23 Maio | 18h00
Programa Mezza-Voce
Apresentação e Realização: André Cunha Leal
Produção: Susana Valente
Gravação da Rádio Suécia
a 8 de Março de 2020,
Dia Internacional da Mulher
Nadia Boulanger | A Cidade Morta
(versão concerto)
Hebé: Katarina Karnéus (MS)
Anne: Matilda Paulsson (MS)
Léonard: Markus Pettersson (T)
Alexandre: Anton Ljungqvist (BBT)
Amman: Natallia Salavei (MS)
Coros e Orquestra da Ópera de Gotemburgo
Direção de Anna-Maria Helsing
Para saber mais sobre esta apresentação, clicar aqui.
A Cidade Morta (La ville morte)
Ópera
Música de Nadia Boulanger (1887–1979) e Raoul Pugno (1852–1914)
Libreto de Gabriele D’Annunzio.
Libreto de Gabriele D’Annunzio.
La ville morte (A Cidade Morta) é baseada numa peça do escritor italiano Gabriele D’Annunzio, de 1899 que explora, simbolicamente, a conexão entre a realidade externa e interna, entre o passado e a memória. A nível musical, podem-se traçar paralelismos com a ópera de Debussy, Pélleas e Mélisande, baseada na peça homónima do simbolista Maurice Maeterlink.
A Cidade Morta apresenta inúmeras referências a tragédias antigas como Antígona e Orestia. É uma história sobre a cegueira humana e a obsessão.
Nadia Boulanger foi uma figura central no mundo da música do século XX, sobretudo pelo seu papel pedagógico. Como professora de composição, ensinou compositores como Igor Stravinsky, Benjamin Britten, Aaron Copland, Astor Piazzolla, Quincy Jones e Philip Glass.
Foi a primeira mulher a conduzir grandes orquestras sinfónicas nos Estados Unidos e na Europa.
Como compositora, Nadia Boulanger é menos conhecida, pois deixou de compor na década de 1920. Escreveu a ópera A Cidade Morta em estreita colaboração com o pianista e mentor Raoul Pugno quando tinha vinte anos. A estreia estava marcada para 1914, mas com a eclosão da Primeira Guerra Mundial foi cancelada. Além disso, as partituras desta peça foram destruídas em 1917, quando o prédio onde estavam guardadas foi atingido por uma bomba.
Quase um século depois, a ópera foi orquestrada com base num trecho de piano preservado e estreou na Itália em 2005. Esta apresentação na Ópera de Gotemburgo é pois a segunda vez que foi levada ao palco.
Fotos @ Lennart Sjöberg