Temporada de Concertos Antena 2
5 março | 19h00
Auditório do Liceu Camões
Entrada gratuita
Rogério Francisco Quarteto
Rogério Francisco, vibrafone
Abe Rabade, piano
João Próspero, contrabaixo
João Cardita, bateria
Programa
If Morning Could Speak
Temas da autoria de Rogério Francisco
1 – Cies Island
2 – Walking On Ashes
3 – Alameda
4 – Mia and Cookie
5 – If Morning Could Speak
6 – Blackbird
Neste planeta bipolar, de ações egoístas versus humanitárias, o ser humano transformou a nossa “casa” numa selva global, onde no dia-a-dia se tomam decisões de sobrevivência sem pensar nas consequências negativas que podem afetar o próximo.
Atualmente, vivemos uma era de desenvolvimento tecnológico altamente acelerado que nos pode conectar, que nos pode aproximar uns dos outros a nível global, que nos pode ajudar a colocar em prática valores como por exemplo a solidariedade, a bondade, a paz e a igualdade, no entanto, o que acontece atualmente é o contrário, é o cultivar um egoísmo desmedido, é o fecharmo-nos nas fronteiras de um smartphone e vivermos apenas para as redes sociais, é o focarmo-nos apenas no nosso “eu”, tornando-nos seres individuais.
Neste sentido, o projeto If Morning Could Speak está fundamentado num poema original que procura chamar a atenção da audiência do nosso mundo atual, procurando transmitir a necessidade de realizar uma introspeção e vem transmitir esperança num futuro melhor através das melodias, das harmonias e da comunicação e liberdade que um grupo de jazz congrega, sendo para mim, um dos melhores exemplos
de como viver em sociedade, respeitando as ideias de cada um, interagindo sempre para a melhoria da comunicação entre os vários elementos do grupo, esperando que, através das melodias, das harmonias e ritmos criados, se crie uma onda de energia positiva que influencie a audiência.
Transmissão direta
Apresentação: João Almeida
Produção: Anabela Luís, Cristina do Carmo
Rogério Francisco | Nasce em 1990 e inicia a sua aprendizagem musical na classe de piano de uma escola local na sua terra de origem, Caranguejeira, Leiria, e aos 9 anos começa os seus estudos na classe de Percussão na Banda Filarmónica de São Cristóvão da Caranguejeira e, nos anos seguintes frequenta masterclasses com os percussionistas Manuel Campos, Nuno Aroso, João Tiago e outros e frequenta também estágios de orquestra de sopros dirigida pelos maestros Henrique Piloto, Rui Carreira, entre outros.
Em 2006 ingressa na classes de percussão de Manuel Campos no Orfeão de Leiria e em 2008 é admitido no Curso de Instrumentista de Sopros e Percussão da Escola Profissional de Música de Espinho (EPME) onde trabalhou com os professores Nuno Aroso, Rui Rodrigues, Pedro Oliveira e Joaquim Alves, frequentou masterclasses dos percussionistas Reiner Seegers, Markus Leoson, Paulo Oliveira, Rui Gomes, entre outros, realizou vários estágios na Orquestra Clássica de Espinho dirigida pelos maestros Cesário Costa, Pedro Neves e Sérgio Alapont. Ainda nesta época, frequentou aulas de vibrafone jazz com o vibrafonista Jeffery Davis e realizou vários concertos com a Orquestra de Jazz de Espinho sob a direção de Paulo Perfeito.
Em 2012 é admitido na Escola Superior de Artes e Espetáculo do Porto (ESMAE) para iniciar os seus estudos na licenciatura em vibrafone jazz na classe do vibrafonista Jeffery Davis e onde teve a oportunidade de trabalhar com Carlos Azevedo, Paulo Perfeito, Pedro Guedes, Abe Rabade, Nuno Ferreira, entre outros, e em 2016 inicia os seus estudos no mestrado em ensino da música, especialização jazz na mesma instituição que terminou em 2019.
