Temporada Concertos Antena 2
21 Março | 19h00
21 Março | 19h00
Gravação para posterior transmissão
a partir do Auditório do
Programa
– Luca Francesconi (1956) – Notturno
– Christopher Bochmann (1950) – Essay XIII
– Salvatore Sciarrino (1947) – L’orologio di Bergson
– Vincenzo Parisi (1984) – E gridare gridare gridare come il mare *
– João Pedro Oliveira (1959) – Integrais IV
– Luca Francesconi (1956) – Tracce
* Estreia mundial; obra dedicada a Manuel Teles
Gravação para posterior transmissão
Produção: Anabela Luís, Cristina do Carmo
Produção: Anabela Luís, Cristina do Carmo
Manuel Teles (2002) | Saxofonista laureado nacional e internacionalmente em mais de duas dezenas de prémios. Destaque para o Prémio Jovens Músicos RTP/Antena 2, Ise-Shima International Competition, MCO Opus Artis Paris e o Prémio Jovem Solista da Fundação Inatel.
Frequentou o Conservatório de Palmela e a Metropolitana, acompanhado por João Pedro Silva. É em 2020 que se transfere para Itália para se licenciar no Conservatorio Giuseppe Verdi di Milano, na classe de Mario Marzi, onde prossegue os estudos.
Da música moderna ao repertório saxofonístico, improvisado e orquestral, destacam-se atuações em salas como o Teatro Filarmonico di Verona, Casa da Música, Altice Arena, Coliseu do Porto, Sala Verdi di Milano e Gulbenkian.
Tem vindo a colaborar com a Orquestra Metropolitana de Lisboa, Orchestra Filarmonica Campana, Ensemble MPMP, Orchestra G. Verdi di Milano e com o Ensemble Scaligero do Teatro Alla Scala.
Nos últimos anos trabalhou com inúmeros intérpretes, maestros e compositores como Jacob TV, Mário Laginha, Jan Cober, Simone Zanchini, Daniel Bernardes, Giuliana Soscia, Luca Francesconi, Pedro Amaral, Johan de Meij, António Victorino d’Almeida, Salvatore Sciarrino e Martim Sousa Tavares.
Em 2019, ano em que Palmela foi candidata à Rede de Cidades Criativas da UNESCO, Manuel Teles recebeu a Medalha de Mérito Cultural – Grau Prata.
Ao lado do percussionista Paulo Amendoeira forma o Astrus Duo, que em 2022 lançou o seu mais recente disco Ascolta!, editado pelo MPMP Património Musical Vivo, e que inclui obras dos compositores Daniel Bernardes, João Pedro Oliveira, João Quinteiro, Paulo Jorge Ferreira e Telmo Marques.
Neste ano, Manuel Teles lançará o seu primeiro CD a solo, intitulado Lisboa – Milano numa edição Stradivarius, co-financiada pela Fundação GDA, que conta com obras de compositores portugueses e italianos.
Frequentou o Conservatório de Palmela e a Metropolitana, acompanhado por João Pedro Silva. É em 2020 que se transfere para Itália para se licenciar no Conservatorio Giuseppe Verdi di Milano, na classe de Mario Marzi, onde prossegue os estudos.
Da música moderna ao repertório saxofonístico, improvisado e orquestral, destacam-se atuações em salas como o Teatro Filarmonico di Verona, Casa da Música, Altice Arena, Coliseu do Porto, Sala Verdi di Milano e Gulbenkian.
Tem vindo a colaborar com a Orquestra Metropolitana de Lisboa, Orchestra Filarmonica Campana, Ensemble MPMP, Orchestra G. Verdi di Milano e com o Ensemble Scaligero do Teatro Alla Scala.
Nos últimos anos trabalhou com inúmeros intérpretes, maestros e compositores como Jacob TV, Mário Laginha, Jan Cober, Simone Zanchini, Daniel Bernardes, Giuliana Soscia, Luca Francesconi, Pedro Amaral, Johan de Meij, António Victorino d’Almeida, Salvatore Sciarrino e Martim Sousa Tavares.
Em 2019, ano em que Palmela foi candidata à Rede de Cidades Criativas da UNESCO, Manuel Teles recebeu a Medalha de Mérito Cultural – Grau Prata.
Ao lado do percussionista Paulo Amendoeira forma o Astrus Duo, que em 2022 lançou o seu mais recente disco Ascolta!, editado pelo MPMP Património Musical Vivo, e que inclui obras dos compositores Daniel Bernardes, João Pedro Oliveira, João Quinteiro, Paulo Jorge Ferreira e Telmo Marques.
