba fedeltà.
S’accende ad ogni lume,
per l’altro il primo oblia,
d’affetto e simpatia
così cangiando và.
P.A. Avondano – Ária (Eva) “Non sa che sia pietà” da oratória Morte d’Abel
Non sa che sia pietà
quel cor che non si spezza
a questo di fierezza
spettacolo crudel.
Tutto vacilli il peso della terrena mole
impallidisca il Sole, inorridisca il Ciel.
João de Sousa Carvalho – Ária (Alcione): “Se l’interno affanno mio”, da ópera Alcione
Se l’interno affanno mio
Palesar potessi, oh Dio
Ah, dividerti nel seno
Sentiresti appieno il cor.
Agitata ogn’or confusa
Sempre incerto il nuovo passo
Ah faria pietade a un sasso
Questo acerbo mio dolor
Notas ao programa
A Corte, graças à cultura da Rainha dos Habsburgos Maria Ana de Áustria, dispunha de uma biblioteca musical cada vez mais extensa e completa, incluindo música francesa, alemã, flamenga e, claro, italiana, a qual muito poucas pessoas tinham acesso. Para além da Rainha, apenas o jovem Carlos Seixas, que cuidava dos assuntos musicais do irmão do rei, e a infanta Maria Bárbara tinham acesso à biblioteca. Desde há alguns dias, só se fala deste senhor Scarlatti. Há quem refira a qualidade da música, tão apreciada por suas majestades, há quem se detenha no estranho comportamento do recém-chegado, uma certa tendência para o silêncio, mas que não deixa espaço para a ansiedade, para os receios. E eis a cidade, aberta num estuário que já é mar, feita de cores cambiantes, de subidas e descidas, de azuis repentinos, turquesas, azuis ultramarinos. Tudo aqui é luminoso e claro, embora envolto em mistério e possível erro. A orquestra, segundo o maestro de Palermo, é desigual; tem bons músicos e outros que fariam estragos até numa banda de província. Mas não toca em nada, porque há um empasto, uma amálgama de pedras que funciona melhor do que alguns diamantes individuais. Domenico Scarlatti tinha chegado em Lisboa e deixará uma saudade da sua mestria, que talvez nunca venha a ser totalmente compreendida.
A subida ao trono de D. João V em 1706 marca o início simbólico da entrada de Portugal na Idade Moderna. Dois anos depois, dá-se o seu casamento com a arquiduquesa austríaca Maria Ana I (1683-1754), filha do imperador Leopoldo I (reinado: 1658-1705) e irmã dos imperadores José I (reinado: 1705-1711) e Carlos VI (reinado: 1711-1740). Juntos, João e Maria Ana, virão a ser responsáveis por uma profunda mudança cultural no Reino, que se fez sentir de modo muito claro na música. A contratação de Domenico Scarlatti, que chega a Portugal em 1719, sinaliza uma atualização qualitativa do aparato musical da corte, que coloca Lisboa ao nível dos grandes centros musicais europeus da época. Na sequência do avultado investimento na renovação das estruturas musicais da corte e da abertura aos modelos culturais e artísticos europeus, este foi um período de grande vitalidade musical em Portugal, marcado por um diálogo constante com as tendências italianas, que os compositores portugueses absorveram e adaptaram ao contexto local e à sua própria inspiração.