No âmbito da percussão teve a oportunidade de tocar com a Orquestra Clássica da ESMAE, Banda Sinfónica Portuguesa, onde gravou o disco Oásis em 2014 e com a Banda Sinfónica de Alcobaça onde gravou os discos Banda Sinfónica de Alcobaça ao Vivo em 2011, Banda Sinfónica de Alcobaça acompanha… em 2014 onde a sua participação foi a solo com Eduardo Cardinho e Tomás Rosa e em 2018 participa nas gravações do disco Banda Sinfónica de Alcobaça acompanha Sérgio Carolino e Mário Marques.
No âmbito do jazz frequentou masterclasses com David Friedman, Bart Quartier, Jason Palmer, Reut Regev, Adam Lane, Igal Foni, Taylor Ho Bynum, Demain Cabaud, Leo Genovese, Seamus Blake, Demain Cabaud, Peter Schlamb, Gerard Clayton, e apresentou-se em palco com a Orquestra de Jazz de Estarreja onde teve a oportunidade de trabalhar com o maestro Pedro Moreira e onde tocou com as cantoras Marta Hugon, Luísa Sobral e Maria João e com os instrumentistas Carlos Azevedo e Mário Laginha; realizou vários Jazz na Aldeia promovidos pela Associação Eixo do Jazz Luso-Galaico e em 2021 e 2022 realizou um curso de composição para diferentes formações orientado por Abe Rabade promovido pelo Conservatório de Artes e Comunicação de Oliveira do Bairro.
Atualmente, Rogério Francisco lidera a banda Rogério Francisco Quarteto que tem apresentado em vários palcos, o projeto The Dark Jungle e If Morning Could Speak. Lidera a banda Rogério Francisco Trio que se estreou em palcos em 2023 com o projeto Spiritual Healing, é membro integrante do Eixo do Jazz Ensemble (EJE), é compositor residente da Orquestra Viv’Arte e colabora regularmente com o Conservatório de Música e Dança dos Arcos de Valdevez e leciona a classe de percussão na Academia de Música de Vila Verde.
Ao longo do seu percurso obteve os seguintes prémios: 2º lugar Categoria Jazz – Italy PAS, 2022; 3º lugar no Prémio Jovens Músicos 2016; 1º lugar no Festival São Luiz, 2015; 1º lugar no concurso do Orfeão de Leiria em 2008.
Abe Rabade | Pianista e compositor nascido em Compostela em 1977. Lançou seis discos como líder (Tempo de Cor é o álbum mais recente, publicado pela Karonte Records no 2024), três composições sinfónicas (Tránsitos em 2015 e Tempos Velados em 2018), outras três obras poético-musicais (Rosalía 21 em 2008, Travesía dos Poetas em 2010 e Lorca Namorado em 2019).
Ao nível da composição é autor de inúmeras composições em estilos como jazz, clássico, experimental e world music e, enquanto pianista, partilha o palco com inúmeras figuras de reconhecido prestígio internacional em concertos e festivais por todo o mundo e também é convidado a lecionar diversas masterclasses em centros especializados.
Formado Cum Laude em Composição de Jazz e Performance de Piano pela Berklee College of Music (Boston, EUA) em 1999, é atualmente professor em conservatórios superiores de música na Galiza e em Portugal.
Lidera o seu trio de jazz acústico desde 1996, atualmente com Pablo Martín Caminero no contrabaixo e Bruno Pedroso na bateria.
Formou a banda Nordestin@s em 2006 com os cantores galegos Guadi Galego e Ugia Pedreira que resultou num álbum que ficou no top 100 mais vendido no Natal de 2006.
Desde 2001 é co-diretor artístico (juntamente com Paco Charlín) do Seminário Permanente de Jazz, na cidade galega de Pontevedra.
João Próspero | Baixista e compositor, residente no Porto. Atualmente encontra-se a produzir o seu primeiro disco (Sopros) como líder; neste projeto que, estilisticamente, se encontra nos meandros do jazz, o músico, para além de baixista, apresenta-se como compositor.
