Temporada de Concertos Antena 2
27 junho | 19h00
Palácio Marquês da Fronteira
Entrada gratuita
mediante reserva em loja.fronteira-alorna.pt
Patrícia Silveira & Rebeca Csalog
Recital de canto e harpa
Patrícia Silveira, mezzo-soprano
Rebeca Csalog, harpa
Mariana Tilly, vídeo
Programa
Águas
Claude Debussy – Première Arabesque
Claude Debussy – Beau Soir 85 L.6
Gabriel Fauré – Au bord de l’eau op. 8 nº 1
Jacques de la Presle – Le jardin mouillé
Marcel-Lucien Tournier – La lettre du jardinier
Gabriel Fauré – Après un rêve op. 7 nº 1
Ottorino Respighi – 6 Pieces for Piano, P. 44: nº 3. Notturno. Lento (versão para harpa)
Kurt Weill – Complainte de la Seine
Kurt Weill – My ship
Claude Debussy – Petite suite L.65 I. En bateu (versão para harpa de Henriette Renié)
Anonymous (arr. Ht Burleigh) – Deep river
Henry Mancini (Arr.) – Moon river
Águas*
Rios, lagos, ondas e correntes, os temas aquáticos atraíram poetas e compositores ao longo dos séculos, naquela que é uma inesgotável fonte de inspiração: a natureza. Mas a água em todas as suas formas é frequentemente um pretexto para falar daquele que é o tema universal da poesia, e, logo, da condição humana: o amor.
De Debussy a Kurt Weill, passando por Fauré, Tournier, de la Presle e Mancini, as canções aquáticas narram, sem exceção, a beleza e as desventuras do amor. A paixão, a saudade de uma amada, o amor erótico, os corações partidos, rejeitados e abandonados, e finalmente outras formas de amar: o amor divino, o amor eterno. Do impressionismo ao jazz, a água é o mote neste recital que nos leva através das suas flutuações a algumas das mais belas canções de amor do século XX.
*Águas é um projeto nascido do convite e proposta do maestro Martim Sousa Tavares para integrar a programação 2023/2024 da Orquestra Sem Fronteiras. A sua estreia foi no Fluviário de Mora, a 22 de Março de 2024, no contexto das celebrações do dia Mundial da Água. Deste desafio nasceu uma amizade e enorme cumplicidade musical que motivaram Patrícia e Rebeca a continuar um trabalho juntas e a procurar novos desafios.
Transmissão direta
Apresentação: Pedro Ramos
Produção: Anabela Luís, Cristina do Carmo
Patrícia Silveira (1996) | Dividida no mundo das artes, trabalha maioritariamente como cantora lírica. A sua voz versátil e, desde cedo, distinguida pelo seu timbre aveludado, tem-na levado a prestigiados palcos da Europa, explorando desde a música antiga até à música contemporânea.
Destaques recentes em ópera incluem o papel principal de Ana, na estreia da ópera π, de João Pedro Oliveira, Dryad, na ópera Ariadne auf Naxos, de R. Strauss, no Opernfest Berlin, sob a direção de Matthew Toogood e Cherubino, em cenas d’As Bodas de Fígaro, de Mozart, com a Orquestra do Algarve, sob a direção de Martim Sousa Tavares
Foi solista em Magnificat, de J.S.Bach, sob a direção de Jan Wierzba, com a Orquestra do Algarve, na Oratória de Natal, de Saint-Säens, com a Orquestra do Norte, Te Deum, de Charpentier, ambas sob a direção de Fernando Marinho, na Paixão segundo São João, de J. S. Bach com a Orquestra de Guimarães, sob a direção de Vítor Matos, Gloria, de A. Vivaldi, sob a direção de Francisco Melo e A Ceremony of Carols de B. Britten, Dixit Dominus, de G.F.Hãndel, sob a direção de Barbara Francke.
Na música contemporânea, destacam-se as suas performances nas Folksongs, de L.Berio, com o Taller Atlántico Contemporáneo, dirigido por Diego García Rodríguez e Elegy, performance de Gabrielle Goliath, que incluiu uma tour pelos Países Baixos, inserida no Afrovibes Festival.
Na música antiga, Patrícia é elemento base de O Bando de Surunyo e colabora ainda com La Capella Reial (Jordi Savall), Ars Combinatoria, Holland Baroque e Absolute Vocem Ensemble. Para além disto, apresenta-se frequentemente na Península Ibérica em recital com o pianista Ángel González e inicia este ano um projeto com a harpista Rebeca Csalog.
Patrícia foi vencedora da bolsa Ian Donald Wilson Memorial em 2023 e foi finalista do Prémio Jovens Músicos 2020/21, da RTP/Antena 2.
Rebeca Csalog | Harpista luso-húngara (1996), iniciou os estudos de música aos três anos, no violino, escolhendo a harpa aos seis, na Escola de Música do Conservatório Nacional de Lisboa. Completou o Mestrado na Escola Superior de Música de Lisboa em 2023 na classe de Carolina Coimbra, e está neste momento a frequentar uma pós-graduação com Irina Zingg, na Civica Scuola Claudio Abbado, em Milão.
Começou a participar em concursos nacionais e internacionais em 2008, tendo conquistado diversos prémios, tanto a solo como em música de câmara, em Portugal, Espanha, França e Eslovénia, destacando-se o 1º prémio no Concurso Nacional de Harpa (Linda-a-Velha, 2023).
Tem trabalhado com a Orquestra Gulbenkian, a Camerata Atlântica, a Orquestra de Câmara Portuguesa, a Orquestra do Algarve, a Orquestra Filarmónica Portuguesa, a Orquestra Municipal de Sintra, a Filarmonia das Beiras, a Orquestra Metropolitana de Lisboa, entre outras. É membro do Ensemble Contemporâneo da Póvoa do Varzim, e reforço na Orquestra Sinfónica Portuguesa. Estreou-se como solista em 2012 com a orquestra Filarmonia das Beiras, fazendo a estreia mundial do concerto para harpa e orquestra de Vasco Negreiros, no Coliseu do Porto; e em 2023 foi vencedora do Concurso interno de solistas da ESML, tocando a solo as Danses Sacrée et Profane de C. Debussy com a Orquestra Sinfónica da ESML, em Novembro do mesmo ano. Apresenta- se frequentemente a solo e em música de câmara em diversos agrupamentos e contextos, tanto na música clássica como noutros registos.
Paralelamente à música, é licenciada em Antropologia e Mestre em Migrações, Inter-Etnicidades e Transnacionalismo pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.
Fotos Jorge Carmona / Antena 2