Temporada Metropolitan Opera
de Nova Iorque
8 fevereiro | 18h00
Jacques Offenbach | Os contos de Hoffmann
Hoffmann: Benjamin Bernheim (T)
Lindorf, Coppélius, Miracle e Dapertutto: Christian Van Horn (B-BT)
Antonia e Stella: Pretty Yende (S)
Olympia: Erin Morley (S)
Giuletta: Clémentine Margaine (MS)
Coro e Orquestra do Metropolitan
Direção de Marco Armiliato
Um conjunto de estrelas sobe ao palco para o fantástico trabalho final de Offenbach, encabeçado pelo tenor Benjamin Bernheim no papel principal do poeta atormentado. O trio de amantes de Hoffmann é interpretado pela soprano Erin Morley como a boneca mecânica Olympia, a soprano Pretty Yende como a diva atormentada Antonia e a mezzo-soprano Clémentine Margaine como a sedutora veneziana Giulietta. Marco Armiliato conduz a produção evocativa de Bartlett Sher, que também apresenta o baixo-barítono Christian Van Horn como os Quatro Vilões e a mezzo-soprano Vasilisa Berzhanskaya numa importante estreia como a amiga de Hoffmann, Nicklausse.
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Transmissão em direto
a partir de The Metropolitan Opera de Nova Iorque
Realização e Apresentação: André Cunha Leal
Produção: Susana Valente
Os contos de Hoffmann
Ópera em um prólogo, três atos e epílogo
Música de Jacques Offenbach
Libreto de Jules Barbier, baseado na peça teatral de Barbier e Michel Carré, por sua vez inspirada em três contos de E. T. A. Hoffmann (ele próprio um dos personagens da obra)
A estreia mundial desta ópera ocorreu na Ópera Cómica de Paris a 10 de fevereiro de 1881, e logo na primeira récita teve grande sucesso, assim como inúmeras outras óperas de Offenbach.
Os contos de Hoffmann foi a derradeira tentativa do compositor francês Jaques Offenbach, de compor uma ópera séria. Muito conhecido pelas suas operetas irresistíveis e pelo famoso Kankan, Offenbach morre em Paris em 1880 com 61 anos, sem terminar esta opera, concluída por um seu amigo, o compositor Ernest Guiraud.
É considerada é a obra séria de Offenbach, aliás a única. É muito provável que Offenbach, um humorista, tenha querido ser levado a sério antes de morrer e por isso a tenha composto.
Depois de se tornar a coqueluche de Paris com as suas operetas espirituosas, Jacques Offenbach decidiu criar uma obra mais séria. Escolheu como fonte uma peça de sucesso baseada nas histórias do visionário escritor alemão ETA Hoffmann. Três desses contos — ao mesmo tempo profundos, assustadores e engraçados — foram unificados na peça através de uma estrutura narrativa que fez de Hoffmann o protagonista de suas próprias histórias. Cada episódio relata um caso de amor catastrófico e, ao longo da ópera, Hoffmann é perseguido por um inimigo diabólico e acompanhado pela sua fiel amiga Nicklausse.
Jacques Offenbach (1819-1880) nasceu Jacob Offenbach em Colónia, na Alemanha, de ascendência judaica. Mudou-se para Paris em 1833, onde se tornou um compositor de enorme sucesso, com quase 100 operetas. Jules Barbier (1825-1901) foi o libretista de muitas óperas, incluindo Fausto e Roméo et Juliette de Gounod . Frequentemente colaborou com Michel Carré (1822-1872), com quem escreveu a peça na qual o libreto de Hoffmann é baseado. ETA Hoffmann (1776-1822) foi um autor e compositor alemão cujas histórias inspiraram uma variedade de obras subsequentes, incluindo o ballet O Quebra-Nozes de Tchaikovsky .
Na história, Hoffmann (poeta e personagem que dá título à obra), conta as aventuras com os seus três amores: Olímpia, Julieta e Antonia, sendo cada um dos 3 atos dedicado a cada uma das musas (embora todas, de certa forma, sejam sintetizadas em Stella, o seu grande amor presente no prólogo da ópera).
A ação do prólogo e epílogo acontece numa cidade alemã sem nome, a “taverna de Lutero”. O cenário da taverna (assim como a presença oculta de um cliente diabólico) relembra a lenda de Fausto e lança um ambiente sobrenatural nos episódios subsequentes. Cada um desses flashbacks ocorre em cenários evocativos que representam uma seção transversal de culturas europeias: Paris (Ato I), Munique (Ato II) e Veneza (Ato III). Na produção de Bartlett Sher, o mundo de Franz Kafka e a era dos anos 1920 fornecem o ponto de referência dramático.
Entre as passagens mais marcantes de Os contos de Hoffmann, de Offenbach, podemos destacar a famosa Barcarolla, no terceiro ato, que já foi utilizada em diversos filmes como Titanic e A vida é bela.
Fotos Met Opera