O século XVIII foi um dos períodos mais importantes da história da música portuguesa, durante o qual o poder régio investiu fortemente na produção e interpretação, na importação de repertórios e na formação de intérpretes e compositores. A música tornou-se a base da representação simbólica do poder real, mas também o objeto de uma paixão genuína. Neste contexto, é possível enquadrar a Lisboa setecentista como um dos centros cosmopolitas mais atrativos para a circulação de arquitetos, cenógrafos, maquinistas e músicos (os compositores Domenico Scarlatti, David Perez, Niccolò Jommelli, cantores como os castrati Gizziello ou Caffarelli, arquitetos como Juvarra e Bibiena), entre os mais importantes disponíveis nas várias cortes europeias. Era, em simultâneo, uma estratégia de consolidação do novo monarca, interessado em promover as artes e as ciências, inaugurando um período de abertura de Portugal aos modelos culturais e artísticos europeus, mas também pela preocupação de tornar o país mais visível no exterior. Com este programa, a orquestra Divino Sospiro propõe um ponto de vista sobre a produção e circulação da Ópera, da Serenata e da Oratória, possivelmente estes últimos, os dois géneros musicais mais frequentes em Portugal durante o século XVIII, centrando-se no contributo desta nação, e propondo um percurso paralelo, dividido em duas partes, pelas principais etapas de afirmação estético-musical que se desenvolveram na Europa e, em particular, em Portugal, exemplificadas por autores que foram fundamentais na determinação do caminho e da afirmação da linguagem musical do Barroco, para o que viria a ser o estilo Clássico. O resultado é um quadro rico em pontos de contacto, mas não isento de traços de originalidade e extravagância. Um ponto de vista sobre a produção e circulação dos mais elevados modelos estéticos na produção musical europeia, centrando-se nos seus reflexos na produção portuguesa e no seu contributo para a circulação musical da época. Somos confrontados com uma visão da Europa através do filtro desse cosmopolitismo, que sempre foi uma chave de leitura aguda e peculiar na história sociopolítica e cultural de Portugal, e que faz deste país um dos lugares mais identificáveis daquilo a que hoje chamamos a pátria cultural europeia.
Massimo Mazzeo
Divino Sospiro | Projeto fundado sobre a qualidade e fidelidade da interpretação musical, mas que aborda o repertório antigo sem nunca abdicar do próprio instinto criativo, com o objectivo de despertar um novo gosto estético, uma nova paixão pelo “ouvir”, uma reflexão sobre o objetivo da música e dos músicos.
Desde a sua criação, Divino Sospiro percorreu um caminho que, para uma orquestra de câmara, parecia até então impossível de percorrer em Portugal, participando em alguns dos mais prestigiados festivais e salas de Portugal, incluindo a Fundação Calouste Gulbenkian, CCB, Casa da Música, CNB, Teatro Nacional de São Carlos, tendo participado ainda em alguns dos mais prestigiados Festivais e auditórios estrangeiros, entre os quais se destacam Philarmonie de Paris, Folle Journée de Nantes (França), Folle Journée au Japon, Festival de Varna (Bulgária), Muzikfest Bremen (Alemanha), Mozartiana Festival em Gdansk (Polónia), Auditório Nacional de Espanha – Madrid, La Valletta Early Music Festival (Malta), Halle Festspiele, Festival d’Ambronay (França), Festival de St. Michel en Thierace, Concerts d’Automne – Tours, Festival Monteverdi de Cremona, Philarmonie Luxembourg, Arsenal de Metz, Metastasio Festival – Byalistok, Festival de Musica Antigua de Úbeda e Baeza, Festival de Música Antigua de Sevilla.
Entretanto, foram muitos os registos e gravações deste agrupamento, entre os quais destacamos os realizados pela Radio France, Antena 2 e RAI. A gravação do seu primeiro CD, para a editora japonesa Nichion, com repertório de W. A. Mozart, mereceu o galardão de bestseller naquele país; enquanto a gravação da Opera – Antigono (estreia mundial absoluta em 2011 no CCB) mereceu 5 Diapason da eminente revista francesa homónima. A gravação Passio Iberica ( 2019 Panclassics), dedicada a obras de compositores portugueses e espanhóis, recebeu grande destaque, merecendo, em 2019, as 5 estrelas da revista italiana especializada Musica, assim como as duas últimas gravações, All’Amore Immenso, com a mezzosoprano José Maria lo Monaco e a oratória Morte d’Abel do compositor português Pedro António Avondano, ambas para a prestigiada editora Glossa. Muitos foram também os registos efetuados para o Canal Mezzo e para a RTP.
