Direcção artística: Ana Beatriz Manzanilla

Violinos I: Ana Beatriz Manzanilla, Maria José Laginha, João Andrade

Violinos II: Paula Carneiro, Nariné Dellalian, Francisca Fins
Violas: Pedro Saglimbeni Muñoz, Bárbara Pires
Violoncelos: Nuno Abreu, Jeremy Lake
Contrabaixo: Manuel Rêgo

Programa

”Fuga para a América Latina”

Alberto Nepomuceno (1864 – 1920) (Brasil) Serenata para Cordas

Juan Bautista Plaza (1898-1965) (Venezuela) Fuga Criolla
Astor Piazzolla (1921-1992) (Argentina) Milonga del ángel, arr. E. Manzanilla
Luis Garcia (Venezuela) Quirpa (dança Venezuelana), arr. E. Manzanilla
Heitor Villa-Lobos (1887-1959) (Brasil) Bachianas Brasileiras Nº IX
Astor Piazzolla (1921-1992) (Argentina) Tres minutos con la realidad
Eurico Carrapatoso (1962) (Portugal) Chorinhos I e II
Aldemaro Romero (1928-2007) (Venezuela) Fuga con Pajarillo
Astor Piazzolla (1921-1992) (Argentina) Melodia em lá menor.
Guerra Peixe (1914-1993) (Brasil) Mourão
Astor Piazzolla (1921-1992) (Argentina) La muerte del ángel

Alberto Nepomuceno – Considerado o “pai” do nacionalismo na música erudita brasileira a sua Serenata para cordas é uma peça encantadora e despretensiosa. Foi composta em homenagem ao aniversário do famoso poeta brasileiro Olavo Bilac, em 1902. Embora com estilo de composição á maneira erudita europeia, faz também alusão a modinha Brasileira.

Juan Bautista Plaza – Foi um compositor e músico venezuelano quem também realizou uma destacada labor em favor do resgate da música colonial do seu país. Fuga Criolla, escrita para orquestra de cordas basada em ritmos de joropo, mas com estilo europeu tradicional da Fuga.

Astor Piazzolla – Milonga del ángel e la Muerte del àngel,uma das duas peças que conformam o tríptico junto a la resurrección del àngel. Milonga é dum carácter mais melancólico e por vezes triste, a diferença de La muerte del ángel, também escrita em forma de fuga, que é o tema deste programa, é uma peça de mais carácter com uma parte mais calma e que acaba cheia de virtuosismo

Luis Garcia – A palavra Quirpa nasce de uma lenda dos llanos venezuelanos, era um homem que cantava joropo e encendia a festa a cada lugar que ele chegava, e assim ficou quirpa, uma das danças llaneras, em sinónimo de festa e dança. Neste concerto poderemos ouvir o Cuatro venezuelano para tentar recriar a alegria da dança venezuelana.

Heitor Villa-Lobos – As Bachianas brasileiras são uma série de nove composições de Heitor Villa-Lobos escritas entre 1930 e 1945. Nesse conjunto, escrito para formações diversas, Villa-Lobos fundiu material folclórico brasileiro (em especial a música caipira) às formas pré-clássicas no estilo de Bach, intencionando construir uma versão brasileira dos Concertos de Brandemburgo. Bachianas IX contém duas pequenas partes, prelúdio e novamente a Fuga presente mais uma vez neste programa.
Astor Piazzolla – Tres minutos con la realidade é uma peça cheia de energia, como não querendo deixar espaço para alguma fantasia o sonho, pode ser verdadeiramente atual com os tempos que vivemos cheios de pressa nos nossos dias.
Eurico Carrapatoso – Brasil também é um pouco de Portugal, pelo que incluímos dois Chorinhos do compositor português, da “pequena música lírica” para arcos, onde recreia a perfeição os chorinhos brasileiros.
Aldemaro Romero – compositor, arranjador e maestro de orquestra. A Fuga com Pajarillo forma parte da Suite Nº 1 para orquestra de cordas. Pajarillo é uma das danças tradicionais mais famosas da Venezuela, muitas vezes executada com o instrumento típico Cuatro venezuelano, mais uma vez temos uma peça no programa com a forma de Fuga mas com temas e ritmos do folclore venezuelano.
Astor Piazzolla – Melodia em lá menor é uma peça onde a tristeza é representada na tonalidade de lá menor, uma das mais belas melodias do compositor Argentino.
César Guerra Peixe – compositor brasileiro de música erudita, arranjador e estudioso da música brasileira. O Mourão é uma das peças mais populares do compositor, existindo numerosos arranjos para diferentes tipos de instrumentação, neste caso a versão para cordas será acompanhada de bate o pé.