João Godinho nasceu em Lisboa, em 1976. Ao longo da sua infância e juventude, sempre em contacto com a música e o piano, o gosto pela improvisação e composição foi amadurecendo. Após a conclusão de uma desempolgada licenciatura em gestão, acabou por ingressar no curso de Composição na Escola Superior de Música de Lisboa, que concluiu em 2005.
Desde então, como compositor, tem-se dedicado sobretudo à escrita para piano e para música de câmara, tendo parte deste trabalho estado associado a espectáculos de dança contemporânea, dos quais se destaca Nocturno, um espectáculo de Joana Gama e Victor Hugo Pontes dirigido ao público infantil, com música publicada em disco e partitura e que, desde a estreia em 2017, conta já com mais de 100 apresentações. A destacar também duas outras criações de Joana Gama para público infantil, As árvores não têm pernas para andar (2020) e Pássaros e cogumelos (2022), ambos com música original para toy piano. Em Julho de 2019 estreou, na Konzerthaus de Berlim e no Centro Cultural de Belém em Lisboa, a peça Alcance, para 5 solistas e orquestra sinfónica (Jovem Orquestra Portuguesa, sob a direção de Pedro Carneiro), uma encomenda da OCP solidária em parceria com a CERCI-Oeiras, tendo neste contexto sido distinguido com o Prémio Compositor Europeu 2019. No final de 2022 estreou a peça Encontros Improváveis, uma encomenda do Festival do Estoril, em torno da celebração do 5º centenário da viagem de circum-navegação.
Em Portugal já teve obras apresentadas no Centro Cultural de Belém, no Festival de Música do Estoril, na Culturgest, na Casa da Música, na Fundação Calouste Gulbenkian, entre outras salas e festivais. A sua música já foi também apresentada em vários países da Europa, entre os quais a Bélgica, Eslovénia, Espanha, França, Finlândia, Holanda e Sérvia.
Além da música erudita, a sua atividade como compositor abrange o fado, o jazz, a música tradicional portuguesa e outras estéticas. Começou a estudar concertina em 2015 com Eva Parmenter. Desde 2019, integra com Inês Lopes e Pedro Calado o projecto não és tu sou eu, composto por duas concertinas e percussão e dedicado à reinterpretação de música tradicional portuguesa em contexto de baile.
Em parceria com Alexandra Ávila, foi fundador e diretor artístico da Lisbon Jazz Summer School, da Big Band Júnior e da Associação Orelha Viva. Entre 2007 e 2010 trabalhou no Centro Cultural de Belém enquanto assessor de imprensa e como programador na área da música.
Colabora regularmente com a Antena 2, sendo autor e locutor dos programas de rádio Fora de Formato (2019), Pausa para Dançar (2020-2022) e, desde 2023, Quem Canta Assim.
Foto de perfil @ Pablo Lopez
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