Festival Música Viva 2018
O Festival Música Viva 2018, a propósito da passagem dos 70 anos sobre a invenção da música concreta e dos 90 anos sobre o nascimento de Karlheinz Stockhausen, propõe um vastíssimo panorama sobre a música electroacústica dos últimos 70 anos para celebrar aquela que foi uma das maiores revoluções musicais de todos os tempos.
A história desta música e aquilo a que tem vindo a dar lugar, das obras de referência às novíssimas peças em estreia absoluta, do mundo até Portugal e de Portugal para o mundo.
São 8 dias de intensa actividade, com 16 concertosalém de cursos e conferências, para afirmar a criação musical do nosso tempo, um tempo no qual a arte teima em ser livre e em resistir contra as lógicas hegemónicas do número e da quantificação, superlativando a qualificação da inteligência e do sensível do humano… o Insustentável do Ser!
A propósito desta 24ª edição do Festival, na Antena 2, o programa Música Hoje nos dias 4 (ouvir aqui) e 18 de Maio, à 01h00, evoca obras electroacústicas de diferentes compositores, portugueses e estrangeiros, que contribuíram para uma verdadeira revolução musical do século XX.
Programação
19 Maio | 21h00
Encontro I – Drumming GP – Patricia Martins, Pedro ‘Peixe’ Cardoso, Miquel Bernat
Karlheinz Stockhausen: Vibra-Elufa, (2003)
Karlheinz Stockhausen:Leo (1974) do ciclo Tierkreis
Karlheinz Stockhausen: Natürliche Dauern nº6
Karlheinz Stockhausen: Kontakte (1960)
Karlheinz Stockhausen: Scorpion do ciclo Tierkreis
Karlheinz Stockhausen: Fur Kommende Zeiten, 17 Texte fur Intuitive Musik (1968)
20 Maio | 21h00
Encontro II – Classe de Improvisação da Escola de Música do Orfeão de Leiria e Classe de Oficina de Composição III da Academia de Amadores de Música (AAM)
Concepção e direcção – Pedro M. Rocha
O vento sopra de onde quer
Humanidade ergue-te
Meditação sobre a etereidade do espírito
Lembremo-nos de quem somos
A morte da Nova Ordem Mundial e o nascimento da era da espiritualidade
20 Maio | 22h30
Encontro III – Orquestra de Altifalantes
Pierre Schaeffer: Cinq Études de Bruit (1948)
Jaime Reis: Fluxus, pas trop haut dans le ciel
Pedro M. Rocha: To a world free from religions / vídeo de André Sier
Jonathan Harvey: Mortuos Plango, Vivos Voco
21 Maio | 21h00
Encontro IV – Classe de Composição / ESMAE (Porto)
Coordenação – Dimitrios Andrikopolous
Francisca Martins: Self Matrix
Catarina Vieira: Curiosity often leads to trouble
Solange Azevedo: Estúdo de Oficina II
Lucas Rei Ramos: Compostela Antiga
Ruben Borges: Composition I
Eduardo Serra: Inauguração do Túmulo das Virtudes
Pedro Fonte: Pulsar
Carlos Lopes: O Tempo ressoa no vazio
Olivia Silva: Ruttmann
21 Maio | 22h30
Encontro V – Orquestra de Altifalantes
Iannis Xenakis: Concret PH
Edgard Varèse: Poème Electronique
João Pedro Oliveira: Hydatos
Morton Subotnick: Silver Apples of the Moon
22 Maio | 21h00
Encontro VI – Laboratorio de Música Mista "José Luís Ferreira" / ESML (Lisboa)
Coordenação – Carlos Caires
[programa a definir]
22 Maio | 22h30
Encontro VII – Orquestra de Altifalantes
Carlos Marecos: obra a definir
António Ferreira: Les Barricades Mystérieuses
Rui Penha: No man is an island
Jean-Claude Risset: Mutations
John Chowning: Phoné
23 Maio | 21h00
Encontro VIII – Ensemble de Música Electrónica da ESART
EME – “Matéria-Prima”
Direção artística/produção: Rui Dias
Direção musical: Diogo Alvim / Rui Dias
Direção técnica: Luís Marques
Compositores/performers: António Branco, Francisco Matos, Gonçalo Carneiro, Gonçalo Ferreira, Henrique Couto, Hugo Santos, João Soares, Luís Cardoso, Rita Moreira, Paulo Oliveira, Bruno Maceda; Carlos Monte; João Costa; José Assunção; Louis Wilkinson; Miguel Carvalho, Júlia Miranda, Vasco Fazendeiro.
Criado em 2007, o EME – Ensemble de Música Eletrónica da ESART – é uma formação constituída por alunos e professores do curso de Música Eletrónica e Produção Musical da Escola Superior de Artes Aplicadas do Instituto Politécnico de Castelo Branco. Tem como objetivo a exploração de novas linguagens de criação musical com meios eletrónicos e eletroacústicos, recorrendo a vários tipos de recursos, em grande parte construídos ou programados pelos próprios alunos.
23 Maio | 22h30
Encontro IX – Orquestra de Altifalantes
Rui Dias: A-S-R (aka Daedalus XXI)
Diogo Alvim: Apartamento em Lisboa (narrador presente)
Carlos Santos: Feedback
Barry Truax: Riverrun
24 Maio | 17h30
Conferência – Horacio Vaggione
24 Maio | 21h00
Encontro X – Orquestra de Altifalantes Premiado do Concurso de 2017
Chris Bevan: Ceramos (2016)
Chris Bevan: Under Fluid Skies (2018)
Chris Bevan: Circum (2014)
24 Maio | 22h30
Encontro XI – Orquestra de Altifalantes
José Luís Ferreira: Le bruit d’une porte qui
André Hencleeday: According to him they stay in their cars while, 50 meters further along, people are being gunned down
Cândido Lima: Oceanos
25 Maio | 17h30
Conferência/Leitura – António de Sousa Dias
25 Maio | 21h00
Encontro XII – Orquestra de Altifalantes & Anúncio premiados do Concurso de Composição Música Viva 2018
Miguel Azguime: Le Dicible Enfin Fini
Filipe Esteves: nova obra a definir
João Castro Pinto: Effluvium
António de Sousa Dias: A Dama e o Unicórnio (versão 2009)
Paulo Ferreira-Lopes: Pulses
25 Maio | 22h30
Encontro XIII – Orquestra de Altifalantes
Horacio Vaggione Préludes suspendus III (2010)
Horacio Vaggione PianoHertz (2012)
Horacio Vaggione Mécanique des fluides (2015)
26 Maio | 21h00
Encontro XIV – Concerto monográfico de Igor C. Silva pelo Trash Panda Colective
João Miguel Braga Simões: percussão
Menne Smallenbroek: saxofone barítono
André Lourenço: baixo eléctrico
Tatiana Rosa: flauta e electrónica
Igor C. Silva: composição e electrónica
Igor C. Silva: Static on my fingers (2017)
Igor C. Silva: Your Trash (2016)
Igor C. Silva: Plastic Air (2017)
Igor C. Silva: Smart-alienation (2016)
26 Maio | 22h30
Encontro XV – Orquestra de Altifalantes
Bernard Parmegiani: De Natura Sonorum I
Karlheinz Stockhausen: Gesang der Junglinge
Para uma imersão e fruição mais que auditiva dos concertos com a Orquestra de Altifalantes, este ano o O’Culto da Ajuda propõe ao público a possibilidade de estarem sentados, recostados ou deitados nos estrados sem o uso de cadeiras, sugerindo assim que tragam almofada ou outro para se instalarem confortavelmente nos estrados.