Temporada Metropolitan Opera
de Nova Iorque
7 junho | 18h00
Gioachino Rossini | O Barbeiro de Sevilha
Fígaro: Andrey Zhilikhovsky (BT)
Rosina: Aigul Akhmetshina (MS)
Conde Almaviva: Jack Swanson (T)
Bartolo: Péter Kálmán (B)
Don Basilio: Alexander Vinogradov (B)
Coro e Orquestra do Metropolitan
Direção de Giacomo Sagripanti
A efervescente comédia de Rossini regressa ao palco do Met na produção alucinante de Bartlett Sher. A mezzo-soprano Aigul Akhmetshina encabeça, como a heroína espirituosa Rosina, um elenco brilhante com o tenor Jack Swanson, na sua estreia no Met, como seu amante secreto, o Conde Almaviva. O barítono Andrey Zhilikhovsky interpreta Fígaro, o inimitável barbeiro de Sevilha, e os baixo-barítonos Peter Kálmán como Dr. Bartolo e Alexander Vinogradov como Don Basilio completam o elenco principal. Giacomo Sagripanti dirige a Orquestra do Metropolitan.
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Transmissão da gravação
realizada em The Metropolitan Opera de Nova Iorque
a 31 de maio de 2025
Realização e Apresentação: André Cunha Leal
Produção: Susana Valente
O Barbeiro de Sevilha
Ópera em 2 atos
Música de Gioachino Rossini
Libreto de Cesare Sterbini (1784-1831) baseado numa comédia homónima de Pierre Augustin Caron de Beaumarchais (1732-1799)
A estreia desta ópera com o título de Alma Viva, ou A Inútil Precaução, ocorreu no Teatro Argentina, em Roma, a 20 de fevereiro de 1816.
A ópera de Rossini segue a primeira das peças da Trilogia de Fígaro do dramaturgo francês Pierre-Augustin Caron de Beaumarchais, enquanto Mozart, na sua ópera Le nozze di Figaro (As bodas de Fígaro), composta 30 anos mais cedo, em 1786, baseou-se na segunda parte da trilogia. A versão original de Beaumarchais foi encenada pela primeira vez em Paris no ano de 1775, na Comédie-Française, no Palácio das Tulherias.
Rossini era conhecido pelo seu ritmo rápido em compor, e toda a música do Barbiere di Siviglia foi composta em menos de três semanas.
Mas na estreia, a ópera foi um fracasso retumbante e foi perfeitamente lapidada: a plateia vaiou e gracejou durante todo o espetáculo, e diversos incidentes prejudiciais ocorreram em palco. Partidários de rivais de Rossini, infiltrados na plateia, incitaram muitas destas manifestações. A segunda performance teve um destino muito diferente, e fez com que a obra se tornasse um grande sucesso. A peça original teve um destino semelhante; odiada a princípio, tornou-se um sucesso depois de uma semana em cartaz.
Contudo a obra-prima de Rossini sobreviveu aquela noite de estreia e tornou-se talvez na ópera cómica mais popular do mundo. O seu bom humor vibrante e as suas melodias elegantes encantam os gostos diversos de todas as gerações há dois séculos, e várias das melodias mais reconhecíveis da ópera entraram para o inconsciente musical mundial, com destaque para a canção de abertura do fanfarrão Fígaro, o barbeiro titular de Sevilha.
Sevilha era uma cidade bela e uma espécie de Terra do Nunca mítica para dramaturgos e compositores de ópera. A lenda de Don Juan tem as suas origens em Sevilha, e algumas das óperas mais fogosas (como Carmen, de Bizet ) têm a sua origem nesta cidade encantadora. A peça de Beaumarchais foi revolucionária para a sua época: estreada antes da Revolução Francesa, oferecia uma visão satírica da dinâmica de poder entre homens e mulheres, senhores e servos, e entre aqueles com recursos e aqueles com engenhosidade.
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Fotos Ken Howard / Met Opera