7 Junho | 19h00
Sala Luís de Freitas Branco,
Integral Joly Braga Santos IV
Programa
Integral Joly Braga Santos – 4º Concerto
Ária a Tre, Op. 62 p/ clarinete, violeta e piano
(Dedicada a Diogo Paes, Leonor Braga Santos e António Rosa)Improviso, Op. 70 p/ clarinete e piano
(Dedicada a António Saiote e Olga Prats)Peça p/ fagote
(Dedicado a Ângelo Pestana)Peça p/ flauta e piano
(Dedicada a Luís Boulton)Adagio e Scherzino p/ Quinteto de Sopros
(Dedicada ao Quinteto Nacional de Sopros)Suite p/ 3 trompetes, trompa, 2 trombones e tuba
(Dedicado ao Grupo de Metais de Lisboa)
Quarto de uma série de concertos que o CCB recebe em que será interpretada a integral da música de câmara Joly Braga Santos. Nascido em 1924, em Lisboa, a sua predileção pela música era tal que desde os dois anos que o seu pai o levava aos concertos e à ópera. Foi o aluno mais talentoso de Luís de Freitas Branco, de quem herdou a paleta de cores das orquestrações. Durante a juventude, o contexto de guerra mundial impediu-lhe um contacto mais próximo com a cultura musical europeia, pelo que procurou inspiração na tradição portuguesa, especialmente na obra do seu mestre.
A música de Joly Braga Santos pode ser vista como uma fusão dos vários estilos europeus, dizendo o próprio: «Desde sempre entendi que tinha de criar o meu próprio estilo e a minha música devia ser o resultado dessa criação.» Segundo o musicólogo João de Freitas Branco, autor da obra de referência da história da música portuguesa, «ele é o inverso do artista que se dirige apenas a minorias privilegiadas. Ele queria que muitas pessoas viessem a usufruir da sua arte.» Eleito pela UNESCO como um dos dez melhores compositores da música contemporânea de então, Joly Braga Santos disse de si próprio: «Não me considero compositor, mas sim inventor de música.»
Transmissão direta
Realização e Apresentação: André Cunha Leal
Produção: Anabela Luís
Joly Braga Santos (Lisboa, 1924 – Lisboa, 1988) é uma das principais figuras da Música Portuguesa do Século XX. Sinfonista fecundo e inspirado, chefe de orquestra, diretor de gravação da RDP, crítico musical e pedagogo, a sua ação multiforme foi um fator impulsionador da atividade musical da sua época e a sua obra de compositor estará para sempre considerada entre as grandes realizações artísticas de matriz autoral portuguesa.
Reunir a sua música de câmara instrumental num ciclo orgânico de concertos em Portugal, que também pudesse gerar uma edição discográfica é um projeto que
Musicamera Produções alimenta laboriosamente desde há pelo menos dois anos. A fixação de uma ficha artística credível que contasse com a aprovação de todos e cada um dos intérpretes, a elaboração das sequências de repertório de cada concerto, a localização, revisão e eventual correção de algumas partituras, a sempre difícil coincidência das agendas e o contacto permanente com interlocutores empresariais do âmbito discográfico internacional foram os vetores em que Musicamera Produções se empenhou a fundo.
Nesta longa preparação, Musicamera Produções contou com dois parceiros de excelência: Centro Cultural de Belém e RTP Antena 2.
Coprodução | CCB | Antena 2