Neste ano, Manuel Teles lançará o seu primeiro CD a solo, intitulado Lisboa – Milano numa edição Stradivarius, co-financiada pela Fundação GDA, que conta com obras de compositores portugueses e italianos.
Fotos Jorge Carmona / Antena 2
Biografias dos Compositores
Luca Francesconi (1956) | Estudou composição com Azio Corghi, Karlheinz Stockhausen, Luciano Berio e jazz na Boston Berklee College of Music. Trabalhou também como assistente de Luciano Berio entre 1981 e 1984. Em 1990 fundou o AGON Acustica Informatica Musica em Milão, um centro de investigação musical para a produção e para as novas tecnologias.
Escreveu mais de uma centena de obras: desde composições para instrumento a solo à grande orquestra e multimédia, encomendadas pelas mais importantes instituições internacionais. Entre as suas obras mais recentes: Duende – The Dark Notes, concerto para violino e orquestra escrito para Leila Josefowicz, vencedora do "Royal Philharmonic Society Award" na BBC Proms; o Concerto para piano, encomendado pela Casa da Música do Porto; Dentro Non Ha Tempo, encomendado pelo Teatro Alla Scala; Macchine in Echo, concerto para dois pianos e orquestra escrito para o duo Grau-Schumaker, encomendado pela Westdeutscher Rundfunk Köln; das Ding singt, concerto para violoncelo e orquestra, encomendado pelo Festival Luzern; Daedalus, para flauta e ensemble, escrito para o Ensemble Boulez e Emmanuel Pahud, e estreado no Boulez Saal em janeiro de 2018 sob direção de Daniel Baremboim. A sua ópera Quartett, encomendada pela Scala em 2011 foi apresentada mais de oitenta vezes em todo o mundo – um acontecimento excepcional para uma ópera contemporânea.
Paralelamente à composição, Francesconi trabalha também como maestro e há 35 anos que se dedica ao ensino, tendo trabalhado em diversos conservatórios italianos e em masterclasses por todo o mundo. É professor e coordenador do departamento de composição no Musikhögskolan de Malmö, Suécia.
De 2008 a 2011 foi o diretor artístico da Biennale di Musica di Venezia. Durante esta importante experiência aproveitou para homenagear diversos compositores modernos (Premio Leone d`oro atribuído a Lachenmann, Kurtag, Eötvös e Rihm) e criou iniciativas para a inserção da comunidade na arte.
Em 2011 foi nomeado como consultor artístico no Ultima Festival de Oslo. Em 2018 ganhou o Premio Feltrinelli e o Prix Italiques.
@ Jorge Carmona / Antena 2
Christopher Bochmann (1950) | Formou-se em composição pela Universidade de Oxford, como aluno de David Lumsden, Kenneth Leighton e Robert Sherlaw Johnson. Em 1999, obteve o grau de D. Mus. (doutoramento em composição) pela mesma Universidade. Estudou também com Nadia Boulanger em Paris e com Richard Rodney Bennett em Londres.
Lecionou em várias escolas em Inglaterra, entre as quais Cranborne Chase School e Yehudi Menuhin School. Passou dois anos no Brasil como professor na Escola de Música de Brasília.
Trabalha em Portugal desde 1980. Lecionou em várias escolas na área de Lisboa, nomeadamente no Instituto Gregoriano de Lisboa e no Conservatório Nacional. De 1984 a 2006, foi professor da Escola Superior de Música de Lisboa, da qual foi Diretor durante seis anos e onde coordenou também o curso de Composição entre 1990 e 2006. É Professor Catedrático Jubilado da Universidade de Évora e, entre 2009 e 2017, foi o Diretor da Escola de Artes.
Christopher Bochmann é maestro titular da Orquestra Sinfónica Juvenil desde 1984, com a qual deu concertos em todo o país, gravando três CD’s com a sua própria música. Dirige com frequência o Grupo de Música Contemporânea de Lisboa, tendo feito várias estreias e gravado várias obras portuguesas em disco.
Em 2004, foi-lhe atribuída uma Medalha de Mérito Cultural pelo Ministério da Cultura. No ano seguinte foi agraciado pela rainha Isabel II com a condecoração O. B. E. (Officer of the Order of the British Empire). Em janeiro de 2023 foi condecorado pelo Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa com o grau de Comendador da Ordem do Infante D. Henrique.
