UmColetivo
Bruno Caracol, Cátia Terrinca, João P. Nunes, Raquel Pedro, Ricardo Boléo e Rui Salabarda
Cátia Terrinca (Lisboa, 1990) | Atriz e dramaturgista licenciada em Teatro – Ramo Atores pela ESTC e pela RESAD (especialização em Teatro Gestual). Faz formações complementares, das quais destaca Estágio Ciência Viva em Arquitetura Paisagista, com Arq. Ribeiro Telles (2008), Formação em Dança e Escrita, com Sofia Neuparth, no c.e.m., (2012), Mergulhar num processo, com Vera Mantero e André Lepecki (2012), e aulas regulares de Teatro Butoh e Dança Contemporânea.
Em 2009, funda uma estrutura informal, coletivo 3.14, experimentando linguagens performáticas e intimistas em espaços não convencionais, em Mindelo (Cabo Verde) e no Bairro da Bica (Lisboa). Simultaneamente, começa como atriz a trabalhar com Mónica Calle, Francisco Salgado, Daniel Gorjão e mais tarde com Paulo Lage, Rogério de Carvalho, António Durães, Pedro Sousa Loureiro e Mathias Langhoff.
Em 2013 funda a Associação Cultural UMCOLETIVO, da qual hoje é diretora artística, explorando processos de rescrita como dramaturgista e atriz, valorizando a questão feminina na cena. Como atriz, integra as equipas dos dezasseis espetáculos, dos quais destaca Inércia (2014), a partir do inédito de Fernando Pessoa, silêncio (2015), a partir de Rúben A., e Três Irmãs: Irina, Macha, Olga (2015 e 2016), reescrita de Tchekhov, distinguida com o Prémio Time Out para melhor espetáculo e melhor atriz de 2016.
Como criadora, assina Escuridão Bonita (a partir do texto homónimo de Ondjaki), Três Irmãs (a partir de Tchekhov) e Cartas (a partir das Cartas de Maria Helena Vilhena a Amílcar Cabral), Júli A., Segundo Sacrifício – Um Exemplo para João Vário, O Cão Que Vem de Tão-Tão Longe e Má Sorte processos que se equilibram entre teatro e performance, oferecendo a centralidade à mulher. Desenvolve um projeto pessoal de escrita em cena (em torno da gravidez) chamado Casa-partida. Edita Estar era o gesto dos argonautas – à procura do Inércia pela editora Cama de Gato e Éter na coleção Novos Dramaturgos Contemporâneos.
João P. Nunes (Lisboa, 1990) | Produtor e diretor técnico formado pela ULHT (Cinema, Vídeo e Comunicação Multimédia), pela National Film and Television School em Londres, especialização em realização e pela Escola Superior de Teatro e Cinema com frequência no mestrado em desenvolvimento de projeto cinematográfico. Frequenta a oficina de técnica e de desenho de luz organizada pelo TNDMII em 2019.
Trabalhou profissionalmente em cinema entre 2011 e 2015 tendo integrado as equipas de produção de realizadores como João Botelho, André Badalo, Ed Roy e Welket Bungué. Foi diretor de produção da curta metragem Vibratum Vitae de Pedro Barão, destacada na programação oficial do Queer Lisboa 15. Produz e realiza quatro projetos cinematográficos, entre eles Pela Boca Morre o Peixe, distinguida no Motelx 2014 como a melhor curta metragem nacional, sendo-lhe atribuído o prémio europeu Méliés d’Argent, marcando presença em diversos festivais nacionais e internacionais (México, Malta, India), e Do Céu Já Não Caem Lágrimas no 48h Film Project Castelo Branco tendo recebido os prémios de melhor filme, realização, fotografia, música e argumento e é escolhido para representar Portugal no festival Filmapalooza – Los Angeles. Orientou sessões de trabalho sobre produção em cinema na UBI, no Município de Cascais, na ETIC e na UCSB nos Estados Unidos da América.
Em 2015 integra a direção da associação cultural UMCOLETIVO e acompanha a mudança da companhia para Elvas. Assume a direção de produção e a gestão administrativa e a direção técnica dos projetos de criação, tendo contribuído artisticamente para o trabalho multidisciplinar da companhia.
Assina o desenho de luz dos espetáculos da companhia, entre eles: Três Irmãs (prémios Time Out 2016, melhor espetáculo e melhor atriz), Tempestade (CCB Fábrica das Artes), Júli A. (RTP2), O Cão Que Vem de Tão Tão Longe (CCB Fábrica das Artes), Segundo Sacrifício – Um Exemplo para João Vário (Auditório Nacional Jorge Barbosa, Praia, Cabo Verde).
Raquel Pedro | Recém licenciada em Estudos Comparatistas – Arte e Literatura Comparadas, Raquel partiu de Erasmus para Padova, onde fez investigação em história de arte para uma visita guiada virtual ao Palazzo Liviano. Da sua formação destacam-se as unidades curriculares das áreas de literatura portuguesa e africana, o pós-colonialismo e os estudos culturais e de género, onde desenvolveu práticas de investigação científica. Escreveu trabalhos focados na literatura feminina, tendo efetuado várias comunicações em congressos e publicações científicas. Desde a especialização em Realização Plástica do Espetáculo, na Escola Artística António Arroio, frequentou alguns cursos intensivos, dos quais se podem destacar o de Práticas Artísticas e Experiências Curatoriais (32h) e o de Ecologias Feministas e de Saberes II (32h). Tanto no ensino secundário como superior frequentou unidades com componente prática em gestão cultural.
Ricardo Boléo | Mestre em Teatro pela Escola Superior de Teatro e Cinema, licenciado em Estudos Artísticos pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e frequentou as Faculdades de Comunicação, História e Letras assim como a Escola de Teatro da Universidade Federal da Bahia no Brasil.
Escreveu diversos artigos dos quais se destacam Pedra-de-toque – a palavra na mensura do gesto magistral (2014) e A criação dramatúrgica e a encenação a partir do teatro estático de Fernando Pessoa (2021). Publica os títulos de poesia Segredos (2007), Quem Não Dormiu (2010) e memórias de sal (2013). Para teatro publica Nóbrega (2010), Fuga [sem saída] e Temperantia – Estou de dieta! (2011), A Rainha de Trapos (2013) e Éter (2013).
Trabalha regularmente como encenador, dramaturgo e dramaturgista em diversos espetáculos destacando-se Temperantia – Estou de dieta! (2009), a mais terna ilusão (2013), Radiografia de um nevoeiro imperturbável (2014), A morte do Príncipe (2016) e #Emigrantes (2019).