Licenciou-se em Jazz na Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo (ESMAE), onde estudou com alguns dos mais emblemáticos músicos da cena jazzística portuguesa. O músico é orientado e instruído pelo mestre Demian Cabaud. Ao longo da sua carreira estudou contrabaixo com músicos como José Carlos Barbosa e Florian Pertzborn. Estudou também com Pedro Guedes, Paulo Perfeito, Mário Santos, Jeffery Davis, Marcos Cavaleiro, Eurico Costa e Michael Lauren. Ao longo da sua formação participou também em diversos workshops com variados músicos da cena jazzística nacional e internacional, dos quais se destacam Larry Grenadier, Thomas Morgan, Masa Kamaguchi, Chris Cheek, Guillermo Klein, Seamus Blake, François Moutin, Marc Miralta, Gary Burton, Thomas Morgan, Geof Bradfield, Clark Sommers, Dana Hall, Scott Hesse, Russ Johnson, Hérnan Merlo, Abe Rabade, José Pedro Coelho e Eduardo Cardinho.
Dos vários projetos de que faz parte, destacam-se The Guit Kune Do (com quem gravou o álbum The Guit Kune Do), Divergent Factals (com quem gravou o álbum Rough Ground), Gileno Santana Trio, FLERB, Rogério Francisco Quarteto, ION (-) e Fiona. O músico participa também em orquestras como a Orquestra de Jazz do Centro, Orquestra Viv’arte e a Orquestra Nacional Moderna.
Ao longo da sua carreira, João Próspero participou numa variedade de festivais de jazz, dos quais se destacam o festival Guimarães Jazz (novembro, 2020; ESMAE Big Band), Festival ANIMA-TE (julho, 2020; The Guit Kune Do), Festival Ar D´Jazz (setembro, 2019; Ricardo Alves Quinteto), Festival Rampa Jazz (maio, 2018; The Guit Kune Do) e Festival de Jazz do Entroncamento (novembro, 2017; Um Par de Três Trio), no 11º Festival Porta-Jazz (julho, 2021; The Guit Kune Do, no Festival de Jazz de Loulé (julho, 2021; Clara Lacerda Trio), no 13º Ciclo de Jazz na Ordem (fevereiro, 2024; Sopros) e Festival Out Jazz (julho. 2024; Rogério Francisco Quarteto).
João Cardita | Nasceu em Lisboa, em 1995. Baterista atualmente a residir no Porto. Autodidata, começa a tocar bateria aos 14 anos em pequenas bandas rock, orquestras ligeiras e filarmónicas. Em 2015, com 19 anos, ingressa no Curso Profissional de Jazz de Coimbra onde, no ano seguinte, é distinguido com o prémio de Melhor Instrumentista e Melhor Combo na 15ª Festa do Jazz do S. Luiz. Em 2016 inicia a licenciatura na Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo, na variante Bateria Jazz, onde cimenta os fundamentos da música jazz com músicos e pedagogos reconhecidos nacional e internacionalmente, tais como: Michael Lauren, Demian Cabaud, Pedro Guedes, Aaron Goldberg, Seamus Blake, Marcos Cavaleiro, Iago Férnandez, Matt Ulery, Quinlan Kirchner.
É também a partir desta altura que começa a entrar na cena musical de Jazz do Porto tendo a oportunidade de tocar com artistas como José Pedro Coelho, João Pedro Brandão, Nuno Campos, Demian Cabaud, Gonçalo Marques, entre outros.
Em 2022 participa nos álbuns Ninhos de Joana Raquel e Miguel Meirinhos e Vazio e o Octaedro, Noneto liderado por Gianni Narduzzi e Josué Santos, sendo estes os seus primeiros registos discográficos. Com estes projetos teve a experiência de tocar em festivais por todo o país, como por exemplo: Festival Porta-Jazz, Festival Theya, Festival de Jazz da Maia, Festival +Jazz, Festa do Jazz, Noite Branca Braga.
Em Maio de 2023 integra a banda Unsafe Space Garden percorrendo o país com a tour de apresentação do seu último álbum Where’s the Ground (2023), tendo como destaque atuações no Theatro Circo, MusicBox, Gretua, MIL Lisbon.
Nesse mesmo ano participa também no primeiro disco dos projetos Lucifer Pool Party (Homónimo) e Netos de Bruxa (Animália), liderados por José Vale e João Geraldo, respetivamente.
Atualmente integra os projetos Unsafe Space Garden, Lucifer Pool Party, Netos da Bruxa, Esfanes, Godua, Fanfarra Kaústika, trabalha como músico freelancer e de sessão e paralelamente também leciona bateria no Conservatório de Música da Jobra em Albergaria-a-Velha.