As suas composições abrangem quase todos os géneros musicais, da música para solistas à música orquestral, da música de câmara à ópera, para além de inúmeras orquestrações e arranjos. O seu estilo musical passou por uma fase de considerável complexidade e já utilizou muitos processos aleatórios. Mais recentemente, a sua música tem-se tornado algo mais simples, seguindo assim certas tendências do pós-modernismo, sem contudo recorrer ao neo-tonalismo. Na sua música vocal, interessa-se especialmente pela exploração de aspectos tanto fonéticos como semânticos do texto. Toda a sua música revela uma preocupação com a relatividade com que ouvimos e apreciamos o som, numa tentativa de fazer corresponder os processos e as técnicas estruturantes da música cada vez mais proximamente a critérios intrinsecamente musicais.
Christopher Bochmann é maestro titular da Orquestra Sinfónica Juvenil desde 1984, com a qual deu concertos em todo o país, gravando três CD’s com a sua própria música. Dirige com frequência o Grupo de Música Contemporânea de Lisboa, tendo feito várias estreias e gravado várias obras portuguesas em disco.
Em 2004, foi-lhe atribuída uma Medalha de Mérito Cultural pelo Ministério da Cultura. No ano seguinte foi agraciado pela rainha Isabel II com a condecoração O. B. E. (Officer of the Order of the British Empire). Em janeiro de 2023 foi condecorado pelo Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa com o grau de Comendador da Ordem do Infante D. Henrique.
As suas composições abrangem quase todos os géneros musicais, da música para solistas à música orquestral, da música de câmara à ópera, para além de inúmeras orquestrações e arranjos. O seu estilo musical passou por uma fase de considerável complexidade e já utilizou muitos processos aleatórios. Mais recentemente, a sua música tem-se tornado algo mais simples, seguindo assim certas tendências do pós-modernismo, sem contudo recorrer ao neo-tonalismo. Na sua música vocal, interessa-se especialmente pela exploração de aspectos tanto fonéticos como semânticos do texto. Toda a sua música revela uma preocupação com a relatividade com que ouvimos e apreciamos o som, numa tentativa de fazer corresponder os processos e as técnicas estruturantes da música cada vez mais proximamente a critérios intrinsecamente musicais.
Salvatore Sciarrino (1947) | Começou a compor com 12 anos de forma autodidata e realizou o seu primeiro concerto público em 1962. Contudo, considera todas as obras anteriores a 1966 como uma aprendizagem em desenvolvimento, porque foi aí que a sua estética pessoal começou a revelar-se. Há algo realmente particular que caracteriza a sua música que nos faz escutar de forma diferente e que nos leva a um afastamento da realidade. E, após quarenta anos, o extenso catálogo de composições de Sciarrino ainda se encontra numa fase de surpreendente desenvolvimento criativo.
Depois dos seus estudos e de alguns anos de universidade na sua cidade natal, o compositor siciliano mudou-se para Roma em 1969 e, em 1977, para Milão. Desde 1983, vive em Città di Castello, na região de Úmbria.
Compôs para instituições como o Teatro alla Scala, RAI, Teatro del Maggio Musicale Fiorentino, Biennale di Venezia, Teatro La Fenice di Venezia, Teatro Carlo Felice di Genova, Fondazione Arena di Verona, Stuttgart Opera, Teatro de Frankfurt, Concertgebouw, London Symphony Orchestra, Tokyo Suntory Hall.
A sua discografia é bastante extensa e conta com mais de 100 CDs publicados por editoras de todo o mundo, grande parte deles premiados.
Para além de ser o autor da maioria dos libretos das suas óperas, Sciarrino tem vindo a publicar séries de artigos, ensaios e textos de vários géneros. Destaque para o seu livro Le figure della musica, da Beethoven a oggi, publicado pela Ricordi em 1998.
Foi docente no Conservatorio Giuseppe Verdi di Milano (1974-83), no Conservatorio di Perugia (1983-87) e no Conservatorio di Firenze (1987-96).
Entre 1978 e 1980 foi o Diretor Artístico do Teatro Comunale di Bologna.
Durante a sua carreira tem vindo a receber inúmeros prémios. Destaque para o Premio Feltrinelli (2003), o Musikpreis de Salzburgo (2006) e o Leone d’Oro da Biennale di Venezia (2016).