“Os Divino”, como são chamados os músicos do agrupamento, ocupam hoje um lugar incontornável na vida musical de Portugal, sendo reconhecidos pela entrega, curiosidade e pela forma viva e intensa com que abordam o desafio da interpretação musical historicamente informada. Com a passagem dos anos estes fatores foram-se tornando a imagem de marca do grupo.
Atualmente, o repertório da orquestra não se restringe apenas ao período barroco, tendo-se alargado também aos períodos clássico e até romântico, com algumas incursões pela música contemporânea.
Divino Sospiro teve a colaboração de prestigiados artistas, como Andreas Scholl, Vittorio Ghielmi, Chiara Banchini, Christina Pluhar, Rinaldo Alessandrini, Céline Scheen, Enrico Onofri, Maria Cristina Kiehr, Alexandrina Pendatchanska, Gemma Bertagnolli, Alfredo Bernardini, Angelika Kirschslager, Katia e Marielle Labèque, Christophe Coin, Emma Kirkby, Deborah York, Francesca Aspromonte, Ana Quintans, Pedro Burmester, Giuliano Carmignola, para citar apenas os mais conhecidos.
Divino Sospiro foi durante 10 anos Orquestra em Residência no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, desenvolvendo em Portugal um papel de fundamental importância para a afirmação de uma realidade artística de elevada qualidade a nível nacional e internacional. Apostado na internacionalização desde a sua fundação, o agrupamento está na vanguarda da divulgação do património cultural português e dos seus intérpretes, através das suas digressões e participações nos festivais mais importantes. Dos seus compromissos futuros merecem destaque a estreia no festival Musica Mirabilis, uma digressão juntamente ao contratenor Andreas Scholl e a criação de um projecto de grande envergadura dedicado ao barroca, para a cidade de Lisboa.
Ao longo de vários anos Divino Sospiro recuperou e apresentou grandes obras de música portuguesa setecentista em estreia mundial moderna, como a ópera Antigono de Antonio Mazzoni, as Oratórias de Pedro António Avondano, Morte d’Abel e Gioas Re di Giuda, ou as Serenatas L’isola Disabitata, de David Perez, Endimione, de Niccoló Jommelli, Perseu, de João de Sousa Carvalho, La contesa delle stagioni, de Domenico Scarlatti.
Seguindo a vocação para a recuperação da tradição musical setecentista portuguesa, Divino Sospiro apresentou-se várias vezes no evento do Te Deum inserido na Temporada Gulbenkian Música na véspera do dia de São Silvestre, em feliz colaboração com o Coro Gulbenkian.
Finalmente, no ano de 2013, Divino Sospiro criou o Centro de Estudos Musicais Setecentistas de Portugal (DS-CEMSP), em colaboração com a empresa Parques de Sintra – Monte da Lua no seio da qual, entre 2013 e 2022, tem realizado temporadas de música nos Palácios Nacionais de Queluz, Pena e Sintra, colóquios internacionais, exposições, projetos de formação e sensibilização para a música e as artes, além de ter dado vida a um importante projeto de recuperação do acervo histórico do Palácio, constituído pelo pianoforte Clementi, raríssimo instrumento, magistralmente recuperado em concertos. Não menos importante é de considerar a recuperação do repertório, expressamente ligado à corte portuguesa do século 18. Destacam-se as estreias mundiais modernas nos últimos cinco anos, com obras de D. Perez, N. Jommelli, J. Cordeiro da Silva e J. de Sousa Carvalho e D, Scarlatti. Todas as Serenatas recuperadas estão a ser hoje publicadas, em edição critica realizada por Iskrena Yordanova/DS-CEMSP, reconstituindo um património de inestimável valor.
Divino Sospiro e o seu Centro de estudos, é hoje membro da REMA, a mais importante rede de referência na Europa sobre a música antiga, que hoje reúne membros de 92 Instituições culturais em 22 países europeus.
