A peça em 3 atos Dona Rosinha, a Solteira ou A linguagem das flores, de Federico Garcia Lorca, é levada aos palcos do Teatro dos Aloés nos Recreios da Amadora e do Teatro Meridional em Lisboa, com encenação de Natália Luiza, tendo por base a tradução do poeta Ruy Belo.
Dona Rosinha, A Solteira ou A Linguagem das Flores | Federico Garcia Lorca
21 a 29 Março | Recreios da Amadora
04 a 29 Abril | Teatro Meridional
Rosinha é jovem e está apaixonada pelo primo, com quem vai casar. Vive numa casa de província com os Tios, por quem foi adotada. No entanto, os pais do noivo, por motivos de saúde, clamam a presença do amado, para que este os ajude na reabilitação de uma fazenda da família.
Com dor, Rosinha e o noivo despedem-se em promessa mútua de ser breve a separação. Rosinha fica a preparar o enxoval, enquanto vai aguardando as cartas do seu amor.
Esta é a sinopse da primeira co-produção entre o Teatro dos Aloés e o Teatro Meridional, e que conta ainda com a participação de jovens atrizes estagiárias da ACT – Escola de Atores. Um extenso elenco que justifica em parte a congregação destas três entidades, numa altura em que as companhias teatrais, por motivos financeiros e operacionais, continuam com constrangimentos de vária ordem.
Quinze intérpretes em palco, na sua maioria atrizes, numa peça em que não é somente Dona Rosinha, a personagem principal. Esta é uma história de mulheres, um drama escrito sobre o feminino, como Garcia Lorca tão bem soube fazê-lo. Uma peça, encenada por Natália Luiza, na qual se dá voz a três mulheres e pelas quais o tempo vai passando, ou elas vão ficando ou mudando no tempo. Tempo que vai sendo assinalado subtilmente através do som de um relógio.
A ação passa-se em Granada, em Espanha, em três momentos diferentes; da inicial década de 1880 representando a vida burguesa, até à modernização social em vésperas da Primeira Guerra Mundial. Há pois um paralelismo desenhado por Lorca, entre a vida de Dona Rosinha e estes três períodos históricos, começando com a vitalidade de sua juventude, a conquista da maturidade e, finalmente, a perda da esperança.
Três momentos, três mulheres:
Dona Rosinha, flor juvenil, inquieta e alegre, que por uma promessa, vai converter o seu tempo em espera. E dessa inicial espera em esperança, o tempo vai passando, e ela continua agarrada a essa ilusão, mais ou menos consciente, tornando-se aquietada, conformista.
A tia, que adoptou e criou Rosinha desde criança, casada com um floricultor e conhecedor da linguagem das flores, e que tenta protegê-la como uma filha que nunca teve,
A empregada da casa durante toda a vida, aliada e cúmplice da senhora e da menina; uma mulher do povo que se mostra forte perante todas as vicissitudes.
A empregada da casa durante toda a vida, aliada e cúmplice da senhora e da menina; uma mulher do povo que se mostra forte perante todas as vicissitudes.
Três ‘flores’, cada qual com a sua beleza, força e resistência à passagem do tempo.
Dona Rosinha, a Solteira ou a Linguagem das Flores foi escrita pelo dramaturgo Federico García Lorca, e então ainda encenada e representada por Margarita Xirgu, meses antes da sua morte, assassinado pelas tropas franquistas em Agosto de 1936. Trata-se de uma peça dramática, em 3 atos, considerada uma das obras-primas do teatro do século XX.
Natália Luiza assina a encenação, partindo da tradução clássica do original, do poeta Ruy Belo. Tem música original de Rui Rebelo, espaço cénico de Marta Carreiras e interpretação de Carla Chambel, Elsa Valentim, Jorge Silva, José Peixoto, Rosinda Costa. entre outros.
Ficha Artística e Técnica:
Autor: Federico Garcia Lorca
Encenação: Natália Luiza
Tradução: baseada em Ruy Belo
Interpretação: Carla Chambel, Carolina Santarino*, Elsa Valentim, Filipa Matos Rosa*, Joana Flora*, Jorge Silva, José Peixoto, Mafalda Berenguer*, Mariana Branco de Sousa*, Raquel Oliveira, Rita Ramos Mendes*, Rosinda Costa, Susana Madeira, Tadeu Faustino, Vera Lagoa* (*estagiárias ACT-Escola de Actores);
Espaço Cénico e Figurinos: Marta Carreiras;
Música Original e Espaço Sonoro: Rui Rebelo;
Desenho de Luz: Pedro Marques;
Assistência de Encenação: Nuno Távora;
Dir. Cena, Assistência de Cenografia e Montagem: Marco Fonseca;
Assistência de Produção Teatro Meridional: Susana Monteiro;
Produção Executiva Teatro Meridional: Rita Conduto;
Produção Executiva Teatro dos Aloés: Daniela Sampaio;
Assessoria Jurídica: Diogo Salema;
Assessoria de Gestão: Mónica Almeida;
Coprodução: Teatro dos Aloés e Teatro Meridional
Temporada Teatro dos Aloés (Recreios da Amadora)
21 a 24 Março – 21h30 | 25 Março – 16h00
27 Março – Dia Mundial do Teatro – 21h30
28 Março – 21h30
29 Março – 16h00Informações e reservas:
21 a 24 Março – 21h30 | 25 Março – 16h00
27 Março – Dia Mundial do Teatro – 21h30
28 Março – 21h30
29 Março – 16h00Informações e reservas:
916 648 204 ou teatrodosaloes@sapo.pt
Mais informações em: www.facebook.com/teatro.dosaloes
Mais informações em: www.facebook.com/teatro.dosaloes
Temporada Teatro Meridional – 4 a 29 de Abril
Quarta a Sábado 21h30 | Domingo 16h00
Quarta a Sábado 21h30 | Domingo 16h00
Informações e reservas:
91 999 12 13 ou producao@teatromeridional.net
Mais informações em: www.teatromeridional.net/
Fotos de Jorge Carmona / Antena 2 RTP
(no ensaio geral – 1º ato)