Vincenzo Parisi (1984) | É na delicada fissura que separa os mundos distantes da clássica, do rock psicadélico e do canto popular que a sua música se move.
Após graduar-se brilhantemente em piano sob orientação de Irene Schiavetta e licenciar-se em Economia pela Università Bocconi, fundou a banda de rock Kafka On The Shore, com a qual realizou quase 300 concertos por toda a Europa em apenas três anos com o álbum Beautiful But Empty, tendo colaborado com artistas da cena pop-rock italiana, tais como Nicolò Carnesi, Gianluca De Rubertis (Il Genio), L’officina della Camomilla, Mombao, Dada Sutra.
Após a separação da banda, decide voltar à sua primeira grande paixão: a composição de música clássica. Começou por estudar composição com Fabio Vacchi e, actualmente, é aluno de Mario Garuti no Conservatorio Giuseppe Verdi di Milano.
Frequentou o curso de composição musical da Accademia Filarmonica di Bologna, realizado por Azio Corghi e Mauro Bonifacio. Trabalhou também com Salvatore Sciarrino, Mark Andre, Francesco Filidei, Mauro Lanza, Beat Furrer, Ramon Lazkano, Gabriele Manca, Federico Gardella e Martin Matalon.
Após escrever uma obra de teatro musical com a realizadora húngara Hannah Gelesz, foi finalista no concurso internacional do Opera Macerata Festival 2019, sendo o júri presidido pelo compositor Giorgio Battistelli.
Em 2020 lançou o álbum Zolfo, com obras suas para piano solo, gravado ao vivo durante uma performance no distrito de Ballarò, em Palermo. Este CD é o resultado de anos de pesquisa e estudo sobre a música antiga da Sicilia, misturada e filtrada por elementos compositivos modernos.
Em junho de 2021 ganhou o 1º Prémio no Concurso de Composição do Conservatorio G. Verdi di Milano. Em outubro do mesmo ano venceu o 1º Prémio no Concurso Internacional de Composição Jorge Peixinho, organizado pelo Grupo de Música Contemporânea de Lisboa, tendo este interpretado a sua obra Fulmine randagio numa emissão em direto para a rádio Antena 2.
Foi finalista do Concurso Internacional de Composição Luciano Berio de 2022, promovido pela Accademia Nazionale di Santa Cecilia em colaboração com a Orchestra Filarmonica della Scala.
Em 2022, a sua obra Colombre (para orquestra) foi interpretada na histórica Sala Verdi de Milão, e aquando do Festival Milano Musica, a sua obra C’est quoi le sexe (para voz e ensemble) foi interpretada na Fabbrica del Vapore. Foi no mesmo ano que escreveu a banda sonora para o lançamento mundial do tão aguardado carro de alta performance da Pagani Automobili, o modelo Utopia.
João Pedro Oliveira (1959) | Ocupa o cargo de Corwin Endowed Chair em Composição na Universidade da Califórnia em Santa Barbara.
Estudou orgão, composição e arquitetura em Lisboa. Concluiu o doutoramento em Música na Universidade de New York em Stony Brook.
O seu catálogo inclui composições para orquestra, música de câmara, música eletroacústica e vídeo experimental.
Recebeu mais de 50 prémios internacionais pelas suas obras, incluindo três prémios no Concurso de Música Electroacústica de Bourges, bem como os prestigiados Magisterium e Prémio Giga-Hertz, o 1º Prémio no concurso Metamorphoses, e o 1º Prémio no concurso Música Nova.
Foi professor na Universidade de Aveiro e na Universidade Federal de Minas Gerais. Publicou diversos artigos em revistas nacionais e internacionais, e escreveu o livro Teoria Analítica da Música no Século XX.
Estudou orgão, composição e arquitetura em Lisboa. Concluiu o doutoramento em Música na Universidade de New York em Stony Brook.
O seu catálogo inclui composições para orquestra, música de câmara, música eletroacústica e vídeo experimental.
Recebeu mais de 50 prémios internacionais pelas suas obras, incluindo três prémios no Concurso de Música Electroacústica de Bourges, bem como os prestigiados Magisterium e Prémio Giga-Hertz, o 1º Prémio no concurso Metamorphoses, e o 1º Prémio no concurso Música Nova.
Foi professor na Universidade de Aveiro e na Universidade Federal de Minas Gerais. Publicou diversos artigos em revistas nacionais e internacionais, e escreveu o livro Teoria Analítica da Música no Século XX.