Massimo Mazzeo | Diplomado pelo Conservatório de Veneza, aperfeiçoou-se, sucessivamente, em viola-d’arco com Bruno Giuranna e Wolfram Christ, e em música de câmara e quarteto de cordas com os membros dos célebres Quarteto Italiano e Quarteto Amadeus. De seguida, fez parte de algumas das mais representativas orquestras do panorama musical italiano dirigidas por ilustres maestros, entre os quais se destacam Leonard Bernstein, Zubin Metha, Carlo Maria Giulini, Yuri Temirkanov, Giuseppe Sinopoli, Georges Prêtre, Lorin Maazel, Valery Gergiev.
Na área da música antiga, depois de ter colaborado com agrupamentos e artistas de grande renome em Itália forma, no ano de 2004, a orquestra barroca Divino Sospiro, que se afirma, num curto espaço de tempo, como uma das orquestras de referência em Portugal. Com este grupo, já se apresentou em alguns dos mais prestigiados festivais a nível internacional.
Massimo Mazzeo dirigiu orquestras em vários festivais, nacionais e estrangeiros, e colaborou com alguns dos solistas mais prestigiados tais como Andreas Scholl, Karina Gauvin, Gemma Bertagnolli, Deborah York, Pedro Burmester, Ana Quintans, Giuliano Carmignola, Angelika Kirschslager, Ana Quintas.
Dedica o seu percurso interpretativo à procura de um estilo e de um equilíbrio entre uma visão historicamente informada e uma atitude que olha para a essência da música, transcendendo posições preconceitas. Marcantes, neste sentido, foram as interpretações das Sinfonias nº 4, nº 1 e da Canção da Terra de Gustav Mahler à frente do Mahler Ensemble.
Desde há vários anos colabora com as mais importantes entidades artísticas do país como a Fundação Calouste Gulbenkian, Casa da Música, Companhia Nacional de Bailado, Centro Cultural de Belém entre outros. Massimo Mazzeo tem gravado para as editoras BMG, Erato, Harmonia Mundi France, Deutsche Harmonia Mundi, Nuova Era, Movieplay, Nichion, Dynamic, Panclassics e, finalmente, Glossa.
È director artístico e fundador da orquestra barroca Divino Sospiro e director do Centro de Estudos Musicais Setecentistas de Portugal.
Massimo Mazzeo foi agraciado pelo Presidente da República Italiana, Sergio Mattarella, com o titulo de Cavaliere dell’Ordine della Stella d’Italia pelo trabalho de divulgação das relações culturais entre Portugal e Itália.
Eunice Abranches d’Aguiar | Licenciada em Música Antiga pela ESMAE, iniciou os estudos musicais em 2008 na Academia de Música de Vilar do Paraíso, na classe de violino de Luís Trigo, iniciando, mais tarde, o estudo na área da voz com Patrícia Quinta. Frequentou outras instituições de ensino artístico como a A. de Música de Espinho e o CNSMD de Lyon.
Participou em masterclasses com Jean-Denis Monory, Tânia Azevedo, Nacho Rodriguez, Rafael Muñoz, entre outros. Fez parte de projetos como, p.e., a Paixão S. São Mateus (J. S. Bach), com Concerto Ibérico; Na Rota do Peregrino – II encontro de Música Medieval de Ponte de Lima; ópera Dido & Aeneas (H. Purcell) – como Dido.
Marcou presença em festivais como Temporada de Música em São Roque, Dani Barokne Musike (Sérvia), Festival Antena 2. É membro d’O Bando de Surunyo (dir. Hugo Sanches), Capella Joanina, (dir. Paulo Janeiro) e Spirito Dell’Anima. Tem vindo a colaborar regularmente com a Banda do Exército Português – Destacamento do Porto e Orquestra e Coro do Distrito de Braga. Recentemente integrou a Jeune Orchestre Baroque Européen.