Festival Silêncio
Durante quatro dias,percorre-se diferentes géneros e linguagens, através de um diálogo constante entre música, performance, conferências e conversas, cinema, exposições, literatura, intervenções e oficinas.
Um destaque do Festival deste ano vai para o Ciclo Autor que evoca Maria Gabriela Llansol, dando a conhecer a escritora e a sua escrita, através de um conjunto de iniciativas: performances, exposições, conversas, leituras, cinema, oficinas e actividades para os mais novos. Este Ciclo tem a curadoria do Espaço Llansol.
Dentro destas atividades destaca-se o diálogo entre Llansol e as artes plásticas, nomeadamente com obras de Ilda David, Rui Chafes, Pedro Proença, Duarte Belo e Teresa Huertas, assim como de jovens artistas que propõem novos diálogos com Llansol. É também apresentada uma performance musical, "O Princípio de ________", criada para o Festival a partir de uma parte da obra da escritora, por Miguel Bonneville.
Palavra-Voz-Silêncio em Maria Gabriela Llansol é o tema de uma conversa entre João Barrento, Maria Etelvina Santos e Cristina Vasconcelos Rodrigues, acompanhada por uma leitura encenada de textos seleccionados. O Coro Feminino de Lisboa interpreta temas que faziam parte da discoteca de Llansol, com destaque para uma nova composição de João Madureira. Destaque ainda a presença de Hélia Correia na actividade Amar um Cão, uma sessão pensada para o público infantil, que parte da colagem que Hélia Correia fez do texto com o mesmo nome, a pedido de Maria Gabriela Llansol, com o objectivo de ser lido a crianças. Rochedo é o nome da performance criada por Rita Roberto e Pedro Ferreira para ser interpretada neste ciclo.
Também neste ciclo, numa proposta de Margarida Mestre, dá-se voz ao bairro do Cais do Sodré e à sua comunidade, no Recital Popular II, desvendando-o, através da voz, do seu canto e do seu falar, as palavras e as ideias, os ambientes em geral e os recantos privados de quem aqui vive e trabalha.
Nesta edição, há também uma secção dedicada à edição literária independente. Assim, um conjunto de editores independentes desenvolvem iniciativas próprias, criando conteúdos à volta dos seus catálogos e edições. Para além de lançamento de livros, há uma Feira do Livro dedicada aos livros de alfarrábio, aos editores independentes e aos autores representados nesta edição do festival.
Uma das principais novidades desta edição é a Rádio Silêncio.
Com direcção criativa de Pedro Coquenão, pretende ser um espaço complementar de criação, experimentação e programação ao próprio Festival mas também de formação e comunicação, assumindo o compromisso de uma rádio local, aberta e dirigida à comunidade. A estação cobre todo o tempo e o espaço em que decorre o Festival Silêncio: 4 dias e 5 km de raio e está acessível a bairros do outro lado da cidade e até do planeta, através da sua emissão online.
Estas são alguns dos destaques e iniciativas deste festival transdisciplinar e participativo que celebra a palavra como veículo de conhecimento e como unidade de criação, e no qual o repto é: participar, descobrir e sintonizar.